Questões de Concursos Texto associado

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381Q1072772 | Texto associado, Carência, Técnico do Seguro Social, INSS, CESPE CEBRASPE

Texto associado.
Em cada um dos próximos itens, é apresentada uma situação
hipotética a respeito do auxílio-acidente, seguida de uma
assertiva a ser julgada
Tomás, segurado empregado do regime geral da previdência social, teve sua capacidade laborativa reduzida por seqüelas decorrentes de grave acidente. Nessa situação, se não tiver cumprido a carência de doze meses, Tomás não poderá receber o auxílio-acidente.
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382Q1057415 | Texto associado, Morfologia, Sargento, EsSA, Exército, 2020

Texto associado.
Leia o texto abaixo:


Importância e vantagens da reciclagem

A segunda metade do século XX foi marcada pelo surgimento de uma série de produtos que contribuíram para a praticidade do nosso cotidiano. A ascensão da indústria de materiais descartáveis foi uma das protagonistas desse desenvolvimento como, por exemplo, a invenção do PET (Politereftalato de etileno). Inicialmente empregado na indústria têxtil, esse tipo de plástico logo revolucionou o setor de armazenamento e transporte de alimentos e bebidas, com as vantagens de ser inquebrável, leve e de fácil manuseio-substituindo o vidro, pesado e frágil.

O consumo em grande escala dos plásticos gerou um problema em relação ao meio ambiente: o descarte desses resíduos. Nas últimas décadas, instituições defensoras da sustentabilidade passaram a pressionar os governos e as indústrias por posturas mais responsáveis: o crescimento econômico em detrimento do meio ambiente virou objeto de pesquisa de cientistas, tomou as manchetes das revistas especializadas e dos jornais e ganhou o apelo da população.

O fim do uso de materiais descartáveis é inviável, tampouco os ambientalistas clamam por isso. O desenvolvimento sustentável consiste em 3Rs: reduzir, reutilizar e reciclar. A indústria fica encarregada da terceira etapa. O processo de reciclagem não só preserva o meio ambiente, mas também gera riquezas e reduz os custos de produção das empresas que investem na prática, além de promover o marketing social de "empresa eco-friendly" ou "empresa verde" (amigável ao meio ambiente).

(Disponível em: <https://www.simperj.org.br/blog/2018/09/27 /a-importancia-e-vantagens-da-reciclagem/>. Acesso em 13
jun. 2019. Adaptado.)
Leia o parágrafo abaixo e. em seguida, marque a alternativa que apresenta, respectivamente, a classificação quanto à classe gramatical das palavras em negrito.
"Embora haja um número crescente de estudos sobre o uso de celulares e suas consequências, nenhum deles provou definitivamente que o consumo excessivo do aparelho causa problemas de saúde mental."
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383Q1054601 | Texto associado, Manual de Redação da Presidência da República, Conhecimentos Básicos, DETRAN DF, CESPE CEBRASPE

Texto associado.
Julgue os itens de 40 a 44 quanto ao emprego da norma escrita
formal em comunicações oficiais.

Ambas as construções serão tidas como corretas, se figurarem em um expediente oficial: 1.Esses são os recursos de que o Estado dispõe. 2.O Governo insiste que a negociação é importante.
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384Q1062542 | Texto associado, Medicina do Trabalho, Área 12 Medicina Legal, Polícia Federal, CESPE CEBRASPE, 2025

Texto associado.
Em relação à perícia médica previdenciária, julgue o item que se segue.
Caracteriza-se como acidente de trabalho tipificado como de trajeto o acidente sofrido por policial federal em viatura durante diligência rotineira.
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385Q1057692 | Texto associado, Sintaxe, Capitão Oficial Músico, PM ES, INSTITUTO AOCP, 2022

Texto associado.
Leia o texto a seguir para responder a questão.

Ave canta mais baixo em cidade silenciosa

Revista Pesquisa FAPESP

A pandemia de Covid-19 reduziu o barulho do tráfego automotivo na região da baía de São Francisco, nos Estados Unidos, aos níveis dos anos 1970. Com menos ruído no ambiente urbano, o pardal-de-coroabranca (Zonotrichia leucophry), espécie há décadas adaptada à balbúrdia crescente das cidades, passou em poucas semanas a cantar, em média, 30% mais baixo durante a primavera no hemisfério Norte do que fazia antes do início do isolamento social forçado (Science, 30 de outubro). Segundo trabalho coordenado pela ecóloga Elizabeth Derryberry, da Universidade do Tennessee, que há duas décadas registra e estuda o canto da ave nessa área da Califórnia, os pardais voltaram a emitir sons no mesmo padrão de frequências que costumavam empregar na década de 1970, quando São Francisco era muito mais silenciosa. A menor produção de ruídos urbanos e a alteração nos parâmetros do canto fizeram com que o chilrear do pardal pudesse ser ouvido por outro membro da espécie ao dobro da distância do que ocorria antes da pandemia.

Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/wpcontent/uploads/2020/11/012-017_Notas_298.pdf. Acesso em: 09 jun. 2022.
O trecho adaptado do texto “A pesquisa foi coordenada por Elizabeth Derryberry que estuda o canto da ave nessa área da Califórnia” traz em destaque
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386Q1072543 | Texto associado, Edificação, Engenharia Civil, INSS, CESPE CEBRASPE

Texto associado.
Na construção ou na reforma de um prédio público, um aspecto
essencial para garantir a qualidade e o sucesso da obra é a
fiscalização, que envolve diversas atividades, tais como
acompanhamento da execução de obras e serviços, controle de
materiais, medições de serviços executados, emissão de notas fiscais,
entre outras. Em relação a essas atividades, julgue os itens a seguir.
Para aceitação de um lote de argamassa industrializada para revestimento, deve-se, no ato da entrega no canteiro de obras, selecionar uma amostra de 10 sacos e realizar, in loco, os ensaios de qualidade, que devem ter resultado positivo para todos os sacos.
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387Q1041836 | Texto associado, Morfologia, Técnico Judiciário, TJ MT, UFMT

Texto associado.
Data show

Sempre que vou falar em algum lugar, o pessoal técnico me pergunta, com antecedência, se vou usar data show. Se você não sabe, data show é uma expressão americana. Falar inglês é mais adequado tecnologicamente. Show quer dizer mostrar. E data quer dizer dados. Trata-se de um artifício para mostrar dados, que são projetados em uma tela numa sala escura. Acho que o data show pode ser útil para mostrar dados. Mas o uso que dele se faz é horrível: os palestrantes o usam para projetar na tela o esboço da sua fala, eliminando dela qualquer surpresa, pois é claro que os ouvintes, de saída, leem o esboço até o fim. É como contar o fim da piada no início... Apagam-se as luzes, o palestrante e os ouvintes olham todos para a tela, e ele vai falando. Ninguém presta atenção. Mas todos acham que usar data show é prova de ser avançado, tecnologicamente. Quem não usa é atrasado. Quem leva suas notas num caderninho é como alguém que anda de carro de boi num mundo de Fórmula Um. Assim vão os palestrantes, todos com seus laptops, para a sessão de cineminha sem graça. Falando sobre isso, uma mulher que trabalha numa firma promotora de eventos contou-me qual a maior vantagem dos data show, uma coisa em que eu não havia pensado: com as luzes apagadas, longe do olhar do palestrante, os ouvintes podem dormir à vontade. Contou-me de uma ocasião em que um homem dormiu e roncou tão alto que chegou a perturbar palestrante e ouvintes. Todo mundo se pôs a rir. Barulho de ronco é muito divertido... Mas ela foi obrigada a tomar providências. E o que ela fez, sádica e humoristicamente, foi colocar um microfone perto da boca do roncador. Aí ele acordou-se a si mesmo.

(Ostra feliz não faz pérolas. São Paulo: Planeta, 2008.)


No trecho É como contar o fim da piada no início, a palavra como contribui para estabelecer sentido de comparação. Assinale a afirmativa em que essa palavra NÃO apresenta esse sentido.
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388Q1036728 | Texto associado, Economia Comportamental, Analista Área Economia e Finanças, BACEN, CESPE CEBRASPE, 2024

Texto associado.

Em artigo publicado em conjunto com Amos Tversky em 1979, Daniel Kahneman, ganhador do prêmio Nobel de Economia em 2002 por seus estudos em economia comportamental, descreve vários padrões de comportamento que se afastam do pressuposto racional da microeconomia clássica.

No referido artigo, os estudiosos apresentam, como exemplo, dois experimentos em que os sujeitos da pesquisa deveriam escolher uma opção entre duas que lhes foram oferecidas.

No primeiro experimento, os sujeitos deveriam escolher entre as opções A e B, conforme descrição a seguir.

• opção A: ganhar $ 2.500 com probabilidade de 33%, $ 2.400 com probabilidade de 66%, ou $ 0 com probabilidade de 1%.

• opção B: ganhar $ 2.400 com certeza. No segundo experimento, os mesmos sujeitos deveriam escolher entre as opções C e D, conforme descrição a seguir.

• opção C: ganhar $ 2.500 com probabilidade de 33%, $ 0 com probabilidade de 67%.

• opção D: ganhar $ 2.400 com probabilidade de 34%, $ 0 com probabilidade de 66%.

No primeiro experimento, 82% dos participantes escolheram a opção B. No segundo experimento, 83% dos participantes escolheram a opção C; além disso, 61% dos participantes escolheram B e C, em conjunto.


Com base na situação apresentada, julgue o item seguinte, relativos à economia comportamental.

A inadequação do conjunto das respostas ao que se espera de agentes racionais é conhecida como efeito da certeza (certainty effect).

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389Q1072573 | Texto associado, Assessoria de Comunicação Na Comunicação Social, Comunicação Social, INSS, CESPE CEBRASPE

Texto associado.
Considere que a assessoria de imprensa de determinada
organização esteja elaborando proposta para atuação durante o
próximo ano. Essa proposta deverá ser submetida a discussão
geral acerca do plano de comunicação anual e alguns
instrumentos e conceitos deverão ser acordados nesse
planejamento. Em face dessas considerações, julgue os itens
subseqüentes, relativos a instrumentos e conceitos a serem
adotados no referido planejamento.
O áudio-release deve ser distribuído para veiculação em emissoras de televisão.
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390Q1072583 | Texto associado, Ética Jornalística, Comunicação Social, INSS, CESPE CEBRASPE

Texto associado.
A respeito de teorias da comunicação, julgue os itens a seguir.
Um dos motivos da adoção do lead é o de garantir a objetividade na produção da notícia.
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391Q1072584 | Texto associado, Gêneros Jornalísticos, Comunicação Social, INSS, CESPE CEBRASPE

Texto associado.
A respeito da técnica de redação jornalística e de gêneros de
redação, julgue os próximos itens.
Valor da informação, legibilidade e checabilidade são medidas adotadas no jornalismo literário.
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392Q1072588 | Texto associado, Produção Publicitária, Comunicação Social, INSS, CESPE CEBRASPE

Texto associado.
A respeito da técnica de redação jornalística e de gêneros de
redação, julgue os próximos itens.
Briefing, em publicidade, é a análise pormenorizada de uma proposta de campanha para verificar se está de acordo com os objetivos do cliente.
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393Q1053404 | Texto associado, Relações Pessoais, Técnico em Almoxarife, HEMOBRÁS, CESPE CEBRASPE

Texto associado.
Um usuário de um serviço público vive uma experiência
negativa com o atendimento recebido, pois o problema
apresentado não está sendo solucionado no prazo previsto
causando diversos transtornos ao solicitante.

Acerca dessa situação, julgue os itens a seguir.

Uma maneira de tornar o usuário menos insatisfeito com a situação apresentada seria solicitar a ele que participe das iniciativas para resolver o problema.
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394Q1057245 | Texto associado, Pontuação, Direito, EsFCEx, Exército, 2020

Texto associado.
Leia o texto para responder à questão.

Qual é o papel de um museu que
conta histórias de vida?


O Museu da Pessoa foi criado em 1991 com o objetivo de registrar e preservar histórias de vida de todo e qualquer indivíduo. A ideia é valorizar essas memórias e torná-las uma fonte de compreensão, conhecimento e conexão entre as pessoas, dos narradores aos visitantes que a instituição atrai.
O Museu da Pessoa é colaborativo, ou seja, qualquer pessoa pode se voluntariar para contar sua história. Todas as pessoas que se desligam a falar são entrevistadas por colaboradores da instituição, que durante as longas conversas buscam estimular os participantes a lembrar os detalhes de sua trajetória. É possível encontrar nos arquivos histórias de professores, poetas, comerciantes e patronais, de variadas idades e regiões do país.
Karen Worcman, uma curadora e fundadora do Museu da Pessoa, teve a ideia de criar uma instituição no fim dos anos 1980, quando participou de um projeto de escolha com imigrantes no Rio e aproveitou que os depoimentos ouvidos ajudavam a contar a história ampla mais do país. Mais de 25 anos depois da fundação do museu, Worcman pensa o mesmo. “A história de cada pessoa é uma perspectiva única sobre a história comum que todos nós vivemos como sociedade”, disse a curadora ao jornal Nexo.
Para Worcman, as narrativas do acervo podem fazer o público do museu não só conhecer a vida de outras pessoas mas também “aprender sobre o mundo e a sociedade com o olhar do outro”. Abertas a outros pontos de vista, como pessoas transformam seu modo de ver o mundo e criam uma sociedade mais justa e igualitária.

(Mariana Vick, Nexo Jornal, 29 de junho de 2020. Adaptado)

Considere como passagens do texto:
I. O Museu da Pessoa é colaborativo, ou seja, qualquer pessoa pode se voluntariar para contar sua história. II. A curadora e fundadora do Museu da Pessoa, Karen Worcman, teve a ideia de criar uma instituição no fim dos anos 1980. III. Mais de 25 anos depois da fundação do museu, Worcman pensa o mesmo.
Com base nas regras de pontuação igualada por Celso Luft (1998), é correto afirmar que as vírgulas presentes nos trechos indicados o uso de:
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395Q1072611 | Texto associado, Psicologia Organizacional, Psicologia, INSS, CESPE CEBRASPE

Texto associado.
Acerca da postura ética do psicólogo, julgue os itens
subseqüentes.
O cumprimento do Código de Ética Profissional do Psicólogo garante uma postura ética por parte do profissional.
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396Q1077222 | Texto associado, Interpretação de Textos, PM, Polícia Militar SP, VUNESP, 2019

Texto associado.

Leia o trecho inicial da crônica de Machado de Assis para responder à questão.


[19 maio de 1888]


Bons dias! Eu pertenço a uma família de profetas après coup1 , post factum2 , depois do gato morto, ou como melhor nome tenha em holandês. Por isso digo, juro se necessário for, que toda a história desta lei de 13 de maio estava por mim prevista, tanto que na segunda-feira, antes mesmo dos debates, tratei de alforriar um molecote que tinha, pessoa de seus dezoito anos, mais ou menos. Alforriá-lo era nada; entendi que, perdido por mil, perdido por mil e quinhentos, e dei um jantar.

Levantei-me eu com a taça de champanha e declarei que, acompanhando as ideias pregadas por Cristo, há dezoito séculos, restituía a liberdade ao meu escravo Pancrácio; que entendia que a nação inteira devia acompanhar as mesmas ideias e imitar o meu exemplo; finalmente, que a liberdade era um dom de Deus que os homens não podiam roubar sem pecado.

Pancrácio, que estava à espreita, entrou na sala, como um furacão, e veio abraçar-me os pés. Todos os lenços comovidos apanharam as lágrimas de admiração. Caí na cadeirae não vi mais nada. De noite, recebi muitos cartões. Creio que estão pintando o meu retrato, e suponho que a óleo.

No dia seguinte, chamei o Pancrácio e disse-lhe com rara franqueza:

– Tu és livre, podes ir para onde quiseres. Aqui tens casa amiga, já conhecida e tens mais um ordenado, um ordenado que...

– Oh! meu senhô! fico...

– Um ordenado pequeno, mas que há de crescer. Tudo cresce neste mundo: tu cresceste imensamente. Quando nasceste eras um pirralho deste tamanho; hoje estás mais alto que eu. Deixa ver; olha, és mais alto quatro dedos...

– Artura não qué dizê nada, não, senhô...

– Pequeno ordenado, repito, uns seis mil-réis: mas é de grão em grão que a galinha enche o seu papo. Tu vales muito mais que uma galinha.

– Justamente. Pois seis mil-réis. No fim de um ano, se andares bem, conta com oito. Oito ou sete. Pancrácio aceitou tudo: aceitou até um peteleco que lhe dei no dia seguinte, por me não escovar bem as botas; efeitos da liberdade. Mas eu expliquei-lhe que o peteleco, sendo um impulso natural, não podia anular o direito civil adquirido por um título que lhe dei. Ele continuava livre, eu de mau humor; eram dois estados naturais, quase divinos.

Tudo compreendeu o meu bom Pancrácio: daí para cá, tenho-lhe despedido alguns pontapés, um ou outro puxão de orelhas. E chamo-lhe besta quando lhe não chamo filho do diabo; coisas todas que ele recebe humildemente, e (Deus me perdoe!) creio que até alegre.

(Machado de Assis. Bons dias. www.dominiopublico.gov.br. Adaptado)

1 après coup: [francês] pós-golpe.

2 post factum: [latim] depois do fato.

Considere os vocábulos destacados e enumerados na seguinte passagem do texto:


Levantei-me eu com a taça de champanha e declareique (1), acompanhando as ideias pregadas por Cristo, há dezoito séculos, restituía a liberdade ao meu escravo Pancrácio;que (2)entendiaque (3)a nação inteira devia acompanhar as mesmas ideias e imitar o meu exemplo; finalmente,que (4)a liberdade era um dom de Deus que (5) os homens não podiam roubar sem pecado.


O vocábulo que tem função pronominal, ou seja, que retoma e substitui uma expressão substantiva no texto, é o identificado pelo número

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397Q1077223 | Texto associado, Interpretação de Textos, PM, Polícia Militar SP, VUNESP, 2019

Texto associado.

Leia o trecho inicial da crônica de Machado de Assis para responder à questão.


[19 maio de 1888]


Bons dias! Eu pertenço a uma família de profetas après coup1 , post factum2 , depois do gato morto, ou como melhor nome tenha em holandês. Por isso digo, juro se necessário for, que toda a história desta lei de 13 de maio estava por mim prevista, tanto que na segunda-feira, antes mesmo dos debates, tratei de alforriar um molecote que tinha, pessoa de seus dezoito anos, mais ou menos. Alforriá-lo era nada; entendi que, perdido por mil, perdido por mil e quinhentos, e dei um jantar.

Levantei-me eu com a taça de champanha e declarei que, acompanhando as ideias pregadas por Cristo, há dezoito séculos, restituía a liberdade ao meu escravo Pancrácio; que entendia que a nação inteira devia acompanhar as mesmas ideias e imitar o meu exemplo; finalmente, que a liberdade era um dom de Deus que os homens não podiam roubar sem pecado.

Pancrácio, que estava à espreita, entrou na sala, como um furacão, e veio abraçar-me os pés. Todos os lenços comovidos apanharam as lágrimas de admiração. Caí na cadeirae não vi mais nada. De noite, recebi muitos cartões. Creio que estão pintando o meu retrato, e suponho que a óleo.

No dia seguinte, chamei o Pancrácio e disse-lhe com rara franqueza:

– Tu és livre, podes ir para onde quiseres. Aqui tens casa amiga, já conhecida e tens mais um ordenado, um ordenado que...

– Oh! meu senhô! fico...

– Um ordenado pequeno, mas que há de crescer. Tudo cresce neste mundo: tu cresceste imensamente. Quando nasceste eras um pirralho deste tamanho; hoje estás mais alto que eu. Deixa ver; olha, és mais alto quatro dedos...

– Artura não qué dizê nada, não, senhô...

– Pequeno ordenado, repito, uns seis mil-réis: mas é de grão em grão que a galinha enche o seu papo. Tu vales muito mais que uma galinha.

– Justamente. Pois seis mil-réis. No fim de um ano, se andares bem, conta com oito. Oito ou sete. Pancrácio aceitou tudo: aceitou até um peteleco que lhe dei no dia seguinte, por me não escovar bem as botas; efeitos da liberdade. Mas eu expliquei-lhe que o peteleco, sendo um impulso natural, não podia anular o direito civil adquirido por um título que lhe dei. Ele continuava livre, eu de mau humor; eram dois estados naturais, quase divinos.

Tudo compreendeu o meu bom Pancrácio: daí para cá, tenho-lhe despedido alguns pontapés, um ou outro puxão de orelhas. E chamo-lhe besta quando lhe não chamo filho do diabo; coisas todas que ele recebe humildemente, e (Deus me perdoe!) creio que até alegre.

(Machado de Assis. Bons dias. www.dominiopublico.gov.br. Adaptado)

1 après coup: [francês] pós-golpe.

2 post factum: [latim] depois do fato.

Preservando-se o paralelismo entre as formas verbais e a concordância da norma-padrão da língua, a frase correta é:
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398Q1057522 | Texto associado, Interpretação de Textos, Aspirante da Polícia Militar, PM GO, INSTITUTO AOCP, 2022

Texto associado.

ILHA VISITÁVEL


Carlos Castelo

7 de abril de 2022



Eu sou a crônica, sou natural ali do Rio de Janeiro. Sou eu quem leva o dia a dia para milhões de brasileiros.

Esse ano completo 170 primaveras em nossas plagas. Não é pouca coisa. Após tanto tempo, posso afirmar até com certo orgulho: mesmo quem não frequenta jornais e revistas, me conhece. Já viu o Veríssimo, o Otto, a Clarice em minha companhia. Se não reparou, agora vou jogar pesado. Perdoe-me o leitor por abrir um parêntese tão avantajado, mas notem o que Machado de Assis – o próprio, de fardão e pincenê – declarou a meu respeito:

Essas vizinhas, entre o jantar e a merenda, sentaram-se à porta, para debicar os sucessos do dia. Provavelmente começaram a lastimar-se do calor. Uma dizia que não pudera comer ao jantar, outra que tinha a camisa mais ensopada do que as ervas que comera. Passar das ervas às plantações do morador fronteiro, e logo às tropelias amatórias do dito morador, e ao resto, era a coisa mais fácil, natural e possível do mundo. Eis a origem da crônica.

Era só o começo. Andei na pena e no tinteiro de um sem-número de coroados das letras nacionais. Bandeira disse que sou um conjunto de quase nadas. Drummond foi mais longe, defendeu a minha inutilidade:

O inútil tem sua forma particular de utilidade. É a pausa, o descanso, o refrigério do desmedido afã de racionalizar todos os atos de nossa vida (e a do próximo) sob o critério exclusivo de eficiência, produtividade, rentabilidade e tal e coisa. Tão compensatória é essa pausa que o inútil acaba por se tornar da maior utilidade, exagero que não hesito em combater, como nocivo ao equilíbrio moral.

E não são apenas poetas apontando a minha conveniência. Eis aí o crítico Antonio Candido, que não me deixa mentir (apesar de que, como sou cruza de ficção com jornalismo, até poderia).

A crônica está sempre ajudando a estabelecer ou restabelecer a dimensão das coisas e das pessoas. Em lugar de oferecer um cenário excelso, numa revoada de adjetivos e períodos candentes, pega o miúdo e mostra nele uma grandeza, uma beleza ou uma singularidade insuspeitadas.

Era para ficar inflada de contentamento. Acontece que, apesar de tanta fortuna crítica, desafortunadamente os anos 20 de hoje não são os 50 do século passado. [...]

De lá para cá, muita coisa mudou. Jornais e revistas estão longe de ser o que foram sob Samuel Wainer ou Assis Chateaubriand. Minha presença era massiva, terminou sendo substituída por fotos de pratos de comida, gatinhos fofos, cãezinhos hilários, frases de autoajuda e dancinhas nas redes sociais.

Os candidatos a me representar foram minguando. Refiro-me aos ótimos, os regulares fervilham por aí. Entretanto, como os talentosos ainda existem e não desistem, vou ocupando espaços como este.

Afinal, eu sou a crônica. Nunca pretendi ser monumental, nem ciência exata. Sempre fui, e serei, como dizia o poeta, uma ilha visitável, sem acomodações de residência.


Adaptado de: https://revistacult.uol.com.br/home/ilha-visitavel/. Acesso em: 18 de abr. 2022.
Em relação ao excerto “[...] agora vou jogar pesado. Perdoe-me o leitor por abrir um parêntese tão avantajado [...]”, assinale a alternativa correta.
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399Q1057524 | Texto associado, Pontuação, Aspirante da Polícia Militar, PM GO, INSTITUTO AOCP, 2022

Texto associado.

ILHA VISITÁVEL


Carlos Castelo

7 de abril de 2022



Eu sou a crônica, sou natural ali do Rio de Janeiro. Sou eu quem leva o dia a dia para milhões de brasileiros.

Esse ano completo 170 primaveras em nossas plagas. Não é pouca coisa. Após tanto tempo, posso afirmar até com certo orgulho: mesmo quem não frequenta jornais e revistas, me conhece. Já viu o Veríssimo, o Otto, a Clarice em minha companhia. Se não reparou, agora vou jogar pesado. Perdoe-me o leitor por abrir um parêntese tão avantajado, mas notem o que Machado de Assis – o próprio, de fardão e pincenê – declarou a meu respeito:

Essas vizinhas, entre o jantar e a merenda, sentaram-se à porta, para debicar os sucessos do dia. Provavelmente começaram a lastimar-se do calor. Uma dizia que não pudera comer ao jantar, outra que tinha a camisa mais ensopada do que as ervas que comera. Passar das ervas às plantações do morador fronteiro, e logo às tropelias amatórias do dito morador, e ao resto, era a coisa mais fácil, natural e possível do mundo. Eis a origem da crônica.

Era só o começo. Andei na pena e no tinteiro de um sem-número de coroados das letras nacionais. Bandeira disse que sou um conjunto de quase nadas. Drummond foi mais longe, defendeu a minha inutilidade:

O inútil tem sua forma particular de utilidade. É a pausa, o descanso, o refrigério do desmedido afã de racionalizar todos os atos de nossa vida (e a do próximo) sob o critério exclusivo de eficiência, produtividade, rentabilidade e tal e coisa. Tão compensatória é essa pausa que o inútil acaba por se tornar da maior utilidade, exagero que não hesito em combater, como nocivo ao equilíbrio moral.

E não são apenas poetas apontando a minha conveniência. Eis aí o crítico Antonio Candido, que não me deixa mentir (apesar de que, como sou cruza de ficção com jornalismo, até poderia).

A crônica está sempre ajudando a estabelecer ou restabelecer a dimensão das coisas e das pessoas. Em lugar de oferecer um cenário excelso, numa revoada de adjetivos e períodos candentes, pega o miúdo e mostra nele uma grandeza, uma beleza ou uma singularidade insuspeitadas.

Era para ficar inflada de contentamento. Acontece que, apesar de tanta fortuna crítica, desafortunadamente os anos 20 de hoje não são os 50 do século passado. [...]

De lá para cá, muita coisa mudou. Jornais e revistas estão longe de ser o que foram sob Samuel Wainer ou Assis Chateaubriand. Minha presença era massiva, terminou sendo substituída por fotos de pratos de comida, gatinhos fofos, cãezinhos hilários, frases de autoajuda e dancinhas nas redes sociais.

Os candidatos a me representar foram minguando. Refiro-me aos ótimos, os regulares fervilham por aí. Entretanto, como os talentosos ainda existem e não desistem, vou ocupando espaços como este.

Afinal, eu sou a crônica. Nunca pretendi ser monumental, nem ciência exata. Sempre fui, e serei, como dizia o poeta, uma ilha visitável, sem acomodações de residência.


Adaptado de: https://revistacult.uol.com.br/home/ilha-visitavel/. Acesso em: 18 de abr. 2022.
Sobre o excerto “[...] sentaram-se à porta, para debicar os sucessos do dia. Provavelmente começaram a lastimar-se do calor.”, assinale a alternativa correta.
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400Q1057017 | Texto associado, Sintaxe, Médico Cardiologista, PM BA, IBFC, 2020

Texto associado.

As crônicas da vila de Itaguaí dizem que em tempos remotos vivera ali um certo médico, o Dr. Simão Bacamarte, filho da nobreza da terra e o maior dos médicos do Brasil [...]. Estudara em Coimbra e Pádua. Aos trinta e quatro anos regressou ao Brasil [...]

— A ciência, disse ele a Sua Majestade, é o meu emprego único; Itaguaí é o meu universo.

Dito isso, meteu-se em Itaguaí, e entregou-se de corpo e alma ao estudo da ciência [...]. Aos quarenta anos casou com D. Evarista da Costa e Mascarenhas, senhora de vinte e cinco anos, viúva de um juiz de fora, e não bonita nem simpática. [...] Ela reunia condições fisiológicas e anatômicas de primeira ordem, digeria com facilidade [...]; estava assim apta para dar-lhe filhos robustos, sãos e inteligentes. Se além dessas prendas, — únicas dignas da preocupação de um sábio, D. Evarista era mal composta de feições, longe de lastimá-lo, agradecia-o a Deus, porquanto não corria o risco de preterir os interesses da ciência na contemplação exclusiva, miúda e vulgar da consorte.

Ela mentiu às esperanças do Dr. Bacamarte, não lhe deu filhos robustos nem mofinos. A índole natural da ciência é a longanimidade; o nosso médico esperou três anos, depois quatro, depois cinco. [...] e à sua resistência (de D. Evarista), — explicável, mas inqualificável, — devemos a total extinção da dinastia dos Bacamartes.[...]

http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000012.pdfoalie nistaacessoem02/12/2019(adaptado)

Observe: “A ciência, disse ele a Sua Majestade, é o meu emprego único; Itaguaí é o meu universo”. Sobre a estrutura e funções sintáticas dos elementos que compõem o período citado, assinale a alternativa incorreta.
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