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Questões de Concursos Câmara de Araraquara SP

Resolva questões de Câmara de Araraquara SP comentadas com gabarito, online ou em PDF, revisando rapidamente e fixando o conteúdo de forma prática.


21Q920169 | Libras, Legislação e Surdez, Tradutor e Intérprete de Libras, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

João irá participar de um processo seletivo para ingressar em curso de ensino superior. Pelo fato de ser uma pessoa com surdez, ele tem direito às seguintes medidas/benefícios, EXCETO:
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22Q920183 | Libras, Aspectos Fonológicos, Tradutor e Intérprete de Libras, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

No processo de tradução e interpretação é fundamental entender como a variação sintática afeta a comunicação na Libras. A ordem dos elementos frasais em Libras, em especial a sequência Sujeito-Verbo-Objeto (SVO), é fundamental para a construção da mensagem, proporcionando a organização dos sinais durante a comunicação. Considerando tais aspectos, é correto afirmar que a ordem SVO na Libras:
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23Q920171 | Libras, Legislação e Surdez, Tradutor e Intérprete de Libras, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

A Língua Brasileira de Sinais (Libras) e outros recursos de expressão a ela associados são reconhecidos como meio legal de comunicação e expressão, constituindo um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil, sendo informação consistente acerca dela que:
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24Q919919 | Raciocínio Lógico, Agente Administrativo, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

5 funcionários da Câmara Municipal X, sendo eles: Alice, Bruno, Carla, Daniel e Eduardo, são responsáveis por trancar a sala do conselho ao final do expediente, de segunda a sexta-feira. Cada funcionário realiza essa tarefa em um dia diferente, de acordo com as seguintes informações:

• Alice não tranca a sala na sexta-feira;
• Carla tranca a sala um dia antes de Alice;
• Bruno tranca a sala no dia seguinte ao de Eduardo;
• Daniel tranca a sala um dia depois de Bruno;
• Eduardo não tranca a sala na terça-feira.

Tendo em vista essas informações, é correto afirmar que:
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25Q920178 | Libras, Legislação e Surdez, Tradutor e Intérprete de Libras, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

Segundo o que dispõe a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), a educação de qualidade da pessoa com deficiência poderá salvaguardá-la da violência, negligência e discriminação, por meio de:
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26Q919923 | Informática, Editor de Textos, Agente Administrativo, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

No Microsoft Word 365 (Configuração Padrão – Idioma Português-Brasil), os atalhos de teclado são recursos essenciais para aumentar a produtividade e a agilidade na execução das tarefas. Considerando essa funcionalidade do software, o atalho de teclado para abrir um novo documento no Word é:
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27Q920188 | Libras, Aspectos Fonológicos, Tradutor e Intérprete de Libras, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

O ponto de articulação é um parâmetro linguístico fundamental na Língua Brasileira de Sinais (Libras), que se refere à localização no espaço de articulação e ocupa uma posição central na análise fonológica da língua, influenciando diretamente a distinção de elementos da comunicação. Considerando os aspectos teóricos sobre o ponto de articulação em Libras, é INCORRETO afirmar que o ponto de articulação:
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28Q919957 | Português, Flexão verbal de modo indicativo, Técnico em Informática, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

Texto associado.
Prazeres mútuos

É normal, quando você vê uma criança bonita, dizer “mas que linda”, “que olhos lindos”, ou coisas no gênero. Mas esses elogios, que fazemos tão naturalmente quando se trata de uma criança ou até de um cachorrinho, dificilmente fazemos a um adulto. Isso me ocorreu quando outro dia conheci, no meio de várias pessoas, uma moça que tinha cabelos lindos. Apesar da minha admiração, fiquei calada, mas percebi minha dificuldade, que aliás não é só minha, acho que é geral. Por que eu não conseguia elogiar seus cabelos?
Fiquei remoendo meus pensamentos (e minha dificuldade), fiz um esforço (que não foi pequeno) e consegui dizer: “que cabelos lindos você tem”. Ela, que estava séria, abriu um grande sorriso, toda feliz, e sem dúvida passou a gostar um pouquinho de mim naquele minuto, mesmo que nunca mais nos vejamos.
Fiquei pensando: é preciso se exercitar e dizer coisas boas às pessoas, homens e mulheres, quando elas existem. Não sei a quem faz mais bem, se a quem ouve ou a quem diz; mas por que, por que, essa dificuldade? Será falta de generosidade? Inveja? Inibição? Há quanto tempo ninguém diz que você está linda ou que tem olhos lindos, como ouvia quando criança? Nem mesmo quando um homem está paquerando uma mulher ele costuma fazer um elogio, só alguns, mais tarde, num momento de intimidade e quando é uma bobagem, como “você tem um pezinho lindo”. Mas sentar numa mesa para jantar pela primeira vez, só os dois, e dizer, com naturalidade, “que olhos lindos você tem”, é difícil de acontecer.
Notar alguma coisa de errado é fácil; não se diz a ninguém que ele tem o nariz torto, mas, se for alguém que estiver em outra mesa, o comentário é espontâneo e inevitável.
Podemos ouvir que a alça do sutiã está aparecendo ou que o rímel escorreu, mas há quanto tempo você não ouve de um homem que tem braços lindos? A não ser que você seja modelo ou miss – e aí é uma obrigação elogiar todas as partes do seu corpo –, os homens não elogiam mais as mulheres, aliás, ninguém elogia ninguém.
E é tão bom receber um elogio; o da amiga que diz que você está um arraso já é ótimo, mas, de uma pessoa que você acabou de conhecer e que talvez não veja nunca mais, aquele elogio espontâneo e sincero, é das melhores coisas da vida.
Fique atenta; quando chegar a um lugar e conhecer pessoas novas, alguma coisa de alguma delas vai chamar a sua atenção e sua tendência será, como sempre, ficar calada. Pois não fique. Faça um pequeno esforço e diga alguma coisa que você notou e gostou; o quanto a achou simpática, como parece tranquila, como seu anel é lindo, qualquer coisa.
Todas as pessoas do mundo têm alguma coisa de bom e bonito, nem que seja a expressão do olhar, e ouvir isso, sobretudo de alguém que nunca se viu, é sempre muito bom.
Existe gente que faz disso uma profissão, e passa a vida elogiando os outros, mas não é delas que estamos falando.
Só vale se for de verdade, e se você começar a se exercitar nesse jogo e, com sinceridade, elogiar o que merece ser elogiado, irá espalhando alegrias e prazeres por onde passar, que fatalmente reverterão para você mesma, porque a vida costuma ser assim.
Apesar de a vida ter me mostrado que nem sempre é assim, continuo acreditando no que aprendi na infância, e isso me faz muito bem.

(Danuza Leão. Folha de S. Paulo. Cotidiano. Em: novembro de 2005.)
Fique atenta; quando chegar a um lugar e conhecer pessoas novas, alguma coisa de alguma delas vai chamar a sua atenção e sua tendência será, como sempre, ficar calada.” (7º§) A ação inicial do trecho transcrito “Fique” cria uma aproximação com o leitor através do emprego de:
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29Q919902 | Português, Redação, Agente Administrativo, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

Texto associado.
Texto para responder à questão.

Há cidadãos neste país?

Cabem, pelo menos, duas perguntas em um país onde a figura do cidadão é tão esquecida. Quantos habitantes, no Brasil, são cidadãos? Quantos nem sequer sabem que não o são?
O simples nascer investe o indivíduo de uma soma inalienável de direitos, apenas pelo fato de ingressar na sociedade humana. Viver, tornar-se de um ser no mundo, é assumir, com os demais, uma herança moral, que faz de cada qual um portador de prerrogativas sociais. Direito a um teto, à comida, à educação, à saúde, à proteção contra o frio, a chuva, as intempéries; direito ao trabalho, à justiça, à liberdade e a uma existência digna.
O discurso das liberdades humanas e dos direitos seus garantidores é, certamente, ainda mais vasto. Tantas vezes proclamado e repetido, tantas vezes menosprezado. É isso, justamente, o que faz a diferença entre a retórica e o fato. O respeito ao indivíduo é a consagração da cidadania, pela qual uma lista de princípios gerais e abstratos se impõem como um corpo de direitos concretos individualizados. A cidadania é uma lei da sociedade que, sem distinção, atinge a todos e investe cada qual com a força de se ver respeitado contra a força, em qualquer circunstância.
A cidadania, sem dúvida, se aprende. É assim que ela se torna um estado de espírito, enraizado na cultura. É, talvez, nesse sentido, que se costuma dizer que a liberdade não é uma dádiva, mas uma conquista, uma conquista a se manter. Ameaçada por um cotidiano implacável, não basta à cidadania ser um estado de espírito ou uma declaração de intenções. Ela tem o seu corpo e os seus limites como uma situação social, jurídica e política. Para ser mantida pelas gerações sucessivas, para ter eficácia e ser fonte de direitos, ela deve se inscrever na própria letra das leis, mediante dispositivos institucionais que assegurem a fruição das prerrogativas pactuadas e, sempre que haja recusa, o direito de reclamar e ser ouvido.
A cidadania pode começar por definições abstratas, cabíveis em qualquer tempo e lugar, mas para ser válida deve poder ser reclamada. A metamorfose dessa liberdade teórica em direito positivo depende de condições concretas, como a natureza do Estado e do regime, o tipo de sociedade estabelecida e o grau de pugnacidade que vem da consciência possível dentro da sociedade civil em movimento. É por isso que, desse ponto de vista, a situação dos indivíduos não é imutável, está sujeita a retrocessos e avanços. Os homens, pela sua própria essência, buscam a liberdade. Não a procuram com a mesma determinação porque o seu grau de entendimento do mundo não é o mesmo. As sociedades, pela sua própria história, são mais ou menos abertas às conquistas do homem.


(SANTOS, Milton. O espaço do cidadão. 7. ed. São Paulo: Edusp, 2007. p. 19. Adaptado.)
“[...] a situação dos indivíduos não é imutável, está sujeita a retrocessos e avanços.” (5º§). Assinale a alternativa cuja conjunção não altera o sentido do excerto ao ser acrescentada após a vírgula.
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30Q920168 | Libras, História da Educação dos Surdos, Tradutor e Intérprete de Libras, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

Segundo documentos do Instituto Nacional de Educação para Surdos (INES), examinados por Rocha (2013) e Laguna (2015), há dados históricos verdadeiros em:
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31Q919889 | Português, Interpretação de Textos, Agente Administrativo, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

Texto associado.
Texto para responder à questão.

Eu deveria cantar.
Rolar de rir ou chorar, eu deveria, mas tinha desaprendido essas coisas. Talvez então pudesse acender uma vela, correr até a igreja da Consolação, rezar um Pai Nosso, uma Ave Maria e uma Glória ao Pai, tudo que eu lembrava, depois enfiar algum trocado, se tivesse, e nos últimos meses nunca, na caixa de metal “Para as Almas do Purgatório”. Agradecer, pedir luz, como nos tempos em que tinha fé.
Bons tempos aqueles, pensei. Acendi um cigarro. E não tomei nenhuma dessas atitudes, dramáticas como se em algum canto houvesse sempre uma câmera cinematográfica à minha espreita. Ou Deus. Sem juiz nem plateia, sem close nem zoom, fiquei ali parado no começo da tarde escaldante de fevereiro, olhando o telefone que acabara de desligar. Nem sequer fiz o sinal da cruz ou levantei os olhos para o céu. O mínimo, suponho, que um sujeito tem a obrigação de fazer nesses casos, mesmo sem nenhuma fé, como se reagisse a uma espécie de reflexo condicionado místico.
Acontecera um milagre. Um milagre à toa, mas básico para quem, como eu, não tinha pais ricos, dinheiro aplicado, imóveis, nem herança e apenas tentava viver sozinho numa cidade infernal como aquela que trepidava lá fora, além da janela ainda fechada do apartamento. Nada muito sensacional, tipo recuperar de súbito a visão ou erguer-se da cadeira de rodas com o semblante beatificado e a leveza de quem pisa sobre as águas. Embora a miopia ficasse cada vez mais aguda e os joelhos tremessem com frequência, não sabia se fome crônica ou pura tristeza, meus olhos e pernas ainda funcionavam razoavelmente. Outros órgãos, verdade, bem menos.
Toquei o pescoço. E o cérebro, por exemplo.
Já chega, disse para mim mesmo, parado nu no meio da penumbra gosmenta do meio-dia. Pense nesse milagre, homem. Singelo, quase insignificante na sua simplicidade, o pequeno milagre capaz de trazer alguma paz àquela série de solavancos sem rumo nem ritmo que eu, com certa complacência e nenhuma originalidade, estava habituado a chamar de minha vida, tinha um nome. Chamava-se – um emprego.


(ABREU, Caio Fernando. Onde andará Dulce Veiga? São Paulo: Planeta De Agostini, 2003, p. 11-12.)
Caio Fernando Abreu foi um transgressor, autor de uma obra autoconfessional. Fascinado pelo tema da individualidade, por vezes sombrio, voltou a ter enorme popularidade nestes tempos de mídias sociais. Em relação ao texto apresentado, de Caio Fernando Abreu, é correto afirmar que:
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32Q920174 | Libras, Código de Conduta e Ética, Tradutor e Intérprete de Libras, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

O preceito ético norteador das ações de tradutor e intérprete que determina que este não pode alterar a informação tendo em mente o objetivo de prestar ajuda, evitando tomar partido ou emitir opiniões a respeito de algum assunto, demonstrando compromisso com as línguas envolvidas no processo e, essencialmente, prezando o fato de que interpretar e traduzir é passar tecnicamente o que na realidade foi dito, refere-se à
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33Q920189 | Libras, Código de Conduta e Ética, Tradutor e Intérprete de Libras, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

Durante uma audiência pública sobre políticas de inclusão na educação, a intérprete de Libras/língua portuguesa adota diferentes estratégias para mediar o discurso entre os participantes ouvintes e surdos. Em alguns momentos, ela busca uma equivalência mais literal, enquanto, em outros, opta por adaptações culturais e pragmáticas, conforme a natureza do discurso. Tal caso prático hipotético ilustra a importância de decisões éticas na atuação do tradutor e intérprete, considerando o impacto de suas escolhas sobre a comunicação e a neutralidade profissional. Com base no caso hipotético sobre a ética na profissão de tradutor e intérprete de Libras, assinale a afirmativa INCORRETA.
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34Q919974 | Arquitetura de Computadores, Processadores, Técnico em Informática, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

Qual das alternativas a seguir descreve corretamente o funcionamento da memória cache em relação ao processador?
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35Q920170 | Libras, Papel do intérprete na Educação dos Surdos, Tradutor e Intérprete de Libras, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

Um guia-intérprete foi contratado para trabalhar com funcionários surdocegos de uma empresa de comunicação que produz material inclusivo. Tendo como referencial o que dispõe a legislação que regulamenta o exercício profissional da categoria e que deve orientar o guia-intérprete nas suas relações de trabalho com a empresa, é correto afirmar que:
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36Q919947 | Arquivologia, Morfologia, Técnico em Informática, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

Texto associado.
Sempre que eu contrariava Luzia desobedecendo a suas ordens, contestando quase tudo com respostas agressivas, ela me dizia que eu era tão ruim que minha vinda ao mundo pôs um fim à vida da mãe. “Deu fim à nossa mãe”, era a sentença cruel, lançada para me atingir e evocar as complicações que se seguiram ao meu nascimento. Minha mãe se acamou, deprimida. “Nossa mãe se foi de melancolia”, era o que se contava em casa. Nunca soube ao certo o que Luzia sentia por mim, graças ao que nos aconteceu. Por ter sido a responsável por minha criação ainda muito jovem, dizia que ninguém quis se casar com ela por causa dessa obrigação. Nenhum homem iria aguentar minhas malcriações. Sua mágoa era duradoura. Caí feito um fardo sobre suas costas depois da morte da mãe e da partida dos nossos irmãos. Eu era mais uma atribulação para Luzia, além de todas as outras: cuidar da casa, do pai, da roupa da igreja, e ter que se esquivar dos humores do povo da Tapera.
Diferente da mãe e das mulheres da aldeia, Luzia, a irmã mais velha, parecia não ter se interessado pela arte do barro, nem mesmo pelo roçado. Dizia que lavoura era trabalho para homem. Repetia, ao ver a ruma de mulheres caminhando para o mangue à beira do Paraguaçu, que não foi feita para ficar sob o sol catando mariscos, e que se pudesse moraria na cidade grande. Desde cedo passei a seguir seus passos. Às terças e sextas-feiras Luzia andava até o mosteiro, recolhia cortinas, toalhas e estolas, e formava uma imensa trouxa. Equilibrava tudo sobre a cabeça com uma rodilha feita de peça menor, podia ser uma fronha de travesseiro ou uma toalha pequena. Cada entrada no mosteiro era precedida de reprimendas a mim: “Você não pode tocar em nada”, “Não fale alto, nem corra pelo pátio”, “Peça a bênção aos padres quando se dirigirem a você. Seja agradecido se lhe ofertarem algo”. E, claro, só poderia receber qualquer coisa se tivesse seu consentimento. Eu não fazia mais gestos de assentimento às suas recomendações. Planejava como contrariar as regras, em especial aquela que dizia que deveria olhar sempre para o chão e andar como se fosse invisível para não incomodar as orações. Tanta advertência não era por acaso, Luzia confessou num rompante de desabafo: queria manter seu ganha-pão como lavadeira do mosteiro e conseguir uma vaga para que eu estudasse na escola da igreja.
Nessa altura, meu irmão Joaquim tinha retornado de um tempo longo morando na capital. Ele levava uma vida errante, mas quando jovem aparecia vez ou outra para ajudar seu Valter nos carregamentos do saveiro Dadivoso, com sacas de grãos e caixas de verduras. Saíam às quintas-feiras em direção à Feira de São Joaquim e não tinham dia certo para regressar. Foi um tempo em que manejei os saveiros na imaginação, nas brincadeiras de menino, enquanto admirava o Dadivoso e outras embarcações navegando o Paraguaçu em direção à baía. Quando meu irmão começou a trabalhar com seu Valter, eu o seguia até o rio para observar o carregamento das sacas de farinha, dos barris de azeite de dendê e das caixas de inhame e aipim. Guardava a esperança de que me considerassem pronto para trabalhar. Sonhava ir embora de casa, não precisar mais olhar a carranca de Luzia me dizendo que eu era um fardo. Meus irmãos deixaram a Tapera antes mesmo de me conhecerem. Da maioria deles não havia fotografia nem recordação. Eu fiquei só com Luzia e meu pai. Como não havia quem cuidasse de mim na sua ausência, precisei seguir seus passos muito cedo, a todo canto, até que ela me considerasse pronto para ficar sozinho.

(VIEIRA JUNIOR, Itamar. Salvar o fogo. 2. ed. São Paulo: Todavia, 2023. p. 17-18. Fragmento.)
Considerando que as palavras são divididas em classes gramaticais, assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, a classificação dos vocábulos destacados em “Ele levava uma vida errante, mas quando jovem aparecia vez ou outra para ajudar seu Valter nos carregamentos do saveiro Dadivoso, [...]” (3º§).
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37Q919933 | Informática, Malware vírus, Agente Administrativo, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

“É um ataque que utiliza tentativa e erro para adivinhar uma senha, onde os atacantes tentam todas as combinações possíveis na esperança de acertar. São tentativas excessivas com o objetivo de comprometer a senha. Uma boa prática para prevenir esse tipo de ataque é criar senhas seguras, atendendo a requisitos de complexidade, como o uso de caracteres especiais, números, letras maiúsculas e minúsculas, além de implementar a autenticação multifatorial e outros recursos de segurança.” Assinale a alternativa que corresponde ao ataque descrito.
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38Q919896 | Português, Advérbios, Agente Administrativo, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

Texto associado.
Texto para responder à questão.

Há cidadãos neste país?

Cabem, pelo menos, duas perguntas em um país onde a figura do cidadão é tão esquecida. Quantos habitantes, no Brasil, são cidadãos? Quantos nem sequer sabem que não o são?
O simples nascer investe o indivíduo de uma soma inalienável de direitos, apenas pelo fato de ingressar na sociedade humana. Viver, tornar-se de um ser no mundo, é assumir, com os demais, uma herança moral, que faz de cada qual um portador de prerrogativas sociais. Direito a um teto, à comida, à educação, à saúde, à proteção contra o frio, a chuva, as intempéries; direito ao trabalho, à justiça, à liberdade e a uma existência digna.
O discurso das liberdades humanas e dos direitos seus garantidores é, certamente, ainda mais vasto. Tantas vezes proclamado e repetido, tantas vezes menosprezado. É isso, justamente, o que faz a diferença entre a retórica e o fato. O respeito ao indivíduo é a consagração da cidadania, pela qual uma lista de princípios gerais e abstratos se impõem como um corpo de direitos concretos individualizados. A cidadania é uma lei da sociedade que, sem distinção, atinge a todos e investe cada qual com a força de se ver respeitado contra a força, em qualquer circunstância.
A cidadania, sem dúvida, se aprende. É assim que ela se torna um estado de espírito, enraizado na cultura. É, talvez, nesse sentido, que se costuma dizer que a liberdade não é uma dádiva, mas uma conquista, uma conquista a se manter. Ameaçada por um cotidiano implacável, não basta à cidadania ser um estado de espírito ou uma declaração de intenções. Ela tem o seu corpo e os seus limites como uma situação social, jurídica e política. Para ser mantida pelas gerações sucessivas, para ter eficácia e ser fonte de direitos, ela deve se inscrever na própria letra das leis, mediante dispositivos institucionais que assegurem a fruição das prerrogativas pactuadas e, sempre que haja recusa, o direito de reclamar e ser ouvido.
A cidadania pode começar por definições abstratas, cabíveis em qualquer tempo e lugar, mas para ser válida deve poder ser reclamada. A metamorfose dessa liberdade teórica em direito positivo depende de condições concretas, como a natureza do Estado e do regime, o tipo de sociedade estabelecida e o grau de pugnacidade que vem da consciência possível dentro da sociedade civil em movimento. É por isso que, desse ponto de vista, a situação dos indivíduos não é imutável, está sujeita a retrocessos e avanços. Os homens, pela sua própria essência, buscam a liberdade. Não a procuram com a mesma determinação porque o seu grau de entendimento do mundo não é o mesmo. As sociedades, pela sua própria história, são mais ou menos abertas às conquistas do homem.


(SANTOS, Milton. O espaço do cidadão. 7. ed. São Paulo: Edusp, 2007. p. 19. Adaptado.)
Cabem, pelo menos, duas perguntas em um país onde a figura do cidadão é tão esquecida. Quantos habitantes, no Brasil, são cidadãos? Quantos nem sequer sabem que não o são?” (1º§). Em relação ao excerto, assinale a afirmativa INCORRETA.
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39Q1027673 | Raciocínio Lógico, Casa dos Pombos, Analista Legislativo, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

Uma escola de idiomas organiza aulas semanais com diferentes instrutores para atender seus alunos. Ao todo, a escola conta com 14 instrutores, distribuídos conforme a carga horária semanal que lecionam:

• 6 instrutores dão 12 horas de aula por semana;
• 4 instrutores dão 9 horas de aula por semana;
• 3 instrutores dão 15 horas de aula por semana; e
• 1 instrutor dá 18 horas de aula por semana.

De acordo com essas informações, é correto afirmar que em qualquer grupo de:
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40Q920179 | Libras, Legislação e Surdez, Tradutor e Intérprete de Libras, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

Analise as afirmativas apresentadas a seguir, identificando quais são as atribuições do tradutor e intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras), conforme está disposto na Lei nº 14.704/2023, que dispõe sobre o exercício profissional e as condições de trabalho do profissional tradutor, intérprete e guia-intérprete dessa língua. Qual das seguintes atribuições NÃO é uma competência do tradutor e intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras)?
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