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Questões de Concursos Câmara de Araraquara SP

Resolva questões de Câmara de Araraquara SP comentadas com gabarito, online ou em PDF, revisando rapidamente e fixando o conteúdo de forma prática.


41Q920179 | Libras, Legislação e Surdez, Tradutor e Intérprete de Libras, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

Analise as afirmativas apresentadas a seguir, identificando quais são as atribuições do tradutor e intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras), conforme está disposto na Lei nº 14.704/2023, que dispõe sobre o exercício profissional e as condições de trabalho do profissional tradutor, intérprete e guia-intérprete dessa língua. Qual das seguintes atribuições NÃO é uma competência do tradutor e intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras)?
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42Q919990 | Redes de Computadores, DHCP Dynamic Host Configuration Protocol, Técnico em Informática, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

Uma instituição está configurando um servidor DHCP (funcionamento básico) para gerenciar automaticamente a alocação de endereços IP aos dispositivos da sua rede. O administrador deseja que o servidor DHCP atribua IPs dentro de uma faixa específica (192.168.10.100 a 192.168.10.200) e forneça automaticamente informações de gateway e DNS. Assinale, a seguir, a ação essencial para configurar o escopo correto no servidor DHCP.
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43Q920176 | Libras, Código de Conduta e Ética, Tradutor e Intérprete de Libras, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

As glosas representam os sinais para PASTEL, VERDE e MARACUJÁ, os quais executados, cada um deles individualmente, por diferentes intérpretes e concretizando exemplos de variação diatópica, constituem-se em conhecimento contemplado nas disposições do código de ética do tradutor e intérprete porque:
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44Q920187 | Libras, Código de Conduta e Ética, Tradutor e Intérprete de Libras, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

Durante uma audiência pública, um intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras) foi solicitado para interpretar uma palestra que tratava das especificidades da identidade surda. No decorrer da interpretação, surgiram questões relacionadas à preservação da cultura surda durante a tradução. Considerando a relação entre identidade surda e o trabalho do intérprete, é correto afirmar que o respeito à identidade surda:
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45Q920182 | Libras, Código de Conduta e Ética, Tradutor e Intérprete de Libras, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

Considere que, hipoteticamente, em um contexto de tradução e interpretação entre libras e língua portuguesa, um tradutor e intérprete seja solicitado a traduzir uma palestra sobre acessibilidade no contexto educacional. Durante a apresentação, o orador utiliza expressões idiomáticas e metáforas típicas da língua portuguesa, enquanto o tradutor e intérprete deve transmitir essas ideias de forma fluente e adequada para a comunidade surda. A fluência em Libras, nesse caso, envolve não apenas o domínio técnico da língua de sinais, mas também a habilidade de adequar a tradução cultural e conceitualmente, garantindo a precisão da mensagem transmitida. Considerando os desafios da fluência na tradução e interpretação entre Libras e língua portuguesa, assinale a afirmativa INCORRETA.
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46Q919991 | Sistemas Operacionais, Técnico em Informática, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

O servidor IIS oferece suporte a uma ferramenta de linha de comando (AppCmd.exe) para administrar o servidor. Esse poderoso utilitário facilita a leitura e gravação de valores de configuração e o acesso às informações de estado do site e do pool de aplicativos, tudo a partir do prompt de comando. Nessa ferramenta de linha de comando, para exibir a tela de ajuda geral, a qual mostra os objetos suportados pela ferramenta, bem como os seus parâmetros aplicáveis de forma geral, deve-se executar o comando:
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47Q919886 | Português, Interpretação de Textos, Agente Administrativo, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

Texto associado.
Texto para responder à questão.

Eu deveria cantar.
Rolar de rir ou chorar, eu deveria, mas tinha desaprendido essas coisas. Talvez então pudesse acender uma vela, correr até a igreja da Consolação, rezar um Pai Nosso, uma Ave Maria e uma Glória ao Pai, tudo que eu lembrava, depois enfiar algum trocado, se tivesse, e nos últimos meses nunca, na caixa de metal “Para as Almas do Purgatório”. Agradecer, pedir luz, como nos tempos em que tinha fé.
Bons tempos aqueles, pensei. Acendi um cigarro. E não tomei nenhuma dessas atitudes, dramáticas como se em algum canto houvesse sempre uma câmera cinematográfica à minha espreita. Ou Deus. Sem juiz nem plateia, sem close nem zoom, fiquei ali parado no começo da tarde escaldante de fevereiro, olhando o telefone que acabara de desligar. Nem sequer fiz o sinal da cruz ou levantei os olhos para o céu. O mínimo, suponho, que um sujeito tem a obrigação de fazer nesses casos, mesmo sem nenhuma fé, como se reagisse a uma espécie de reflexo condicionado místico.
Acontecera um milagre. Um milagre à toa, mas básico para quem, como eu, não tinha pais ricos, dinheiro aplicado, imóveis, nem herança e apenas tentava viver sozinho numa cidade infernal como aquela que trepidava lá fora, além da janela ainda fechada do apartamento. Nada muito sensacional, tipo recuperar de súbito a visão ou erguer-se da cadeira de rodas com o semblante beatificado e a leveza de quem pisa sobre as águas. Embora a miopia ficasse cada vez mais aguda e os joelhos tremessem com frequência, não sabia se fome crônica ou pura tristeza, meus olhos e pernas ainda funcionavam razoavelmente. Outros órgãos, verdade, bem menos.
Toquei o pescoço. E o cérebro, por exemplo.
Já chega, disse para mim mesmo, parado nu no meio da penumbra gosmenta do meio-dia. Pense nesse milagre, homem. Singelo, quase insignificante na sua simplicidade, o pequeno milagre capaz de trazer alguma paz àquela série de solavancos sem rumo nem ritmo que eu, com certa complacência e nenhuma originalidade, estava habituado a chamar de minha vida, tinha um nome. Chamava-se – um emprego.


(ABREU, Caio Fernando. Onde andará Dulce Veiga? São Paulo: Planeta De Agostini, 2003, p. 11-12.)
O texto em análise pertence ao gênero narrativo e apresenta um potencial de eventos interligados em uma sequência temporal, baseados em fatos reais. Contribuem, para isso, os seguintes elementos linguísticos relacionados, EXCETO:
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48Q920167 | Libras, Código de Conduta e Ética, Tradutor e Intérprete de Libras, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

Maria, pessoa surda, foi atendida por um médico do Sistema Único de Saúde (SUS) em consulta agendada. A consulta foi acompanhada por um intérprete, previamente solicitado por Maria. Durante a consulta, o médico foi atencioso e manteve contato visual com Maria, dirigindo, primeiramente, seus questionamentos e explicações ao intérprete, quando precisou obter alguma informação com a intenção de facilitar a sua própria compreensão acerca da paciente, bem como nos momentos em que foi necessário transmitir conclusões, orientações ou possíveis procedimentos relacionados à consulta. Em relação ao atendimento descrito, é pertinente afirmar que:
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49Q919916 | Raciocínio Lógico, Agente Administrativo, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

Durante uma sessão extraordinária na Câmara Municipal X, 8 projetos de lei foram colocados em pauta. A mesa diretora precisa definir a ordem de votação para 4 desses projetos, com as seguintes regras:

• O primeiro projeto a ser votado deve ser o mais urgente, escolhido entre os 8 projetos disponíveis;
• Após a definição do projeto mais urgente, os outros 3 projetos devem ser escolhidos entre os 7 restantes, sendo organizados em uma ordem específica.

De acordo com essas informações, o número de maneiras diferentes que a mesa diretora pode organizar essa ordem de votação é:
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50Q920172 | Libras, Tipos e Modos de Interpretação, Tradutor e Intérprete de Libras, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

Analise a amostra de interpretação hipotética realizada em sala de aula. Inicialmente, evidencia-se a versão da língua-fonte (a língua portuguesa) e, em seguida, a versão transcrita através de glosas da língua-alvo (a Língua Brasileira de Sinais).
Língua Portuguesa

... sistema previamente selecionado E
O que eu tenho?
Aquilo que tem um significado para mim. O que não tem significado, eu não vou selecionar.
Como se forma isso?
Então, como é?
Eu já tenho um conhecimento prévio e adquiro um conhecimento novo.
Só que a realidade externa é diferente para cada um de nós. Cada um tem uma interpretação diferente. Por isso, quando o professor nos dá aula, cada um tem um foco diferenciado, por quê? Porque nós interpretamos conforme nosso sistema. Eu estou fazendo o curso de direito também. E a dificuldade se dá e como o esquema foi possível fazer tudo. Alguém tem alguma dúvida?

Língua Brasileira de Sinais – Libras

... ORGANIZAÇÃO ASPAS SELECIONAR SELECIONAR <HN> ........................................... TEM SINAL (SIGNIFICADO) MEU ASPAS TEM SINAL MEU COLOCAR PEGAR COLOCAR PEGAR AGORA CONHECER NOVO PRECISA APRENDER MELHOR : EU LER ENTENDER FABIANO LER ENTENDER DIFERENTE EU DELA PESSOA SENTIMENTO DIFERENTE VARIAR ORGANIZAR PENSAR EU CURSO DIREITO. ANTES DIFÍCIL ESTUDAR. DEPOIS COMEÇAR ORGANIZAR E-S-Q-U-E-M-A MELHOR PORQUE EU COMEÇAR ORGANIZAR MEU ESTUDO ELE PERGUNTAR TEM DÚVIDA <?>

O exame comparativo dos dois segmentos destacados NÃO evidencia:
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51Q920180 | Libras, Tipos e Modos de Interpretação, Tradutor e Intérprete de Libras, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

Durante o evento de determinada Câmara Municipal, um tradutor e intérprete de Libras/Língua Portuguesa é escalado para atuar em diferentes momentos, realizando a interpretação simultânea durante palestras, a tradução consecutiva em entrevistas e a tradução intermodal ao apresentar vídeos com legendas. O desempenho adequado de cada uma dessas funções depende da escolha da modalidade apropriada de tradução e interpretação, considerando as características e as necessidades do público-alvo em cada situação. Sobre os modos de tradução e interpretação de Libras/Língua Portuguesa, considerando o contexto apresentado, é correto afirmar que a modalidade:
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52Q919979 | Sistemas Operacionais, Windows, Técnico em Informática, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

Um administrador de sistemas foi designado para configurar um ambiente corporativo que utiliza servidores com Windows Server (2018, 2019, 2020 e 2022) e Red Hat Linux. As responsabilidades incluem criação de usuários e grupos, configuração de permissões de acesso a pastas compartilhadas e gestão de privilégios administrativos. Com base nas características e nas ferramentas nativas desses sistemas operacionais, qual das alternativas a seguir descreve corretamente as etapas e os recursos apropriados para realizar essas configurações?
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53Q919893 | Português, Significação Contextual de Palavras, Agente Administrativo, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

Texto associado.
Texto para responder à questão.

Eu deveria cantar.
Rolar de rir ou chorar, eu deveria, mas tinha desaprendido essas coisas. Talvez então pudesse acender uma vela, correr até a igreja da Consolação, rezar um Pai Nosso, uma Ave Maria e uma Glória ao Pai, tudo que eu lembrava, depois enfiar algum trocado, se tivesse, e nos últimos meses nunca, na caixa de metal “Para as Almas do Purgatório”. Agradecer, pedir luz, como nos tempos em que tinha fé.
Bons tempos aqueles, pensei. Acendi um cigarro. E não tomei nenhuma dessas atitudes, dramáticas como se em algum canto houvesse sempre uma câmera cinematográfica à minha espreita. Ou Deus. Sem juiz nem plateia, sem close nem zoom, fiquei ali parado no começo da tarde escaldante de fevereiro, olhando o telefone que acabara de desligar. Nem sequer fiz o sinal da cruz ou levantei os olhos para o céu. O mínimo, suponho, que um sujeito tem a obrigação de fazer nesses casos, mesmo sem nenhuma fé, como se reagisse a uma espécie de reflexo condicionado místico.
Acontecera um milagre. Um milagre à toa, mas básico para quem, como eu, não tinha pais ricos, dinheiro aplicado, imóveis, nem herança e apenas tentava viver sozinho numa cidade infernal como aquela que trepidava lá fora, além da janela ainda fechada do apartamento. Nada muito sensacional, tipo recuperar de súbito a visão ou erguer-se da cadeira de rodas com o semblante beatificado e a leveza de quem pisa sobre as águas. Embora a miopia ficasse cada vez mais aguda e os joelhos tremessem com frequência, não sabia se fome crônica ou pura tristeza, meus olhos e pernas ainda funcionavam razoavelmente. Outros órgãos, verdade, bem menos.
Toquei o pescoço. E o cérebro, por exemplo.
Já chega, disse para mim mesmo, parado nu no meio da penumbra gosmenta do meio-dia. Pense nesse milagre, homem. Singelo, quase insignificante na sua simplicidade, o pequeno milagre capaz de trazer alguma paz àquela série de solavancos sem rumo nem ritmo que eu, com certa complacência e nenhuma originalidade, estava habituado a chamar de minha vida, tinha um nome. Chamava-se – um emprego.


(ABREU, Caio Fernando. Onde andará Dulce Veiga? São Paulo: Planeta De Agostini, 2003, p. 11-12.)
A fim de construir sentidos, considera-se que a estratégia pela qual as palavras se correlacionam é fundamental e decisiva. Assim sendo, assinale a associação INADEQUADA em relação à significação das palavras, tendo em vista o contexto em que se encontram empregadas.
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54Q919946 | Português, Significação Contextual de Palavras, Técnico em Informática, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

Texto associado.
Sempre que eu contrariava Luzia desobedecendo a suas ordens, contestando quase tudo com respostas agressivas, ela me dizia que eu era tão ruim que minha vinda ao mundo pôs um fim à vida da mãe. “Deu fim à nossa mãe”, era a sentença cruel, lançada para me atingir e evocar as complicações que se seguiram ao meu nascimento. Minha mãe se acamou, deprimida. “Nossa mãe se foi de melancolia”, era o que se contava em casa. Nunca soube ao certo o que Luzia sentia por mim, graças ao que nos aconteceu. Por ter sido a responsável por minha criação ainda muito jovem, dizia que ninguém quis se casar com ela por causa dessa obrigação. Nenhum homem iria aguentar minhas malcriações. Sua mágoa era duradoura. Caí feito um fardo sobre suas costas depois da morte da mãe e da partida dos nossos irmãos. Eu era mais uma atribulação para Luzia, além de todas as outras: cuidar da casa, do pai, da roupa da igreja, e ter que se esquivar dos humores do povo da Tapera.
Diferente da mãe e das mulheres da aldeia, Luzia, a irmã mais velha, parecia não ter se interessado pela arte do barro, nem mesmo pelo roçado. Dizia que lavoura era trabalho para homem. Repetia, ao ver a ruma de mulheres caminhando para o mangue à beira do Paraguaçu, que não foi feita para ficar sob o sol catando mariscos, e que se pudesse moraria na cidade grande. Desde cedo passei a seguir seus passos. Às terças e sextas-feiras Luzia andava até o mosteiro, recolhia cortinas, toalhas e estolas, e formava uma imensa trouxa. Equilibrava tudo sobre a cabeça com uma rodilha feita de peça menor, podia ser uma fronha de travesseiro ou uma toalha pequena. Cada entrada no mosteiro era precedida de reprimendas a mim: “Você não pode tocar em nada”, “Não fale alto, nem corra pelo pátio”, “Peça a bênção aos padres quando se dirigirem a você. Seja agradecido se lhe ofertarem algo”. E, claro, só poderia receber qualquer coisa se tivesse seu consentimento. Eu não fazia mais gestos de assentimento às suas recomendações. Planejava como contrariar as regras, em especial aquela que dizia que deveria olhar sempre para o chão e andar como se fosse invisível para não incomodar as orações. Tanta advertência não era por acaso, Luzia confessou num rompante de desabafo: queria manter seu ganha-pão como lavadeira do mosteiro e conseguir uma vaga para que eu estudasse na escola da igreja.
Nessa altura, meu irmão Joaquim tinha retornado de um tempo longo morando na capital. Ele levava uma vida errante, mas quando jovem aparecia vez ou outra para ajudar seu Valter nos carregamentos do saveiro Dadivoso, com sacas de grãos e caixas de verduras. Saíam às quintas-feiras em direção à Feira de São Joaquim e não tinham dia certo para regressar. Foi um tempo em que manejei os saveiros na imaginação, nas brincadeiras de menino, enquanto admirava o Dadivoso e outras embarcações navegando o Paraguaçu em direção à baía. Quando meu irmão começou a trabalhar com seu Valter, eu o seguia até o rio para observar o carregamento das sacas de farinha, dos barris de azeite de dendê e das caixas de inhame e aipim. Guardava a esperança de que me considerassem pronto para trabalhar. Sonhava ir embora de casa, não precisar mais olhar a carranca de Luzia me dizendo que eu era um fardo. Meus irmãos deixaram a Tapera antes mesmo de me conhecerem. Da maioria deles não havia fotografia nem recordação. Eu fiquei só com Luzia e meu pai. Como não havia quem cuidasse de mim na sua ausência, precisei seguir seus passos muito cedo, a todo canto, até que ela me considerasse pronto para ficar sozinho.

(VIEIRA JUNIOR, Itamar. Salvar o fogo. 2. ed. São Paulo: Todavia, 2023. p. 17-18. Fragmento.)
Observe o período “Sempre que eu contrariava Luzia desobedecendo a suas ordens, contestando quase tudo com respostas agressivas, ela me dizia que eu era tão ruim que minha vinda ao mundo pôs um fim à vida da mãe.” (1º§) e analise as afirmativas a seguir.

I. A segunda oração possui a mesma abordagem da primeira; contudo, utiliza outras palavras – ou seja, é redundante.
II. Apesar de “contrariar” e “contestar” serem sinônimos, as frases têm sentidos diferentes.
III. A repetição foi utilizada como recurso estilístico nas duas primeiras frases.
IV. As escolhas lexicais contribuem para perceber que “discussões” são comuns entre os personagens.
V. Em “[...] minha vinda ao mundo pôs um fim à vida da mãe.”, utilizou-se eufemismo para falar sobre a morte da mãe dos irmãos.

Está correto o que se afirma apenas em
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55Q919966 | Informática, Técnico em Informática, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

O Windows 11 é um sistema operacional desenvolvido pela Microsoft, muito utilizado em desktops, laptops e outros dispositivos pessoais. Ele oferece uma interface moderna, com novos recursos e melhorias de desempenho em relação às versões anteriores. Considerando as características desse sistema operacional, assinale a alternativa que melhor descreve seu tipo.
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56Q919905 | Português, Termos essenciais da oração Sujeito e Predicado, Agente Administrativo, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

Texto associado.
Texto para responder à questão.

Há cidadãos neste país?

Cabem, pelo menos, duas perguntas em um país onde a figura do cidadão é tão esquecida. Quantos habitantes, no Brasil, são cidadãos? Quantos nem sequer sabem que não o são?
O simples nascer investe o indivíduo de uma soma inalienável de direitos, apenas pelo fato de ingressar na sociedade humana. Viver, tornar-se de um ser no mundo, é assumir, com os demais, uma herança moral, que faz de cada qual um portador de prerrogativas sociais. Direito a um teto, à comida, à educação, à saúde, à proteção contra o frio, a chuva, as intempéries; direito ao trabalho, à justiça, à liberdade e a uma existência digna.
O discurso das liberdades humanas e dos direitos seus garantidores é, certamente, ainda mais vasto. Tantas vezes proclamado e repetido, tantas vezes menosprezado. É isso, justamente, o que faz a diferença entre a retórica e o fato. O respeito ao indivíduo é a consagração da cidadania, pela qual uma lista de princípios gerais e abstratos se impõem como um corpo de direitos concretos individualizados. A cidadania é uma lei da sociedade que, sem distinção, atinge a todos e investe cada qual com a força de se ver respeitado contra a força, em qualquer circunstância.
A cidadania, sem dúvida, se aprende. É assim que ela se torna um estado de espírito, enraizado na cultura. É, talvez, nesse sentido, que se costuma dizer que a liberdade não é uma dádiva, mas uma conquista, uma conquista a se manter. Ameaçada por um cotidiano implacável, não basta à cidadania ser um estado de espírito ou uma declaração de intenções. Ela tem o seu corpo e os seus limites como uma situação social, jurídica e política. Para ser mantida pelas gerações sucessivas, para ter eficácia e ser fonte de direitos, ela deve se inscrever na própria letra das leis, mediante dispositivos institucionais que assegurem a fruição das prerrogativas pactuadas e, sempre que haja recusa, o direito de reclamar e ser ouvido.
A cidadania pode começar por definições abstratas, cabíveis em qualquer tempo e lugar, mas para ser válida deve poder ser reclamada. A metamorfose dessa liberdade teórica em direito positivo depende de condições concretas, como a natureza do Estado e do regime, o tipo de sociedade estabelecida e o grau de pugnacidade que vem da consciência possível dentro da sociedade civil em movimento. É por isso que, desse ponto de vista, a situação dos indivíduos não é imutável, está sujeita a retrocessos e avanços. Os homens, pela sua própria essência, buscam a liberdade. Não a procuram com a mesma determinação porque o seu grau de entendimento do mundo não é o mesmo. As sociedades, pela sua própria história, são mais ou menos abertas às conquistas do homem.


(SANTOS, Milton. O espaço do cidadão. 7. ed. São Paulo: Edusp, 2007. p. 19. Adaptado.)
Assinale a alternativa que apresenta a afirmativa correta.
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57Q919909 | Raciocínio Lógico, Agente Administrativo, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

Ao saber que aconteceria em sua cidade uma competição de quem come a maior quantidade de hambúrgueres, Júlio se preparou, diariamente, durante um certo período de tempo para participar da disputa. No primeiro dia de preparação, ele comeu 4 hambúrgueres. Do segundo dia em diante, ele comeu, a cada dia que passou, 2 hambúrgueres a mais que o dia anterior, conseguindo comer um total de 130 hambúrgueres durante todos os dias que passou treinando. Sendo assim, qual a quantidade de hambúrgueres que Júlio comeu no último dia de treinamento?
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58Q919949 | Português, Crase, Técnico em Informática, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

Texto associado.
Sempre que eu contrariava Luzia desobedecendo a suas ordens, contestando quase tudo com respostas agressivas, ela me dizia que eu era tão ruim que minha vinda ao mundo pôs um fim à vida da mãe. “Deu fim à nossa mãe”, era a sentença cruel, lançada para me atingir e evocar as complicações que se seguiram ao meu nascimento. Minha mãe se acamou, deprimida. “Nossa mãe se foi de melancolia”, era o que se contava em casa. Nunca soube ao certo o que Luzia sentia por mim, graças ao que nos aconteceu. Por ter sido a responsável por minha criação ainda muito jovem, dizia que ninguém quis se casar com ela por causa dessa obrigação. Nenhum homem iria aguentar minhas malcriações. Sua mágoa era duradoura. Caí feito um fardo sobre suas costas depois da morte da mãe e da partida dos nossos irmãos. Eu era mais uma atribulação para Luzia, além de todas as outras: cuidar da casa, do pai, da roupa da igreja, e ter que se esquivar dos humores do povo da Tapera.
Diferente da mãe e das mulheres da aldeia, Luzia, a irmã mais velha, parecia não ter se interessado pela arte do barro, nem mesmo pelo roçado. Dizia que lavoura era trabalho para homem. Repetia, ao ver a ruma de mulheres caminhando para o mangue à beira do Paraguaçu, que não foi feita para ficar sob o sol catando mariscos, e que se pudesse moraria na cidade grande. Desde cedo passei a seguir seus passos. Às terças e sextas-feiras Luzia andava até o mosteiro, recolhia cortinas, toalhas e estolas, e formava uma imensa trouxa. Equilibrava tudo sobre a cabeça com uma rodilha feita de peça menor, podia ser uma fronha de travesseiro ou uma toalha pequena. Cada entrada no mosteiro era precedida de reprimendas a mim: “Você não pode tocar em nada”, “Não fale alto, nem corra pelo pátio”, “Peça a bênção aos padres quando se dirigirem a você. Seja agradecido se lhe ofertarem algo”. E, claro, só poderia receber qualquer coisa se tivesse seu consentimento. Eu não fazia mais gestos de assentimento às suas recomendações. Planejava como contrariar as regras, em especial aquela que dizia que deveria olhar sempre para o chão e andar como se fosse invisível para não incomodar as orações. Tanta advertência não era por acaso, Luzia confessou num rompante de desabafo: queria manter seu ganha-pão como lavadeira do mosteiro e conseguir uma vaga para que eu estudasse na escola da igreja.
Nessa altura, meu irmão Joaquim tinha retornado de um tempo longo morando na capital. Ele levava uma vida errante, mas quando jovem aparecia vez ou outra para ajudar seu Valter nos carregamentos do saveiro Dadivoso, com sacas de grãos e caixas de verduras. Saíam às quintas-feiras em direção à Feira de São Joaquim e não tinham dia certo para regressar. Foi um tempo em que manejei os saveiros na imaginação, nas brincadeiras de menino, enquanto admirava o Dadivoso e outras embarcações navegando o Paraguaçu em direção à baía. Quando meu irmão começou a trabalhar com seu Valter, eu o seguia até o rio para observar o carregamento das sacas de farinha, dos barris de azeite de dendê e das caixas de inhame e aipim. Guardava a esperança de que me considerassem pronto para trabalhar. Sonhava ir embora de casa, não precisar mais olhar a carranca de Luzia me dizendo que eu era um fardo. Meus irmãos deixaram a Tapera antes mesmo de me conhecerem. Da maioria deles não havia fotografia nem recordação. Eu fiquei só com Luzia e meu pai. Como não havia quem cuidasse de mim na sua ausência, precisei seguir seus passos muito cedo, a todo canto, até que ela me considerasse pronto para ficar sozinho.

(VIEIRA JUNIOR, Itamar. Salvar o fogo. 2. ed. São Paulo: Todavia, 2023. p. 17-18. Fragmento.)
Analise os trechos a seguir.

I. “Deu fim à nossa mãe [...]” (1º§)
II. “Repetia, ao ver a ruma de mulheres caminhando para o mangue à beira do Paraguaçu [...]” (2º§)
III. “Eu não fazia mais gestos de assentimento às suas recomendações.” (2º§)

Sobre o acento indicativo de crase nas orações anteriores, pode-se afirmar que:
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59Q919898 | Português, Significação Contextual de Palavras, Agente Administrativo, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

Texto associado.
Texto para responder à questão.

Há cidadãos neste país?

Cabem, pelo menos, duas perguntas em um país onde a figura do cidadão é tão esquecida. Quantos habitantes, no Brasil, são cidadãos? Quantos nem sequer sabem que não o são?
O simples nascer investe o indivíduo de uma soma inalienável de direitos, apenas pelo fato de ingressar na sociedade humana. Viver, tornar-se de um ser no mundo, é assumir, com os demais, uma herança moral, que faz de cada qual um portador de prerrogativas sociais. Direito a um teto, à comida, à educação, à saúde, à proteção contra o frio, a chuva, as intempéries; direito ao trabalho, à justiça, à liberdade e a uma existência digna.
O discurso das liberdades humanas e dos direitos seus garantidores é, certamente, ainda mais vasto. Tantas vezes proclamado e repetido, tantas vezes menosprezado. É isso, justamente, o que faz a diferença entre a retórica e o fato. O respeito ao indivíduo é a consagração da cidadania, pela qual uma lista de princípios gerais e abstratos se impõem como um corpo de direitos concretos individualizados. A cidadania é uma lei da sociedade que, sem distinção, atinge a todos e investe cada qual com a força de se ver respeitado contra a força, em qualquer circunstância.
A cidadania, sem dúvida, se aprende. É assim que ela se torna um estado de espírito, enraizado na cultura. É, talvez, nesse sentido, que se costuma dizer que a liberdade não é uma dádiva, mas uma conquista, uma conquista a se manter. Ameaçada por um cotidiano implacável, não basta à cidadania ser um estado de espírito ou uma declaração de intenções. Ela tem o seu corpo e os seus limites como uma situação social, jurídica e política. Para ser mantida pelas gerações sucessivas, para ter eficácia e ser fonte de direitos, ela deve se inscrever na própria letra das leis, mediante dispositivos institucionais que assegurem a fruição das prerrogativas pactuadas e, sempre que haja recusa, o direito de reclamar e ser ouvido.
A cidadania pode começar por definições abstratas, cabíveis em qualquer tempo e lugar, mas para ser válida deve poder ser reclamada. A metamorfose dessa liberdade teórica em direito positivo depende de condições concretas, como a natureza do Estado e do regime, o tipo de sociedade estabelecida e o grau de pugnacidade que vem da consciência possível dentro da sociedade civil em movimento. É por isso que, desse ponto de vista, a situação dos indivíduos não é imutável, está sujeita a retrocessos e avanços. Os homens, pela sua própria essência, buscam a liberdade. Não a procuram com a mesma determinação porque o seu grau de entendimento do mundo não é o mesmo. As sociedades, pela sua própria história, são mais ou menos abertas às conquistas do homem.


(SANTOS, Milton. O espaço do cidadão. 7. ed. São Paulo: Edusp, 2007. p. 19. Adaptado.)
Conforme o contexto a seguir, assinale a alternativa cuja palavra sublinhada apresenta a significação correta.
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60Q919901 | Português, Pronomes relativos, Agente Administrativo, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

Texto associado.
Texto para responder à questão.

Há cidadãos neste país?

Cabem, pelo menos, duas perguntas em um país onde a figura do cidadão é tão esquecida. Quantos habitantes, no Brasil, são cidadãos? Quantos nem sequer sabem que não o são?
O simples nascer investe o indivíduo de uma soma inalienável de direitos, apenas pelo fato de ingressar na sociedade humana. Viver, tornar-se de um ser no mundo, é assumir, com os demais, uma herança moral, que faz de cada qual um portador de prerrogativas sociais. Direito a um teto, à comida, à educação, à saúde, à proteção contra o frio, a chuva, as intempéries; direito ao trabalho, à justiça, à liberdade e a uma existência digna.
O discurso das liberdades humanas e dos direitos seus garantidores é, certamente, ainda mais vasto. Tantas vezes proclamado e repetido, tantas vezes menosprezado. É isso, justamente, o que faz a diferença entre a retórica e o fato. O respeito ao indivíduo é a consagração da cidadania, pela qual uma lista de princípios gerais e abstratos se impõem como um corpo de direitos concretos individualizados. A cidadania é uma lei da sociedade que, sem distinção, atinge a todos e investe cada qual com a força de se ver respeitado contra a força, em qualquer circunstância.
A cidadania, sem dúvida, se aprende. É assim que ela se torna um estado de espírito, enraizado na cultura. É, talvez, nesse sentido, que se costuma dizer que a liberdade não é uma dádiva, mas uma conquista, uma conquista a se manter. Ameaçada por um cotidiano implacável, não basta à cidadania ser um estado de espírito ou uma declaração de intenções. Ela tem o seu corpo e os seus limites como uma situação social, jurídica e política. Para ser mantida pelas gerações sucessivas, para ter eficácia e ser fonte de direitos, ela deve se inscrever na própria letra das leis, mediante dispositivos institucionais que assegurem a fruição das prerrogativas pactuadas e, sempre que haja recusa, o direito de reclamar e ser ouvido.
A cidadania pode começar por definições abstratas, cabíveis em qualquer tempo e lugar, mas para ser válida deve poder ser reclamada. A metamorfose dessa liberdade teórica em direito positivo depende de condições concretas, como a natureza do Estado e do regime, o tipo de sociedade estabelecida e o grau de pugnacidade que vem da consciência possível dentro da sociedade civil em movimento. É por isso que, desse ponto de vista, a situação dos indivíduos não é imutável, está sujeita a retrocessos e avanços. Os homens, pela sua própria essência, buscam a liberdade. Não a procuram com a mesma determinação porque o seu grau de entendimento do mundo não é o mesmo. As sociedades, pela sua própria história, são mais ou menos abertas às conquistas do homem.


(SANTOS, Milton. O espaço do cidadão. 7. ed. São Paulo: Edusp, 2007. p. 19. Adaptado.)
Analise a frase “[...] ela deve se inscrever na própria letra das leis, mediante dispositivos institucionais que assegurem a fruição das prerrogativas pactuadas [...]” (4º§) e assinale a afirmativa correta quanto ao vocábulo “que”.
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