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61 Q25666 | Português, Auxiliar de Enfermagem do Trabalho, CLIN, COSEAC

Texto associado.
Primavera

1 A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.

2 Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, - e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.

3 Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jaipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, - e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.

4 Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.

5 Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, - e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.

6 Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.

7 Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento em que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, - e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora, se entendeu e amou.

8 Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.

9 Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, - por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida - e efêmera.

(MEIRELES, Cecília. "Cecília Meireles - Obra em Prosa?, Vol. 1. Nova Fronteira: Rio de Janeiro, 1998, p. 366.)
"Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul." (§ 8)

Das alterações feitas na oração adjetiva do período acima, está INADEQUADA ao padrão culto da língua a seguinte:

62 Q657 | Português, Agente Administrativo, CLIN, FEC

Texto associado.
Clara dos Anjos
Lima Barreto

O carteiro Joaquim dos Anjos não era homem de serestas
e serenatas, mas gostava de violão e de modinhas. Ele
mesmo tocava flauta, instrumento que já foi muito estimado,
não o sendo tanto atualmente como outrora. Acreditava-se
até músico, pois compunha valsas, tangos e
acompanhamentos para modinhas.
Aprendera a “artinha” musical na terra de seu nascimento,
nos arredores de Diamantina, e a sabia de cor e salteado; mas
não saíra daí.
Pouco ambicioso em música, ele o era também nas
demais manifestações de sua vida. Empregado de um
advogado famoso, sempre quisera obter um modesto
emprego público que lhe desse direito à aposentadoria e ao
montepio, para a mulher e a filha. Conseguira aquele de
carteiro, havia quinze para vinte anos, com o qual estava
muito contente, apesar de ser trabalhoso e o ordenado ser
exíguo.
Logo que foi nomeado, tratou de vender as terras que
tinha no local de seu nascimento e adquirir aquela casita de
subúrbio, por preço módico, mas, mesmo assim, o dinheiro
não chegara e o resto pagou ele em prestações. Agora, e
mesmo há vários anos, estava de plena posse dela. Era
simples a casa. Tinha dois quartos, um que dava para a sala
de visitas e outro, para a de jantar. Correspondendo a um
terço da largura total da casa, havia, nos fundos, um puxadito
que era a cozinha. Fora do corpo da casa, um barracão para
banheiro, tanque, etc; e o quintal era de superfície razoável,
onde cresciam goiabeiras maltratadas e um grande
tamarindeiro copado.
A rua desenvolvia-se no plano, e, quando chovia,
encharcava que nem um pântano; entretanto, era povoada e
dela se descortinava um lindo panorama de montanhas que
pareciam cercá-la de todos os lados, embora a grande
distância. Tinha boas casas a rua. Havia até uma grande
chácara de outros tempos com aquela casa característica de
velhas chácaras de longa fachada, de teto acaçapado,
forrada de azulejos até a metade do pé-direito, um tanto feia, é
fato, sem garridice¹, mas casando-se perfeitamente com as
anosas² mangueiras, com as robustas jaqueiras e com todas
aquelas grandes e velhas árvores que, talvez, os que as
plantaram não tivessem visto frutificar.

1- Brilho, elegância.
2- Velhas.

( COUTINHO, Afrânio., 4ª ed. vol. I RJ: EDLE, 1970, págs. 248/249.) Clara dos Anjos. In Antologia Brasileira de Literatura.

A opção a seguir que contém um verbo no mesmo tempo e no mesmo modo que o verbo em negrito na frase:Aprendera “ a "artinha" musical.” (2º§) é:

63 Q654 | Português, Agente Administrativo, CLIN, FEC

Texto associado.
Clara dos Anjos
Lima Barreto

O carteiro Joaquim dos Anjos não era homem de serestas
e serenatas, mas gostava de violão e de modinhas. Ele
mesmo tocava flauta, instrumento que já foi muito estimado,
não o sendo tanto atualmente como outrora. Acreditava-se
até músico, pois compunha valsas, tangos e
acompanhamentos para modinhas.
Aprendera a “artinha” musical na terra de seu nascimento,
nos arredores de Diamantina, e a sabia de cor e salteado; mas
não saíra daí.
Pouco ambicioso em música, ele o era também nas
demais manifestações de sua vida. Empregado de um
advogado famoso, sempre quisera obter um modesto
emprego público que lhe desse direito à aposentadoria e ao
montepio, para a mulher e a filha. Conseguira aquele de
carteiro, havia quinze para vinte anos, com o qual estava
muito contente, apesar de ser trabalhoso e o ordenado ser
exíguo.
Logo que foi nomeado, tratou de vender as terras que
tinha no local de seu nascimento e adquirir aquela casita de
subúrbio, por preço módico, mas, mesmo assim, o dinheiro
não chegara e o resto pagou ele em prestações. Agora, e
mesmo há vários anos, estava de plena posse dela. Era
simples a casa. Tinha dois quartos, um que dava para a sala
de visitas e outro, para a de jantar. Correspondendo a um
terço da largura total da casa, havia, nos fundos, um puxadito
que era a cozinha. Fora do corpo da casa, um barracão para
banheiro, tanque, etc; e o quintal era de superfície razoável,
onde cresciam goiabeiras maltratadas e um grande
tamarindeiro copado.
A rua desenvolvia-se no plano, e, quando chovia,
encharcava que nem um pântano; entretanto, era povoada e
dela se descortinava um lindo panorama de montanhas que
pareciam cercá-la de todos os lados, embora a grande
distância. Tinha boas casas a rua. Havia até uma grande
chácara de outros tempos com aquela casa característica de
velhas chácaras de longa fachada, de teto acaçapado,
forrada de azulejos até a metade do pé-direito, um tanto feia, é
fato, sem garridice¹, mas casando-se perfeitamente com as
anosas² mangueiras, com as robustas jaqueiras e com todas
aquelas grandes e velhas árvores que, talvez, os que as
plantaram não tivessem visto frutificar.

1- Brilho, elegância.
2- Velhas.

( COUTINHO, Afrânio., 4ª ed. vol. I RJ: EDLE, 1970, págs. 248/249.) Clara dos Anjos. In Antologia Brasileira de Literatura.
No trecho: “...mas gostava de violão e de modinhas.” (1º§), a regência verbal está de acordo com as normas gramaticais. A opção em que a regência verbal FERE tais normas é:

64 Q664 | Informática, Agente Administrativo, CLIN, FEC

Em relação à formatação de células no Excel 2000, a opção que contém apenas algumas das opções oferecidas por default nas guias da janela formatar células:

65 Q25655 | Segurança e Saúde no Trabalho, Auxiliar de Enfermagem do Trabalho, CLIN, COSEAC

As lesões por esforços repetitivos (LER) e os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (Dort) são danos decorrentes da utilização excessiva, imposta ao sistema musculoesquelético, e da falta de tempo para recuperação. Quanto aos objetivos dos profissionais de saúde na abordagem dos casos de LER/DORT, pode-se afirmar que:

66 Q25687 | Informática, Auxiliar de Enfermagem do Trabalho, CLIN, COSEAC

São duas características das memórias RAM:

67 Q655 | Português, Agente Administrativo, CLIN, FEC

Texto associado.
Clara dos Anjos
Lima Barreto

O carteiro Joaquim dos Anjos não era homem de serestas
e serenatas, mas gostava de violão e de modinhas. Ele
mesmo tocava flauta, instrumento que já foi muito estimado,
não o sendo tanto atualmente como outrora. Acreditava-se
até músico, pois compunha valsas, tangos e
acompanhamentos para modinhas.
Aprendera a “artinha” musical na terra de seu nascimento,
nos arredores de Diamantina, e a sabia de cor e salteado; mas
não saíra daí.
Pouco ambicioso em música, ele o era também nas
demais manifestações de sua vida. Empregado de um
advogado famoso, sempre quisera obter um modesto
emprego público que lhe desse direito à aposentadoria e ao
montepio, para a mulher e a filha. Conseguira aquele de
carteiro, havia quinze para vinte anos, com o qual estava
muito contente, apesar de ser trabalhoso e o ordenado ser
exíguo.
Logo que foi nomeado, tratou de vender as terras que
tinha no local de seu nascimento e adquirir aquela casita de
subúrbio, por preço módico, mas, mesmo assim, o dinheiro
não chegara e o resto pagou ele em prestações. Agora, e
mesmo há vários anos, estava de plena posse dela. Era
simples a casa. Tinha dois quartos, um que dava para a sala
de visitas e outro, para a de jantar. Correspondendo a um
terço da largura total da casa, havia, nos fundos, um puxadito
que era a cozinha. Fora do corpo da casa, um barracão para
banheiro, tanque, etc; e o quintal era de superfície razoável,
onde cresciam goiabeiras maltratadas e um grande
tamarindeiro copado.
A rua desenvolvia-se no plano, e, quando chovia,
encharcava que nem um pântano; entretanto, era povoada e
dela se descortinava um lindo panorama de montanhas que
pareciam cercá-la de todos os lados, embora a grande
distância. Tinha boas casas a rua. Havia até uma grande
chácara de outros tempos com aquela casa característica de
velhas chácaras de longa fachada, de teto acaçapado,
forrada de azulejos até a metade do pé-direito, um tanto feia, é
fato, sem garridice¹, mas casando-se perfeitamente com as
anosas² mangueiras, com as robustas jaqueiras e com todas
aquelas grandes e velhas árvores que, talvez, os que as
plantaram não tivessem visto frutificar.

1- Brilho, elegância.
2- Velhas.

( COUTINHO, Afrânio., 4ª ed. vol. I RJ: EDLE, 1970, págs. 248/249.) Clara dos Anjos. In Antologia Brasileira de Literatura.
Em: “Havia até uma grande chácara...” (5º§), as palavras estão devidamente acentuadas. O item abaixo em que, pelo menos, uma das palavras está ERRONEAMENTE acentuada é:

68 Q25677 | Enfermagem, Auxiliar de Enfermagem do Trabalho, CLIN, COSEAC

Com relação ao código de ética de enfermagem, julgue os itens abaixo como verdadeiros (V) ou falsos (F) e, em seguida, assinale a opção correta.

( ) O profissional de enfermagem exerce suas atividades com competência para a promoção do ser humano na sua integralidade, de acordo com os princípios da ética e da bioética.
( ) É direito do profissional de enfermagem negar ou omitir informações sobre o exercício profissional quando solicitado pelo Conselho Regional de Enfermagem.
( ) É direito do profissional de enfermagem negar ou omitir informações sobre o exercício profissional quando solicitado pelo Conselho Regional de Enfermagem.
( ) É responsabilidade e dever do auxiliar de enfermagem participar com segurança e competência, independente de valores religiosos, culturais ou pessoais, de atos abortivos previstos em lei.
( ) É dever do auxiliar de enfermagem, no exercício de suas atribuições, garantir a continuidade da assistência de enfermagem em condições que ofereçam segurança, mesmo em caso de suspensão das atividades profissionais decorrentes de movimentos reivindicatórios da categoria.
( ) No exercício de suas responsabilidades, é proibido ao profissional de enfermagem divulgar ou fazer referência a casos, situações ou fatos de forma que os envolvidos possam ser identificados.

A sequência correta, de cima para baixo, é:

69 Q659 | Português, Agente Administrativo, CLIN, FEC

Texto associado.
Clara dos Anjos
Lima Barreto

O carteiro Joaquim dos Anjos não era homem de serestas
e serenatas, mas gostava de violão e de modinhas. Ele
mesmo tocava flauta, instrumento que já foi muito estimado,
não o sendo tanto atualmente como outrora. Acreditava-se
até músico, pois compunha valsas, tangos e
acompanhamentos para modinhas.
Aprendera a “artinha” musical na terra de seu nascimento,
nos arredores de Diamantina, e a sabia de cor e salteado; mas
não saíra daí.
Pouco ambicioso em música, ele o era também nas
demais manifestações de sua vida. Empregado de um
advogado famoso, sempre quisera obter um modesto
emprego público que lhe desse direito à aposentadoria e ao
montepio, para a mulher e a filha. Conseguira aquele de
carteiro, havia quinze para vinte anos, com o qual estava
muito contente, apesar de ser trabalhoso e o ordenado ser
exíguo.
Logo que foi nomeado, tratou de vender as terras que
tinha no local de seu nascimento e adquirir aquela casita de
subúrbio, por preço módico, mas, mesmo assim, o dinheiro
não chegara e o resto pagou ele em prestações. Agora, e
mesmo há vários anos, estava de plena posse dela. Era
simples a casa. Tinha dois quartos, um que dava para a sala
de visitas e outro, para a de jantar. Correspondendo a um
terço da largura total da casa, havia, nos fundos, um puxadito
que era a cozinha. Fora do corpo da casa, um barracão para
banheiro, tanque, etc; e o quintal era de superfície razoável,
onde cresciam goiabeiras maltratadas e um grande
tamarindeiro copado.
A rua desenvolvia-se no plano, e, quando chovia,
encharcava que nem um pântano; entretanto, era povoada e
dela se descortinava um lindo panorama de montanhas que
pareciam cercá-la de todos os lados, embora a grande
distância. Tinha boas casas a rua. Havia até uma grande
chácara de outros tempos com aquela casa característica de
velhas chácaras de longa fachada, de teto acaçapado,
forrada de azulejos até a metade do pé-direito, um tanto feia, é
fato, sem garridice¹, mas casando-se perfeitamente com as
anosas² mangueiras, com as robustas jaqueiras e com todas
aquelas grandes e velhas árvores que, talvez, os que as
plantaram não tivessem visto frutificar.

1- Brilho, elegância.
2- Velhas.

( COUTINHO, Afrânio., 4ª ed. vol. I RJ: EDLE, 1970, págs. 248/249.) Clara dos Anjos. In Antologia Brasileira de Literatura.
A alternativa a seguir em que se verifica, pelo menos, uma palavra ERRADAMENTE escrita é:

70 Q25664 | Português, Interpretação de Textos, Auxiliar de Enfermagem do Trabalho, CLIN, COSEAC

Texto associado.
Primavera

1 A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.

2 Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, - e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.

3 Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jaipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, - e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.

4 Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.

5 Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, - e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.

6 Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.

7 Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento em que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, - e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora, se entendeu e amou.

8 Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.

9 Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, - por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida - e efêmera.

(MEIRELES, Cecília. "Cecília Meireles - Obra em Prosa?, Vol. 1. Nova Fronteira: Rio de Janeiro, 1998, p. 366.)
A informação sobre o referente do pronome em destaque está INCORRETA em:
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