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121Q688409 | Geografia, Aluno 2 Dia, Colégio Naval, Marinha, 2019

Texto associado.
O espaço geográfico tem cada vez mais despertado interesses de grupos, países e empresários pela disponibilidade dos recursos naturais dispostos nos territórios. Essa cobiça exige dos países detentores de grandes riquezas cada vez mais a implementação de políticas adequadas à proteção da soberania nacional.No Brasil é crescente o debate sobre a importância da Amazônia Azul, uma imensa área do litoral medindo quase 4,5 milhões de quilômetros quadrados, o que acrescentaria ao país uma área equivalente a mais de 50% de sua extensão territorial.
Sobre as potencialidades e desafios marítimos do Brasil, assinale a opção correta.
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122Q157060 | História, Oficial da Marinha, COLÉGIO NAVAL, CN

A Lei Eusébio de Queiroz ficou conhecida por proibir o tráfico internacional de escravos no Brasil. Assinale a opção que indica setores da economia em que foram aplicados recursos antes destinados ao tráfico internacional de escravos.

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123Q157019 | Português, Oficial da Marinha, COLÉGIO NAVAL, CN

Texto associado.

Texto para responder às questões de 1 a 18.

TEXTO I

Campeonato do desperdício

No campeonato do desperdício, somos campeões em várias modalidades. Algumas de que nos orgulhamos e outras de que nem tanto. Meu amigo Adamastor, antropólogo das horas vagas, não me deu as causas primeiras de nossa primazia, mas forneceu-me uma lista em que somos imbatíveis. Claro, das modalidades que "nem tanto". Vocês já ouviram falar em lixo rico? Somos os campeões. Nosso lixo faria a fartura de um Haiti. Com o que jogamos fora e que poderia ser aproveitado, poder-se-ia alimentar muito mais do que a população do Haiti. Há pesquisas do assunto e cálculos exatos que "nem tanto". Somos um país pobre com mania de rico. E nosso lixo é mais rico do que o lixo dos países ricos. Meu falecido pai costumava dizer: rico raspa o queijo com as costas da faca; remediado corta uma casca bem fininha; pobre, contudo, arranca uma lasca imensa do queijo. Meu pai dizia, e tenho a impressão que meu pai era um homem preconceituoso, mas em termos de manuseio dos alimentos nacionais, arrancamos uma lasca imensa do queijo, ah, sim, arrancamos. Outra modalidade em que somos campeões absolutos, o desperdício do transporte. Ninguém no mundo consegue, tanto quanto nós, jogar grãos nas estradas. Não viajo pouco e me considero testemunha ocular. A Anhanguera, por exemplo, tem verdadeiras plantações de soja em suas margens. Quando pego uma traseira de caminhão e aquela chuva de grãos me assusta, penso rápido e fico calmo: faz parte da competição e temos de ser campeões. Na construção civil o desperdício chega a ser escandaloso. Um dia o Adamastor, antropólogo das horas vagas, me veio com uma folha de jornal onde se liam estatísticas indecentes. Com o que se joga fora de material (do mais bruto ao mais sofisticado) , o Brasil poderia construir todos os estádios que a FIFA exige e ainda poderia exportar cidades para o mundo. Antigamente, este que vos atormenta, levava um litro lavado para trocar por outro cheio de leite. Você, caro leitor, talvez nem tenha notícia disso. Mas era assim. Agora, compra-se o leite e sua embalagem internamente aluminizada para jogá-la no lixo. Quanto de nosso petróleo vai para o lixo em forma de sacos plásticos? Vocês já ouviram falar que o petróleo é um recurso inesgotável? Claro que não! Mas sente algum remorso ao jogar os sacos trazidos do supermercado no lixo? Claro que não. Nossa cultura de mosaico nos tirou a capacidade de ligar os fenômenos entre si. E o que desperdiçamos de talentos, de esforço educacional? São advogados atendendo em balcão de banco, engenheiros vendendo cachorroquente nas avenidas de São Paulo, são gênios que se desperdiçam diariamente como se fossem recursos, eles também, inesgotáveis. No dia em que a gente precisar, vai lá e pega. No dia em que a genteprecisar, pode não existir mais. Não importa, vivemos no melhor dos mundos, segundo a opinião do Adamastor, o gigante, plagiando um tal de Dr. Pangloss, que ironizava um tal de Leibniz.
BRAFF, Menalton.

Em www.cartacapital.com.br - Acesso em 14 jan., 2013 - adaptado. Dr.Pangloss - personagem de Cândido, de Voltaire. Caracteriza-se pelo extremo otimismo. Leibniz - Autor da teoria de que nada acontece ao acaso. Estamos no melhor dos mundos possíveis, o ser só é, só existe, porque é o melhor possível. Adamastor, o- gigante - personificação do Cabo das Tormentas, em Os Lusíadas, do escritor português Luiz Vaz de Camões,

Em que opção a regência do termo destacado apresenta um desvio da norma padrão?

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124Q52997 | Português, Oficial da Marinha, Colégio Naval, MB, 2018

Correndo risco de vida

Em uma de suas histórias geniais, Monteiro Lobato nos apresenta o reformador da natureza, Américo PiscaPisca. Questionando o perfeito equilíbrio do mundo natural, Américo Pisca-Pisca apontava um desequilíbrio flagrante no fato de uma enorme árvore, como a jabuticabeira, sustentar frutos tão pequeninos, enquanto a colossal abóbora é sustentada pelo caule fino de uma planta rasteira. Satisfeito com sua grande descoberta, Américo deita-se sob a sombra de uma das jabuticabeiras e adormece. Lá peias tantas, uma frutinha lhe cai bem na ponta do seu nariz. Aturdido, o reformador se dá conta de sua lógica.
Se os reformadores da natureza, como Américo Pisca-Pisca, já caíram no ridículo, os reformadores da língua ainda gozam de muito prestígio. Durante muito tempo era possível usar a expressão “fulano não corre mais risco de vida”. Qualquer falante normal decodificava a expressão “risco de vida" como “ter a vida em risco”. E tudo ia muito bem, até que um desses reformadores da língua sentenciou, do alto da sua vã inteligência: “"não é risco de vida, é risco de morte”. Quer dizer que só ele teve essa brilhante percepção, todos os outros falantes da língua não passavam de obtusos irrecuperáveis, é o tipo de sujeito que acredita ter inventado a roda. E impressiona a fortuna crítica de tal asneira. Desde então, todos os jornais propalam “o grande líder sicrano ainda corre o risco de morte”. E me desculpem, mas risco de morte é muito pernóstico.
Assim como o reformador da natureza não entende nada da dinâmica do mundo natural, esses gramáticos que pretendem reformar o uso linguístico invocando sua pretensa racionalidade não percebem coisa alguma da lógica de funcionamento da língua. Como bem ensinou Saussure, fundador da linguística moderna, tudo na língua é convenção. A expressão “risco de vida", estava consagrada pelo uso e não se criava problemas na comunicação, porque nenhum falante, ao ouvir tal expressão, pensava que o sujeito corra risco de viver.
A relação entre as formas linguísticas e o seu conteúdo é arbitrária e convencionada socialmente. Em Japonês, por exemplo, o objeto precede o verbo. Diz-se "João o bolo comeu" em vez de “João comeu o bolo”, como em português. Se o nosso reformador da língua baixasse por lá, tentaria convencer os japoneses de que o verbo preceder o seu objeto é muito mais lógico!
Mas os ingênuos poderiam argumentar: o nosso oráculo gramatical não melhorou a língua tornando-a mais lógica? Não, meus caros, ele a empobreceu. Pois, ao lado da expressão mais trivial “correr o risco de cair do cavalo”, a língua tem uma expressão mais sofisticada: correr risco de vida. Tal construção dissonante amplia as possibilidades expressivas da língua, criando um veio que pode vir a ser explorado por poetas e demais criadores da língua. “Corrigir" risco de vida por risco de morte é substituir uma expressão mais sutil e sofisticada por sua versão mais imediata, trivial e óbvia. E um recurso expressivo passou a correr risco de vida pela ação nefanda dos fariseus no templo democrático da língua.

LUCCHESI, Dante. Correndo risco de vida. ATarde, 17 set.2006, p.3, Opinião - adaptado.

Analise as afirmativas abaixo.

I- "Quer dizer que só ele teve essa brilhante percepção[...]’’ (§2°)
II- "É o tipo de sujeito que acredita ter inventado a roda.” (§2°)
III- "[...] esses gramáticos que pretendem reformar o uso linguístico[...]” (§3°)
IV- "[...] tentaria convencer os japoneses de que o verbo preceder o seu objeto é muito mais lógico!" (§4°)

Está correto afirmar que NÃO complementam o verbo os vocábulos destacados em:
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125Q689619 | Português, Sintaxe, Aluno 2 Dia, Colégio Naval, Marinha, 2019

Texto associado.

Redes sociais: o reino encantado da intimidade de faz de conta


      Recebi, por e-mail, um convite para um evento literário. Aceitei, e logo a moça que me convidou pediu meu número de Whatsapp para agilizar algumas informações. No dia seguinte, nossa formalidade havia evoluído para emojis de coraçãozinho. No terceiro dia, eia iniciou a mensagem com um "bom dia, amiga". Quando eu fizer aniversário, acho que vou convidá-la pra festa.

      Postei no Instagram a foto de um cartaz de cinema, e uma leitora deixou um comentário no Direct. Disse que vem passando por um drama parecido como do filme; algo tão pessoal, que ela só quis contar para mim, em quem confia 100%. Como não chamá-la para a próxima ceia de Natal aqui em casa? Fotos de recém-nascidos me são enviadas por mulheres que eu nem sabia que estavam grávidas. Mando condolências pela morte do avô de alguém que mal cumprimento quando encontro num bar. Acompanho a dieta alimentar de estranhos. Fico sabendo que o amigo de uma conhecida troca, todos os dias, as fraldas de sua mãe velhinha, mas que não faria isso pelo pai, que sempre foi seco e frio com ele - e me comovo; sinto como se estivesse sentada a seu lado no sofá, enxugando suas lágrimas.

      Mas não estou sentada a seu lado no sofá e nem mesmo sei quem ele é; apenas li um comentário deixado numa postagem do Facebook, entre outras milhares de postagens diárias que não são pra mim, mas que estão ao alcance dos meus olhos. É o reino encantado das confidências instantâneas e das distâncias suprimidas: nunca fomos tão íntimos de todos.

      Pena que esse mundo fofo é de faz de conta, intimidade, pra valer, exige paciência e convivência, tudo o que, infelizmente, tornou-se sinônimo de perda de tempo. Mais vale a aproximação ilusória: as pessoas amam você, mesmo sem conhecê-la de verdade. É como disse, certa vez, o ator Daniel Dantas em entrevista à Marilia Gabriela: "Eu gostaria de ser a pessoa que meu cachorro pensa que eu sou".

      Genial. Um cachorro começa a seguir você na rua e, se você der atenção e o levar pra casa, ganha um amigo na hora. O cachorro vai achá-lo o máximo, pois a única coisa que ele quer é pertencer. Ele não está nem aí para suas fraquezas, para suas esquisitices, para a pessoa que você realmente é: basta que você o adote.

      A comparação é meio forçada, mas tem alguma relação com o que acontece nas redes. Farejamos uns aos outros, ofertamos um like e, de imediato, ganhamos um amigo que não sabe nada de profundo sobre nós, e provavelmente nunca saberá. A diferença - a favor do cachorro - é que este está realmente por perto, todos os dias, e é sensível aos nossos estados de ânimo, tornando-se íntimo a seu modo. Já alguns seres humanos seguem outros seres humanos sem que jamais venham a pertencer à vida um do outro, inaugurando uma nova intimidade: a que não existe de modo nenhum.

Martha Medeiros <https://www, revistaversar.com. br/redes-sociais-inttmÍdade/> - (com adaptações)

Assinale a opção que apresenta apenas um período composto por coordenação.
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126Q694048 | Não definido, Aluno 1 Dia, Colégio Naval, Marinha, 2019

O perímetro do triângulo ABC mede x unidades. O triângulo DEF é semelhante ao triângulo ABC e sua área é 36 vezes a área do triângulo ABC. Nessas condições, é correto afirmar que 0 perímetro do triângulo DEF é igual a:
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127Q596313 | Direito Marítimo, Oficial de 2a Classe, Colégio Naval, Marinha

De acordo com as Normas da Autoridade Marítima Brasileira para Embarcações Empregadas na Navegação Interior, quantas boias salva-vidas uma embarcação não SOLAS, utilizada na navegação interior e de comprimento total igual a 50 metros, deve dotar?
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128Q705089 | Português, Praça de 2° Classe, Colégio Naval, Marinha, 2019

Assinale a opção que apresenta a correta classificação da oração subordinada destacada em: "Mesmo que ele
entregue os relatórios, ele será demitido."
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129Q692141 | Português, Interpretação de Textos, Aluno 2 Dia, Colégio Naval, Marinha, 2019

Texto associado.

Redes sociais: o reino encantado da intimidade de faz de conta


      Recebi, por e-mail, um convite para um evento literário. Aceitei, e logo a moça que me convidou pediu meu número de Whatsapp para agilizar algumas informações. No dia seguinte, nossa formalidade havia evoluído para emojis de coraçãozinho. No terceiro dia, eia iniciou a mensagem com um "bom dia, amiga". Quando eu fizer aniversário, acho que vou convidá-la pra festa.

      Postei no Instagram a foto de um cartaz de cinema, e uma leitora deixou um comentário no Direct. Disse que vem passando por um drama parecido como do filme; algo tão pessoal, que ela só quis contar para mim, em quem confia 100%. Como não chamá-la para a próxima ceia de Natal aqui em casa? Fotos de recém-nascidos me são enviadas por mulheres que eu nem sabia que estavam grávidas. Mando condolências pela morte do avô de alguém que mal cumprimento quando encontro num bar. Acompanho a dieta alimentar de estranhos. Fico sabendo que o amigo de uma conhecida troca, todos os dias, as fraldas de sua mãe velhinha, mas que não faria isso pelo pai, que sempre foi seco e frio com ele - e me comovo; sinto como se estivesse sentada a seu lado no sofá, enxugando suas lágrimas.

      Mas não estou sentada a seu lado no sofá e nem mesmo sei quem ele é; apenas li um comentário deixado numa postagem do Facebook, entre outras milhares de postagens diárias que não são pra mim, mas que estão ao alcance dos meus olhos. É o reino encantado das confidências instantâneas e das distâncias suprimidas: nunca fomos tão íntimos de todos.

      Pena que esse mundo fofo é de faz de conta, intimidade, pra valer, exige paciência e convivência, tudo o que, infelizmente, tornou-se sinônimo de perda de tempo. Mais vale a aproximação ilusória: as pessoas amam você, mesmo sem conhecê-la de verdade. É como disse, certa vez, o ator Daniel Dantas em entrevista à Marilia Gabriela: "Eu gostaria de ser a pessoa que meu cachorro pensa que eu sou".

      Genial. Um cachorro começa a seguir você na rua e, se você der atenção e o levar pra casa, ganha um amigo na hora. O cachorro vai achá-lo o máximo, pois a única coisa que ele quer é pertencer. Ele não está nem aí para suas fraquezas, para suas esquisitices, para a pessoa que você realmente é: basta que você o adote.

      A comparação é meio forçada, mas tem alguma relação com o que acontece nas redes. Farejamos uns aos outros, ofertamos um like e, de imediato, ganhamos um amigo que não sabe nada de profundo sobre nós, e provavelmente nunca saberá. A diferença - a favor do cachorro - é que este está realmente por perto, todos os dias, e é sensível aos nossos estados de ânimo, tornando-se íntimo a seu modo. Já alguns seres humanos seguem outros seres humanos sem que jamais venham a pertencer à vida um do outro, inaugurando uma nova intimidade: a que não existe de modo nenhum.

Martha Medeiros <https://www, revistaversar.com. br/redes-sociais-inttmÍdade/> - (com adaptações)

Assinale a opção na qual o fragmento "Mas não estou sentada a seu lado no sofá e nem mesmo sei quem ele é, apenas li um comentário deixado numa postagem do Facebook, entre outras milhares de postagens diárias que não são pra mim, mas que estão ao alcance dos meus olhos. “ (4°§) foi reescrito mantendo a ideia original.
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130Q53007 | Português, Oficial da Marinha, Colégio Naval, MB, 2018

Correndo risco de vida

Em uma de suas histórias geniais, Monteiro Lobato nos apresenta o reformador da natureza, Américo PiscaPisca. Questionando o perfeito equilíbrio do mundo natural, Américo Pisca-Pisca apontava um desequilíbrio flagrante no fato de uma enorme árvore, como a jabuticabeira, sustentar frutos tão pequeninos, enquanto a colossal abóbora é sustentada pelo caule fino de uma planta rasteira. Satisfeito com sua grande descoberta, Américo deita-se sob a sombra de uma das jabuticabeiras e adormece. Lá peias tantas, uma frutinha lhe cai bem na ponta do seu nariz. Aturdido, o reformador se dá conta de sua lógica.
Se os reformadores da natureza, como Américo Pisca-Pisca, já caíram no ridículo, os reformadores da língua ainda gozam de muito prestígio. Durante muito tempo era possível usar a expressão “fulano não corre mais risco de vida”. Qualquer falante normal decodificava a expressão “risco de vida" como “ter a vida em risco”. E tudo ia muito bem, até que um desses reformadores da língua sentenciou, do alto da sua vã inteligência: “"não é risco de vida, é risco de morte”. Quer dizer que só ele teve essa brilhante percepção, todos os outros falantes da língua não passavam de obtusos irrecuperáveis, é o tipo de sujeito que acredita ter inventado a roda. E impressiona a fortuna crítica de tal asneira. Desde então, todos os jornais propalam “o grande líder sicrano ainda corre o risco de morte”. E me desculpem, mas risco de morte é muito pernóstico.
Assim como o reformador da natureza não entende nada da dinâmica do mundo natural, esses gramáticos que pretendem reformar o uso linguístico invocando sua pretensa racionalidade não percebem coisa alguma da lógica de funcionamento da língua. Como bem ensinou Saussure, fundador da linguística moderna, tudo na língua é convenção. A expressão “risco de vida", estava consagrada pelo uso e não se criava problemas na comunicação, porque nenhum falante, ao ouvir tal expressão, pensava que o sujeito corra risco de viver.
A relação entre as formas linguísticas e o seu conteúdo é arbitrária e convencionada socialmente. Em Japonês, por exemplo, o objeto precede o verbo. Diz-se "João o bolo comeu" em vez de “João comeu o bolo”, como em português. Se o nosso reformador da língua baixasse por lá, tentaria convencer os japoneses de que o verbo preceder o seu objeto é muito mais lógico!
Mas os ingênuos poderiam argumentar: o nosso oráculo gramatical não melhorou a língua tornando-a mais lógica? Não, meus caros, ele a empobreceu. Pois, ao lado da expressão mais trivial “correr o risco de cair do cavalo”, a língua tem uma expressão mais sofisticada: correr risco de vida. Tal construção dissonante amplia as possibilidades expressivas da língua, criando um veio que pode vir a ser explorado por poetas e demais criadores da língua. “Corrigir" risco de vida por risco de morte é substituir uma expressão mais sutil e sofisticada por sua versão mais imediata, trivial e óbvia. E um recurso expressivo passou a correr risco de vida pela ação nefanda dos fariseus no templo democrático da língua.

LUCCHESI, Dante. Correndo risco de vida. ATarde, 17 set.2006, p.3, Opinião - adaptado.

Assinale a opção em que o pronome átono exerce função pleonástica. 
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131Q596995 | Direito Marítimo, Oficial de 2a Classe, Colégio Naval, Marinha

De acordo com as Normas da Autoridade Marítima Brasileira para as Atividades de Inspeção Naval, que atividade efetua a fiscalização dos requisitos legais de segurança em embarcações de bandeira estrangeira que chegam a seus portos, em conformidade com as orientações adotadas pelo Acordo de Viha dei Mar, do qual o Brasil faz parte?
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132Q596152 | História, Oficial de 2a Classe, Colégio Naval, Marinha

0 primeiro conflito internacional que o Brasil participou após sua Independência foi a Guerra da Cisplatina (1825-1828) . A respeito dessa guerra, é correto afirmar que
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133Q703358 | Português, Fonética e Fonologia, Oficial, Colégio Naval, Marinha, 2019

Texto associado.
Texto 04 
Tempo dos Ponteiros 
Uma menina coleciona relógios. 
De papel, de plástico, de louça, de bronze, de madeira. 
Relógios de antes e de agora. Relógios grandes e pequenos. 
Relógios de brincar e de usar. 
De pulso, de bolso, de mesa, de parede.· 
Ela gosta também de recortar relógios das revistas. 
Brinca com os ponteiros. 
Guarda um relógio que foi do bisavô. 
Os ponteiros pararam. 
Não andam mais. 
Ela não conheceu o bisavô. 
A menina conhece o tempo dos ponteiros. 
(PARREIRAS, Ninfa. Poemas do Tempo. São Paulo: Paulinas, 2013, 4.ed.)
Assinale a opção em que a função da linguagem está corretamente relacionada ao verso destacado do poema
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134Q157611 | Português, Oficial da Marinha, COLÉGIO NAVAL, CN

Texto associado.

Texto para responder às questões de 1 a 18.

TEXTO I

Campeonato do desperdício

No campeonato do desperdício, somos campeões em várias modalidades. Algumas de que nos orgulhamos e outras de que nem tanto. Meu amigo Adamastor, antropólogo das horas vagas, não me deu as causas primeiras de nossa primazia, mas forneceu-me uma lista em que somos imbatíveis. Claro, das modalidades que "nem tanto". Vocês já ouviram falar em lixo rico? Somos os campeões. Nosso lixo faria a fartura de um Haiti. Com o que jogamos fora e que poderia ser aproveitado, poder-se-ia alimentar muito mais do que a população do Haiti. Há pesquisas do assunto e cálculos exatos que "nem tanto". Somos um país pobre com mania de rico. E nosso lixo é mais rico do que o lixo dos países ricos. Meu falecido pai costumava dizer: rico raspa o queijo com as costas da faca; remediado corta uma casca bem fininha; pobre, contudo, arranca uma lasca imensa do queijo. Meu pai dizia, e tenho a impressão que meu pai era um homem preconceituoso, mas em termos de manuseio dos alimentos nacionais, arrancamos uma lasca imensa do queijo, ah, sim, arrancamos. Outra modalidade em que somos campeões absolutos, o desperdício do transporte. Ninguém no mundo consegue, tanto quanto nós, jogar grãos nas estradas. Não viajo pouco e me considero testemunha ocular. A Anhanguera, por exemplo, tem verdadeiras plantações de soja em suas margens. Quando pego uma traseira de caminhão e aquela chuva de grãos me assusta, penso rápido e fico calmo: faz parte da competição e temos de ser campeões. Na construção civil o desperdício chega a ser escandaloso. Um dia o Adamastor, antropólogo das horas vagas, me veio com uma folha de jornal onde se liam estatísticas indecentes. Com o que se joga fora de material (do mais bruto ao mais sofisticado) , o Brasil poderia construir todos os estádios que a FIFA exige e ainda poderia exportar cidades para o mundo. Antigamente, este que vos atormenta, levava um litro lavado para trocar por outro cheio de leite. Você, caro leitor, talvez nem tenha notícia disso. Mas era assim. Agora, compra-se o leite e sua embalagem internamente aluminizada para jogá-la no lixo. Quanto de nosso petróleo vai para o lixo em forma de sacos plásticos? Vocês já ouviram falar que o petróleo é um recurso inesgotável? Claro que não! Mas sente algum remorso ao jogar os sacos trazidos do supermercado no lixo? Claro que não. Nossa cultura de mosaico nos tirou a capacidade de ligar os fenômenos entre si. E o que desperdiçamos de talentos, de esforço educacional? São advogados atendendo em balcão de banco, engenheiros vendendo cachorroquente nas avenidas de São Paulo, são gênios que se desperdiçam diariamente como se fossem recursos, eles também, inesgotáveis. No dia em que a gente precisar, vai lá e pega. No dia em que a genteprecisar, pode não existir mais. Não importa, vivemos no melhor dos mundos, segundo a opinião do Adamastor, o gigante, plagiando um tal de Dr. Pangloss, que ironizava um tal de Leibniz.
BRAFF, Menalton.

Em www.cartacapital.com.br - Acesso em 14 jan., 2013 - adaptado. Dr.Pangloss - personagem de Cândido, de Voltaire. Caracteriza-se pelo extremo otimismo. Leibniz - Autor da teoria de que nada acontece ao acaso. Estamos no melhor dos mundos possíveis, o ser só é, só existe, porque é o melhor possível. Adamastor, o- gigante - personificação do Cabo das Tormentas, em Os Lusíadas, do escritor português Luiz Vaz de Camões,

Em que opção a análise morfossintática do texto está adequada?

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135Q597016 | Português, Sintaxe, Oficial de 2a Classe, Colégio Naval, Marinha

Que opção completa corretamente a estrutura "É preciso que nós. . . " ?
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136Q700934 | Legislação Federal, Oficial, Colégio Naval, Marinha, 2019

Na quarta meia hora do quarto, o sino de bordo soará:
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137Q693246 | Não definido, Aluno 1 Dia, Colégio Naval, Marinha, 2019

Texto associado.

A triste e irreparável tragédia ocorrida com o Museu Nacional, situado na Quinta da Boa Vista em São Cristóvão, RJ, em 02/09/2018, incentivou uma pesquisa com um grupo de estudantes, com o intuito de saber quais museus cariocas já visitaram. O resultado aparece a seguir:


- Apenas quatro museus foram mencionados: Museu Nacional (MN), Museu do Amanhã (MA), Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e Museu Histórico Nacional (MHN);

- Todos os consultados afirmaram já terem ido ao MA, sendo que 32 nunca estiveram em qualquer outro dos museus mencionados;

- Dentre 50 dos estudantes que também já foram no CCBB, 30 nunca foram aos outros dois museus mencionados;

- Dentre 40 estudantes que também já foram no MN, 22 nunca foram aos outros dois museus mencionados; Dentre 30 estudantes que também já foram no MHN, 18 nunca foram aos outros dois museus mencionados.

- 10 dos estudantes afirmaram já terem ido a todos os museus mencionados.

Com base nessas informações, quantos estudantes ao total responderam a essa pesquisa?
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138Q693614 | Inglês, Aluno 1 Dia, Colégio Naval, Marinha, 2019

Texto associado.

TEXT II


Passwords to be replaced by Web Authentication


It looks iike login usernames and passwords are on __(I)__ way out. No longer will we have to worry about the security of __(II)__ login credentiais. They are set to be replaced by an infinitely more secure login system known as Web Authentication. Web Authentication has become an official standard for logging in at the main Internet standards body, the World Wide Web Consortium (WWWC). It is a system that will be universally used by web browsers and platforms for simpier and stronger authentication processes. It will allow website users to iog in securely to their online accounts using a digital device, biometrics (such as fingerprints and facial recognition) or USB security keys.

The WWWC spoke about the days of passwords being numbered. A spokesperson said: "lt’s common knowledge that passwords have outlived their efficacy. Not only are stoien, weak or default passwords behind 81 per cent of data breaches, they are a drain of time and resources." It added: "Now is the time for web Services and businesses to adopt Web Authentication to move beyond vulnerable passwords and help web users improve the security of their online experiences," Web Authentication means users are at less risk of having their passwords and credentiais stoien. This is because login authentication is achieved via physicai vices or biometrics from our body.

              <https://breakingnewsenglish.eom/1904/190401 -webauthentication.html>

What two exampies of biometrics did the article mention?
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139Q157570 | Português, Oficial da Marinha, COLÉGIO NAVAL, CN

Texto associado.

Texto para responder às questões de 1 a 18.

TEXTO I

Campeonato do desperdício

No campeonato do desperdício, somos campeões em várias modalidades. Algumas de que nos orgulhamos e outras de que nem tanto. Meu amigo Adamastor, antropólogo das horas vagas, não me deu as causas primeiras de nossa primazia, mas forneceu-me uma lista em que somos imbatíveis. Claro, das modalidades que "nem tanto". Vocês já ouviram falar em lixo rico? Somos os campeões. Nosso lixo faria a fartura de um Haiti. Com o que jogamos fora e que poderia ser aproveitado, poder-se-ia alimentar muito mais do que a população do Haiti. Há pesquisas do assunto e cálculos exatos que "nem tanto". Somos um país pobre com mania de rico. E nosso lixo é mais rico do que o lixo dos países ricos. Meu falecido pai costumava dizer: rico raspa o queijo com as costas da faca; remediado corta uma casca bem fininha; pobre, contudo, arranca uma lasca imensa do queijo. Meu pai dizia, e tenho a impressão que meu pai era um homem preconceituoso, mas em termos de manuseio dos alimentos nacionais, arrancamos uma lasca imensa do queijo, ah, sim, arrancamos. Outra modalidade em que somos campeões absolutos, o desperdício do transporte. Ninguém no mundo consegue, tanto quanto nós, jogar grãos nas estradas. Não viajo pouco e me considero testemunha ocular. A Anhanguera, por exemplo, tem verdadeiras plantações de soja em suas margens. Quando pego uma traseira de caminhão e aquela chuva de grãos me assusta, penso rápido e fico calmo: faz parte da competição e temos de ser campeões. Na construção civil o desperdício chega a ser escandaloso. Um dia o Adamastor, antropólogo das horas vagas, me veio com uma folha de jornal onde se liam estatísticas indecentes. Com o que se joga fora de material (do mais bruto ao mais sofisticado) , o Brasil poderia construir todos os estádios que a FIFA exige e ainda poderia exportar cidades para o mundo. Antigamente, este que vos atormenta, levava um litro lavado para trocar por outro cheio de leite. Você, caro leitor, talvez nem tenha notícia disso. Mas era assim. Agora, compra-se o leite e sua embalagem internamente aluminizada para jogá-la no lixo. Quanto de nosso petróleo vai para o lixo em forma de sacos plásticos? Vocês já ouviram falar que o petróleo é um recurso inesgotável? Claro que não! Mas sente algum remorso ao jogar os sacos trazidos do supermercado no lixo? Claro que não. Nossa cultura de mosaico nos tirou a capacidade de ligar os fenômenos entre si. E o que desperdiçamos de talentos, de esforço educacional? São advogados atendendo em balcão de banco, engenheiros vendendo cachorroquente nas avenidas de São Paulo, são gênios que se desperdiçam diariamente como se fossem recursos, eles também, inesgotáveis. No dia em que a gente precisar, vai lá e pega. No dia em que a genteprecisar, pode não existir mais. Não importa, vivemos no melhor dos mundos, segundo a opinião do Adamastor, o gigante, plagiando um tal de Dr. Pangloss, que ironizava um tal de Leibniz.
BRAFF, Menalton.

Em www.cartacapital.com.br - Acesso em 14 jan., 2013 - adaptado. Dr.Pangloss - personagem de Cândido, de Voltaire. Caracteriza-se pelo extremo otimismo. Leibniz - Autor da teoria de que nada acontece ao acaso. Estamos no melhor dos mundos possíveis, o ser só é, só existe, porque é o melhor possível. Adamastor, o- gigante - personificação do Cabo das Tormentas, em Os Lusíadas, do escritor português Luiz Vaz de Camões,

Leia o trecho a seguir.

"Agora, compra-se o leite e sua embalagem internamente aluminizada para jogá-la no lixo. Quanto de nosso petróleo vai para o lixo em forma de sacos plásticos". (5° 5) Em que opção as palavras destacadas foram acentuadas, respectivamente, pela mesma razão que as destacadas no trecho acima?

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140Q704557 | Português, Praça de 2° Classe, Colégio Naval, Marinha, 2019

Assinale a opção em que a frase está de acordo com a norma culta em relação à concordância verbal.
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