Os textos a seguir abordam a noção de causalidade em Spinoza e Hume:
[...] A respeito dos modos da natureza de Deus, estes derivaram necessariamente dessa
natureza também, não de uma maneira contingente, e isso tanto se considerarmos a
natureza divina absolutamente quanto se a considerarmos como determinada a agir de
uma certa maneira. Além disso, Deus é causa desses modos não apenas na medida
em que eles existem simplesmente, mas também na medida em que os consideramos
como determinados a produzir algum efeito. (SPINOZA, 2007, p. 89)
Vendo pela primeira vez a comunicação de movimento por impulsão, por exemplo, no
choque de duas bolas de bilhar, um homem não poderia afirmar que um evento estava
conectado ao outro, mas apenas que eles estavam conjugados. Após observar diversas
situações dessa natureza, ele passa a afirmar que os eventos são conectados. Que
alteração aconteceu para dar origem a essa ideia nova de conexão? Nada além do fato
de ele agora sentir que esses eventos estão conectados em sua imaginação, podendo
predizer prontamente a existência de um deles a partir da aparição do outro. Assim,
quando dizemos que um objeto está conectado a outro, isso significa apenas que eles
adquiriram uma conexão em nosso pensamento, dando origem à inferência pela qual
um se torna prova da existência do outro. (HUME, 2007, p. 106, grifos do autor).
SPINOZA, B. Ética. In: MARCONDES, D. (Org.).
Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007.
HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento humano. In: MARCONDES, D. (Org.).
Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007.
Sobre a relação entre os textos, é correto afirmar que