Júlio, jogador de futebol brasileiro, foi contratado por um time
estrangeiro. Mesmo domiciliado agora no exterior, manteve seu
relacionamento com Natália, que evoluiu para um pedido de
casamento. Foram tomadas as providências administrativas para a
celebração do casamento, inclusive, 70 (setenta) dias antes da
cerimônia civil, Júlio outorgou procuração por instrumento público
com poderes especiais para Renato, seu melhor amigo, para
representá-lo no casamento civil, caso não pudesse estar no Brasil
na ocasião.
Na véspera, contudo, Júlio pensou melhor sobre sua vida e desistiu
de se casar com Natália, revogando o mandato por instrumento
público. Entretanto, a revogação não chegou ao conhecimento de
Natália nem de Renato que compareceram à cerimônia, e o
casamento foi celebrado. Depois que o juiz de paz declarou Natália
e Júlio casados, o pai de Júlio interrompeu a todos, alertando, em
voz alta, que acabara de receber uma mensagem do filho,
afirmando que ele desistira do casamento. Tal fato causou um
grande rebuliço no local da cerimônia. A noiva, desesperada,
desmaiou e bateu a cabeça na mesa utilizada para a celebração,
sendo necessária sua hospitalização por uma semana. Depois
disso, Natália nunca mais quis ver ou saber de Júlio.
Nesse caso, diante da revogação do mandato sem ciência de
Renato e de Natália a tempo, o casamento é
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