Questões de Concursos: ESCOLA NAVAL

Prepare-se para a prova com questões de concursos públicos: ESCOLA NAVAL. Milhares de questões resolvidas e comentadas com gabarito para praticar online ou baixar o PDF grátis!

Filtrar questões
💡 Caso não encontre resultados, diminua os filtros.
Limpar filtros

61 Q157010 | Matemática, Oficial da Marinha, ESCOLA NAVAL, EN

Sejam:

i) r uma reta que passa pelo ponto (?3,?l) .
ii) A e B respectivamente os pontos em que r corta os eixos X e y.
iii)C o ponto simétrico de B em relação a origem.

Se o triângulo ABC é equilátero, a equação da circunferência de centro A e raio igual à distância entre A e C é

62 Q699179 | Português, Sintaxe, Aspirante 2a Dia, Escola Naval, Marinha

Texto associado.
TEXTO
Leia o texto abaixo e responda à questão.
Felicidade clandestina
    Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme; enquanto nós todas ainda
éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança
devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria.
    Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um
cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás
escrevia com letra bordadíssima palavras como "data natalícia" e "saudade".
    Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós
que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na
minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia.
    Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía
“As reinações de Narizinho’’, de Monteiro Lobato.
    Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E completamente acima de minhas
posses. Disse-me que eu passasse peia sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria.
    Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava devagar num mar suave, as ondas me
levavam e me traziam.
    No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar.
Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo.
Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu
modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes
seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez.
    Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono de livraria era tranquilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à
porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse
no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do "dia seguinte" com ela ia se repetir com meu coração
batendo.
    E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso.
Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se
quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra.
    Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde,
mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob
os meus olhos espantados.
    Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar
estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa,
entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe
boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler!
    E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava
em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi
então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: "E você fica com
o livro por quanto tempo quiser." Entendem? Valia mais do que me dar o livro: "peio tempo que eu quisesse" é tudo o que uma pessoa,
grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer.
    Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não
saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito.
Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo.
    Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas
maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o
livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A
felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... Havia orgulho e pudor em
mim. Eu era uma rainha delicada.
    Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.
    Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.
LISPECTOR, Clarice. O Primeiro Beijo. São Paulo: Ed. Ática, 1996
Em que opção a função sintática do termo destacado está corretamente indicada?

63 Q157645 | Português, Oficial da Marinha, ESCOLA NAVAL, EN

Texto associado.

Leia com atenção o texto abaixo e responda às questões de 1 a 20.

Cultura clonada e mestiçagem
Eduardo Portela

Levantar hoje a questão da cultura é colocar-se em uma encruzilhada para a qual convergem, embora também se oponham, o avanço da globalização e a persistência das identidades nacionais. Mas a cultura não pode mais, presentemente, construir-se sem uma tensão constitutiva, existencial e vital entre o universal, o regional, o nacional e o comunitário.

Apesar de as culturas se manterem arraigadas em seus contextos nacionais, torna-se cada vez mais difícil acreditar que os conceitos tradicionais de identidade, povo ou nação sejam "intocáveis". De fato, jamais nossas sociedades conheceram ruptura tão generalizada com tradições centenárias. Devemos, porém, indagar se as evoluções contemporâneas, em geral apresentadas como possíveis ameaças a essas tradições, inclusive a do Estadonação, não constituiriam terrenos férteis para a cultura, ou seja, favoráveis à coexistência das diversidades. Um duplo obstáculo seria então evitado: a coesão domesticada e a uniformização artificial.

O primeiro obstáculo advém da fundamentação do modelo hegemônico de identificação em uma cultura única, total, dominante, integrativa. Esta era percebida como algo estático e definitivo. Era brandida como uma arma, cujos efeitos só hoje avaliamos: neste século, vimos as culturas mais sofisticadas curvarem-se à barbárie; levamos. muito tempo até perceber que o racismo prospera quando faz da cultura algo absoluto. Conceber a cultura como um modo de exclusão conduz inevitavelmente à exclusão da cultura. Por isso, o tema da identidade cultural, que nos acompanha desde as primeiras globalizações, é coisa do passado.

Mas a cultura não deve emancipar-se da identidade nacional deixando-se dominar pela globalização e pela privatização. As identidades pós-nacionais que estão surgindo ainda não demonstraram sua capacidade de resistir à desigualdade, à injustiça, à exclusão e à violência. Subordinar a cultura a critérios elaborados nos laboratórios da ideologia dominante, que fazem a apologia das especulações na bolsa, dos avatares da oferta e da demanda, das armadilhas da funcionalidade e da urgencia,equivale a privá-la de seu indispensável oxigênio social, a substituir a tensão criativa pelo estresse do mercado. Neste sentido, dois grandes perigos nos ameaçam. O primeiro é a tendência atual a considerar a cultura um produto supérfluo, quando, na realidade, ela poderia representar para as sociedades da informação o que o conhecimento científico representou para as sociedades industriais. Freqüentemente se esquece que reparar a fratura social exige que se pague a fatura cultural: o investimento cultural é também um investimento social.

O segundo perigo é o "integrismo eletrônico". Das fábricas e dos supermercados culturais emana uma cultura na qual o tecnológico tem tanta primazia que se pode considerá-la desumanizada.

Mas como "tecnologizar" a cultura reduzindo-a a um conjunto de clones culturais e pretender que ela continue a ser cultura? A cultura clonada é um produto abortado, porque, ao deixar de estabelecer vínculos, deixa de ser cultura. O vínculo é seu signo característico, sua senha de identidade. E esse vínculo é mestiçagem - portanto o oposto da clonagem. A clonagem é cópia; e a mestiçagem, ao contrário, cria um ser diferente, embora também conserve a identidade de suas origens. Em todas as partes onde se produziu, a mestiçagem manteve as filiações e forjou uma nova solidariedade que pode servir de antídoto à exclusão. Parafraseando Malraux, eu diria que o terceiro milênio será mestiço, ou não será.
(Texto apresentado na série Conferências do Século XXI, realizada em 1999, e publicado em O Correio da Unesco, jun., 2000)

Assinale a opção cujo termo sublinhado apresenta valor sintático identico ao da oração "...cujos efeitos só hoje avaliamos..." (3° § ).

64 Q52585 | Inglês, Oficial da Marinha, Escola Naval, MB

Doctor works to save youth from violence before they reach his ER

As an emergency physician at Kings County Hospital Center [in Brooklyn], Dr. Rob Gore has faced many traumatic situations that he"d rather forget. But some moments stick with him. "Probably the worst thing that I"ve ever had to do is tell a 15-year-old"s mother that her son was killed," Gore said. "If I can"t keep somebody alive, I"ve failed." [...]
"Conflict"s not avoidable. But violent conflict is," Gore said. "Seeing a lot of the traumas that take place at work, or in the neighborhood, you realize, "I don"t want this to happen anymore. What do we do about it?"
For Gore, one answer is the “Kings Against Violence Initiative" - known as KAVI - which he started in 2009. Today, the nonprofit has anti-violence programs in the hospital, schools and broader community, serving more than 250 young people.
Victims of violence are more likely to be reinjured, so the first place Gore wanted to work was in the hospital, with an intervention program in which "hospital responders" assist victims of violence and their family - a model pioneered at other hospitals. The idea is that reaching out right after someone has been injured reduces the likelihood of violent retaliation and provides a chance for the victim to address some of the circumstances that may have led to their injury.
Gore started this program at his hospital with a handful of volunteers from KAVI. Today, the effort is a partnership between KAVI and a few other nonprofits, with teams on call 24/7. 
Yet Gore wanted to prevent people from being violently injured in the first place. So, in 2011, he and his group began working with a handful of at-risk students at a nearby high school. By the end of the year, more than 50 students were involved. Today, KAVI holds weekly workshops for male and female students in three schools, teaching mediation and conflict resolution. The group also provides free mental health counseling for students who need one-on-one support.
"Violence is everywhere they turn - home, school, neighborhood, police," Gore said. "You want to make sure they can learn how to process, deal with it and overcome it."
While Gore still regularly attends workshops, most are now led by peer facilitators - recent graduates and college students, some of whom are former KAVI members - who serve as mentors to the students. School administrators say the program has been a success: lowering violence, raising grades and sending many graduates on to college.
"This is really about the community in which we live" he said. "This is my home. And I"m going to do whatever is possible to make sure people can actually thrive." 

(Adapted and abridged from http ://www.cnn.com)

According to the text, which option is correct?

65 Q157205 | Português, Oficial da Marinha, ESCOLA NAVAL, EN

Texto associado.

Leia com atenção o texto abaixo e responda às questões de 10 a 20.

Na minha infância tinha muito verde e os frutos eram colhidos antes de amadurecer. Nela conheci Deus, nela conheci o Diabo e a ambos temia nas noites das histórias de assombração contadas pela Maricota. Nunca pude esquecer essa pajem, cuja imaginação abriu aos meus olhos todo um reino mágico que me atraía e me apavorava com a mesma violência. Com a mesma força. Nosso assunto noturno eram as almas-penadas que perambulavam sobre os telhados do casario de Sertãozinho, chão da minha meninice. Foram essas almas as minhas primeiras personagens, de mistura com jovens pálidas que vomitavam sangue, usavam violetas no cabelo e dormiam com gelo escondido no peito porque o amado não correspondia: todas morriam de amor. Quando soube que duas das minhas antigas tiazinhas tinham morrido do mesmo mal, comecei a achar que minhas histórias da adolescência não eram assim tão originais. Contudo, continuei romântica, uma romântica amoitada por defesa. Pudor. A criação literária? Um mistério como qualquer outro ato de criação. Ato de mistério e de amor, outro mistério também: nunca se sabe quando se aproxima. Quando percebemos, já estamos comprometidos até a raiz dos cabelos e a solução é ir até o fim. Alguns dos meus contos tiveram origem numa imagem. Outros, numa simples frase que ficou tatuada na memória, à espera do momento propício. Experimentos vanguardistas? Bem, sei que é moda pôr em xeque a concepção da linguagem. Leio os experimentalistas, devasso-os, corro os olhos pelos ensaios críticos e pelas complexas teorias literárias. Ouço com o ouvido direito (que é o mais lúcido) milhares de conferências e teses nos seminários de literatura, medito na palavra que foi posta no paredão. Dizem uns: o branco, o ausente é mais importante do que a frase. Vêm outros e proclamam a morte da personagem. Morte total de qualquer tipo de enredo. Novos códigos. Signos. Medito sobre tudo isso, anoto, analiso experiências e pesquisas porque também sou atraída pelo canto da sereia experimentalista, buscando nela um provável instrumental que me estimule no aperfeiçoamento de minha escritura, para usar um termo atual. Mas a verdade é que quando me sento para escrever, na solidão e em silêncio, tudo quanto é fórmula, cálculo, modelos estruturalistas - tudo é posto de lado. Esqueço. Estendo minhas antenas e como um inseto subindo pelo áspero casco de uma árvore faço minha escolha e sigo meu caminho. É difícil. É duro. Mas já optei. Carrego comigo a alegria dessa opção. A função do escritor? Escrever por aqueles que não podem escrever. Falar por aqueles que muitas vezes esperam ouvir da nossa boca a palavra que gostariam de dizer. Comunicar-se com o próximo e se possível, mesmo através de soluções ambíguas, ajudá-los no seu sofrimento e na sua esperança. Isso requer amor - o amor e a piedade que o escritor deve ter no seu coração.

(TELLEs, Lygia Fagundes. O jardim selvagem)

Em que opção a identificação do termo retomado pelo pronome relativo está correta?

66 Q156801 | Matemática, Oficial da Marinha, ESCOLA NAVAL, EN

Ao meio dia, o navio NE?Brasil encontra?se a 100 km a leste do navio Aeródromo São Paulo. O NE?Brasil navega para oeste com a velocidade de 12 km/h e o São Paulo para o sul a 10 km/h. Em que instante, aproximadamente, os navios estarão mais próximos um do outro?

67 Q52584 | Inglês, Oficial da Marinha, Escola Naval, MB

Doctors Know Best
By Ted Spiker

Along with all the disease stomping, heart reviving, baby delivering, and overall people healing they do, doctors have another full-time job: keeping themselves healthy. Scratch that - keeping themselves healthiest. So instead of peeking into their medical practices, we looked at what they actually practice - in their own lives. Use personal strategies and insider tips from the best medical pros to supercharge your health this year.

( I)-______ "As soon as I feel an illness coming on, I go to sleep for at least nine hours," says Hilda Hutcherson, MD, clinical professor of ob-gyn at Columbia University Medicai Center. "I also lie on the floor with my legs elevated and propped against the wall and breathe deeply for five minutes." It helps lower stress, which weakens the immune system.
(II )-______ Instead of having a garden-variety green salad, Margaret McKenzie, MD, assistant professor of surgery at the Cleveland Clinic, tosses napa cabbage, radicchio, edamame, and carrots with ginger-soy dressing. "It gives me a lot of vitamins, antioxidants, and protein and makes me feel full," she says.
(III)-______ [...] Gary Small, MD, professor of psychiatry and biobehavioral sciences at the University of California, Los Angeles, and author of The Alzheimer"s Prevention Program, plays Scrabble and Words With Friends on his smartphone most days. These word games are perfect brain boosters, because they build not only verbal and math skills but also spatial abilities as you position letters to create words. "Combining several mental tasks strengthens multiple neural circuits," Dr. Small says. "It"s like cross-training for your brain."
(IV) - _____ Make your bedroom spalike: Dim the lights at least an hour before you go to bed; ban cell phones, laptops, and the TV; ask your partner for a foot rub. "I do deep breathing exercises," Dr. Hutcherson says. "Sometimes I play relaxing music softly."
(V) - _____ The most important meal is breakfast, says David Katz, MD, director and founder of Yale-Griffin Prevention Research Center in Derby, Connecticut. He often has two breakfasts, divvying up his morning meal so that he eats half before his workout and half after. "It helps with portion control, and it establishes a daily eating pattern," Dr. Katz says. Plan your breakfast at night to start the next day on a healthy note.

(Abridged from https ://www.fitnessmagazine.com/health/doctors-tips-tostay-healthy/)

In the sentence "It helps lower stress, which weakens the immune system.” (2nd paragraph), the underlined words mean, respectively,______and______.

68 Q701720 | Português, Interpretação Textual, Aspirante 2a Dia, Escola Naval, Marinha

Texto associado.
TEXTO
Leia o texto abaixo e responda à questão.
Felicidade clandestina
    Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme; enquanto nós todas ainda
éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança
devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria.
    Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um
cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás
escrevia com letra bordadíssima palavras como "data natalícia" e "saudade".
    Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós
que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na
minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia.
    Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía
“As reinações de Narizinho’’, de Monteiro Lobato.
    Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E completamente acima de minhas
posses. Disse-me que eu passasse peia sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria.
    Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava devagar num mar suave, as ondas me
levavam e me traziam.
    No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar.
Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo.
Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu
modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes
seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez.
    Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono de livraria era tranquilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à
porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse
no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do "dia seguinte" com ela ia se repetir com meu coração
batendo.
    E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso.
Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se
quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra.
    Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde,
mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob
os meus olhos espantados.
    Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar
estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa,
entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe
boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler!
    E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava
em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi
então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: "E você fica com
o livro por quanto tempo quiser." Entendem? Valia mais do que me dar o livro: "peio tempo que eu quisesse" é tudo o que uma pessoa,
grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer.
    Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não
saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito.
Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo.
    Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas
maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o
livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A
felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... Havia orgulho e pudor em
mim. Eu era uma rainha delicada.
    Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.
    Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.
LISPECTOR, Clarice. O Primeiro Beijo. São Paulo: Ed. Ática, 1996
Leia o trecho abaixo.
“[...] pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina." (10°§)
Assinale a opção em que a reescritura do trecho citado mantém seu sentido original e respeita a norma-padrão da língua.

69 Q156829 | Inglês, Oficial da Marinha, ESCOLA NAVAL, EN

Which sequence best completes the text below?

David Beckham (1) in a minor car accident on Friday. The football ace (2)near Torrence in California when he (3) into the back of a stationary vehicle with his Cadillac SUV.
(Adapted fromhttp://www.thisisiondon.co.uk)

70 Q700611 | Português, Funções Morfossintáticas da Palavra QUE, Aspirante 2a Dia, Escola Naval, Marinha

Texto associado.
TEXTO
Leia o texto abaixo e responda à questão.
Não, os livros não vão acabar
    Não sei se é a próxima chegada da Amazon ao Brasil ou a profecia maia do fim do mundo, mas o fato é que nunca vi tanta gente preocupada com o fim do livro. São estudantes que me escrevem motivados por pesquisas escolares, organizadores de eventos literários  que me pedem palestras, leitores que manifestam sua apreensão. Em alguns casos, percebo uma espécie perversa de prazer apocalíptico,  mas logo desaponto quem quer ver o mar pegando fogo para comer camarão cozido: é que absolutamente não acredito que o livro vai acabar.
    Tenho escrito reiteradas vezes sobre o assunto; estou, aliás, numa posição bastante confortável para fazê-lo. Gosto igualmente de livros e de tecnologia, e seria a primeira a abraçar meus dois amores reunidos num só objeto; mas embora o Kindle e os vários pads tenham o seu valor como readers, os livros em papel não estão tão próximos da extinção quanto, digamos, o tigre de Sumatra.
    Para começo de conversa, é preciso lembrar que o negócio das editoras não é vender papel, mas sim vender histórias. O papel é apenas o suporte para os seus produtos. Aos poucos, em alguns casos, ele tende a ser mesmo substituído pelos tablets. Não dou vida longa aos livros de referência em papel. Estes funcionam melhor, e podem ser mais facilmente atualizados, em forma eletrônica. O caso clássico é o da Enciclopédia Britannica, cujos editores anunciaram, no começo do ano, que a edição corrente, de 2010, seria a última impressa, marcando o fim de 244 anos de uma bela - e volumosa - história em papel.
    Embora quase todos os conjuntos de folhas impressas reunidos entre duas capas recebam o mesmo nome de livro, nem todos exercem a mesma função. Há livros e livros. Um manual técnico é um animal completamente diferente de um romance; um livro escolar não guarda nenhuma semelhança com um livro de arte; uma antologia poética e um guia de viagem são produtos que só têm em comum o fato de serem vendidos no mesmo lugar.
    Há livros que só funcionam em papel. É o caso dos livros que os povos angloparlantes denominam coffee table books, “livros de mesinha de centro” - aqueles livrões bonitos, em formato grande, cheios de ilustrações e muito incômodos de ler no colo, impossíveis de levar para a cama. Estes são objetos que se destacam pelo tamanho, pela qualidade de impressão, pela vista que fazem. Quem quer ver um livro desses num tablet? Quem quer presentear um desses em e-formato?
    Há também os grandes clássicos, os romances que todos amamos e queremos ter ao alcance da mão. Esses são aqueles livros que, em geral, lemos pela primeira vez em formato de bolso, mas aos quais nos apegamos tanto que, não raro, acabamos comprando uma segunda edição, mais bonita, para nos fazer companhia pelo resto da vida.
Isso explica as lindas edições que a Zahar, por exemplo, tem feito de obras que já encantaram várias gerações, como “Peter Pan”, “Os três mosqueteiros" ou “Vinte mil léguas submarinas”: livros lindos de se ver e de se pegar, cujo esmero físico complementa a edição caprichada. Ganhar de presente um livro desses é uma alegria que não se tem com um vale para uma compra eletrônica. Fica a dica, aliás, já que o Natal vem aí.
    Há prazeres e sensações que só tem com o papel. Gosto de perceber o tamanho de um livro à primeira vista. Um tablet pode me informar quantas páginas um volume tem, mas essa informação é abstrata. Saber que um livro tem 500 páginas ou ver que um livro tem 500 páginas são coisas diferentes. Gosto também de folhear um livro e de fazer uma espécie de leitura em diagonal antes de me decidir pela compra. Isso é impossível de fazer com ebooks.
    Sem falar, é claro, do cheiro inigualável dos livros em papel.
RÓNAI, Cora. Jornal O Globo, Economia, 12.11.2012
Leia o excerto a seguir.
“[...] mas o fato é que nunca vi tanta gente preocupada com o fim do livro.” (1°§)
Assinale a opção que apresenta a classificação morfológica correta do termo destacado.
Utilizamos cookies e tecnologias semelhantes para aprimorar sua experiência de navegação. Política de Privacidade.