Questões de Concursos FME de Niterói RJ

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11 Q909370 | Psicologia, Psicólogo, FME de Niterói RJ, COSEAC, 2024

Gênero, seus papéis, a sexualidade e a diversidade são questões contemporâneas que não podem ficar de fora da escola. Porém, estar na escola não é tarefa fácil. Se outrora a escola foi considerada local ideal para alguns desses debates, a despeito de alguns questionamentos acerca da função social da escola, em tempos mais recentes, tais discussões foram “banidas” sob a alegação de se tratar de “ideologia de gênero”. Sobre essa temática, observe as afirmativas a seguir.

I Com Garbarino (2021), a manifestação da queixa escolar é sutilmente tonalizada por um modo cultural de entender a distinção masculino × feminino que se perpetua no contexto escolar. As expectativas e crenças das professoras e dos professores em relação ao ser menino × ser menina permeiam, “contaminam” e “deformam” seu olhar sobre o desempenho e a disciplina das alunas e dos alunos. Portanto, os estereótipos de gênero primeiramente precisam ser identificados para poderem ser desconstruídos.

II Com Rosistolato (2009), desde o início do século XX, houve uma série de iniciativas para a criação de espaços escolares no debate sobre a sexualidade dos adolescentes. A partir da publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais, a escola ganha legitimidade para desenvolver projetos estruturados a partir de três blocos de conteúdo: a) corpo - matriz da sexualidade; b) relações de gênero; e, c) prevenção a doenças sexualmente transmissíveis (Aids).

III Com Bonfim e Mesquita (2020), de um modo geral, as regras disciplinares do gênero e da sexualidade estiveram e estão presentes em todos os espaços da escola e podem ser aplicadas facilmente em outras instituições, quer sejam escolas de ensino médio, quer sejam de ensino fundamental e até na universidade. A dimensão do controle e da norma é algo amplamente discutido em trabalhos que investigam as relações entre gênero, sexualidade e educação.

IV Com Bonfim e Mesquita (2020), estudantes que, com suas diferentes culturas e inserções, têm, com limites e muitos desafios, questionado uma outra forma de ocupar os espaços dentro da escola e reivindicar o debate em torno do gênero e da sexualidade dentro da instituição.

São corretas as afirmativas:

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12 Q909355 | Psicologia, Psicólogo, FME de Niterói RJ, COSEAC, 2024

A Comissão de Psicologia e Educação, do XIV Plenário do Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro, entende que a Psicologia está presente no campo educacional de várias maneiras: “Ela circula, permeia diversos espaços legitimando determinadas práticas – modos de pensar e agir na profissão” (CRP, 2016, p. 7). A partir da publicação Conversações em Psicologia, marque a opção INCORRETA.

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13 Q909371 | Psicologia, Psicólogo, FME de Niterói RJ, COSEAC, 2024

“Muito se tem se discutido sobre os entraves no processo de escolarização de crianças e jovens, privilegiando-se ora aspectos individuais de ordem patológica, ora questões sociais ligadas ao esfacelamento do sistema educacional público. Paralelamente, constata-se uma difusão ilimitada do discurso científico e da cultura medicalizante, que atravessa diversos domínios, da universidade aos centros de saúde e às escolas, adentrando as fronteiras da esfera privada da família e das demais relações pessoais.” (Coutinho, 2021, p. 2). Sobre a produção de diagnósticos e o educar, observe as afirmativas a seguir.

I Na discussão dos modos contemporâneos predominantes no tratamento do mal-estar na cultura, é inegável que a produção de diagnósticos alcançou uma importância cultural imensa, estando presente não somente na prática psiquiátrica stricto sensu, mas em todo campo da assistência à saúde, na educação e nas relações sociais cotidianas mais banais.

II Os desafios relativos ao exercício da parentalidade e da educação escolar, hoje, são muitas vezes norteados por diagnósticos, medicações e/ou parâmetros presentes nos diversos dispositivos difundidos pelas “autoridades científicas”, que passam a regular e a ressignificar a criança, produzindo um certo anonimato no cerne das relações pais/filhos e professor/aluno.

III Depara-se, ainda, com a menos recente psicologização do cotidiano escolar. A escola funciona sob a base de um discurso segundo o qual educar é estimular capacidades psicológicas, o que contribui para individualizar os problemas escolares e fragmentar o olhar para o aluno.

IV Com o avanço do paradigma naturalista, ancorado nas novas pesquisas das neurociências, os diagnósticos passam a expressar “um sofrimento sem sujeito” e orientam o olhar dos profissionais que recorrem a eles exclusivamente para uma visão fragmentada da vida, que muitas vezes encontra sustentação fortemente baseada na relação entre a descrição de um comportamento e o uso ou não de um fármaco [...]. A fragmentação do sintoma psíquico em unidades sintomáticas cada vez menores pela psiquiatria contemporânea serve a um projeto social maior que tende a despolitizar o sofrimento, medicalizar o mal-estar e privatizar o sintoma.

São corretas as afirmativas:

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14 Q909365 | Psicologia, Psicólogo, FME de Niterói RJ, COSEAC, 2024

O livro de Maria Helena Patto intitulado A Produção do Fracasso Escolar: histórias de submissão e rebeldia, segundo um de seus prefaciadores da quarta edição, é muito mais que a denúncia do caráter ideológico das explicações hegemônicas do fracasso escolar. Seu trabalho caracteriza-se também como uma brilhante aula sobre a história da educação do país. A autora, fundamentada no materialismo histórico, examina o percurso tomado pela produção intelectual brasileira a partir da Primeira República. Tendo em vista o capítulo Da experiência à Reflexão sobre a Política Educacional: algumas anotações, pode-se afirmar que a autora destacou quatro conclusões ou confirmações, capazes de contribuir para uma revisão de medidas comumente tomadas, tendo em vista a superação das dificuldades com que a escola pública elementar brasileira se defronta na consecução de sua tarefa de socializar conhecimentos.

I. As explicações do fracasso escolar baseadas nas teorias do déficit e da diferença cultural precisam ser revistas a partir do conhecimento dos mecanismos escolares produtores de dificuldades de aprendizagem.

II. O fracasso da escola pública elementar é o resultado inevitável de um sistema educacional congenitamente gerador de obstáculos à realização de seus objetivos.

III. O fracasso da escola elementar é administrado por um discurso científico que, escudado em sua competência, naturaliza esse fracasso aos olhos de todos os envolvidos no processo.

IV. A convivência de mecanismos de neutralização dos conflitos com manifestações de insatisfação e rebeldia faz da escola um lugar propício à passagem ao compromisso humano-genérico.

São corretas as conclusões:

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15 Q909366 | Psicologia, Psicólogo, FME de Niterói RJ, COSEAC, 2024

O livro Pedagogia da Indignação contém os últimos escritos registrados por Paulo Freire. O educador compartilha suas reflexões a respeito da educação para a liberdade, chave para a produção de sujeitos capazes de transformar o mundo com base em uma ética da solidariedade. Sobre as ideias de Paulo Freire, observe as afirmativas a seguir.

I A educação de que precisamos, capaz de formar pessoas críticas, de raciocínio rápido, com sentido do risco, curiosas, indagadoras, é a que coloca ao educador ou educadora a tarefa de treinar a memorização mecânica das/dos educandas/os, mas também de ensinar a pensar criticamente os conteúdos.

II Não se pode de maneira alguma, nas relações político-pedagógicas com os grupos populares, desconsiderar seu saber de experiência feito, sua explicação do mundo de que faz parte a compreensão de sua própria presença no mundo.

III Se, de um lado, a educação não é a alavanca das transformações sociais, de outro, estas não se fazem sem ela. Mas a ação educativa só deve acontecer após lograrmos êxito na ação política. A transformação social é o caminho para então trabalharmos ações educativas.

IV As crianças precisam crescer no exercício dessa capacidade de pensar, de se indagar e de indagar, de duvidar, de experimentar hipóteses de ação, de programar e de não apenas seguir os programas a elas, mais do que propostos, impostos. As crianças precisam ter assegurado o direito de aprender a decidir, o que se faz decidindo.

Estão corretas, apenas as afirmativas:

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16 Q909367 | Psicologia, Psicólogo, FME de Niterói RJ, COSEAC, 2024

Paulo Freire mostra, em sua obra Pedagogia da Indignação, uma preocupação com um descompasso geracional no que diz respeito ao acompanhamento das transformações dos novos tempos, principalmente diante da aceleração característica dos últimos cem anos. O autor nos propõe forjar em nós uma qualidade sem a qual dificilmente conseguiremos compreender adolescentes e jovens: “a capacidade crítica, jamais ‘sonolenta’ sempre desperta à inteligência do novo. Do inusitado que, embora às vezes nos espante e nos incomode, até, não pode ser desconsiderado, só por isso, um desvalor”. Para validar a importância de se acompanhar as novas tecnologias, Paulo Freire afirma que

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17 Q909368 | Psicologia, Psicólogo, FME de Niterói RJ, COSEAC, 2024

Prefaciando o livro Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento, um processo sócio-histórico, Jaan Valsiner afirma que o estudioso de literatura e psicólogo do desenvolvimento “está se tornando um herói das ciências educacionais e sociais de nosso tempo – mais de meio século após sua morte”, mas que “há um certo infortúnio na fama, particularmente na fama póstuma. Nem sempre, ao crescer a fama de uma pessoa, a análise substantiva de suas ideias avança em ritmo correspondente”.

Sobre as ideias de Vygotsky, pode-se afirmar que

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18 Q909369 | Psicologia, Psicólogo, FME de Niterói RJ, COSEAC, 2024

Na postagem do CFP, intitulada Dez Razões para Psicologia e Serviço Social na Educação Básica, encontra-se, como uma das justificativas, a tendência de que “A presença de psicólogas(os) e assistentes sociais nas escolas pode contribuir significativamente para a efetivação de direitos e políticas públicas tão essenciais às crianças em idade escolar, como o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Estatuto da Igualdade Racial, o Estatuto da Juventude e o Estatuto da Pessoa com Deficiência”. Diante de lutas tão importantes para que haja uma inclusão efetiva, é fundamental que esses profissionais conheçam as políticas que contemplam estudantes e suas famílias nas diversidades que singularizam suas vidas. No que diz respeito à realidade da educação inclusiva, assinale a opção correta.

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19 Q1023118 | Inglês, Interpretação de Texto Reading Comprehension, Professor II Língua Inglesa, FME de Niterói RJ, COSEAC, 2024

Texto associado.
Read Text 2 and answer question.

TEXT 2

Criticisms of Methods

Despite the potential gains from a study of methods, it is important to acknowledge that a number of writers in our field have criticized the concept of language teaching methods. Some say that methods are prescriptions for classroom behavior, and that teachers are encouraged by textbook publishers and academics to implement them whether or not the methods are appropriate for a particular context (Pennycook 1989). Others have noted that the search for the best method is ill-advised (Prabhu 1990; Bartolome 1994); that teachers do not think about methods when planning their lessons (Long 1991); that methodological labels tell us little about what really goes on in classrooms (Katz 1996); and that teachers experience a certain fatigue concerning the constant coming and going of fashions in methods (Rajagopalan 2007). Hinkel (2006) also notes that the need for situationally relevant language pedagogy has brought about the decline of methods.

These criticisms deserve consideration. It is possible that a particular method may be imposed on teachers by others. However, these others are likely to be disappointed if they hope that mandating a particular method will lead to standardization. For we know that teaching is more than following a recipe. Any method is going to be shaped by a teacher’s own understanding, beliefs, style, and level of experience. Teachers are not mere conveyor belts delivering language through inflexible prescribed and proscribed behaviors (Larsen-Freeman 1991); they are professionals who can, in the best of all worlds, make their own decisions-informed by their own experience, the findings from research, and the wisdom of practice accumulated by the profession (see, for example, Kumaravadivelu 1994).

Furthermore, a method is decontextualized. How a method is implemented in the classroom is not only going to be affected by who the teacher is, but also by who the students are, what they and the teacher expect as appropriate social roles, the institutional constraints and demands, and factors connected to the wider sociocultural context in which the instruction takes place.Even the ‘right’ method will not compensate for inadequate conditions of learning, or overcome sociopolitical inequities. Further, decisions that teachers make are often affected by exigencies in the classroom rather than by methodological considerations. Thus, saying that a particular method is practiced certainly does not give us the whole picture of what is happening in the classroom. Since a method is more abstract than a teaching activity, it is not surprising that teachers think in terms of activities rather than methodological choices when they plan their lessons.

What critics of language teaching methods have to offer us is important. Admittedly, at this point in the evolution of our field, there is little empirical support for a particular method, although there may be some empirical support in second language acquisition research for methodological principles (Long 2009). Further, what some of the methods critics have done is to raise our awareness about the importance of critical pedagogy.

LARSEN-FREEMAN, D.; ANDERSON, M. Techniques & Principles in Language Teaching. 2011. Oxford: OUP. Adaptado.
The authors present a sequence of reasons why foreign language teaching methods are criticieed. Among these reasons they mention
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20 Q909362 | Psicologia, Psicólogo, FME de Niterói RJ, COSEAC, 2024

Há mais ou menos uma década, foram publicados dois artigos que abordam questões ainda vivas no campo da educação. Seus autores, Maria Helena Souza Patto coloca em pauta o ensino a distância e a falência da educação, enquanto Fabio Scorsolini-Comin discute as repercussões do uso de Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs) no campo da Psicologia da Educação. A partir de seus trabalhos, é correto afirmar que

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