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61Q44409 | Português, Agente Administrativo, HOB, CONSULPLAN

Texto associado.
                                   Repolhos iguais 

     Sempre me impressiona o impulso geral de igualar a todos: ser diferente, sobretudo ser original, é defeito. Parece perigoso. E, se formos diferentes, quem sabe aqui e ali uma medicaçãozinha ajuda. Alguém é mais triste? Remédio nele. Deprimido? Remédio nele (ainda que tenha acabado de perder uma pessoa amada, um emprego, a saúde). Mais gordinho? Dieta nele. Mais alto? Remédio na adolescência para parar de crescer. Mais relaxado na escola? Esse é normal. Mais estudioso, estudioso demais? A gente se preocupa, vai virar nerd (se for menina, vai demorar a conseguir marido). 

     Não podemos, mas queremos tornar tudo homogêneo: meninas usam o mesmo cabelo, a mesma roupa, os mesmos trejeitos; meninos, aquele boné virado. Igualdade antes de tudo, quando a graça, o poder, a força estão na diversidade. Narizes iguais, bocas iguais, sobrancelhas iguais, posturas iguais. Não se pode mais reprovar crianças e jovens na escola, pois são todos iguais. Serão? É feio, ou vergonhoso, ter mais talento, ser mais sonhador, ter mais sorte, sucesso, trabalhar mais e melhor. 

     Vamos igualar tudo, como lavouras de repolhos, se possível… iguais. E assim, com tudo o que pode ser controlado com remédios, nos tornamos uma geração medicada. Não todos - deixo sempre aberto o espaço da exceção para ser realista, e respeitando o fato de que para muitos os remédios são uma necessidade -, mas uma parcela crescente da população é habitualmente medicada. Remédios para pressão alta, para dormir, para acordar, para equilibrar as emoções, para emagrecer, para ter músculos, para ter um desempenho sexual fantástico, para ter a ilusão de estar com 30 anos quando se tem 70. Faz alguns anos reina entre nós o diagnóstico de déficit de atenção para um número assustador de crianças. Não sou psiquiatra, mas a esta altura de minha vida criei e acompanhei e vi muitas crianças mais agitadas, ou distraídas, mas nem por isso precisadas de medicação a torto e a direito. Fala-se não sei em que lugar deste mundo louco, em botar Ritalina na merenda das escolas públicas. Tal fúria de igualitarismo esconde uma ideologia tola e falsa. 

     Se déssemos a 100 pessoas a mesma quantidade de dinheiro e as mesmas oportunidades, em dois anos todas teriam destino diferente: algumas multiplicariam o dinheiro; outras o esbanjariam; outras o guardariam; outras ainda o dedicariam ao bem (ou ao mal) alheio. 

     Então, quem sabe, querer apaziguar todas as crianças e jovens com medicamentos para que não estorvem os professores já desesperados por falta de estímulo e condições, ou para permitir aos pais se preocuparem menos, ou ajudar as babás enquanto os pais trabalham ou fazem academia ou simplesmente viajam, nem valerá a pena. Teremos mais crianças e jovens aturdidos, crianças e jovens mais violentos e inquietos quando a medicação for suspensa. Bastam, para desatenção, agitação e tantas dificuldades relacionadas, as circunstâncias da vida atual. [...] 

    Mudar de vida é difícil. Em lugar de correr mais, parar para pensar, roubar alguns minutos para olhar, contemplar, meditar, também é difícil, pois é fugir do padrão. Então seguimos em frente, nervosos com nossos filhos mais nervosos. Haja psicólogo, psiquiatra e medicamento para sermos todos uns repolhos iguais. 

( LUFT, Lya. Revista Veja - 07 de maio de 2014.) 
“Faz alguns anos reina entre nós o diagnóstico de déficit de atenção para um número assustador de crianças.” (3º§)  Nessa frase, as palavras sublinhadas apresentam, respectivamente,
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62Q44218 | Informática, Agente Administrativo, HOB, CONSULPLAN

“Ao efetuar a digitação em uma planilha do Microsoft Excel 2010 foi detectado um erro. Para editar a célula e efetuar a correção será necessário clicar ___________ vez(es) sobre a célula com o dado que está escrito errado.” Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior.
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63Q44222 | Informática, Agente Administrativo, HOB, CONSULPLAN

O processador de  texto Microsoft Word 2010 permite, simultaneamente, o alinhamento dos parágrafos à direita e à  esquerda através do comando:
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64Q46772 | Odontologia, Cirurgião Dentista, HOB, CONSULPLAN

“Paciente feminino, 16 anos, procurou o serviço de cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial do Hospital Municipal Odilon Behrens com aumento de volume assintomático na região anterior de maxila com quatro meses de evolução. A radiografia panorâmica exibiu uma lesão radiotransparente unilocular que continha delicadas calcificações associadas à coroa do canino superior direito que se encontrava incluso.” Baseado na descrição clínica e radiográfica, assinale a alternativa que exibe a melhor hipótese diagnóstica para o caso clínico hipotético relatado.
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65Q44215 | Informática, Agente Administrativo, HOB, CONSULPLAN

Em relação aos termos comuns utilizados no Microsoft Excel 2010, relacione adequadamente as colunas a seguir.  

1.  Conjunto de células, organizadas em linhas e colunas.   
2.  Cada um dos “quadrinhos” que formam uma planilha. São formados pelo encontro de uma linha e uma coluna.    
3.  Sequência vertical de células identificada por uma letra, que fica no topo da planilha.
4.  Sequência horizontal de células, identificada por um número que fica do lado esquerdo da planilha.   
5.Sequência de texto e símbolos usados para realizar qualquer cálculo no Excel. Deve começar com o sinal de igual.   
6.  Fórmula pré-montada, pronta para o preenchimento de valores. 

(     ) Célula. 
(     ) Função.  
(     ) Planilha. 
(     ) Fórmula.  
(     ) Coluna.  
(     ) Linha.  

A sequência está correta em
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66Q46764 | Odontologia, Cirurgião Dentista, HOB, CONSULPLAN

O manejo cirúrgico das infecções dos espaços fasciais quase sempre necessita de incisão e exploração agressiva dos espaços fasciais envolvidos. Um ou mais drenos, geralmente, são necessários para fornecer drenagem adequada e descompressão da área infectada. Em relação à abordagem para incisão e drenagem dos espaços fasciais profundos, analise as afirmativas.

I. Infecções graves que envolvem os espaços infraorbitário, submassetérico e pterigomandibular requerem abordagem para incisão e drenagem extraoral. 
II. Infecções graves que envolvem os espaços submentual e submandibular requerem abordagem para incisão e drenagem extraoral. 
III. Infecções graves que envolvem os espaços infratemporal e temporal profundo requerem abordagem para incisão e drenagem que pode ser realizada intraoral ou extraoralmente. 
IV. Infecções graves que envolvem o espaço faríngeo lateral requerem abordagem para incisão e drenagem que pode ser realizada somente extraoralmente. 

Estão corretas apenas as afirmativas segundo James R. Hupp e colaboradores
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67Q44423 | Direito Sanitário, Agente Administrativo, HOB, CONSULPLAN

“Algumas doenças que ocorrem simultaneamente em vários continentes adquirem uma denominação do ponto de vista  epidemiológico, geralmente necessitando de ações de intervenções dos sistemas de saúde e de medidas de vigilâncias." 

Podem ser enquadradas no trecho anterior a(s) seguinte(s) doença(s):  

I.   Dengue e HIV.  
II.  HIV e infecções por influenzae.  
III.   Ebola e toxoplasmose. 

Está(ão) correta(s) a(s) alternativa(s)
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68Q44413 | Português, Agente Administrativo, HOB, CONSULPLAN

Texto associado.
                                   Repolhos iguais 

     Sempre me impressiona o impulso geral de igualar a todos: ser diferente, sobretudo ser original, é defeito. Parece perigoso. E, se formos diferentes, quem sabe aqui e ali uma medicaçãozinha ajuda. Alguém é mais triste? Remédio nele. Deprimido? Remédio nele (ainda que tenha acabado de perder uma pessoa amada, um emprego, a saúde). Mais gordinho? Dieta nele. Mais alto? Remédio na adolescência para parar de crescer. Mais relaxado na escola? Esse é normal. Mais estudioso, estudioso demais? A gente se preocupa, vai virar nerd (se for menina, vai demorar a conseguir marido). 

     Não podemos, mas queremos tornar tudo homogêneo: meninas usam o mesmo cabelo, a mesma roupa, os mesmos trejeitos; meninos, aquele boné virado. Igualdade antes de tudo, quando a graça, o poder, a força estão na diversidade. Narizes iguais, bocas iguais, sobrancelhas iguais, posturas iguais. Não se pode mais reprovar crianças e jovens na escola, pois são todos iguais. Serão? É feio, ou vergonhoso, ter mais talento, ser mais sonhador, ter mais sorte, sucesso, trabalhar mais e melhor. 

     Vamos igualar tudo, como lavouras de repolhos, se possível… iguais. E assim, com tudo o que pode ser controlado com remédios, nos tornamos uma geração medicada. Não todos - deixo sempre aberto o espaço da exceção para ser realista, e respeitando o fato de que para muitos os remédios são uma necessidade -, mas uma parcela crescente da população é habitualmente medicada. Remédios para pressão alta, para dormir, para acordar, para equilibrar as emoções, para emagrecer, para ter músculos, para ter um desempenho sexual fantástico, para ter a ilusão de estar com 30 anos quando se tem 70. Faz alguns anos reina entre nós o diagnóstico de déficit de atenção para um número assustador de crianças. Não sou psiquiatra, mas a esta altura de minha vida criei e acompanhei e vi muitas crianças mais agitadas, ou distraídas, mas nem por isso precisadas de medicação a torto e a direito. Fala-se não sei em que lugar deste mundo louco, em botar Ritalina na merenda das escolas públicas. Tal fúria de igualitarismo esconde uma ideologia tola e falsa. 

     Se déssemos a 100 pessoas a mesma quantidade de dinheiro e as mesmas oportunidades, em dois anos todas teriam destino diferente: algumas multiplicariam o dinheiro; outras o esbanjariam; outras o guardariam; outras ainda o dedicariam ao bem (ou ao mal) alheio. 

     Então, quem sabe, querer apaziguar todas as crianças e jovens com medicamentos para que não estorvem os professores já desesperados por falta de estímulo e condições, ou para permitir aos pais se preocuparem menos, ou ajudar as babás enquanto os pais trabalham ou fazem academia ou simplesmente viajam, nem valerá a pena. Teremos mais crianças e jovens aturdidos, crianças e jovens mais violentos e inquietos quando a medicação for suspensa. Bastam, para desatenção, agitação e tantas dificuldades relacionadas, as circunstâncias da vida atual. [...] 

    Mudar de vida é difícil. Em lugar de correr mais, parar para pensar, roubar alguns minutos para olhar, contemplar, meditar, também é difícil, pois é fugir do padrão. Então seguimos em frente, nervosos com nossos filhos mais nervosos. Haja psicólogo, psiquiatra e medicamento para sermos todos uns repolhos iguais. 

( LUFT, Lya. Revista Veja - 07 de maio de 2014.) 
Considere as afirmativas. 

I. Em  várias  passagens  do  texto,  a  autora  dá  exemplos  de  que  a  diversidade  do  comportamento  humano  vai  de  encontro à homogeneidade que a sociedade nos força a construir.  
II.A autora consegue mostrar que a diversidade e a homogeneidade são caminhos favoráveis a se escolher para uma  vida equilibrada na sociedade contemporânea.  
III. Mudanças são difíceis de acontecer e, por isso, seguimos em frente mantendo o padrão que nos é imposto.  

Estão corretas as afirmativas
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69Q44420 | Direito Sanitário, Agente Administrativo, HOB, CONSULPLAN

Entre as situações relacionadas NÃO há a necessidade de notificação junto aos serviços de vigilância epidemiológica:
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70Q14738 | Português, Assistente Social, HOB, CONSULPLAN

Texto associado.
Texto

Conversa de grego

    Tinha recebido pequena herança de uma tia. Queria aplicar o dinheiro numa atividade que lhe desse algum lucro, porém, mais que lucro, satisfação intelectual. Descartou a ideia de abrir uma banca de jornal. Jornaleiro tem que acordar de madrugada. Queria coisa mais suave. Foi pedir conselho a um amigo. Ainda há pessoas que acreditam em conselhos. O amigo era criativo.
  - Abra um curso de grego. Todo mundo está abrindo cursos de línguas. Inglês, espanhol... Hoje, com o Mercosul, são comuns jogos de futebol contra a Argentina, o Uruguai, o Chile, o espanhol está em alta. Não se admite mais o portunhol de antes. O negócio de hoje é abrir um curso de espanhol. Inglês também, é claro. Atualmente até para comer um sanduíche é preciso saber inglês. McDonald"s, Coca, Blue Life... Não se diz mais apartamento. É loft. Daqui a uns vinte anos, quando o Brasil tiver liquidado sua dívida externa, as relações pessoais com o resto do mundo serão feitas no idioma de Cervantes, de Carlos Gardel e, claro, na língua do Clinton... Entendeu?
  - Não.
  - É simples. É preciso alargar os horizontes. É a razão por que em qualquer esquina da cidade surgem placas de cursos de línguas. Você tem que ser esperto... Entendeu?
  - Ainda não.
  - Serei mais objetivo. A cidade está saturada de cursos de inglês e de espanhol... Percebe?
  - Percebo.
  - Muito bem. Agora me diga: quantos cursos de grego você conhece na cidade?
  - Bem...
  - Taí. Nenhum... Nem um, cara. O que existe é escola de inglês, de espanhol, de informática... Até de ikebana. Mas de grego, rapaz, não existe. Então é isso. Você tem que aproveitar as brechas que o mercado oferece. Abra um curso de grego.
  - Mas...
  - Não tem mas. Já pensou formar classes de alunos interessados em ler Xenofonte no original? O problema do Brasil é que todo mundo quer ir pelo caminho mais fácil. O sujeito abre uma pizzaria, no mês seguinte outros doze cidadãos resolvem abrir o mesmo tipo de negócio na mesma rua. Desse jeito é claro que não vai dar certo... Veja o caso da comida por quilo. Está arruinando com o negócio do prato feito. O tradicional prato feito elaborado com carinho, artesanalmente, cada bar com seu tempero peculiar... Hoje o prato feito está indo pro brejo. Só tem comida por quilo. O mercado vai acabar saturado de comida por quilo. Escute o que lhe digo: daqui a cinquenta anos, ou um pouco mais, quando o Brasil tiver se safado da dívida externa, ninguém vai poder nem olhar comida por quilo... Entendeu?
  - Hum...
  - Vou explicar melhor, Anaxágoras. Teu pai não era comandante da marinha mercante grega?
  - Foi.
  - E tua genitora? Nasceu onde?
  - Em Chipre.
  - Era cipriota. Eu sabia. Perguntei por perguntar. Veja bem. Teu pai era comandante de navio grego, tua mãe era cipriota, você se chama Anaxágoras, passou a infância ouvindo os pais falando grego. Cursou a universidade... Que curso você fez na faculdade?
  - Grego, ué. Você sabe disso...
  - Aí é que está. Você tem tudo para abrir um curso de grego.
  - Você acha que há alguém disposto a aprender grego? Qual a utilidade prática? Inglês vá lá... Até jogador do Palmeiras precisa disso para disputar a taçaToyota...
  - Taça Mitsubishi.
  - Mitsubishi, Honda, tanto faz... Tem o torneio Mercosul...
  - Mercosur.
  - Tanto faz. Mas, grego? Nem sei se a Grécia tem time de futebol.
  - Claro que tem. Mas não estamos falando de futebol. As pessoas precisam alargar seus horizontes culturais. Quantas pessoas sabem quem foi Alexandre, o Grande? A vida de Alexandre é uma novela. Novela - você entendeu o que quero dizer? No-ve-la. Já imaginou emplacar uma novela grega na TV? Quem dominou o mundo? Quem chegou a Roma e a Cartago? Quem atravessou as Colunas de Hércules? Os gregos mudaram a face do mundo, rapaz. Ainda hoje, quando se quer falar que uma mulher é de fechar o comércio, o que se diz?
  - Que é boazuda.
  - Isso quem fala é a ralé. Gente educada diz: “É uma mulher de beleza helênica". As pessoas ainda têm muito o que aprender com Tucídides, com o generalBrásidas, com o cerco de Esfactéria, com a guerra do Peloponeso... A Grécia dá samba, amigo. Infelizmente, as pessoas estão sendo induzidas a se entreter com histórias de macarronada, de amores entre fazendeiros e mucamas... Vá por mim, Anaxágoras. Abra um curso de grego. Você vai faturar uma nota. Daqui a cem anos, quando o Brasil..
  - ... zerar a dívida externa...
  - Exato. O grego vai voltar a ter a importância cultural do passado. Mas alguém tem que iniciar o processo. Entendeu?
  - Entendi...
  - Então o próximo passo é bolar o nome da escola. Que tal Ágora? Ágora era a praça onde os gregos discutiam filosofia. Me parece um bom nome para um curso de grego. Gostou da ideia?
  - Não é ruim. Apenas precisa de uns ajustes técnicos...
   Três meses depois Anaxágoras inaugurava o Ágora, um restaurante especializado em delivery de prato-feito grego.

(DIAFÉRIA, Lourenço. Conversa de grego. In.: PINTO, Manuel da Costa. Crônica brasileira contemporânea. São Paulo: Moderna, 2008. p. 52-56.)
Analise se as afirmativas a seguir se aplicam ou não à forma verbal destacada neste trecho: “Tinha recebido pequena  herança de uma tia.” (1º§)  

I.   Refere-se a uma ação de natureza hipotética. 

II.  Denota uma ação anterior a outra no passado.  

III.   Indica um fato no futuro, mas relativamente há um outro já no passado.  

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)
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71Q46770 | Odontologia, Cirurgião Dentista, HOB, CONSULPLAN

“Segundo Paulo José Medeiros, na osteotomia total da maxila, são considerados movimentos estáveis e viáveis aqueles que não excedam avanços de ____________, recuos de ____________, reposições superiores ou inferiores a ____________ e expansões de ____________.” Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior.
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72Q14737 | Português, Assistente Social, HOB, CONSULPLAN

Texto associado.
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Conversa de grego

    Tinha recebido pequena herança de uma tia. Queria aplicar o dinheiro numa atividade que lhe desse algum lucro, porém, mais que lucro, satisfação intelectual. Descartou a ideia de abrir uma banca de jornal. Jornaleiro tem que acordar de madrugada. Queria coisa mais suave. Foi pedir conselho a um amigo. Ainda há pessoas que acreditam em conselhos. O amigo era criativo.
  - Abra um curso de grego. Todo mundo está abrindo cursos de línguas. Inglês, espanhol... Hoje, com o Mercosul, são comuns jogos de futebol contra a Argentina, o Uruguai, o Chile, o espanhol está em alta. Não se admite mais o portunhol de antes. O negócio de hoje é abrir um curso de espanhol. Inglês também, é claro. Atualmente até para comer um sanduíche é preciso saber inglês. McDonald"s, Coca, Blue Life... Não se diz mais apartamento. É loft. Daqui a uns vinte anos, quando o Brasil tiver liquidado sua dívida externa, as relações pessoais com o resto do mundo serão feitas no idioma de Cervantes, de Carlos Gardel e, claro, na língua do Clinton... Entendeu?
  - Não.
  - É simples. É preciso alargar os horizontes. É a razão por que em qualquer esquina da cidade surgem placas de cursos de línguas. Você tem que ser esperto... Entendeu?
  - Ainda não.
  - Serei mais objetivo. A cidade está saturada de cursos de inglês e de espanhol... Percebe?
  - Percebo.
  - Muito bem. Agora me diga: quantos cursos de grego você conhece na cidade?
  - Bem...
  - Taí. Nenhum... Nem um, cara. O que existe é escola de inglês, de espanhol, de informática... Até de ikebana. Mas de grego, rapaz, não existe. Então é isso. Você tem que aproveitar as brechas que o mercado oferece. Abra um curso de grego.
  - Mas...
  - Não tem mas. Já pensou formar classes de alunos interessados em ler Xenofonte no original? O problema do Brasil é que todo mundo quer ir pelo caminho mais fácil. O sujeito abre uma pizzaria, no mês seguinte outros doze cidadãos resolvem abrir o mesmo tipo de negócio na mesma rua. Desse jeito é claro que não vai dar certo... Veja o caso da comida por quilo. Está arruinando com o negócio do prato feito. O tradicional prato feito elaborado com carinho, artesanalmente, cada bar com seu tempero peculiar... Hoje o prato feito está indo pro brejo. Só tem comida por quilo. O mercado vai acabar saturado de comida por quilo. Escute o que lhe digo: daqui a cinquenta anos, ou um pouco mais, quando o Brasil tiver se safado da dívida externa, ninguém vai poder nem olhar comida por quilo... Entendeu?
  - Hum...
  - Vou explicar melhor, Anaxágoras. Teu pai não era comandante da marinha mercante grega?
  - Foi.
  - E tua genitora? Nasceu onde?
  - Em Chipre.
  - Era cipriota. Eu sabia. Perguntei por perguntar. Veja bem. Teu pai era comandante de navio grego, tua mãe era cipriota, você se chama Anaxágoras, passou a infância ouvindo os pais falando grego. Cursou a universidade... Que curso você fez na faculdade?
  - Grego, ué. Você sabe disso...
  - Aí é que está. Você tem tudo para abrir um curso de grego.
  - Você acha que há alguém disposto a aprender grego? Qual a utilidade prática? Inglês vá lá... Até jogador do Palmeiras precisa disso para disputar a taçaToyota...
  - Taça Mitsubishi.
  - Mitsubishi, Honda, tanto faz... Tem o torneio Mercosul...
  - Mercosur.
  - Tanto faz. Mas, grego? Nem sei se a Grécia tem time de futebol.
  - Claro que tem. Mas não estamos falando de futebol. As pessoas precisam alargar seus horizontes culturais. Quantas pessoas sabem quem foi Alexandre, o Grande? A vida de Alexandre é uma novela. Novela - você entendeu o que quero dizer? No-ve-la. Já imaginou emplacar uma novela grega na TV? Quem dominou o mundo? Quem chegou a Roma e a Cartago? Quem atravessou as Colunas de Hércules? Os gregos mudaram a face do mundo, rapaz. Ainda hoje, quando se quer falar que uma mulher é de fechar o comércio, o que se diz?
  - Que é boazuda.
  - Isso quem fala é a ralé. Gente educada diz: “É uma mulher de beleza helênica". As pessoas ainda têm muito o que aprender com Tucídides, com o generalBrásidas, com o cerco de Esfactéria, com a guerra do Peloponeso... A Grécia dá samba, amigo. Infelizmente, as pessoas estão sendo induzidas a se entreter com histórias de macarronada, de amores entre fazendeiros e mucamas... Vá por mim, Anaxágoras. Abra um curso de grego. Você vai faturar uma nota. Daqui a cem anos, quando o Brasil..
  - ... zerar a dívida externa...
  - Exato. O grego vai voltar a ter a importância cultural do passado. Mas alguém tem que iniciar o processo. Entendeu?
  - Entendi...
  - Então o próximo passo é bolar o nome da escola. Que tal Ágora? Ágora era a praça onde os gregos discutiam filosofia. Me parece um bom nome para um curso de grego. Gostou da ideia?
  - Não é ruim. Apenas precisa de uns ajustes técnicos...
   Três meses depois Anaxágoras inaugurava o Ágora, um restaurante especializado em delivery de prato-feito grego.

(DIAFÉRIA, Lourenço. Conversa de grego. In.: PINTO, Manuel da Costa. Crônica brasileira contemporânea. São Paulo: Moderna, 2008. p. 52-56.)
O amigo do protagonista lhe sugere abrir um curso de grego e, para o convencer, recorre ao discurso argumentativo.  Ele elenca argumentos
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73Q44419 | Direito Sanitário, Agente Administrativo, HOB, CONSULPLAN

“Em uma cidade, os serviços de atenção à saúde estão tentando baixar os índices de mortalidade infantil e de mortalidade  materna. Ambos os indicadores são de extrema relevância para a manutenção da qualidade de vida em geral.” 

Afirma-se que a mortalidade materna refere-se ao número de óbitos de mulheres: 

I.   Associado a problemas de gravidez. 
II.  Associado a problemas referentes ao parto.  
III.   Associado a óbitos por violência doméstica.  

Está(ão) correta(s) a(s) alternativas(s)
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74Q44421 | Direito Sanitário, Agente Administrativo, HOB, CONSULPLAN

São controlados pelos serviços de vigilância sanitária, como medidas de garantia de saúde da população:  

I.   Alimentos.  
II.  Medicamentos.  
III.   Saneantes.  

Está(ão) correta(s) a(s) alternativas(s)
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75Q44424 | Direito Sanitário, Agente Administrativo, HOB, CONSULPLAN

Entre as doenças elencadas, a que se trata de notificação compulsória, mas NÃO se caracteriza como uma zoonose é
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76Q44418 | Direito Sanitário, Agente Administrativo, HOB, CONSULPLAN

“Em uma cidade, os serviços de atenção à saúde estão tentando baixar os índices de mortalidade infantil e de mortalidade  materna. Ambos os indicadores são de extrema relevância para a manutenção da qualidade de vida em geral.” 

Em relação ao coeficiente de mortalidade infantil, pode-se afirmar que ele verifica: 

I.   Óbitos de menores de um ano. 
II.  Óbitos de menores de cinco anos.  
III.   Óbitos de menores de 18 anos.  

Está(ão) correta(s) a(s) alternativas(s)
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77Q44217 | Informática, Agente Administrativo, HOB, CONSULPLAN

Em uma planilha do Microsoft Excel 2010 para efetuar uma impressão (botão imprimir) alterando a margem, tamanho do papel, ou alguma outra configuração de página, deve-se utilizar o seguinte comando:
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78Q44216 | Informática, Agente Administrativo, HOB, CONSULPLAN

No Microsoft Excel 2010, a equação: “duas vezes seis, mais três elevado a dois” é expressa através da fórmula:
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79Q44415 | Português, Agente Administrativo, HOB, CONSULPLAN

Texto associado.
                                   Repolhos iguais 

     Sempre me impressiona o impulso geral de igualar a todos: ser diferente, sobretudo ser original, é defeito. Parece perigoso. E, se formos diferentes, quem sabe aqui e ali uma medicaçãozinha ajuda. Alguém é mais triste? Remédio nele. Deprimido? Remédio nele (ainda que tenha acabado de perder uma pessoa amada, um emprego, a saúde). Mais gordinho? Dieta nele. Mais alto? Remédio na adolescência para parar de crescer. Mais relaxado na escola? Esse é normal. Mais estudioso, estudioso demais? A gente se preocupa, vai virar nerd (se for menina, vai demorar a conseguir marido). 

     Não podemos, mas queremos tornar tudo homogêneo: meninas usam o mesmo cabelo, a mesma roupa, os mesmos trejeitos; meninos, aquele boné virado. Igualdade antes de tudo, quando a graça, o poder, a força estão na diversidade. Narizes iguais, bocas iguais, sobrancelhas iguais, posturas iguais. Não se pode mais reprovar crianças e jovens na escola, pois são todos iguais. Serão? É feio, ou vergonhoso, ter mais talento, ser mais sonhador, ter mais sorte, sucesso, trabalhar mais e melhor. 

     Vamos igualar tudo, como lavouras de repolhos, se possível… iguais. E assim, com tudo o que pode ser controlado com remédios, nos tornamos uma geração medicada. Não todos - deixo sempre aberto o espaço da exceção para ser realista, e respeitando o fato de que para muitos os remédios são uma necessidade -, mas uma parcela crescente da população é habitualmente medicada. Remédios para pressão alta, para dormir, para acordar, para equilibrar as emoções, para emagrecer, para ter músculos, para ter um desempenho sexual fantástico, para ter a ilusão de estar com 30 anos quando se tem 70. Faz alguns anos reina entre nós o diagnóstico de déficit de atenção para um número assustador de crianças. Não sou psiquiatra, mas a esta altura de minha vida criei e acompanhei e vi muitas crianças mais agitadas, ou distraídas, mas nem por isso precisadas de medicação a torto e a direito. Fala-se não sei em que lugar deste mundo louco, em botar Ritalina na merenda das escolas públicas. Tal fúria de igualitarismo esconde uma ideologia tola e falsa. 

     Se déssemos a 100 pessoas a mesma quantidade de dinheiro e as mesmas oportunidades, em dois anos todas teriam destino diferente: algumas multiplicariam o dinheiro; outras o esbanjariam; outras o guardariam; outras ainda o dedicariam ao bem (ou ao mal) alheio. 

     Então, quem sabe, querer apaziguar todas as crianças e jovens com medicamentos para que não estorvem os professores já desesperados por falta de estímulo e condições, ou para permitir aos pais se preocuparem menos, ou ajudar as babás enquanto os pais trabalham ou fazem academia ou simplesmente viajam, nem valerá a pena. Teremos mais crianças e jovens aturdidos, crianças e jovens mais violentos e inquietos quando a medicação for suspensa. Bastam, para desatenção, agitação e tantas dificuldades relacionadas, as circunstâncias da vida atual. [...] 

    Mudar de vida é difícil. Em lugar de correr mais, parar para pensar, roubar alguns minutos para olhar, contemplar, meditar, também é difícil, pois é fugir do padrão. Então seguimos em frente, nervosos com nossos filhos mais nervosos. Haja psicólogo, psiquiatra e medicamento para sermos todos uns repolhos iguais. 

( LUFT, Lya. Revista Veja - 07 de maio de 2014.) 
“...  querer  apaziguar  todas  as  crianças  e  jovens  com  medicamentos  para  que  não  estorvem  os  professores  já  desesperados...” (5º§) 

As palavras sublinhadas na frase anterior estabelece entre as orações uma relação de
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80Q44410 | Português, Agente Administrativo, HOB, CONSULPLAN

Texto associado.
                                   Repolhos iguais 

     Sempre me impressiona o impulso geral de igualar a todos: ser diferente, sobretudo ser original, é defeito. Parece perigoso. E, se formos diferentes, quem sabe aqui e ali uma medicaçãozinha ajuda. Alguém é mais triste? Remédio nele. Deprimido? Remédio nele (ainda que tenha acabado de perder uma pessoa amada, um emprego, a saúde). Mais gordinho? Dieta nele. Mais alto? Remédio na adolescência para parar de crescer. Mais relaxado na escola? Esse é normal. Mais estudioso, estudioso demais? A gente se preocupa, vai virar nerd (se for menina, vai demorar a conseguir marido). 

     Não podemos, mas queremos tornar tudo homogêneo: meninas usam o mesmo cabelo, a mesma roupa, os mesmos trejeitos; meninos, aquele boné virado. Igualdade antes de tudo, quando a graça, o poder, a força estão na diversidade. Narizes iguais, bocas iguais, sobrancelhas iguais, posturas iguais. Não se pode mais reprovar crianças e jovens na escola, pois são todos iguais. Serão? É feio, ou vergonhoso, ter mais talento, ser mais sonhador, ter mais sorte, sucesso, trabalhar mais e melhor. 

     Vamos igualar tudo, como lavouras de repolhos, se possível… iguais. E assim, com tudo o que pode ser controlado com remédios, nos tornamos uma geração medicada. Não todos - deixo sempre aberto o espaço da exceção para ser realista, e respeitando o fato de que para muitos os remédios são uma necessidade -, mas uma parcela crescente da população é habitualmente medicada. Remédios para pressão alta, para dormir, para acordar, para equilibrar as emoções, para emagrecer, para ter músculos, para ter um desempenho sexual fantástico, para ter a ilusão de estar com 30 anos quando se tem 70. Faz alguns anos reina entre nós o diagnóstico de déficit de atenção para um número assustador de crianças. Não sou psiquiatra, mas a esta altura de minha vida criei e acompanhei e vi muitas crianças mais agitadas, ou distraídas, mas nem por isso precisadas de medicação a torto e a direito. Fala-se não sei em que lugar deste mundo louco, em botar Ritalina na merenda das escolas públicas. Tal fúria de igualitarismo esconde uma ideologia tola e falsa. 

     Se déssemos a 100 pessoas a mesma quantidade de dinheiro e as mesmas oportunidades, em dois anos todas teriam destino diferente: algumas multiplicariam o dinheiro; outras o esbanjariam; outras o guardariam; outras ainda o dedicariam ao bem (ou ao mal) alheio. 

     Então, quem sabe, querer apaziguar todas as crianças e jovens com medicamentos para que não estorvem os professores já desesperados por falta de estímulo e condições, ou para permitir aos pais se preocuparem menos, ou ajudar as babás enquanto os pais trabalham ou fazem academia ou simplesmente viajam, nem valerá a pena. Teremos mais crianças e jovens aturdidos, crianças e jovens mais violentos e inquietos quando a medicação for suspensa. Bastam, para desatenção, agitação e tantas dificuldades relacionadas, as circunstâncias da vida atual. [...] 

    Mudar de vida é difícil. Em lugar de correr mais, parar para pensar, roubar alguns minutos para olhar, contemplar, meditar, também é difícil, pois é fugir do padrão. Então seguimos em frente, nervosos com nossos filhos mais nervosos. Haja psicólogo, psiquiatra e medicamento para sermos todos uns repolhos iguais. 

( LUFT, Lya. Revista Veja - 07 de maio de 2014.) 
Assinale a alternativa em que todas as palavras foram acentuadas pelo mesmo motivo.
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