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Questões de Concursos IF Sudeste MG

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61Q946397 | Português, Interpretação de Textos, Segundo Semestre, IF Sudeste MG, IF SUDEST MG, 2018

Leia o texto que se segue:
Dialogando com o público leitor
– Boa tarde, o senhor me desculpe eu estar interrompendo sua leitura, mas é só um minutinho. – Ah, pois não. – É o seguinte, não é o senhor que é o escritor? O menino ali me disse que o senhor é o escritor. – Bem, não sei se sou o escritor. Mas sou um escritor, sou, sim. – Madalena, venha cá, é ele! Madalena! Chame Rosalvo e os meninos, é ele? – O que foi que houve? – Madalena é minha esposa, ela estava com vergonha de perguntar se era o senhor mesmo o escritor. Ela me disse que já tinha ouvido muito falar no senhor. E Rosalvo é meu cunhado, que conhece sua obra, é gente boa. – Sim, eu... – Não vou interromper nada, pode ficar descansado, o senhor pode continuar com sua leitura. – Eu... – Madalena, é ele mesmo! Você tinha razão, é ele. É boa gente, você sabe? Estamos aqui numa prosa ótima, ele é a simplicidade em pessoa. Olha aí, Rosalvo, é ele. Pode sentar, rapaz, ele não morde, háhá! – Muito prazer, dá licença. – Eu... – Meu nome é Rosalvo Luiz da Anunciação Pereira, mas eu costumo assinar apenas Anunciação Pereira. – Ah, sim, interessante. – Admiro muito sua obra, O Sargento de Milícias. – Mas não fui eu quem escreveu esse, foi outro. Bem que podia ter sido eu, mas não fui eu. – Ah, então o senhor não é autor do “Sargento”? – Sou, mas de outro sargento, o Sargento Getúlio.
RIBEIRO, João Ubaldo. Contos e crônicas para ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010, p. 59-63.
Assinale a alternativa CORRETA em relação ao texto lido.
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62Q946396 | Português, Interpretação de Textos, Segundo Semestre, IF Sudeste MG, IF SUDEST MG, 2018

Leia atentamente o poema a seguir.
TRISTE HORIZONTE
Por que não vais a Belo Horizonte? a saudade cicia e continua branda: Volta lá. Tudo é belo e cantante na coleção de perfumes das avenidas que levam ao amor, nos espelhos de luz e penumbra onde se projetam os puros jogos de viver. Anda! Volta lá, volta já.
E eu respondo, carrancudo: Não. Não voltarei para ver o que não merece ser visto, o que merece ser esquecido, se revogado não pode ser. Não o passado cor-de-cores fantásticas, Belo Horizonte sorrindo púbere núbil sensual sem malícia, lugar de ler os clássicos e amar as artes novas, lugar muito especial pela graça do clima e pelo gosto, que não tem preço, de falar mal do Governo no lendário Bar do Ponto. Cidade aberta aos estudantes do mundo inteiro, inclusive Alagoas, "maravilha de milhares de brilhos vidrilhos" mariodeandrademente celebrada. Não, Mário, Belo Horizonte não era uma tolice como as outras. Era uma provinciana saudável, de carnes leves pesseguíneas. Era um remanso, era um remanso para fugir às partes agitadas do Brasil sorrindo do Rio de Janeiro e de São Paulo: tão prafentrex, as duas! e nós lá: macio-amesendados na calma e na verde brisa irônica. . .
Esquecer, quero esquecer é a brutal Belo Horizonte que se empavonava sobre o corpo crucificado da primeira. Quero não saber da traição de seus santos. Eles a protegiam, agora protegem-se a si mesmos. São José, no centro mesmo da cidade, explora estacionamento de automóveis. São José dendroclasta não deixa de pé sequer um pé-de-pau onde amarrar o burrinho numa parada no caminho do Egito. São José vai entrar feio no comércio de imóveis, vendendo seus jardins reservados a Deus. São Pedro instala supermercado. Nossa Senhora das Dores, amizade da gente na Floresta, (vi crescer sua igreja à sombra do Padre Artur) abre caderneta de poupança, lojas de acessórios para carros, papelaria, aviários, pães-de-queijo.
Terão endoidecido esses meus santos e a dolorida mãe de Deus? Ou foi em nome deles que pastores deixam de pastorear para faturar? Não escutem a voz de Jeremias (e é o Senhor que fala por sua boa de vergasta): "Eu vos introduzi numa terra fértil, e depois de lá entrardes a profanastes. Ai dos pastores que perdem e despedaçam o rebanho de minha pastagem! Eis que os visitarei para castigar a esperteza de seus desígnios".
Fujo da ignóbil visão de tendas obstruindo as alamedas do Senhor. Tento fugir da própria cidade, reconfortar-me em seu austero píncaro serrano. De lá verei uma longínqua, purificada Belo Horizonte sem escutar os rumos dos negócios abafando a litania dos fiéis. Lá o imenso azul desenha ainda as mensagens de esperança nos homens pacificados - os doces mineiros que teimam em existir no caos e no tráfico. Em vão tento a escalada. Cassetetes e revólveres me barram a subida que era alegria dominical de minha gente. Proibido escalar. Proibido sentir o ar de liberdade destes cimos, proibido viver a selvagem intimidade destas pedras que se vão desfazendo em forma de dinheiro. Esta serra tem dono. Não mais a natureza a governa. Desfaz-se, com o minério uma antiga aliança , um rito da cidade. Desiste ou leva bala. Encurralado todos, a Serra do Curral, os moradores cá embaixo. Jeremias me avisa: "Foi assolada toda a serra; de improviso derrubaram minhas tendas, abateram meus pavilhões. Vi os montes, e eis que tremiam. E todos os outeiros estremeciam. Olhei a terra, e eis que estava vazia, sem nada nada nada".
Sossega minha saudade. Não me cicies outra vez o impróprio convite. Não quero mais, não quero ver-te, meu Triste Horizonte e destroçado amor.
ANDRADE, Carlos Drummond de. “Triste horizonte”. In: Estado de Minas, 2o caderno, p. 1, 15 ago. 1976.
Em relação ao poema, analise as assertivas a seguir.
I. Carlos Drummond de Andrade lamenta as perdas sofridas e anseia esquecer as discrepâncias entre a cidade de que se lembra afetivamente e a que se ergue diante de seu olhar. II. Pode-se dizer que o pacato e o efêmero, a tradição e a modernidade são contradições que foram registradas por Carlos Drummond de Andrade. III. O receio de Carlos Drummond de Andrade em retornar a Belo Horizonte se relaciona à inconformidade com as transformações que atravessaram a cidade. IV. Carlos Drummond de Andrade demonstra um receio de aceitar o convite de seu alterego de retornar à cidade de Belo Horizonte.
Marque a alternativa CORRETA.
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63Q1081492 | Estatuto da Pessoa com Deficiência, Direitos Fundamentais no Estatuto da Pessoa com Deficiência, Assistente de Aluno, IF Sudeste MG, FCM

A Lei 13.146/2025, no capítulo V do Direito à Educação, no Art. 27, aborda que a educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegura sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem. Compete ao poder público assegurar, criar, desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar: I- A participação no processo de ensino aprendizagem dos estudantes com deficiência com comprometimentos severos com o objetivo de socialização e interatividade com as demais crianças. II- A oferta de educação bilíngue, em Língua Portuguesa, como primeira língua, e Libras, como segunda língua, em escolas e classes bilíngues e em escolas inclusivas. III-O sistema educacional inclusivo em todos os níveis e modalidades, bem como o aprendizado ao longo de toda a vida. IV-O aprimoramento dos sistemas educacionais, visando a garantir condições de acesso, permanência, participação e aprendizagem, por meio da oferta de serviços e de recursos de acessibilidade que eliminem as barreiras e promovam a inclusão plena. São corretas as afirmativas
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