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Questões de Concursos Instituto Rio Branco

Resolva questões de Instituto Rio Branco comentadas com gabarito, online ou em PDF, revisando rapidamente e fixando o conteúdo de forma prática.


1701Q1011161 | Relações Internacionais, Relações Internacionais na América, Manhã e Tarde, Instituto Rio Branco, CESPE CEBRASPE, 2025

Considerando a importância geopolítica do agrupamento de países conhecido como BRICS, que nasceu em 2011 com Brasil, Rússia, Índia e China, admitiu depois a África do Sul e, mais recentemente, outros seis países, julgue o item a seguir.

A Argentina declinou do convite para se tornar membro efetivo do BRICS.

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1702Q1011204 | Direito Administrativo, Manhã e Tarde, Instituto Rio Branco, CESPE CEBRASPE, 2025

Texto associado.
João e Júlia, servidores públicos que trabalham no mesmo órgão, vêm faltando ao trabalho, sem justificativa. João está há 31 dias sem comparecer ao serviço, e Júlia tem 40 faltas não justificadas no período de seis meses, tendo intercalado períodos de comparecimento normal com faltas não justificadas.

A partir da situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir.

Tanto o abandono de cargo quanto a inassiduidade habitual são infrações a serem apuradas por comissão composta por dois servidores estáveis, mediante processo administrativo disciplinar de rito sumário, com prazo de conclusão de trinta dias, prorrogável por até quinze dias.

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1703Q1011220 | Direito Internacional Público, Manhã e Tarde, Instituto Rio Branco, CESPE CEBRASPE, 2025

Julgue o item seguinte, relativo à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), de 1992.

Pelo princípio clássico da precaução, invocado na UNFCCC, as partes se comprometem a adotar medidas protetivas em face de peremptórias provas científicas de danos sérios e irreversíveis ao meio ambiente.

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1704Q1011086 | História, Trinta anos de ouro mundo capitalista 1945 1975, Manhã e Tarde, Instituto Rio Branco, CESPE CEBRASPE, 2025

A respeito de processos históricos que se estabeleceram na segunda metade do século XX, julgue o item subsequente.

A chamada Era de Ouro, que se seguiu ao término da Segunda Grande Guerra, caracterizou-se por um fenômeno contraditório: embora se observasse crescente distribuição de riqueza, a expectativa de vida da população mundial diminuiu nesse período.

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1705Q1011162 | Relações Internacionais, Relações Internacionais na América, Manhã e Tarde, Instituto Rio Branco, CESPE CEBRASPE, 2025

Considerando a importância geopolítica do agrupamento de países conhecido como BRICS, que nasceu em 2011 com Brasil, Rússia, Índia e China, admitiu depois a África do Sul e, mais recentemente, outros seis países, julgue o item a seguir.

O BRICS é um bloco econômico que tem como elementos estruturais o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) e o Arranjo Contingente de Reservas (ACR).

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1706Q1011207 | Direito Administrativo, Manhã e Tarde, Instituto Rio Branco, CESPE CEBRASPE, 2025

Com base no disposto na Lei n.º 11.440/2006, julgue o seguinte item, relativo a deveres e proibições específicos do servidor do Serviço Exterior Brasileiro.

É proibido ao servidor renunciar, sem expressa autorização da Secretaria de Estado, às imunidades de que goze em serviço no exterior.

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1707Q1020175 | Espanhol, Interpretação de Texto Comprensión de Lectura, Espanhol e Francês, Instituto Rio Branco, CESPE CEBRASPE

Texto associado.

Texto para la cuestione.

Verso y prosa

El verso

Entre la realidad y la prosa se alza el verso, con todas las ventajas del jugador de ajedrez y ninguno de sus extravagantes cuadros. Ni siquiera el soneto, tan recogido él, tan cruzado de brazos. Pues alguien lo acantiló, lo precipitó por dentro, abombando sus límites para que una historia completa cupiera en una palabra tan triste como ésta. Es el verso sin sonido, el verso por sí mismo, sonando siempre que se le tacta con la boca, caso curioso del subsonido, pero evidente y prolongado.

Duerme la rosa, el soldado y sus predecesores. La poesía sólo aspira a esto, a ser presente sin fábula, puro verso sostenido con una mano en el día siguiente. La rosa puede seguir aquí, dejadla hasta que termine de moverse, es una realidad, al fin y al cabo, contradictoria: una tradición al tiempo, un poco de polvo iluminado.

El verso es distinto, ni realidad encogida ni prosa en exceso descalabrada, de un solo verso nacen multitud de paréntesis, soldados y otras cuestiones.

Respetemos al niño que berrea, a los poetas de antes de la guerra, ignoro a cual me refiero porque todas trajeron multitud de vates nuevos, mesas redondas y una causa que permanece aún en entredicho, la paz, ante todas las cosas.

Para algo ha de servir un renglón, acto seguido de muchas obras públicas, una revolución tal vez aunque todavía desconozcamos la forma de abordarla.

Poesía y palabra

Sabido es que hay dos tipos de escritura, la hablada y la libresca. Si no se debe escribir como se habla, tampoco resulta conveniente escribir como no se habla. El Góngora de lasSoledadesnos lleva a los distados de Teresa de Cepeda. Sin ir tan lejos, la palabra necesita respiro, y la imprenta se torna de pronto el alguacil que emprisiona las palabras entre rejas de líneas. Porque el poeta es el juglar o no es nada. Un artesano de lindas jaulas para jilgueros disecados.

El disco, la cinta magnetofónica, la guitarra o la radio y la televisión pueden — podrían: y más la propia voz directa — rescatar al verso de la galera del libro y hacer que las palabras suenen libres, vivas, con dispuesta espontaneidad. Mientras haya en el mundo una palabra cualquiera, habrá poesía. Que los temas son cada día más ricos y acuciantes.

Qué será de la poesía

Esperamos la palabra. La puerta de metal, alta, se entreabre sola, descangayada entre la turbia luz del alba. ¿Adónde conduce esta puerta? Es el espejo de una gran fábrica, de plástico azul y vidrio amarillento. No. Hemos penetrado en la ciudad derramada por entre extensas áreas verdes, circunvalada por anchurosa pista de chicle candeal. Tampoco. (Pero esperábamos la palabra.) Estamos en el campo sembrado de máquinas, en la lejanía pespuntea la blanca central hidroeléctrica de 6.700.000 no me acuerdo. Los hombres de la ciudad, de la fábrica, el campo. (¿Y el hombre?) Esperamos la palabra.

Cinematógrafos, televisión, revistas ilustradas, periódicos como escombro… (¿Qué es poesía?) Y esperamos la palabra. (Porque no ha muerto) La palabra precisa, universal, y al mismo tiempo imprevisible. ¿Qué ritmo la mueve, qué vocablos la colman, de qué sintaxis se sirve?

Esperamos ante la puerta, apenas entreabierta. Habrá que empujar.

Blas de Otero. Verso y prosa.

El verso

llegará a ser polvo iluminado.

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1708Q1022039 | Inglês, Interpretação de Texto Reading Comprehension, tarde, Instituto Rio Branco, CESPE CEBRASPE, 2024

Texto associado.
Text V


Urbanization is one of the defining trends of this century and a key driver of development. By 2050, around 70% of the world’s population will be living in cities and towns. Asia and Africa will collectively account for a significant majority of the urban growth rate, a development that reflects the growth of both ‘megacities’ and smaller urban settlements in both regions over the past three decades. Today, cities produce around 80% of the global GDP and this importance is likely to continue. Cities also use 75% of global energy and are responsible for 70% of global carbon emissions. Accompanying the pace and extent of urbanization are a number of positive and negative trends — from increased economic opportunities and improvements in lives and livelihoods, through to the potential for greater urban-rural disparity, lower quality of life, and conflict. One thing is clear, cities across the world play a critical role in driving sustainable development.

However, cities today face numerous vulnerabilities and threats. Without proper planning, policies, and support, urbanization often leads to unnecessary risks and costs, preventing cities from reaching their full potential. Cases such as urban sprawls and the proliferation of informal settlements are increasing, and the communities who reside in such areas often suffer from the poor provision of public services (or lack of) such as healthcare or waste management systems. As their population grows, cities also become more complex, making long-term planning and city management a challenge. Amongst the numerous challenges that policymakers must tackle include those that are environmental, those pertaining to resource allocation, and even social challenges such as reducing intra-city inequalities.

Cities are providing a wide range of opportunities and possibilities for its citizens and, in order for them to be fully harnessed, cities should be built for and together with its citizens to fully unlock their potential. This includes taking into account the various needs and aspirations of people, making sure that everyone can have equal and inclusive access to services and create urban spaces and environments to enhance livability.


Internet: <www.undp.org (adapted)

Based on text V, judge whether the following statements are right (C) or wrong (E).

It can be inferred that the more urban expansions and proliferation of informal settlements are created, the more problems the communities nearby will face in terms of provision of public services.

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1709Q1011209 | Direito Administrativo, Manhã e Tarde, Instituto Rio Branco, CESPE CEBRASPE, 2025

Com base no disposto na Lei n.º 11.440/2006, julgue o seguinte item, relativo a deveres e proibições específicos do servidor do Serviço Exterior Brasileiro.

Depende de expressa autorização do ministro de Estado das relações exteriores o aceite de comissão, emprego ou pensão de governo estrangeiro por servidor do Serviço Exterior Brasileiro.

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1710Q1020176 | Espanhol, Interpretação de Texto Comprensión de Lectura, Espanhol e Francês, Instituto Rio Branco, CESPE CEBRASPE

Texto associado.

Texto para la cuestione.

Verso y prosa

El verso

Entre la realidad y la prosa se alza el verso, con todas las ventajas del jugador de ajedrez y ninguno de sus extravagantes cuadros. Ni siquiera el soneto, tan recogido él, tan cruzado de brazos. Pues alguien lo acantiló, lo precipitó por dentro, abombando sus límites para que una historia completa cupiera en una palabra tan triste como ésta. Es el verso sin sonido, el verso por sí mismo, sonando siempre que se le tacta con la boca, caso curioso del subsonido, pero evidente y prolongado.

Duerme la rosa, el soldado y sus predecesores. La poesía sólo aspira a esto, a ser presente sin fábula, puro verso sostenido con una mano en el día siguiente. La rosa puede seguir aquí, dejadla hasta que termine de moverse, es una realidad, al fin y al cabo, contradictoria: una tradición al tiempo, un poco de polvo iluminado.

El verso es distinto, ni realidad encogida ni prosa en exceso descalabrada, de un solo verso nacen multitud de paréntesis, soldados y otras cuestiones.

Respetemos al niño que berrea, a los poetas de antes de la guerra, ignoro a cual me refiero porque todas trajeron multitud de vates nuevos, mesas redondas y una causa que permanece aún en entredicho, la paz, ante todas las cosas.

Para algo ha de servir un renglón, acto seguido de muchas obras públicas, una revolución tal vez aunque todavía desconozcamos la forma de abordarla.

Poesía y palabra

Sabido es que hay dos tipos de escritura, la hablada y la libresca. Si no se debe escribir como se habla, tampoco resulta conveniente escribir como no se habla. El Góngora de lasSoledadesnos lleva a los distados de Teresa de Cepeda. Sin ir tan lejos, la palabra necesita respiro, y la imprenta se torna de pronto el alguacil que emprisiona las palabras entre rejas de líneas. Porque el poeta es el juglar o no es nada. Un artesano de lindas jaulas para jilgueros disecados.

El disco, la cinta magnetofónica, la guitarra o la radio y la televisión pueden — podrían: y más la propia voz directa — rescatar al verso de la galera del libro y hacer que las palabras suenen libres, vivas, con dispuesta espontaneidad. Mientras haya en el mundo una palabra cualquiera, habrá poesía. Que los temas son cada día más ricos y acuciantes.

Qué será de la poesía

Esperamos la palabra. La puerta de metal, alta, se entreabre sola, descangayada entre la turbia luz del alba. ¿Adónde conduce esta puerta? Es el espejo de una gran fábrica, de plástico azul y vidrio amarillento. No. Hemos penetrado en la ciudad derramada por entre extensas áreas verdes, circunvalada por anchurosa pista de chicle candeal. Tampoco. (Pero esperábamos la palabra.) Estamos en el campo sembrado de máquinas, en la lejanía pespuntea la blanca central hidroeléctrica de 6.700.000 no me acuerdo. Los hombres de la ciudad, de la fábrica, el campo. (¿Y el hombre?) Esperamos la palabra.

Cinematógrafos, televisión, revistas ilustradas, periódicos como escombro… (¿Qué es poesía?) Y esperamos la palabra. (Porque no ha muerto) La palabra precisa, universal, y al mismo tiempo imprevisible. ¿Qué ritmo la mueve, qué vocablos la colman, de qué sintaxis se sirve?

Esperamos ante la puerta, apenas entreabierta. Habrá que empujar.

Blas de Otero. Verso y prosa.

El verso

está junto a la prosa.

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1711Q1020180 | Espanhol, Interpretação de Texto Comprensión de Lectura, Espanhol e Francês, Instituto Rio Branco, CESPE CEBRASPE

Texto associado.

Texto para la cuestione.

Koolhaas: la lucha del mejor arquitecto del mundo

Lo ves y sabes que se trata de un tipo duro. Alto. Flaco de huesos por fuera. Los hombros a ratos muy juntos, como generando un check point para proteger la cabeza. Y ésta pelada, bruñida por muchos insomnios y una existencia en aviones, con algunas puntas de pelo cano que le asoman por la rampa de los parietales. A ratos parece un molde de Gargamel, con nariz de pico de quetzal y los ojos azules y listísimos que todo lo cuestionan con ansiedad analítica, apoyados en un sillar de ojeras. Camina impulsado por un cierto vaivén de gigantón que carga la espalda hacia delante. Podría parecer que está totalmente loco. O que es inmensamente cuerdo. O nada de todo esto y sencillamente alguien que piensa de otro modo armando ideas con materiales que nadie sospecha que sirven también para lo que él hace. Representa al arquitecto global de las dos últimas décadas, el teórico más influyente de la arquitectura contemporánea. Camadas de estudiantes lo adoran como a un buda sin grasa y atienden sus desafíos como quien aguarda el Juicio Final. Tiene modales de filósofo que se escapa por las costuras de las teorías y a veces habla de hormigones prensados y otras del espliego, del campo.

No empezó pensando en cómo levantar edificios emblemáticos, sino que casi aún de arrapiezo las mejores descargas le llegaron ejerciendo el periodismo cultural. Entrevistó a Fellini para el Haagse Post de Ámsterdam, semanario en el que trabajaba. Tenía veintiún años. Poco después publicó otra conversación con Le Corbusier. Considera estas páginas dos de sus ochomiles. Entendía el periódico como una arquitectura. Y lo amaba casi tanto como al cine, que era entonces la otra mitad de su pasión. Formó parte del colectivo 1,2,3 Group, donde Rem Koolhaas especulaba con revoluciones y saltos al vacío junto a cinco amigos. Llegaron a rodar una película, The White Slave, y como guionista casi abre mercado con un trabajo que le contrató el director Russ Meyer, aunque no se llegó a rodar. Algo parecido a un guion de porno blando. Y cuando todo apuntaba con claridad hacia el cine, pegó un volantazo, marchó a Londres y se matriculó en la Architectural Association, donde estudió cinco años. La culpa de abandonar los rodajes por la arquitectura fue de un viaje a Moscú en 1967. Allí descubrió el diseño futurista y la utopía constructiva soviética de la década de los 20. Se le disparó la sangre a la cabeza

«Sigo siendo un periodista. Es una condición que no he querido ni he podido perder». Lo del periodismo lo repite en la conversación varias veces. Le debe mucho al oficio. Sabe manejar sus propios titulares. Sabe editorializar su talento. Sabe resumir. Sabe encantar. Sabe partirse y negociar la otra mitad. Es un tipo al que la arquitectura le permite enredarse en discusiones complejísimas que trascienden la arquitectura. Ahora la política centra buena parte de sus preocupaciones, las consecuencias del Brexit para Europa y Gran Bretaña, la alarma de que su país, Holanda, asuma el mismo atajo... Y en décimas de segundo habla de la belleza de los tractores computarizados, de las bondades del paisaje, del sistema de ventilación de un rascacielos en el Golfo Pérsico y de la hermosa armonía que da sentido al caos de las megaurbes de Asia.

«La política es una de mis máximas preocupaciones. Nunca me ha interesado tanto dar forma a algo como saber que ese algo es una manera de intervención en la sociedad. Estamos tan convencidos de que nuestro sistema de valores es el correcto que ya no sabemos acercarnos a otros ámbitos que exigen códigos distintos a los nuestros para entablar una negociación. Hasta ahora no hemos sabido más que pactar con nosotros mismos». En la entrevista no hay cortesías. Todo va rápido y sin rodeos. No es un hombre que entre en la categoría de los inofensivos.

«A Rem le gusta la incertidumbre. Rem ha cambiado tres veces el horario de su vuelo en esta misma mañana. Rem es impredecible». Son algunas de las frases más repetidas en los quince días previos al encuentro que mantuvo con PAPEL durante su fugaz estancia en España como estrella mundial del IV Congreso Internacional de Arquitectura que organiza la Fundación Arquitectura y Sociedad en Pamplona. «Rem es difícil. Rem no sonríe nunca. Rem, si accede, sólo podrá atenderte diez minutos. Rem. Rem. Rem». Para llegar a Koolhaas hay que aceptar que la línea recta no es la distancia más corta entre dos puntos. Para algo es un exvoto de la ultramodernidad y sabe desplegar la penumbra de los talentos contradictorios. Tiene desde el año 2000 el Premio Pritzker.

El Mundo(con adaptaciones).

De acuerdo con el texto, Koolhaas

participó de la producción de una película de éxito en la cual se encargó del guion.

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1712Q1011007 | Português, Interpretação de Textos, Manhã e Tarde, Instituto Rio Branco, CESPE CEBRASPE, 2025

Texto associado.
Bem antes que tentassem me convencer que a data de nascimento da modernidade era um espirro cartesiano, ou então um novo interesse empírico pela natureza que transpira das páginas do Novum Organum de Bacon, ou ainda (mais tarde e mais “marxista”) a abertura dos primeiros bancos — bem antes de tudo isso, quando era rapaz, se ensinava que a modernidade começou em outubro de 1492. Nos livros da escola, o primeiro capítulo dos tempos modernos eram e são as grandes explorações. Entre estas, a viagem de Colombo ocupa um lugar muito especial. Descidas Saara adentro ou intermináveis caravanas por montes e desertos até a China de nada valiam comparadas com a aventura do genovês. Precisa ler Mediterrâneo de Fernand Braudel para conceber o alcance simbólico do pulo além de Gibraltar, não costeando, mas reto para frente. Precisa, entre outras palavras, evocar o mar Mediterrâneo — este pátio comum navegável e navegado por milênios, espécie de útero vital compartilhado — para entender por que a viagem de Colombo acabou e continua sendo uma metáfora do fim do mundo fechado, do abandono da casa materna e paterna.

Contardo Calligaris. A psicanálise e o sujeito colonial.
In: Edson L. A. Sousa (org.). Psicanálise e colonização: leituras do sintoma
social no Brasil. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 1999, p. 11-12 (com adaptações).

Julgue o item que se segue, relativo ao texto precedente.

No quarto período, a referência às viagens e explorações realizadas antes da descoberta da América demonstra como era (e é) considerado grandioso o feito de Colombo nos livros escolares.

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1713Q1011022 | Português, Tipologia Textual, Manhã e Tarde, Instituto Rio Branco, CESPE CEBRASPE, 2025

Texto associado.
1888

9 de janeiro

Ora bem, faz hoje um ano que voltei definitivamente da Europa. O que me lembrou esta data foi, estando a beber café, o pregão de um vendedor de vassouras e espanadores: “Vai vassouras! vai espanadores!”. Costumo ouvi-lo outras manhãs, mas desta vez trouxe-me à memória o dia do desembarque, quando cheguei aposentado à minha terra, ao meu Catete, à minha língua. Era o mesmo que ouvi há um ano, em 1887, e talvez fosse a mesma boca. Durante os meus trinta e tantos anos de diplomacia algumas vezes vim ao Brasil, com licença. O mais do tempo vivi fora, em várias partes, e não foi pouco. Cuidei que não acabaria de me habituar novamente a esta outra vida de cá. Pois acabei. Certamente ainda me lembram coisas e pessoas de longe, diversões, paisagens, costumes, mas não morro de saudades por nada. Aqui estou, aqui vivo, aqui morrerei.

Machado de Assis. Memorial de Aires. In: Aluizio Leite, Ana Lima Cecília,
Heloisa Jahn, Rodrigo Lacerda (org.). Machado de Assis: obra completa
em quatro volumes, v. 1. São Paulo: Nova Aguilar, 2015, p.1.197.

Julgue o item seguinte, com base no texto precedente.

As entradas indicativas de datas, o foco narrativo na primeira pessoa do singular e a ausência de termos figurativos são evidências de que os fatos narrados resultam de memórias factuais, o que caracteriza o texto como não ficcional.

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1714Q1011073 | Conhecimentos Gerais, Trabalho, Manhã e Tarde, Instituto Rio Branco, CESPE CEBRASPE, 2025

A sociedade brasileira passou por mudanças significativas ao longo do século passado. A respeito de aspectos sociais e culturais desse período, julgue o item a seguir.

Entre os principais benefícios da chamada uberização do trabalho está a redução das jornadas de trabalho dos microempreendedores associados a plataformas digitais, que resulta em maior autonomia.

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1715Q1011095 | Geografia, Noções Gerais de Urbanização, Manhã e Tarde, Instituto Rio Branco, CESPE CEBRASPE, 2025

Texto associado.
No Brasil, o processo de metropolização evidenciou-se, sobretudo, a partir de meados do século XX, destacadamente em São Paulo e Rio de Janeiro e, nos anos seguintes, em várias outras localidades. Em 1973, foram instituídas, pela Lei federal n.º 14, oito regiões metropolitanas: Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Curitiba, São Paulo e Porto Alegre. Posteriormente, em 1974, foi instituída a Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

R. Freitas. Regiões metropolitanas: uma abordagem conceitual.
In: Humanae, v.1, n.º 3, p. 44-53, dez./2009 (com adaptações)

O fragmento de texto precedente aborda o processo de metropolização e seus desdobramentos nas grandes cidades brasileiras. Acerca desse tema, julgue o item a seguir.

A institucionalização de consórcios metropolitanos é instrumento de política de gestão urbana, por meio dos quais municípios de escala metropolitana se integram com o objetivo de propor, implementar e gerenciar políticas públicas de interesse comum em áreas como transporte, saneamento e gestão de resíduos, entre outras.

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1716Q1012408 | História, Revoluções Liberais na Europa Ondas de 1820, Manhã e Tarde, Instituto Rio Branco, CESPE CEBRASPE, 2025

No que se refere à formação da Alemanha e da Itália, julgue o item a seguir.


Um caso extremo de divergência entre nacionalismo e Estado-nação, sem precedente desde a Roma antiga, é o da Itália: a maior parte de seu território foi unificado entre 1859 e 1870, mas havia uma grande fragmentação linguística e cultural.

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1717Q1020151 | Espanhol, Interpretação de Texto Comprensión de Lectura, Espanhol e Francês, Instituto Rio Branco, CESPE CEBRASPE

Texto associado.

Texto I

Alcobaça

Llegué desde Lisboa a la estación de Valado, ya de noche, y de Valado a Alcobaça me llevó un desvencijado cochecillo. Distraje el frío y la soledad imaginándome lo que sería aquel camino envuelto entonces en tinieblas: ¿por dónde vamos?

Y fue en un hermoso amanecer de fines de noviembre, en verdadero veranillo de San Martín, cuando salí a ver el histórico monasterio de Alcobaça, cenobio de bernardos en un tiempo.

Doraba el arrebol del alba las colinas, yendo yo derecho al monasterio, la fachada de cuya iglesia atraía mi anhelo. Esta fachada, severa, pero poco significativa, se abre a una gran plaza tendida a toda luz y todo aire. Al entrar en el templo, me envolvió una impresión de solemne soledad y desnudez. La nave, muy noble, flanqueada por sus dos filas de columnas desnudas y blancas; todo ello algo escueto y algo robusto. Allá, en el fondo, un retablo deplorable, con una gran bola azul estrellada y de la que irradian rayos dorados. Las naves laterales semejan desfiladeros. Y me encontraba solo, y rodeado de majestad, como bajo el manto de la Historia.

Vagando fui a dar a la sala de los Reyes. Los de Portugal figuran en estatuas, a lo largo de sus paredes. En el centro, un papa y un obispo coronan a Alfonso Henriques, el fundador de la Monarquía, arrodillado entre ellos. Hay en la sala un gran calderón, que el inevitable guardián-cicerone, que acudió al oír resonar en la soledad pasos, me dijo haber sido tomado a los castellanos en Aljubarrota. Me asomé a su brocal; estaba vacío.

De esta sala pasé al claustro de Don Dionís, hoy en restauración. Hermoso recinto, nobilísimo y melancólico. El agua de la fuente canta la soledad de la Historia entre las piedras mudas de recuerdos, y un pájaro cruza el pedazo de cielo limpio, de caída de otoño, cantando ¿quién sabe a qué? Las piedras se miran en la triste verdura del recinto.

Y luego pasé a ver el otro claustro, más vivido, más casero, el llamado del Cardenal, donde hoy hay un cuartel de artillería. Todo el antiguo convento de monjes bernardos me lo enseñó un sencillo campesino con uniforme de soldado de artillería. El pobre mozo sólo veía allí el cuartel, sin saber nada de monjes. «Aquí hacemos el ejercicio, aquí es el picadero, aquí…», etc. En la puerta de lo que fue antaño biblioteca, decía aquello de los proverbios:viam sapientiae mostrabo, «te enseñaré el camino de la sabiduría». Y me la enseñó un recluta portugués, pero estaba vacía, y no era camino, sino sala. Quería luego enseñarme, ¡claro es!, las piezas, los cañones.

Me volví a la iglesia, ahora con el guardián. Mostrome el altar en que se representa la muerte de San Bernardo, escena algo teatral, que parece de un gran nacimiento de cartón, de esos de Navidad, pero no sin su efecto. Un fraile pétreo llora eternamente, llevándose el blanco manto a los ojos, no sé si la muerte de su santo padre San Bernardo o la trágica historia de Inés de Castro. Porque enfrente de este altar cierra una pobrísima verja de madera la capilla en que descansan por fin los restos de la infortunada amante de Don Pedro I.

Me llevó el guardián ante los túmulos de Don Pedro, de Inés y de sus hijos, y le pedí que se fuera dejándome solo. En mi vida olvidaré esta visita. En aquella severísima sala, entre la grave nobleza de la blanca piedra desnuda, a la luz apagada y difusa de una mañana de otoño, las brumas de la leyenda embozáronme el corazón. Una paz henchida de soledades parece acostarse en aquel eterno descansadero. Allí reposan para siempre los dos amantes, juguetes que fueron del hado trágico. Como aves agoreras veníanme a la memoria los alados versos de Camões al contemplar el túmulo de la

mísera e mesquinha

que depois de ser morta foi rainha.

Porque el puro Amor

que os corações humanos tanto abriga.

Os Lusíadas, canto III, 118-119.


quiere, áspero y tirano, bañar sus aras en sangre humana.

Descansan en dos pétreos túmulos Pedro el duro, el cruel, el justiciero, el loco tal vez, y la linda Inés, y descansan de tal modo que si se incorporaran daríanse las caras y podrían otra vez más beberse uno al otro el amor en los ojos.

Seis alados angelillos guardan y sostienen la yacente estatua de Inés, y otros seis, la de Don Pedro; a los pies de ella duerme uno de los tres perrillos que hubo allí en otro tiempo, y a los pies de él, un gran lebrel, símbolo de la fidelidad. La tumba de él sostiénenla leones; la de ella, leones también, pero con cabezas de monjes. En las tablas del sepulcro de Inés, la pasionaria, esclava del amor, escenas de la Pasión de Cristo, del que perdonaba a la que mucho pecó por haber amado mucho; en la tabla cabecera, la Crucifixión, y en la de los pies el Juicio Final, en cuyo cielo hay una mujer. Las tablas del sepulcro de Don Pedro nos enseñan el martirio de San Bartolomé. Él, Don Pedro, con cara plácida con cabello y barbas a la asiria, sostiene su dura espada sobre su pecho.

Y pesa allí el aire de tragedia.

Allí está lo que queda de aquel Don Pedro I de Portugal, un loco con intervalos lúcidos de justicia y economía, como de él dijo Herculano; aquel hombre, para quien fue una manía apasionada la justicia, y que hacía de verdugo por su mano. Él, el adúltero, odiaba con odio singular a los adúlteros. ¿Sería el remordimiento? Allí descansa de sus justicias, de sus nemródicas cacerías; allí descansa, sobre todo, de sus amores. Allí descansa el tirano plebeyo, a quien adoró su pueblo.

Cuando volvía en barcos de Almada a Lisboa, la plebe lisbonense salía a recibirle con danzas y trebejos. Desembarcaba e iba al frente de la turba, danzando al son de trompetas, como un rey David. Tales locuras apasionábanle tanto como su cargo de juez. Ciertas noches, en el palacio, perseguíale el insomnio; levantábase, llamaba a los trompeteros, mandaba encender antorchas, y helo por las calles, danzando y atronando todo con los berridos de las trompetas. Las gentes, que dormían, salían con espanto a las ventanas a ver lo que era. Era el rey. ¡Muy bien, muy bien! ¡Qué placer verle tan alegre!

Oliveira Martins. História de Portugal. libro II, capítulo III.


¿No recordáis la historia trágica de sus amores con Inés, que Camões, más que otro poeta, ha eternizado? Allá hacia 1340 fue la linda Inés de Castro, la gallega, a Portugal como dama de la infanta Constanza, la mujer de Pedro, el hijo de Alfonso VI. Y fue la «mujer fatal», que diría Camilo. El hado trágico les hizo enamorarse; aquel amorch’a null amato amar perdona, como dijo el poeta de La Divina Comedia. Tuvieron frutos de los trágicos amores; intrigas de Corte y de plebe hicieron que el rey Alfonso mandara matar a su nuera, pues viudo de Constanza, Pedro casó luego en secreto con Inés, que fue apuñalada en Coimbra.

As filhas do Mondego a morte escura

longo tempo chorando memoraram,

e, por memória eterna, em fonte pura

as lágrimas choradas transformaram,

o nome lhe puseram, que inda dura

dos amores de Inês, que ali passaram.

Vede que fresca fonte rega as flores,

que lágrimas são a água e o nome Amores.

Os Lusíadas, canto III, 135


Y cuando luego fue rey Pedro, cuenta la leyenda que mandó desenterrar a Inés y coronarla reina, y habiéndose apoderado de sus matadores, los torturó bárbaramente, viendo desde su palacio, mientras comía, en Santarém, cómo los quemaban. Y esto podéis leerlo en el viejo y encantador cronista Fernán Lopes, que nos lo cuenta todo homéricamente, con una tan animada sencillez, que es un encanto.

Nos lo cuenta todo menos lo de la exhumación y coronamiento, que parece ser leyenda tardía, pero muy bella. Y en el fondo, de una altísima verdad trascendente.

Esa pobre Inés, que reinó después de morir… Y ¡de morir por haber amado con amor de fruto, con amor de vida! ¡Qué reino y qué reina!... Reina, sí, reina en el mundo de las trágicas leyendas, consuelo de la tragedia de la vida; reina con Iseo, la de Tristán; reina con Francesca, la de Paolo; reina con Isabel, la de Diego.

Miguel de Unamuno. Por tierras de Portugal y de España.

De acuerdo con el texto,

ninguno de los ángeles que sostienen las estatuas de los amantes tiene alas.

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1718Q1011029 | Português, Coesão e coerência, Manhã e Tarde, Instituto Rio Branco, CESPE CEBRASPE, 2025

Texto associado.
(Cannes – 31 – maio – 1952)

Em abril de 1952 embrenhei-me numa aventura singular: fui a Moscou e a outros lugares medonhos situados além da cortina de ferro exposta com vigor pela civilização cristã e ocidental. Nunca imaginei que tal coisa pudesse acontecer a um homem sedentário, resignado ao ônibus e ao bonde quando o movimento era indispensável. Absurda semelhante viagem — e quando me trataram dela, quase me zanguei. Faltavam-me recursos para realizá-la; a experiência me afirmava que não me deixariam sair do Brasil; e, para falar com franqueza, não me sentia disposto a mexer-me, abandonar a toca onde vivo. Recusei, pois, o convite, divagação insensata, julguei. Tudo aquilo era impossível. Mas uma série de acasos transformou a impossibilidade em dificuldade; esta se aplainou sem que eu tivesse feito o mínimo esforço, e achei-me em condições de percorrer terras estranhas, as malas arrumadas, os papéis em ordem, com todos os selos e carimbos. Depois de andar por cima de vários estados do meu país, tinha-me resolvido a não entrar em aviões: a morte horrível de um amigo levara-me a odiar esses aparelhos assassinos. Meses atrás, para ir a um congresso em Porto Alegre, rolara nove dias em automóvel. Tenho horror às casas desconhecidas. E falo pessimamente duas línguas estrangeiras. Estava decidido a não viajar; e, em consequência da firme decisão, encontrei-me um dia metido na encrenca voadora, o cinto amarrado, os cigarros inúteis, em obediência ao letreiro exigente aceso à porta da cabina.

Graciliano Ramos. Viagem (Checoslováquia — URSS).
Rio de Janeiro: José Olympio, 2022, p. 9-10 (com adaptações).

A respeito do texto precedente e de seus aspectos linguísticos e literários, julgue o item a seguir.

No último período do texto, o emprego da expressão “em consequência” evidencia falta de coerência interna, que torna contraditório o enunciado e prejudica o sentido a ser comunicado.

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1719Q1011044 | Português, Coesão e coerência, Manhã e Tarde, Instituto Rio Branco, CESPE CEBRASPE, 2025

Texto associado.
Há oito anos Antonio Candido nos deixou — ou pareceu deixar. No entanto, há ausências que pesam como presenças. Sua crítica continua agindo. Candido não saiu: se transformou em método, em escuta, em atenção. Em compromisso com o que ainda falta realizar. Na sua escrita não havia medo do Brasil. Havia enfrentamento. O país das desigualdades, das injunções coloniais, da dor transformada em paisagem — esse país era objeto de estudo, mas também de lamento e de luta. A crítica não era neutralidade, era trincheira. E a literatura, longe de ser luxo, era direito: o direito de experimentar o mundo para além do necessário. O direito ao supérfluo que nos humaniza. Contudo, sua grandeza não vinha só daquilo que dizia, mas de como dizia. Candido via a literatura como um fenômeno enraizado nas condições concretas da vida, mas dotado de autonomia relativa e complexidade formal. Nenhum arroubo de vaidade, nenhuma fome de autoridade. Só o ensaio, como forma tateante de pensar. Uma crítica que girava em torno do objeto, que o rodeava até que ele se revelasse por suas fissuras. Nada de fórmulas prontas, nenhuma teoria imposta como camisa de força. Apenas a disposição de escutar os textos como quem escuta um povo. Sua dialética não era ostentação, mas prática silenciosa. Estava no gesto de alternar os polos — local e universal, ordem e desordem, cultura e barbarização — não para conciliá-los, mas para mostrar que é da fricção que nasce a forma. Pensar dialeticamente, para ele, era recusar as falsas harmonias. Era compreender que os contrários não se anulam: se atravessam, se transformam, se disputam. Sua crítica era uma coreografia do conflito — um modo de pensar o Brasil sem amputar suas tensões constitutivas. Uma dialética de baixa voz, mas de alta potência. Candido não nos deu respostas. Nos deu um modo de perguntar. E é esse modo — lúcido, sereno, apaixonado — que nos falta. Não como ausência melancólica, mas como horizonte possível.

Gabriel Teles. Antonio Candido: oito anos de uma ausência presente.
In: Le Monde Diplomatique Brasil, ed. 216, maio/2025.

Julgue o item seguinte, com base no texto precedente.

No segundo período, a forma verbal “pesam” é empregada no sentido denotativo, em coerência com o argumento desenvolvido em torno de um fato concreto: a morte de Antonio Candido, a quem o autor do texto presta uma homenagem.

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1720Q1011102 | Geografia, Urbanização brasileira, Manhã e Tarde, Instituto Rio Branco, CESPE CEBRASPE, 2025

Julgue o item subsequente, acerca das dinâmicas intraurbanas das metrópoles brasileiras.

Nas metrópoles brasileiras, os setores secundário e terciário da economia englobam atividades geradoras de empregos e impulsionadoras de migrações, atraindo a população de menor renda para bairros próximos às áreas centrais, que concentram atividades desses setores da economia.

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