Caso clínico: Marco Antônio é estudante de Medicina do quarto ano e, desde os primeiros períodos da faculdade, está
sempre presente em chopadas e churrascos, o que lhe conferiu grande popularidade e sucesso entre as mulheres. No
início dos eventos, fica mais desenvolto, comunicativo e engraçado. Nos últimos anos, os colegas vêm notando que, ao
final das festas, ele tem ficado de “farol baixo” (obnubilado), vomita no banheiro e dorme no sofá. Há um mês, nota-se,
diariamente, tremores finos das mãos, taquicardia, sudorese e irritabilidade, que o estudante soluciona indo ao banheiro
no primeiro horário e recorrendo a um cantil de aguardente que apelidara carinhosamente de “cão engarrafado”. A pedido
de sua namorada, resolve interromper o consumo de qualquer dose de etílicos, a despeito dos sintomas desconfortáveis.
Ao quarto dia, Marco Antônio subitamente vai ao chão, no meio da aula de urgência, convulsionando, com febre alta,
taquicardia intensa, tremores grosseiros e sudorese profusa. No estado pós-ictal, apresenta confusão mental, flutuação
do nível de consciência e fica apavorado dizendo que aranhas saem das narinas dos manequins de prática.
Assinale a alternativa que apresenta o que melhor caracteriza o quadro descrito.
a) A desenvoltura e a desinibição iniciais devem-se a uma hipoatividade gabaérgica.
b) As alucinações apresentadas devem-se a uma hipoatividade dopaminérgica.
c) O torpor e a sedação ao final das festas devem-se a uma hiperatividade serotonérgica.
d) Os tremores, a taquicardia e a irritabilidade devem-se a uma hiperatividade glutamatérgica.
e) Os vômitos devem-se a uma hiperatividade histaminérgica.