A propriedade sobre escravos não se limitava a grandes
senhores de engenho, fazendeiros e mineradores. Tanto
no campo como na cidade era grande o número de pequenos escravistas, donos de um, dois, três escravos,
trabalhadores na pequena lavoura, nos serviços de rua
ou no de casa. Por todas essas características, os escravos marcaram em profundidade os costumes, o imaginário, a cultura [...] de nossa população. Tendo sido o
Brasil o último país do hemisfério a abolir a escravidão,
em 1888, pode-se dizer que a história do século XIX brasileiro, que viu esse imenso território formar-se enquanto
nação independente, se confunde com a história do apogeu e da queda do regime escravista.
(João José Reis, “’Nos achamos em campo a tratar da liberdade’:
a resistência negra no Brasil oitocentista”. In: Carlos Guilherme Motta (org.)
Viagem incompleta. A experiência brasileira (1500 – 2000). Formação:
histórias. São Paulo: Editora SENAC, 2000)
O excerto refere-se
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