Leia os textos a seguir.
A metáfora criada por Sérgio Buarque de Holanda,
“Semeadores de cidades”, não podia ser mais apropriada para
explicar o processo de ocupação do interior do território colonial
a partir do século XVIII. Conforme observado, esse verdadeiro
rush para o Oeste, que expandiu os limites das possessões
lusitanas demarcadas pelo Tratado de Tordesilhas, não tem
equivalente na história da humanidade. Contudo, o número de
vilas e cidades foi modesto na colônia, tendo em vista o aparato
administrativo e político que envolvia essas hierarquias
urbanas. Assim, enquanto Portugal – no final do período
colonial, com uma população de quase 3 milhões – possuía 22
cidades e 500 vilas, o Brasil, com uma população de 4 milhões
de habitantes, possuía apenas 12 cidades e 213 vilas, além de
um expressivo número de arraiais – mais de 40 apenas em Goiás.
ARRAIS, Cristiano Alencar; OLIVEIRA, Eliézer Cardoso de; LEMES, Fernando
Lobo. O Século XVIII em Goiás: a construção da Colônia. Goiânia: Cânone,
2019, p. 20-21.
Em Goiás do Brasil Colônia, “com a mineração, surgiram os
povoados [arraiais], às vezes com apenas quinze ou vinte
casas, cobertas de folhas de coqueiros ou de sapé e, em cada
um deles, uma capela era erguida.”
MENEZES, Áurea Cordeiro. História eclesiástica de Goiás. Vol. 1. Goiânia: Ed.
PUG-GO, 2011, p. 180-181, com grifo nosso. Em todo o século XVIII, somente um desses
povoados/arraiais foi elevado à categoria de vila na
Capitania de Goiás, concentrando a articulação
administrava dos demais povoados/arraiais em si. Estamos
nos referindo ao
✂️ a) arraial dos Couros, hoje Formosa, fundado em 1736. ✂️ b) arraial de Meia Ponte, hoje Pirenópolis, fundado em 1731. ✂️ c) arraial de Crixás, hoje Crixás, fundado em 1734. ✂️ d) arraial de Sant’Anna, hoje cidade de Goiás, fundado em 1727.