Questões de Concursos Prefeitura de Pombal PB

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1Q1046273 | Pedagogia, Temas Educacionais Pedagógicos, Professor AEE, Prefeitura de Pombal PB, CPCON, 2025

Em uma Sala de Recursos Multifuncionais (SRM), a professora percebe que algumas crianças com deficiência intelectual têm dificuldade de expressão corporal, comunicação e coordenação motora. Para favorecer o desenvolvimento global, opta por uma atividade coletiva que envolva musicalidade, interação e acessibilidade.
De acordo com os princípios do AEE, a organização física e material da SRM, o recurso mais adequado e que deve estar presente na Sala para esta proposta é:
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2Q1046274 | Pedagogia, Temas Educacionais Pedagógicos, Professor AEE, Prefeitura de Pombal PB, CPCON, 2025

Em relação à deficiência múltipla no contexto educacional, analise as afirmativas a seguir.
I- A surdocegueira é considerada uma forma de deficiência múltipla por combinar duas deficiências sensoriais – auditiva e visual – sendo, portanto, classificada como deficiência múltipla sensorial.
II- De acordo com a definição brasileira (Brasil, 2006), deficiência múltipla é o conjunto de duas ou mais deficiências associadas, de ordem física, sensorial, intelectual, emocional ou de comportamento social.
Fonte: BRASIL. Educação infantil : saberes e práticas da inclusão : dificuldades acentuadas de aprendizagem : deficiência múltipla. [4. ed.] / elaboração profª Ana Maria de Godói – Associação de Assistência à Criança Deficiente – AACD... [et. al.]. – Brasília : MEC, Secretaria de Educação Especial, 2006.

III- A deficiência múltipla se manifesta pela combinação de deficiências que, somadas, geram um efeito multiplicador, comprometendo o desenvolvimento, a comunicação, a interação social e a aprendizagem, o que exige planejamento pedagógico específico.

É CORRETO o que se afirma em:
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3Q1046275 | Pedagogia, Temas Educacionais Pedagógicos, Professor AEE, Prefeitura de Pombal PB, CPCON, 2025

A atuação do professor no Atendimento Educacional Especializado (AEE) exige formação específica, capaz de articular conhecimentos pedagógicos, técnicos e humanos para responder às singularidades dos estudantes. Considerando a escolarização de estudantes com paralisia cerebral, analise as afirmativas abaixo.
I- A formação do professor AEE deve contemplar o conhecimento sobre diferentes formas de paralisia cerebral, suas implicações motoras, cognitivas e comunicacionais, bem como o uso de recursos de Tecnologia Assistiva que favoreçam a autonomia e o acesso ao currículo.
II- O papel do AEE, no caso de estudantes com paralisia cerebral é substituir o ensino comum, promovendo atividades reabilitadoras voltadas ao desenvolvimento neuromotor e à funcionalidade clínica.
III- A formação continuada do professor AEE deve incluir estratégias pedagógicas para promover a Comunicação Alternativa e Aumentativa, o uso de recursos adaptados e a mediação entre o estudante, a escola e a família.

É CORRETO o que se afirma em:
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4Q1046276 | Pedagogia, Legislação da Educação, Professor AEE, Prefeitura de Pombal PB, CPCON, 2025

Durante uma reunião pedagógica, a equipe docente debate o planejamento das atividades do Atendimento Educacional Especializado (AEE). Em pauta, há dois casos distintos: o primeiro, de uma estudante com Transtorno do Espectro Autista (TEA) que frequenta regularmente a sala de recursos multifuncionais com apoio permanente; o segundo, de um estudante com superdotação, que apresenta desempenho avançado em Matemática e propôs desenvolver um projeto interdisciplinar de robótica.
Diante das situações descritas e com base no Decreto nº 7.611/2011, é CORRETO afirmar que:
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5Q1046277 | Pedagogia, Legislação da Educação, Professor AEE, Prefeitura de Pombal PB, CPCON, 2025

Com base na Lei nº 12.764/2012, conhecida como Lei Berenice Piana, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA), analise as afirmativas abaixo.
I- Embora não seja expressamente previsto na legislação como um direito da pessoa com TEA, é fundamental o acesso a ações e serviços de saúde, incluindo informações que auxiliem o diagnóstico e o tratamento.
II- A adesão excessiva a rotinas, rituais e padrões de comportamento repetitivos está entre as características do TEA, conforme definido na lei e nos manuais clínicos de diagnóstico.
III- A fita quebra-cabeça, associada ao autismo, pode ser utilizada por instituições públicas como forma de sinalizar a prioridade no atendimento de pessoas com TEA, assim como por estabelecimentos privados.

É CORRETO o que se afirma em:
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6Q1046278 | Pedagogia, Temas Educacionais Pedagógicos, Professor AEE, Prefeitura de Pombal PB, CPCON, 2025

O conceito de capacitismo tem sido discutido no âmbito das políticas educacionais inclusivas, dos direitos humanos e das práticas sociais contemporâneas. Considerando esta temática, assinale a alternativa CORRETA.
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7Q1046279 | Pedagogia, Temas Educacionais Pedagógicos, Professor AEE, Prefeitura de Pombal PB, CPCON, 2025

No Sistema Braille, os caracteres são organizados segundo uma lógica sistemática em séries. A 1ª série, também chamada de série superior, é formada por dez sinais construídos apenas com os pontos superiores (1, 2, 4 e 5), servindo como base para a formação das demais séries. Esta estrutura é essencial para a alfabetização de pessoas com deficiência visual.

Considerando essa lógica, a letra q (⠟) é formada pela adição do ponto 3 a qual letra da série superior?
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8Q1046280 | Pedagogia, Legislação da Educação, Professor AEE, Prefeitura de Pombal PB, CPCON, 2025

Durante a exibição de um documentário na Sala de Recursos Multifuncionais, a professora do AEE decidiu apresentar um material sobre violência doméstica envolvendo crianças com deficiência, classificado pelo órgão competente como não recomendado para menores de 16 anos. A turma, composta por crianças de 08 a 11 anos, assistiu ao conteúdo completo sem a devida autorização dos responsáveis nem planejamento pedagógico prévio. À luz do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a conduta da professora configura:
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9Q1046281 | Pedagogia, Temas Educacionais Pedagógicos, Professor AEE, Prefeitura de Pombal PB, CPCON, 2025

Sobre a elaboração e a implementação do Plano Educacional Individualizado (PEI) no Atendimento Educacional Especializado (AEE) de estudantes com deficiência múltipla, analise as afirmativas abaixo.
I- O PEI deve ser elaborado a partir de uma avaliação diagnóstica inicial pontual, centrada exclusivamente nas habilidades cognitivas do estudante e nos relatórios médicos apresentados pela família.
II- O PEI deve partir de uma avaliação processual e ecológica, observando o estudante em diferentes ambientes e momentos, considerando suas interações, apoios necessários e interesses.
III- A construção do PEI deve incorporar dados obtidos com a família e com os profissionais que interagem com o estudante, incluindo observações diretas e indiretas, entrevistas, análise das atividades e mapeamento dos contextos de aprendizagem.

É CORRETO o que se afirma em:
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10Q1046282 | Pedagogia, Legislação da Educação, Professor AEE, Prefeitura de Pombal PB, CPCON, 2025

Em uma creche pública, a professora observa que determinada criança, com 2 anos e 5 meses, evita o contato visual, não responde ao próprio nome, apresenta movimentos repetitivos e dificuldade de interação com os colegas. Após conversar com a família, a equipe pedagógica decide acionar a rede de apoio e os serviços de saúde, propondo a inclusão da criança no programa de Atenção Precoce.
Com base na Lei nº 14.880/2024, a iniciativa da equipe pedagógica está:
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11Q1032775 | Raciocínio Lógico, Fundamentos de Lógica, Arquiteto, Prefeitura de Pombal PB, CPCON, 2025

Considere as seguintes proposições:

p: “2 x + 5 = 9, tal que x = 1”;


q: “Todo triângulo equilátero possui lados iguais”.

Analise as alternativas e assinale a CORRETA:

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12Q1032776 | Raciocínio Lógico, Equivalência Lógica e Negação de Proposições, Arquiteto, Prefeitura de Pombal PB, CPCON, 2025

A proposição lógica A→B, admite as seguintes equivalências lógicas:

· (~B → ~A); e

· (~A ∨ B).

Considerando A = (p ∧ q) e B = r, assinale a alternativa que apresenta CORRETAMENTE a contrapositiva de (p ∧ q) → r.

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13Q1032777 | Raciocínio Lógico, Fundamentos de Lógica, Arquiteto, Prefeitura de Pombal PB, CPCON, 2025

Proposições compostas são formadas por proposições simples unidas por conectivos lógicos, como "e" (∧), "ou" (∨), dentre outros. Tais proposições podem ser classificadas em três tipos: tautologia, contradição e contingência. Sobre essas proposições, assinale a alternativa CORRETA.
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14Q1032778 | Raciocínio Lógico, Diagramas de Venn Conjuntos, Arquiteto, Prefeitura de Pombal PB, CPCON, 2025

Após um desastre, a defesa civil levantou os seguintes dados:

· 78 pessoas tiveram suas casas alagadas;

· 49 pessoas tiveram apenas perda de móveis;

· 19 pessoas sofreram apenas com deslizamentos de terra;

· 27 pessoas tiveram suas casas alagadas e perderam móveis;

· 31 pessoas sofreram com deslizamentos de terra e tiveram suas casas alagadas;

· 20 pessoas tiveram suas casas alagadas, perderam móveis e sofreram com deslizamentos de terra.

Analise as assertivas a seguir e assinale a alternativa CORRETA.

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15Q1064821 | Português, Interpretação de Textos, Técnico em Enfermagem, Prefeitura de Pombal PB, CPCON, 2025

Texto associado.
Leia o Texto 3 para responder à questão.


TEXTO 3


O que mais você quer?

Por Martha Medeiros


Era uma festa familiar, dessas que reúnem tios, primos, avós e alguns agregados ocasionais que ninguém conhece direito. Jogada no sofá, uma garota não estava lá muito sociável, a cara era de enterro. Quieta, olhava para a parede como se ali fosse encontrar a resposta para a pergunta que certamente martelava em sua cabeça: o que estou fazendo aqui? De soslaio, flagrei a mãe dela também observando a cena, inconsolável, ao mesmo tempo em que comentava com uma tia: “Olha pra essa menina. Sempre com esta cara. Nunca está feliz. Tem emprego, marido, filho. O que ela pode querer mais?”

Nada é tão comum quanto resumirmos a vida de outra pessoa e achar que ela não pode querer mais. Fulana é linda, jovem e tem um corpaço, o que mais ela quer? Sicrana ganha rios de dinheiro, é valorizada no trabalho e vive viajando, o que é que lhe falta?

Imaginei a garota acusando o golpe e confessando: sim, quero mais. Quero não ter nenhuma condescendência com o tédio, não ser forçada a aceitá-lo na minha rotina como um inquilino inevitável. Acada manhã, exijo ao menos a expectativa de uma surpresa, quer ela aconteça ou não. Expectativa, por si só, já é um entusiasmo.

Quero que o fato de ter uma vida prática e sensata não me roube o direito ao desatino. Que eu nunca aceite a ideia de que a maturidade exige um certo conformismo. Que eu não tenha medo nem vergonha de ainda desejar.

Quero uma primeira vez outra vez. Um primeiro beijo em alguém que ainda não conheço, uma primeira caminhada por uma nova cidade, uma primeira estreia em algo que nunca fiz, quero seguir desfazendo as virgindades que ainda carrego, quero ter sensações inéditas até o fim dos meus dias.

Quero ventilação, não morrer um pouquinho a cada dia sufocada em obrigações e em exigências de ser a melhor mãe do mundo, a melhor esposa do mundo, a melhor qualquer coisa. Gostaria de me reconciliar com meus defeitos e fraquezas, arejar minha biografia, deixar que vazem algumas ideias minhas que não são muito abençoáveis.

Queria não me sentir tão responsável sobre o que acontece ao meu redor. Compreender e aceitar que não tenho controle nenhum sobre as emoções dos outros, sobre suas escolhas, sobre as coisas que dão errado e também sobre as que dão certo. Me permitir ser um pouco insignificante.

E, na minha insignificância, poder acordar um dia mais tarde sem dar explicação, conversar com estranhos, me divertir fazendo coisas que nunca imaginei, deixar de ser tão misteriosa pra mim mesma, me conectar com as minhas outras possibilidades de existir. O que eu quero mais? Me escutar e obedecer ao meu lado mais transgressor, menos comportadinho, menos refém de reuniões familiares, marido, filhos, bolos de aniversário e despertadores na segunda-feira de manhã. E também quero mais tempo livre. E mais abraços.

Pois é, ninguém está satisfeito. Ainda bem.

Fonte: MEDEIROS, M. Doidas e Santas. Porto Alegre: L&PM, 2008 Adaptado.
Sobre os elementos da narrativa presentes no texto, é CORRETO afirmar que:
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16Q1064822 | Português, Interpretação de Textos, Técnico em Enfermagem, Prefeitura de Pombal PB, CPCON, 2025

Texto associado.
Leia o Texto 3 para responder à questão.


TEXTO 3


O que mais você quer?

Por Martha Medeiros


Era uma festa familiar, dessas que reúnem tios, primos, avós e alguns agregados ocasionais que ninguém conhece direito. Jogada no sofá, uma garota não estava lá muito sociável, a cara era de enterro. Quieta, olhava para a parede como se ali fosse encontrar a resposta para a pergunta que certamente martelava em sua cabeça: o que estou fazendo aqui? De soslaio, flagrei a mãe dela também observando a cena, inconsolável, ao mesmo tempo em que comentava com uma tia: “Olha pra essa menina. Sempre com esta cara. Nunca está feliz. Tem emprego, marido, filho. O que ela pode querer mais?”

Nada é tão comum quanto resumirmos a vida de outra pessoa e achar que ela não pode querer mais. Fulana é linda, jovem e tem um corpaço, o que mais ela quer? Sicrana ganha rios de dinheiro, é valorizada no trabalho e vive viajando, o que é que lhe falta?

Imaginei a garota acusando o golpe e confessando: sim, quero mais. Quero não ter nenhuma condescendência com o tédio, não ser forçada a aceitá-lo na minha rotina como um inquilino inevitável. Acada manhã, exijo ao menos a expectativa de uma surpresa, quer ela aconteça ou não. Expectativa, por si só, já é um entusiasmo.

Quero que o fato de ter uma vida prática e sensata não me roube o direito ao desatino. Que eu nunca aceite a ideia de que a maturidade exige um certo conformismo. Que eu não tenha medo nem vergonha de ainda desejar.

Quero uma primeira vez outra vez. Um primeiro beijo em alguém que ainda não conheço, uma primeira caminhada por uma nova cidade, uma primeira estreia em algo que nunca fiz, quero seguir desfazendo as virgindades que ainda carrego, quero ter sensações inéditas até o fim dos meus dias.

Quero ventilação, não morrer um pouquinho a cada dia sufocada em obrigações e em exigências de ser a melhor mãe do mundo, a melhor esposa do mundo, a melhor qualquer coisa. Gostaria de me reconciliar com meus defeitos e fraquezas, arejar minha biografia, deixar que vazem algumas ideias minhas que não são muito abençoáveis.

Queria não me sentir tão responsável sobre o que acontece ao meu redor. Compreender e aceitar que não tenho controle nenhum sobre as emoções dos outros, sobre suas escolhas, sobre as coisas que dão errado e também sobre as que dão certo. Me permitir ser um pouco insignificante.

E, na minha insignificância, poder acordar um dia mais tarde sem dar explicação, conversar com estranhos, me divertir fazendo coisas que nunca imaginei, deixar de ser tão misteriosa pra mim mesma, me conectar com as minhas outras possibilidades de existir. O que eu quero mais? Me escutar e obedecer ao meu lado mais transgressor, menos comportadinho, menos refém de reuniões familiares, marido, filhos, bolos de aniversário e despertadores na segunda-feira de manhã. E também quero mais tempo livre. E mais abraços.

Pois é, ninguém está satisfeito. Ainda bem.

Fonte: MEDEIROS, M. Doidas e Santas. Porto Alegre: L&PM, 2008 Adaptado.
Qual é o tema central da narrativa apresentada no texto?
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17Q1064823 | Português, Interpretação de Textos, Técnico em Enfermagem, Prefeitura de Pombal PB, CPCON, 2025

Texto associado.
Leia o Texto 3 para responder à questão.


TEXTO 3


O que mais você quer?

Por Martha Medeiros


Era uma festa familiar, dessas que reúnem tios, primos, avós e alguns agregados ocasionais que ninguém conhece direito. Jogada no sofá, uma garota não estava lá muito sociável, a cara era de enterro. Quieta, olhava para a parede como se ali fosse encontrar a resposta para a pergunta que certamente martelava em sua cabeça: o que estou fazendo aqui? De soslaio, flagrei a mãe dela também observando a cena, inconsolável, ao mesmo tempo em que comentava com uma tia: “Olha pra essa menina. Sempre com esta cara. Nunca está feliz. Tem emprego, marido, filho. O que ela pode querer mais?”

Nada é tão comum quanto resumirmos a vida de outra pessoa e achar que ela não pode querer mais. Fulana é linda, jovem e tem um corpaço, o que mais ela quer? Sicrana ganha rios de dinheiro, é valorizada no trabalho e vive viajando, o que é que lhe falta?

Imaginei a garota acusando o golpe e confessando: sim, quero mais. Quero não ter nenhuma condescendência com o tédio, não ser forçada a aceitá-lo na minha rotina como um inquilino inevitável. Acada manhã, exijo ao menos a expectativa de uma surpresa, quer ela aconteça ou não. Expectativa, por si só, já é um entusiasmo.

Quero que o fato de ter uma vida prática e sensata não me roube o direito ao desatino. Que eu nunca aceite a ideia de que a maturidade exige um certo conformismo. Que eu não tenha medo nem vergonha de ainda desejar.

Quero uma primeira vez outra vez. Um primeiro beijo em alguém que ainda não conheço, uma primeira caminhada por uma nova cidade, uma primeira estreia em algo que nunca fiz, quero seguir desfazendo as virgindades que ainda carrego, quero ter sensações inéditas até o fim dos meus dias.

Quero ventilação, não morrer um pouquinho a cada dia sufocada em obrigações e em exigências de ser a melhor mãe do mundo, a melhor esposa do mundo, a melhor qualquer coisa. Gostaria de me reconciliar com meus defeitos e fraquezas, arejar minha biografia, deixar que vazem algumas ideias minhas que não são muito abençoáveis.

Queria não me sentir tão responsável sobre o que acontece ao meu redor. Compreender e aceitar que não tenho controle nenhum sobre as emoções dos outros, sobre suas escolhas, sobre as coisas que dão errado e também sobre as que dão certo. Me permitir ser um pouco insignificante.

E, na minha insignificância, poder acordar um dia mais tarde sem dar explicação, conversar com estranhos, me divertir fazendo coisas que nunca imaginei, deixar de ser tão misteriosa pra mim mesma, me conectar com as minhas outras possibilidades de existir. O que eu quero mais? Me escutar e obedecer ao meu lado mais transgressor, menos comportadinho, menos refém de reuniões familiares, marido, filhos, bolos de aniversário e despertadores na segunda-feira de manhã. E também quero mais tempo livre. E mais abraços.

Pois é, ninguém está satisfeito. Ainda bem.

Fonte: MEDEIROS, M. Doidas e Santas. Porto Alegre: L&PM, 2008 Adaptado.
A que tipo de comportamento a protagonista se opõe em suas reflexões?
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18Q1064824 | Português, Interpretação de Textos, Técnico em Enfermagem, Prefeitura de Pombal PB, CPCON, 2025

Texto associado.
Leia o Texto 3 para responder à questão.


TEXTO 3


O que mais você quer?

Por Martha Medeiros


Era uma festa familiar, dessas que reúnem tios, primos, avós e alguns agregados ocasionais que ninguém conhece direito. Jogada no sofá, uma garota não estava lá muito sociável, a cara era de enterro. Quieta, olhava para a parede como se ali fosse encontrar a resposta para a pergunta que certamente martelava em sua cabeça: o que estou fazendo aqui? De soslaio, flagrei a mãe dela também observando a cena, inconsolável, ao mesmo tempo em que comentava com uma tia: “Olha pra essa menina. Sempre com esta cara. Nunca está feliz. Tem emprego, marido, filho. O que ela pode querer mais?”

Nada é tão comum quanto resumirmos a vida de outra pessoa e achar que ela não pode querer mais. Fulana é linda, jovem e tem um corpaço, o que mais ela quer? Sicrana ganha rios de dinheiro, é valorizada no trabalho e vive viajando, o que é que lhe falta?

Imaginei a garota acusando o golpe e confessando: sim, quero mais. Quero não ter nenhuma condescendência com o tédio, não ser forçada a aceitá-lo na minha rotina como um inquilino inevitável. Acada manhã, exijo ao menos a expectativa de uma surpresa, quer ela aconteça ou não. Expectativa, por si só, já é um entusiasmo.

Quero que o fato de ter uma vida prática e sensata não me roube o direito ao desatino. Que eu nunca aceite a ideia de que a maturidade exige um certo conformismo. Que eu não tenha medo nem vergonha de ainda desejar.

Quero uma primeira vez outra vez. Um primeiro beijo em alguém que ainda não conheço, uma primeira caminhada por uma nova cidade, uma primeira estreia em algo que nunca fiz, quero seguir desfazendo as virgindades que ainda carrego, quero ter sensações inéditas até o fim dos meus dias.

Quero ventilação, não morrer um pouquinho a cada dia sufocada em obrigações e em exigências de ser a melhor mãe do mundo, a melhor esposa do mundo, a melhor qualquer coisa. Gostaria de me reconciliar com meus defeitos e fraquezas, arejar minha biografia, deixar que vazem algumas ideias minhas que não são muito abençoáveis.

Queria não me sentir tão responsável sobre o que acontece ao meu redor. Compreender e aceitar que não tenho controle nenhum sobre as emoções dos outros, sobre suas escolhas, sobre as coisas que dão errado e também sobre as que dão certo. Me permitir ser um pouco insignificante.

E, na minha insignificância, poder acordar um dia mais tarde sem dar explicação, conversar com estranhos, me divertir fazendo coisas que nunca imaginei, deixar de ser tão misteriosa pra mim mesma, me conectar com as minhas outras possibilidades de existir. O que eu quero mais? Me escutar e obedecer ao meu lado mais transgressor, menos comportadinho, menos refém de reuniões familiares, marido, filhos, bolos de aniversário e despertadores na segunda-feira de manhã. E também quero mais tempo livre. E mais abraços.

Pois é, ninguém está satisfeito. Ainda bem.

Fonte: MEDEIROS, M. Doidas e Santas. Porto Alegre: L&PM, 2008 Adaptado.
Qual é o impacto do título implícito no texto, “Pois é, ninguém está satisfeito”, na interpretação da narrativa?
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19Q1064825 | Português, Morfologia, Técnico em Enfermagem, Prefeitura de Pombal PB, CPCON, 2025

Texto associado.
Leia o Texto 3 para responder à questão.


TEXTO 3


O que mais você quer?

Por Martha Medeiros


Era uma festa familiar, dessas que reúnem tios, primos, avós e alguns agregados ocasionais que ninguém conhece direito. Jogada no sofá, uma garota não estava lá muito sociável, a cara era de enterro. Quieta, olhava para a parede como se ali fosse encontrar a resposta para a pergunta que certamente martelava em sua cabeça: o que estou fazendo aqui? De soslaio, flagrei a mãe dela também observando a cena, inconsolável, ao mesmo tempo em que comentava com uma tia: “Olha pra essa menina. Sempre com esta cara. Nunca está feliz. Tem emprego, marido, filho. O que ela pode querer mais?”

Nada é tão comum quanto resumirmos a vida de outra pessoa e achar que ela não pode querer mais. Fulana é linda, jovem e tem um corpaço, o que mais ela quer? Sicrana ganha rios de dinheiro, é valorizada no trabalho e vive viajando, o que é que lhe falta?

Imaginei a garota acusando o golpe e confessando: sim, quero mais. Quero não ter nenhuma condescendência com o tédio, não ser forçada a aceitá-lo na minha rotina como um inquilino inevitável. Acada manhã, exijo ao menos a expectativa de uma surpresa, quer ela aconteça ou não. Expectativa, por si só, já é um entusiasmo.

Quero que o fato de ter uma vida prática e sensata não me roube o direito ao desatino. Que eu nunca aceite a ideia de que a maturidade exige um certo conformismo. Que eu não tenha medo nem vergonha de ainda desejar.

Quero uma primeira vez outra vez. Um primeiro beijo em alguém que ainda não conheço, uma primeira caminhada por uma nova cidade, uma primeira estreia em algo que nunca fiz, quero seguir desfazendo as virgindades que ainda carrego, quero ter sensações inéditas até o fim dos meus dias.

Quero ventilação, não morrer um pouquinho a cada dia sufocada em obrigações e em exigências de ser a melhor mãe do mundo, a melhor esposa do mundo, a melhor qualquer coisa. Gostaria de me reconciliar com meus defeitos e fraquezas, arejar minha biografia, deixar que vazem algumas ideias minhas que não são muito abençoáveis.

Queria não me sentir tão responsável sobre o que acontece ao meu redor. Compreender e aceitar que não tenho controle nenhum sobre as emoções dos outros, sobre suas escolhas, sobre as coisas que dão errado e também sobre as que dão certo. Me permitir ser um pouco insignificante.

E, na minha insignificância, poder acordar um dia mais tarde sem dar explicação, conversar com estranhos, me divertir fazendo coisas que nunca imaginei, deixar de ser tão misteriosa pra mim mesma, me conectar com as minhas outras possibilidades de existir. O que eu quero mais? Me escutar e obedecer ao meu lado mais transgressor, menos comportadinho, menos refém de reuniões familiares, marido, filhos, bolos de aniversário e despertadores na segunda-feira de manhã. E também quero mais tempo livre. E mais abraços.

Pois é, ninguém está satisfeito. Ainda bem.

Fonte: MEDEIROS, M. Doidas e Santas. Porto Alegre: L&PM, 2008 Adaptado.
Analise as palavras “desatino” e “virgindades” presentes no texto. Sobre elas, é CORRETO afirmar que:
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20Q1064826 | Sistemas Operacionais, Segurança de Sistemas Operacionais, Técnico em Enfermagem, Prefeitura de Pombal PB, CPCON, 2025

Sobre atualizações de programas e sistemas operacionais, analise as seguintes afirmativas.

I- Atualizações do Microsoft Windows são fornecidas sempre ao final de cada mês.
II- O serviço presente no Microsoft Windows que fornece atualizações para o sistema operacional é o Windows Update.
III- Atualizações podem corrigir falhas de segurança, adicionar novos recursos e melhorar a estabilidade.

É CORRETO o que se afirma apenas em:
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