A BNCC (BRASIL, 2017), no que considera o componente curricular de Geografia, estabelece os parâmetros para que o ensino do conhecimento geográfico escolar se realize e, desta forma, define o raciocínio geográfico como uma forma de se pensar espacialmente. Os conceitos geográficos são trazidos como forma de promoção do raciocínio geográfico, que deverão ser pensados com vias de realização do reconhecimento de desigualdades socioeconômicas, para a apreensão acerca das formas de utilização dos recursos naturais e para se analisar as distribuições espaciais em conflitos geopolíticos. Neste ponto, em consonância com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), a BNCC define, na condição de conceitos principais da Geografia, o território, a paisagem, o lugar e a região, acrescentando ainda o conceito de natureza. O documento se refere ao “espaço” como o conceito mais complexo e amplo da Geografia e afirma que este deve ser pensado em articulação ao “tempo”, visto que são indissociáveis. CECIM, Jéssica da Silva Rodrigues; CRACEL, Viviane Lousada. O raciocínio geográfico na BNCC a partir de metodologias ativas . Anais do 14° Encontro Nacional de Prática de Ensino de Geografia: políticas, linguagens e trajetórias, p. 1575-1587, 2019. Adaptado. A partir da configuração do componente curricular de Geografia na Base Nacional Comum Curricular (BNCC, 2017), são princípios pressupostos no ensino de Geografia:
✂️ a) Distribuição, que permite ponderar acerca da repartição dos objetos pelo espaço; e Reação, quando existe reação a um fenômeno geográfico de larga escala. ✂️ b) Analogia, compreendida como a possibilidade de se comparar um fenômeno geográfico com outro e a apreensão de suas semelhanças; e Velocidade, quando medida a partir de qualquer referência temporal. ✂️ c) Conexão, enquanto a noção de que os fenômenos geográficos ocorrem em relação uns aos outros; e Localização, utilizada para conceber as posições (absolutas e relativas) de cada objeto na superfície terrestre. ✂️ d) Ordem, que viabiliza a estruturação do espaço em função de regras estabelecidas pelas sociedades que o produzem; e Extensão, que concerne à definição de espaços como finitos e infinitos. ✂️ e) Diferenciação, para se pensar a capacidade de variação dos fenômenos e a consequente existência de distinções entre as áreas; e Dinâmica, quando um fenômeno geográfico ganha aceleração quando se emprega uma força sobre ele.