O texto seguinte servirá de base para responder à questão.
O Que É Estresse Ambiental e Como Lidar com Ele
Você já percebeu como, às vezes, a bateria do seucelular acaba rápido demais porque vários aplicativosestão rodando em segundo plano, sugando energia semque você perceba? O estresse ambiental funciona damesma forma no seu sistema nervoso.
Diferente do estresse agudo, que surge de forma intensa e passageira (como prazos apertados, provas ouemergências), o estresse ambiental é mais sutil econtínuo. Ele vai se acumulando lentamente, alimentadopor fatores como bagunça, barulho, poluição, excesso deestímulos digitais, multitarefa constante, necessidade dese adaptar a diferentes ambientes sociais ecomparações nas redes.
O problema do estresse ambiental é que ele se somasilenciosamente, mudando seu estado natural de calmapara um de tensão constante, em que o corpo nãoconsegue mais relaxar de verdade, afirma Bean.
Esse tipo de estresse pode impactar sua saúde deformas que você não percebe de imediato. "Quando seu corpo está constantemente reagindo a estressores ambientais, sua resiliência vai diminuindo com o tempo. O cérebro e o corpo ficam sobrecarregados e com menos recursos para lidar com o que aparece", explica Polina Shkadron, terapeuta em Nova York especializada em TDAH.
Esse acúmulo pode virar um ciclo vicioso, onde até os pequenos estresses do dia a dia, que antes pareciam fáceis de lidar, passam a ser opressores, já que o sistema nervoso está no limite. Com o tempo, isso pode levar a burnout, ansiedade, dificuldades emocionais, problemas de sono, inflamações, baixa imunidade e até dores crônicas.
Os sinais variam de pessoa para pessoa, mas alguns sintomas comuns incluem:
• Sensação constante de estar "no limite", mesmo quando nada está visivelmente errado
• Tensão no corpo (principalmente no pescoço, mandíbula, quadris ou assoalho pélvico) que só se percebe ao parar e prestar atenção
• Dificuldade para dormir ou acordar cansado
• Sentir-se sobrecarregado por decisões simples ou incapaz de concluir tarefas
• Hipersensibilidade a sons ou interações sociais
• Uma sensação persistente de que nunca é suficiente — tempo, energia, produtividade ou até valor pessoal
Não dá para eliminar completamente esse tipo de estresse, mas é possível reduzir seu impacto. "O segredo é aprender a controlá-lo antes que ele se torne crônico", orienta Bean. Aqui vão algumas estratégias simples:
• Faça micro pausas: Afaste-se dos dispositivos, alongue-se, respire fundo, faça um escaneamento corporal ou dê uma volta rápida no quarteirão. "Até pausas de 60 segundos podem quebrar o ciclo do estresse", diz Bean.
• Estabeleça limites sensoriais: Reduza distrações digitais, barulhos de fundo, luzes fortes e bagunça sempre que possível. Isso ajuda a evitar a sobrecarga sensorial.
• Mantenha conexões sociais: Ligue para alguém querido, marque encontros, cozinhe com amigos ou faça atividades em grupo. Estar com pessoas que te entendem ajuda o sistema nervoso a se acalmar, afirma Schwartzberg.
• Mexa o corpo: Caminhadas, alongamentos, yoga ou tai chi ajudam a liberar tensão acumulada e te reconectar com o corpo.
• Reserve tempo para o prazer: "Separe ao menos um momento no dia que não seja sobre ser produtivo", recomenda Bean. Pode ser tomar um chá, escrever, cuidar das plantas ou ouvir seu podcast favorito. "Eu gosto de fazer um 'sacudir geral' no corpo para 'lavar' o dia", conta Schwartzberg.
• Use a voz: Cantar, fazer humming (zumbido com a boca fechada) ou soltar o ar lentamente estimula o nervo vago, o que ajuda a trazer calma.
• Não engula seus sentimentos: O estresse aumenta quando suprimimos o que sentimos. Schwartzberg sugere reconhecer suas necessidades, mesmo que de forma simples: "Preciso de um tempo de silêncio" ou "Podemos conversar quando estivermos mais descansados?"
• E lembre-se: você está dando conta. Um passo de cada vez já faz diferença.
https://forbes.com.br/forbessaude/2025/08/o-que-e-estresse-ambientale-como-lidar-com-ele/