Questões de Concursos SPTRANS

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61Q187399 | Direito Processual do Trabalho, Ação rescisória, Advogado Pleno, SPTrans, VUNESP

Quanto à ação rescisória, no processo do trabalho, é possível afirmar que

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62Q4373 | Português, Auxiliar Administrativo, SPTRANS, VUNESP

Texto associado.
Um em cada quatro brasileiros bebe muito

   Pelo menos 25% dos brasileiros consomem bebida exageradamente,
segundo informa estudo, ainda inédito, patrocinado pela
Senad (Secretaria Nacional Antidrogas). É a primeira pesquisa
sobre consumo de álcool realizada por domicílio.
   Esse dado ajuda a esclarecer por que ocorrem tantos acidentes,
doenças e mortes associadas ao consumo de álcool. Fica, então,
a pergunta: até que ponto existe relação entre o abuso da bebida
e a publicidade? A resposta a essa questão está em mais duas
pesquisas também inéditas.
   Selecionado pela Universidade Federal de São Paulo, um grupo
de 282 adolescentes foi submetido à observação de diferentes
propagandas de cerveja. Os pesquisadores, comandados pela psiquiatra
Ilana Pinsky, estavam interessados em saber como aquelas
mensagens eram percebidas. Nenhum dos entrevistados sabia o
verdadeiro propósito da experiência. De posse das respostas, a
psiquiatra Ilana Pinsky analisou quantas proibições contidas na
auto-regulamentação, feita, portanto, pelos próprios publicitários,
para os comerciais de cerveja seriam desrespeitadas. “Quase
todas”, afirma ela, ao analisar não apenas o que os adolescentes
pensavam, mas também o que sentiam, traduzindo a linguagem
subliminar dos anúncios.
   Uma das regras da auto-regulamentação é evitar o erotismo.
Nem precisaria uma sessão pilotada por especialistas em saúde
mental para desconfiar de que a atriz Juliana Paes, apresentada
nos comerciais de cerveja como “a boa”, não aparece como uma
sóbria professora ensinando seus alunos em uma sala de aula. “A
auto-regulamentação não funciona”, opina Ilana. A propaganda,
porém, funciona e muito bem. Em outra pesquisa, ela detectou
que, em determinada parcela dos entrevistados, as imagens estimularam
o consumo abusivo. “Quem já bebia sentiu-se estimulado
a beber mais”.
   Tais resultados dão uma pista da complexidade da luta para
reduzir os riscos associados ao álcool, e a genialidade publicitária
é um dos ingredientes que contribuem para que essa seja uma das
mais difíceis batalhas da saúde pública. A razão dessa dificuldade
não são apenas as bilionárias verbas envolvidas na indústria da
bebida (das quais nós, dos meios de comunicação, aliás, somos
beneficiários), mas também o patrocínio dessas empresas a campanhas
eleitorais.
   O álcool é beneficiado por um misto de desinformação com
aceitação cultural. Um belo exemplo de desinformação foi exibido
pelo publicitário Roberto Justus, que, em entrevista à Folha, disse
que as cervejas não oferecem perigo, mostrando desconhecer
os mais elementares estudos sobre o alcoolismo. Duas latas de
cerveja equivalem a uma dose de vodca. Um pai fica apavorado
quando o filho fuma um cigarro de maconha, mas é compreensivo
diante de um porre.
   Juntem-se os bilhões da indústria, a ignorância e a tolerância
cultural: entendemos, assim, como, apenas em acidentes, morrem
cem pessoas por dia. Isso sem contar os feridos.

(Gilberto Dimenstein, Folha de S.Paulo, 27.05.2007. Adaptado)
No trecho – Esse dado ajuda a esclarecer por que ocorrem tantos  acidentes, doenças e mortes associadas ao consumo de álcool.
– a expressão ajuda a pode ser corretamente substituída por
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63Q248111 | Matemática, Operações aritméticas, Técnico de Informática, SPTrans, VUNESP

Júlia comprou vários litros de leite para dividir igualmente entre as crianças de uma creche. Se ela colocar 400 mL em cada copo, ficarão faltando 200 mL no último copo, e se ela colocar 380 mL em cada copo restarão 260 mL de leite.

O número de litros de leite comprados por Júlia foi

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64Q7910 | Enfermagem, Auxiliar de Enfermagem do Trabalho, SPTRANS, VUNESP

A adoção de medidas de controle para a prevenção de acidentes com materiais perfurocortantes devem obedecer uma hierarquia que se inicia, primeiramente, com
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65Q14935 | Arquitetura, Arquiteto Urbanista, SPTRANS, VUNESP

Um abrigo de ônibus será implantado em situação de total exposição ao sol e em ambiente urbano agressivo, devido à poluição do ar. Cada abrigo de ônibus é pintado por uma cor que identifica a área em que se localiza. A sinalização e comunicação visual serão montadas em suportes de alumínio que deverão ser fixados à estrutura de aço do abrigo.

Considere as especificações a seguir:

I. estrutura em aço estrutural de baixa liga adicionado de cobre;

II. pintura em esmalte epóxi aplicada sobre primer epóxi;

III. fixação dos suportes de alumínio por meio de parafusos passantes, diretamente sobre a estrutura de aço, de modo a maximizar a superfície de contato entre o suporte e a estrutura.

É(são) adequada(s) a(s) especificação(ões)
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66Q192702 | Direito do Trabalho, Trabalho do Menor, Advogado Pleno, SPTrans, VUNESP

Ao menor de dezoito anos não se permite

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67Q113632 | Português, Interpretação de Textos, Analista de Informática, SPTrans, VUNESP

Texto associado.

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A palavra que melhor traduz a ideia acerca da qualidade do orador, no contexto, é

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68Q193070 | Direito do Trabalho, Comissões de Conciliação Prévia, Advogado Pleno, SPTrans, VUNESP

As comissões de conciliação prévia destinam-se à solução dos conflitos

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69Q7921 | Segurança e Saúde no Trabalho, Auxiliar de Enfermagem do Trabalho, SPTRANS, VUNESP

Com o intuito de reverter o quadro de urgência hipertensiva, após aferição da pressão arterial do trabalhador, o medicamento recomendado é
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70Q4366 | Português, Auxiliar Administrativo, SPTRANS, VUNESP

Texto associado.
Um em cada quatro brasileiros bebe muito

   Pelo menos 25% dos brasileiros consomem bebida exageradamente,
segundo informa estudo, ainda inédito, patrocinado pela
Senad (Secretaria Nacional Antidrogas). É a primeira pesquisa
sobre consumo de álcool realizada por domicílio.
   Esse dado ajuda a esclarecer por que ocorrem tantos acidentes,
doenças e mortes associadas ao consumo de álcool. Fica, então,
a pergunta: até que ponto existe relação entre o abuso da bebida
e a publicidade? A resposta a essa questão está em mais duas
pesquisas também inéditas.
   Selecionado pela Universidade Federal de São Paulo, um grupo
de 282 adolescentes foi submetido à observação de diferentes
propagandas de cerveja. Os pesquisadores, comandados pela psiquiatra
Ilana Pinsky, estavam interessados em saber como aquelas
mensagens eram percebidas. Nenhum dos entrevistados sabia o
verdadeiro propósito da experiência. De posse das respostas, a
psiquiatra Ilana Pinsky analisou quantas proibições contidas na
auto-regulamentação, feita, portanto, pelos próprios publicitários,
para os comerciais de cerveja seriam desrespeitadas. “Quase
todas”, afirma ela, ao analisar não apenas o que os adolescentes
pensavam, mas também o que sentiam, traduzindo a linguagem
subliminar dos anúncios.
   Uma das regras da auto-regulamentação é evitar o erotismo.
Nem precisaria uma sessão pilotada por especialistas em saúde
mental para desconfiar de que a atriz Juliana Paes, apresentada
nos comerciais de cerveja como “a boa”, não aparece como uma
sóbria professora ensinando seus alunos em uma sala de aula. “A
auto-regulamentação não funciona”, opina Ilana. A propaganda,
porém, funciona e muito bem. Em outra pesquisa, ela detectou
que, em determinada parcela dos entrevistados, as imagens estimularam
o consumo abusivo. “Quem já bebia sentiu-se estimulado
a beber mais”.
   Tais resultados dão uma pista da complexidade da luta para
reduzir os riscos associados ao álcool, e a genialidade publicitária
é um dos ingredientes que contribuem para que essa seja uma das
mais difíceis batalhas da saúde pública. A razão dessa dificuldade
não são apenas as bilionárias verbas envolvidas na indústria da
bebida (das quais nós, dos meios de comunicação, aliás, somos
beneficiários), mas também o patrocínio dessas empresas a campanhas
eleitorais.
   O álcool é beneficiado por um misto de desinformação com
aceitação cultural. Um belo exemplo de desinformação foi exibido
pelo publicitário Roberto Justus, que, em entrevista à Folha, disse
que as cervejas não oferecem perigo, mostrando desconhecer
os mais elementares estudos sobre o alcoolismo. Duas latas de
cerveja equivalem a uma dose de vodca. Um pai fica apavorado
quando o filho fuma um cigarro de maconha, mas é compreensivo
diante de um porre.
   Juntem-se os bilhões da indústria, a ignorância e a tolerância
cultural: entendemos, assim, como, apenas em acidentes, morrem
cem pessoas por dia. Isso sem contar os feridos.

(Gilberto Dimenstein, Folha de S.Paulo, 27.05.2007. Adaptado)
De acordo com o texto, o consumo abusivo de álcool entre os brasileiros está relacionado
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71Q14934 | Arquitetura, Arquiteto Urbanista, SPTRANS, VUNESP

Em uma pequena obra que tem quantidade significativa da estrutura de concreto armado moldada in loco, verificou-se que a execução dessas estruturas está no caminho crítico do cronograma físico. A operação de concretagem em si será feita de uma única vez e terá pequena duração – menos de meio dia de trabalho – porém há um trabalho sofisticado de fôrmas e armaduras, em função da geometria complexa da estrutura, não sendo previsto reaproveitamento de fôrmas.

Pode-se citar como medida de redução do tempo total de obra
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72Q14927 | Arquitetura, Arquiteto Urbanista, SPTRANS, VUNESP

Em função das condições de uso e da velocidade diretriz de determinado trecho viário, definiu-se, em seu projeto geométrico, que será prevista superelevação lateral em trechos em curva horizontal. Isso implica que
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73Q113184 | Conhecimentos Gerais e Atualidades, Política Nacional, Analista de Informática, SPTrans, VUNESP

Leia os trechos.

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Uma das medidas previstas pela referida lei é

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74Q193429 | Direito Administrativo, Princípios da Administração Pública, Advogado Pleno, SPTrans, VUNESP

Os bens e interesses públicos não pertencem à Administração nem a seus agentes. Cabe-lhes apenas geri-los, conservá-los e por eles velar em prol da coletividade, esta sim a verdadeira titular dos direitos e interesses públicos. (José dos Santos Carvalho Filho in Manual de Direito Administrativo)

A conceituação acima reproduzida trata de um dos princípios do direito administrativo. Assinale a alternativa que contém um princípio que corretamente representa essa conceituação doutrinária.

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75Q7930 | Segurança e Saúde no Trabalho, Auxiliar de Enfermagem do Trabalho, SPTRANS, VUNESP

Durante palestra sobre vacinação para os trabalhadores, o auxiliar de enfermagem orienta que
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76Q14936 | Arquitetura, Arquiteto Urbanista, SPTRANS, VUNESP

Uma empresa irá instalar-se em um andar de prédio de escritórios. O tipo de trabalho desenvolvido requer grande interação entre funcionários, resultando em níveis de ruído interno significativos, e grande circulação de pessoas. O projeto de lay-out prevê que o escritório seja panorâmico, com divisórias somente até a altura de uma pessoa sentada. Por se tratar de prédio antigo, os andares apresentam piso em pedra, em ótimo estado de conservação, e forro com revestimento em argamassa, com eletrodutos e fiação embutidos e luminárias fixadas diretamente ao teto. O andar do prédio conta com uma rede de sprinklers pendentes com bico acionado por ampola que corre junto à laje, solução considerada adequada pela análise dos riscos de incêndio do local e pelas normas aplicáveis. O projeto de climatização prevê o emprego de ar condicionado central com dutos a serem instalados também junto ao teto, logo abaixo do nível da tubulação dos sprinklers. Os dutos não devem permanecer aparentes.

É uma solução adequada a essas condições a colocação de
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77Q14939 | Arquitetura, Arquiteto Urbanista, SPTRANS, VUNESP

Uma nova pista está sendo projetada, e o projeto geométrico deve ser estaqueado a cada 20 m, para fins de locação, amarração de elementos de curva, singularidades e outros. O projeto está sendo desenvolvido em AutoCAD®. Considerando-se que o eixo viário deve ser uma polyline contínua, para desenhar o estaqueamento, pode ser utilizado
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78Q4367 | Português, Auxiliar Administrativo, SPTRANS, VUNESP

Texto associado.
Um em cada quatro brasileiros bebe muito

   Pelo menos 25% dos brasileiros consomem bebida exageradamente,
segundo informa estudo, ainda inédito, patrocinado pela
Senad (Secretaria Nacional Antidrogas). É a primeira pesquisa
sobre consumo de álcool realizada por domicílio.
   Esse dado ajuda a esclarecer por que ocorrem tantos acidentes,
doenças e mortes associadas ao consumo de álcool. Fica, então,
a pergunta: até que ponto existe relação entre o abuso da bebida
e a publicidade? A resposta a essa questão está em mais duas
pesquisas também inéditas.
   Selecionado pela Universidade Federal de São Paulo, um grupo
de 282 adolescentes foi submetido à observação de diferentes
propagandas de cerveja. Os pesquisadores, comandados pela psiquiatra
Ilana Pinsky, estavam interessados em saber como aquelas
mensagens eram percebidas. Nenhum dos entrevistados sabia o
verdadeiro propósito da experiência. De posse das respostas, a
psiquiatra Ilana Pinsky analisou quantas proibições contidas na
auto-regulamentação, feita, portanto, pelos próprios publicitários,
para os comerciais de cerveja seriam desrespeitadas. “Quase
todas”, afirma ela, ao analisar não apenas o que os adolescentes
pensavam, mas também o que sentiam, traduzindo a linguagem
subliminar dos anúncios.
   Uma das regras da auto-regulamentação é evitar o erotismo.
Nem precisaria uma sessão pilotada por especialistas em saúde
mental para desconfiar de que a atriz Juliana Paes, apresentada
nos comerciais de cerveja como “a boa”, não aparece como uma
sóbria professora ensinando seus alunos em uma sala de aula. “A
auto-regulamentação não funciona”, opina Ilana. A propaganda,
porém, funciona e muito bem. Em outra pesquisa, ela detectou
que, em determinada parcela dos entrevistados, as imagens estimularam
o consumo abusivo. “Quem já bebia sentiu-se estimulado
a beber mais”.
   Tais resultados dão uma pista da complexidade da luta para
reduzir os riscos associados ao álcool, e a genialidade publicitária
é um dos ingredientes que contribuem para que essa seja uma das
mais difíceis batalhas da saúde pública. A razão dessa dificuldade
não são apenas as bilionárias verbas envolvidas na indústria da
bebida (das quais nós, dos meios de comunicação, aliás, somos
beneficiários), mas também o patrocínio dessas empresas a campanhas
eleitorais.
   O álcool é beneficiado por um misto de desinformação com
aceitação cultural. Um belo exemplo de desinformação foi exibido
pelo publicitário Roberto Justus, que, em entrevista à Folha, disse
que as cervejas não oferecem perigo, mostrando desconhecer
os mais elementares estudos sobre o alcoolismo. Duas latas de
cerveja equivalem a uma dose de vodca. Um pai fica apavorado
quando o filho fuma um cigarro de maconha, mas é compreensivo
diante de um porre.
   Juntem-se os bilhões da indústria, a ignorância e a tolerância
cultural: entendemos, assim, como, apenas em acidentes, morrem
cem pessoas por dia. Isso sem contar os feridos.

(Gilberto Dimenstein, Folha de S.Paulo, 27.05.2007. Adaptado)
No sexto parágrafo, o autor cita o exemplo de Roberto Justus para mostrar como o perigo do consumo de cerveja tem sido
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79Q14941 | Arquitetura, Arquiteto Urbanista, SPTRANS, VUNESP

Um serviço será licitado por um órgão público. Pelas características dos trabalhos e pelos valores envolvidos, a licitação recaiu na modalidade de tomada de preços. Nos termos da Lei Federal n.º 8.666/93, artigos 21 e 22, os prazos legais para recebimento das propostas, contados a partir da divulgação do aviso ou instrumento convocatório, serão
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80Q4370 | Português, Auxiliar Administrativo, SPTRANS, VUNESP

Texto associado.
Um em cada quatro brasileiros bebe muito

   Pelo menos 25% dos brasileiros consomem bebida exageradamente,
segundo informa estudo, ainda inédito, patrocinado pela
Senad (Secretaria Nacional Antidrogas). É a primeira pesquisa
sobre consumo de álcool realizada por domicílio.
   Esse dado ajuda a esclarecer por que ocorrem tantos acidentes,
doenças e mortes associadas ao consumo de álcool. Fica, então,
a pergunta: até que ponto existe relação entre o abuso da bebida
e a publicidade? A resposta a essa questão está em mais duas
pesquisas também inéditas.
   Selecionado pela Universidade Federal de São Paulo, um grupo
de 282 adolescentes foi submetido à observação de diferentes
propagandas de cerveja. Os pesquisadores, comandados pela psiquiatra
Ilana Pinsky, estavam interessados em saber como aquelas
mensagens eram percebidas. Nenhum dos entrevistados sabia o
verdadeiro propósito da experiência. De posse das respostas, a
psiquiatra Ilana Pinsky analisou quantas proibições contidas na
auto-regulamentação, feita, portanto, pelos próprios publicitários,
para os comerciais de cerveja seriam desrespeitadas. “Quase
todas”, afirma ela, ao analisar não apenas o que os adolescentes
pensavam, mas também o que sentiam, traduzindo a linguagem
subliminar dos anúncios.
   Uma das regras da auto-regulamentação é evitar o erotismo.
Nem precisaria uma sessão pilotada por especialistas em saúde
mental para desconfiar de que a atriz Juliana Paes, apresentada
nos comerciais de cerveja como “a boa”, não aparece como uma
sóbria professora ensinando seus alunos em uma sala de aula. “A
auto-regulamentação não funciona”, opina Ilana. A propaganda,
porém, funciona e muito bem. Em outra pesquisa, ela detectou
que, em determinada parcela dos entrevistados, as imagens estimularam
o consumo abusivo. “Quem já bebia sentiu-se estimulado
a beber mais”.
   Tais resultados dão uma pista da complexidade da luta para
reduzir os riscos associados ao álcool, e a genialidade publicitária
é um dos ingredientes que contribuem para que essa seja uma das
mais difíceis batalhas da saúde pública. A razão dessa dificuldade
não são apenas as bilionárias verbas envolvidas na indústria da
bebida (das quais nós, dos meios de comunicação, aliás, somos
beneficiários), mas também o patrocínio dessas empresas a campanhas
eleitorais.
   O álcool é beneficiado por um misto de desinformação com
aceitação cultural. Um belo exemplo de desinformação foi exibido
pelo publicitário Roberto Justus, que, em entrevista à Folha, disse
que as cervejas não oferecem perigo, mostrando desconhecer
os mais elementares estudos sobre o alcoolismo. Duas latas de
cerveja equivalem a uma dose de vodca. Um pai fica apavorado
quando o filho fuma um cigarro de maconha, mas é compreensivo
diante de um porre.
   Juntem-se os bilhões da indústria, a ignorância e a tolerância
cultural: entendemos, assim, como, apenas em acidentes, morrem
cem pessoas por dia. Isso sem contar os feridos.

(Gilberto Dimenstein, Folha de S.Paulo, 27.05.2007. Adaptado)
Para dar credibilidade às informações sobre o consumo de álcool, o autor utiliza
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