Durante um deslocamento de navio, Ana, filha de Martina, de
nacionalidade russa, e de João, de nacionalidade angolana, nasceu
em alto-mar em navio de bandeira estrangeira. Logo após o
nascimento, em razão da proximidade e da necessidade de Ana ser
submetida a cuidados médicos, a família veio para o território
brasileiro, aqui permanecendo por dois meses. Em seguida,
deslocaram-se para Angola, onde fixaram residência. Ao
completar 18 anos, Ana, que tinha nacionalidade angolana e russa,
fixou residência no território brasileiro. Dois anos depois, em razão
de sua idoneidade moral e reputação ilibada, além do domínio da
língua, foi convencida por amigos a se informar sobre a
possibilidade de concorrer a um cargo eletivo, o que exigia
reflexões quanto à sua nacionalidade.
Considerando os balizamentos estabelecidos pela sistemática
constitucional, é correto afirmar que Ana
a) é brasileira nata, logo, pode concorrer ao cargo eletivo.
b) pode optar pela nacionalidade brasileira, o que se dará sem
prejuízo de sua polipatria.
c) deve se naturalizar brasileira, nos termos da lei, já tendo
cumprido os requisitos exigidos.
d) deve se naturalizar brasileira, nos termos da lei, o que
pressupõe a renúncia às outras nacionalidades que possui.
e) deve se naturalizar brasileira, nos termos da lei, o que
pressupõe que venha a residir no território brasileiro por mais
de 15 (quinze) anos ininterruptos e sem condenação penal.