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Questões de Concursos TRT 15 Região SP

Resolva questões de TRT 15 Região SP comentadas com gabarito, online ou em PDF, revisando rapidamente e fixando o conteúdo de forma prática.


141Q1041328 | Arquivologia, Conceitos Fundamentais, Especialidade Arquivologia, TRT 15 Região SP, FCC, 2025

Sobre análise tipológica de documentos arquivísticos, a
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142Q1081631 | Estatuto da Pessoa com Deficiência, Disposições Preliminares, Segurança, TRT 15 Região SP, FCC, 2018

Considere os direitos abaixo:

I. Atendimento em todas as instituições e serviços de atendimento ao público.

II. Disponibilização de pontos de parada, estações e terminais acessíveis de transporte coletivo de passageiros e garantia de segurança no embarque e no desembarque.

III. Recebimento de restituição de imposto de renda.

IV. Tramitação processual e procedimentos judiciais e administrativos em que for parte ou interessada, em todos os atos e diligências.

De acordo com a Lei n° 13.146/2015, a pessoa com deficiência tem direito a receber atendimento prioritário. NÃO são extensivos ao acompanhante da pessoa com deficiência, ou ao seu atendente pessoal, os direitos indicados APENAS em

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143Q1039477 | Português, Interpretação de Textos, Especialidade Tecnologia da Informação, TRT 15 Região SP, FCC, 2023

Texto associado.
Blefes


Ninguém conhece a alma humana melhor do que um jogador de pôquer. A sua e a do próximo. Numa mesa de pôquer o homem chega ao pior e ao melhor de si mesmo, e vai da euforia ao ódio numa rodada. Mas sempre como se nada estivesse acontecendo. Os americanos falam do poker face, a cara de quem consegue apostar tendo uma boa carta ou nada na mão com a mesma impassividade, embora a lava esteja turbilhonando lá dentro. Porque sabe que está rodeado de fingidos, o jogador de pôquer deve tentar distinguir quem tem jogo de quem não tem e está blefando por um tremor na pálpebra, por um tique na orelha. Ou ultrapassando a fachada e mergulhando na alma do outro.

Não se trata de adivinhar seu caráter. Não é uma questão de caráter. O blefe é um lance tão legítimo quanto qualquer outro no pôquer. Os puros são até melhores blefadores, pois só quem não tem culpa pode sustentar um poker face perfeito sob o escrutínio hostil da mesa. Há quem diga que ganhar com um blefe supera ganhar com boas cartas e que é no blefe que o pôquer deixa de ser um jogo de azar, e portanto de acaso, e se torna um jogo de talento. Já fora do pôquer o blefe perde sua respeitabilidade. É apenas sinônimo de engodo. Geralmente aplicado a pessoas que não eram o que pareciam ou fingiam ser.


(Adaptado de: VERÍSSIMO, Luis Fernando. Às mentiras que os homens contam. São Paulo: Cia das Letras, 2015)

é no blefe que o pôquer deixa de ser um jogo de azar.

O uso do termo “que”, tendo em vista a sua relação com a forma verbal “é”, produz no trecho um efeito de

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144Q1040857 | Português, Interpretação de Textos, Especialidade Enfermagem do Trabalho, TRT 15 Região SP, FCC, 2023

Texto associado.

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

Meu pensamento é um devorador de imagens. Quando uma boa imagem me aparece, eu rio de felicidade, e o meu pensador se põe a brincar com ela como um menino brinca com uma bola. Se me disserem que esse hábito intelectual não é próprio de um filósofo, que filósofos devem se manter nos limites de uma dieta austera de conceitos puros e sem temperos, invoco em minha defesa Albert Camus, que dizia que só se pensa por meio de imagens. Amo as imagens, mas elas me amedrontam. Imagens são entidades incontroláveis, que frequentemente produzem associações que o autor não autorizou. Os conceitos, ao contrário, são bem-comportados, pássaros engaiolados. As imagens são pássaros em voo. Daí seu fascínio e seu perigo.



(Adaptado de: ALVES, Rubem. O canto do galo. Disponível: https://www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 10/09/2023)

De acordo com o texto, as imagens
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145Q1081634 | Estatuto da Pessoa com Deficiência, Legislação das Pessoas com Deficiência, Segurança, TRT 15 Região SP, FCC, 2018

Mirtes, deficiente física, cadeirante, compra ingresso para espetáculo de teatro em prédio histórico pertencente ao Estado X. Chegado o dia e a hora do evento, teve seu acesso obstado, pois, o único meio para chegar ao seu assento seria por extensa escadaria. Ocorre que a reforma do prédio não previu acessibilidade, mantendo-se a estrutura do século XVIII.

De acordo com a Lei n° 13.146/2015, considera-se barreira qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que limite ou impeça a participação social da pessoa, bem como o gozo, a fruição e o exercício de seus direitos à acessibilidade, à liberdade de movimento e de expressão, à comunicação, ao acesso à informação, à compreensão, à circulação com segurança, entre outros. No caso hipotético, a dificuldade encontrada por Mirtes pode ser classificada como barreira

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146Q1081124 | Estatuto da Pessoa com Deficiência, Legislação das Pessoas com Deficiência, Especialidade Engenharia Segurança do Trabalho, TRT 15 Região SP, FCC, 2025

Considerando-se, para os efeitos do Decreto nº 5.296/2004, que regulamenta as Leis nº 10.048/2000 e 10.098/2000, pessoa com mobilidade reduzida aquela que,
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147Q1039913 | Português, Interpretação de Textos, Enfermagem, TRT 15 Região SP, FCC

Texto associado.

O termo saudade, monopólio sentimental da língua portuguesa, geralmente se traduz em alemão pela palavra “sehnsucht”. No entanto, as duas palavras têm uma história e uma carga sentimental diferentes. A saudade é um sentimento geralmente voltado para o passado e para os conteúdos perdidos que o passado abrigava. Embora M. Rodrigues Lapa, referindo-se ao sentimento da saudade nos povos célticos, empregue esse termo como “ânsia do infinito”, não é esse o uso mais generalizado. Emprega-se a palavra, tanto na linguagem corrente como na poesia, principalmente com referência a objetos conhecidos e amados, mas que foram levados pela voragem do tempo ou afastados pela distância.

A “sehnsucht” alemã abrange ao contrário tanto o passado como o futuro. Quando usada com relação ao passado, é mais ou menos equivalente ao termo português, sem que, contudo, lhe seja inerente toda a escala cromática de valores elaborados durante uma longa história de ausências e surgidos em consequência do temperamento amoroso e sentimental do português. Falta à palavra alemã a riqueza etimológica, o eco múltiplo que ainda hoje vibra na palavra portuguesa.

A expressão “sehnsucht”, todavia, tem a sua aplicação principal precisamente para significar aquela “ânsia do infinito” que Rodrigues Lapa atribuiu à saudade. No uso popular e poético emprega-se o termo com frequência para exprimir a aspiração a estados ou objetos desconhecidos e apenas pressentidos ou vislumbrados, os quais, no entanto, se julgam mais perfeitos que os conhecidos e os quais se espera alcançar ou obter no futuro.

Assim, a saudade parece ser, antes de tudo, um sentimento do coração envelhecido que relembra os tempos idos, ao passo que a “sehnsucht” seria a expressão da adolescência que, cheia de esperanças e ilusões, vive com o olhar firmado num futuro incerto, mas supostamente prometedor. Ambas as palavras têm certa equivalência no tocante ao seu sentido intermediário, ou seja, à sua ambivalência doce-amarga, ao seu oscilar entre a satisfação e a insatisfação. Mas, como algumas de suas janelas dão para o futuro, a palavra alemã é portadora de um acento menos lânguido e a insatisfação nela contida transforma-se com mais facilidade em mola de ação.


(Adaptado de: ROSENFELD, Anatol. Doze estudos. São Paulo, Imprensa oficial do Estado, 1959, p. 25-27)

Ambas as palavras têm certa equivalência no tocante ao seu sentido intermediário... (último parágrafo)

Mantendo-se o sentido e a correção gramatical, o segmento destacado acima pode ser substituído, sem que nenhuma outra alteração seja feita na frase, por:

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148Q1039916 | Português, Morfologia, Enfermagem, TRT 15 Região SP, FCC

Texto associado.

O termo saudade, monopólio sentimental da língua portuguesa, geralmente se traduz em alemão pela palavra “sehnsucht”. No entanto, as duas palavras têm uma história e uma carga sentimental diferentes. A saudade é um sentimento geralmente voltado para o passado e para os conteúdos perdidos que o passado abrigava. Embora M. Rodrigues Lapa, referindo-se ao sentimento da saudade nos povos célticos, empregue esse termo como “ânsia do infinito”, não é esse o uso mais generalizado. Emprega-se a palavra, tanto na linguagem corrente como na poesia, principalmente com referência a objetos conhecidos e amados, mas que foram levados pela voragem do tempo ou afastados pela distância.

A “sehnsucht” alemã abrange ao contrário tanto o passado como o futuro. Quando usada com relação ao passado, é mais ou menos equivalente ao termo português, sem que, contudo, lhe seja inerente toda a escala cromática de valores elaborados durante uma longa história de ausências e surgidos em consequência do temperamento amoroso e sentimental do português. Falta à palavra alemã a riqueza etimológica, o eco múltiplo que ainda hoje vibra na palavra portuguesa.

A expressão “sehnsucht”, todavia, tem a sua aplicação principal precisamente para significar aquela “ânsia do infinito” que Rodrigues Lapa atribuiu à saudade. No uso popular e poético emprega-se o termo com frequência para exprimir a aspiração a estados ou objetos desconhecidos e apenas pressentidos ou vislumbrados, os quais, no entanto, se julgam mais perfeitos que os conhecidos e os quais se espera alcançar ou obter no futuro.

Assim, a saudade parece ser, antes de tudo, um sentimento do coração envelhecido que relembra os tempos idos, ao passo que a “sehnsucht” seria a expressão da adolescência que, cheia de esperanças e ilusões, vive com o olhar firmado num futuro incerto, mas supostamente prometedor. Ambas as palavras têm certa equivalência no tocante ao seu sentido intermediário, ou seja, à sua ambivalência doce-amarga, ao seu oscilar entre a satisfação e a insatisfação. Mas, como algumas de suas janelas dão para o futuro, a palavra alemã é portadora de um acento menos lânguido e a insatisfação nela contida transforma-se com mais facilidade em mola de ação.


(Adaptado de: ROSENFELD, Anatol. Doze estudos. São Paulo, Imprensa oficial do Estado, 1959, p. 25-27)

No entanto, as duas palavras têm uma história e uma carga sentimental diferentes. (1° parágrafo)

O elemento destacado acima introduz, no contexto, uma

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149Q1039931 | Enfermagem, Enfermagem e Saúde do Trabalhador, Enfermagem, TRT 15 Região SP, FCC

A Portaria n° 1.823/2012, que institui a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora,
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150Q1039941 | Enfermagem, Legislação em Saúde, Enfermagem, TRT 15 Região SP, FCC

A humanização como eixo norteador das práticas de atenção e gestão em todas as esferas do Sistema Único de Saúde, pressupõe
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151Q1039456 | Enfermagem, Urgência e Emergência, Especialidade Enfermagem do Trabalho, TRT 15 Região SP, FCC, 2023

Um trabalhador procurou o enfermeiro relatando que é usuário de cocaína e que já foi submetido a diversos tratamentos médicos sem sucesso. O enfermeiro o orienta a beber muita água, usar equipamento próprio, seja para cheirar ou se injetar, a fracionar as doses, lavar as mãos antes de preparar doses injetáveis, usar águadestilada e injetar lentamente para avaliar o efeito. Nessa situação hipotética, o enfermeiro está adotando a estratégia de
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152Q1039458 | Enfermagem, Enfermagem e Saúde do Trabalhador, Especialidade Enfermagem do Trabalho, TRT 15 Região SP, FCC, 2023

Um servidor de um Tribunal Regional do Trabalho apresentou um mal-estar durante sua jornada de trabalho e foi encaminhado ao ambulatório para atendimento. Após a avaliação inicial, o médico recomendou sua transferência para uma unidade hospitalar. Nessa situação hipotética, o enfermeiro deve considerar:

I. É recomendada que a transferência de paciente passível de instabilidade das funções vitais, recuperável e sem risco iminente de morte seja realizada pelo técnico de enfermagem sem a presença do enfermeiro e/ou médico.

II. O profissional de enfermagem de uma unidade ambulatorial que acompanha a remoção de paciente em viatura de Suporte Básico de Vida, portanto, sem a presença do médico, é responsável pelo paciente até que este seja recebido pelo médico do serviço receptor.

III. Compete ao enfermeiro da unidade de origem prever a necessidade de vigilância e a intervenção terapêutica durante o transporte e avaliar a distância a percorrer, possíveis obstáculos e o tempo a ser despendido até o destino.

IV. É de responsabilidade do técnico de enfermagem da unidade de origem avaliar o estado geral do paciente e antecipar possíveis instabilidades e complicações no estado geral do paciente.


Está correto o que se afirma APENAS em
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153Q1039472 | Português, Interpretação de Textos, Especialidade Tecnologia da Informação, TRT 15 Região SP, FCC, 2023

Texto associado.
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.


Meu pensamento é um devorador de imagens. Quando uma boa imagem me aparece, eu rio de felicidade, e o meu pensador se põe a brincar com ela como um menino brinca com uma bola. Se me disserem que esse hábito intelectual não é próprio de um filósofo, que filósofos devem se manter nos limites de uma dieta austera de conceitos puros e sem temperos, invoco em minha defesa Albert Camus, que dizia que só se pensa por meio de imagens. Amo as imagens, mas elas me amedrontam. Imagens são entidades incontroláveis, que frequentemente produzem associações que o autor não autorizou. Os conceitos, ao contrário, são bem-comportados, pássaros engaiolados. As imagens são pássaros em voo. Daí seu fascínio e seu perigo.


(Adaptado de: ALVES, Rubem. O canto do galo. Disponível: https://www1 folha uol.com.br. Acesso em: 10/09/2023)
Ser filósofo, para o narrador do texto, está relacionado a
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154Q1039481 | Raciocínio Lógico, Problemas Lógicos, Especialidade Tecnologia da Informação, TRT 15 Região SP, FCC, 2023

Os amigos Ana, Bruno, Carlos, Diana e Eduardo comeram 80 jabuticabas ao todo. Ana comeu metade do que Bruno comeu, Carlos comeu 3 jabuticabas a mais do que Ana, Diana só comeu uma jabuticaba, e Eduardo comeu tantas jabuticabas quanto as que seus amigos comeram juntos. O número de jabuticabas que Carlos comeu foi
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155Q1088140 | Direito Constitucional, Tribunais Regionais do Trabalho e Juízes do Trabalho, Área Administrativa, TRT 15 Região SP, FCC, 2025

Texto associado.

Atenção: Para responder à questão, considere a Constituição federal de 1988.

Ana Paula, brasileira, 34 anos de idade, advogada com 11 anos de atividade profissional. Thomas, brasileiro, 45 anos de idade, membro do Ministério Público Federal com 16 anos de efetivo exercício. Arthur, brasileiro, 66 anos de idade, membro do Ministério Público do Trabalho com 30 anos de efetivo exercício. Considerando apenas as informações fornecidas, nessas situações, um Tribunal Regional do Trabalho pode ser composto, apenas, por
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156Q1081632 | Estatuto da Pessoa com Deficiência, Legislação das Pessoas com Deficiência, Segurança, TRT 15 Região SP, FCC, 2018

De acordo com a Lei n° 8.160/1991, o "Símbolo Internacional de Surdez" deverá ser colocado,
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157Q1039920 | Português, Interpretação de Textos, Enfermagem, TRT 15 Região SP, FCC

“Você não está mais na idade

de sofrer por essas coisas”

Há então a idade de sofrer

e a de não sofrer mais

por essas, essas coisas?

As coisas só deviam acontecer

para fazer sofrer

na idade própria de sofrer?

Ou não se devia sofrer

pelas coisas que causam sofrimento

pois vieram fora de hora, e a hora é calma?

E se não estou mais na idade de sofrer

é porque estou morto, e morto

é a idade de não sentir as coisas, essas coisas?

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Essas coisas. As impurezas do branco.

Rio de Janeiro: José Olympio, 3. ed., 1976, p.30)

Infere-se corretamente do poema que

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158Q1080940 | Estatuto da Pessoa com Deficiência, Legislação das Pessoas com Deficiência, Especialidade Tecnologia da Informação, TRT 15 Região SP, FCC, 2025

Considera-se, para os efeitos do Decreto nº 5.296/2004, que regulamenta as Leis nº10.048/2000 e 10.098/2000, pessoa com mobilidade reduzida aquela que,
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159Q1039915 | Português, Interpretação de Textos, Enfermagem, TRT 15 Região SP, FCC

Texto associado.

O termo saudade, monopólio sentimental da língua portuguesa, geralmente se traduz em alemão pela palavra “sehnsucht”. No entanto, as duas palavras têm uma história e uma carga sentimental diferentes. A saudade é um sentimento geralmente voltado para o passado e para os conteúdos perdidos que o passado abrigava. Embora M. Rodrigues Lapa, referindo-se ao sentimento da saudade nos povos célticos, empregue esse termo como “ânsia do infinito”, não é esse o uso mais generalizado. Emprega-se a palavra, tanto na linguagem corrente como na poesia, principalmente com referência a objetos conhecidos e amados, mas que foram levados pela voragem do tempo ou afastados pela distância.

A “sehnsucht” alemã abrange ao contrário tanto o passado como o futuro. Quando usada com relação ao passado, é mais ou menos equivalente ao termo português, sem que, contudo, lhe seja inerente toda a escala cromática de valores elaborados durante uma longa história de ausências e surgidos em consequência do temperamento amoroso e sentimental do português. Falta à palavra alemã a riqueza etimológica, o eco múltiplo que ainda hoje vibra na palavra portuguesa.

A expressão “sehnsucht”, todavia, tem a sua aplicação principal precisamente para significar aquela “ânsia do infinito” que Rodrigues Lapa atribuiu à saudade. No uso popular e poético emprega-se o termo com frequência para exprimir a aspiração a estados ou objetos desconhecidos e apenas pressentidos ou vislumbrados, os quais, no entanto, se julgam mais perfeitos que os conhecidos e os quais se espera alcançar ou obter no futuro.

Assim, a saudade parece ser, antes de tudo, um sentimento do coração envelhecido que relembra os tempos idos, ao passo que a “sehnsucht” seria a expressão da adolescência que, cheia de esperanças e ilusões, vive com o olhar firmado num futuro incerto, mas supostamente prometedor. Ambas as palavras têm certa equivalência no tocante ao seu sentido intermediário, ou seja, à sua ambivalência doce-amarga, ao seu oscilar entre a satisfação e a insatisfação. Mas, como algumas de suas janelas dão para o futuro, a palavra alemã é portadora de um acento menos lânguido e a insatisfação nela contida transforma-se com mais facilidade em mola de ação.


(Adaptado de: ROSENFELD, Anatol. Doze estudos. São Paulo, Imprensa oficial do Estado, 1959, p. 25-27)

Uma redação alternativa para um segmento do texto, em que se mantêm a correção gramatical e a lógica, encontra-se em:
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160Q1039921 | Português, Interpretação de Textos, Enfermagem, TRT 15 Região SP, FCC


“Você não está mais na idade

de sofrer por essas coisas”

Há então a idade de sofrer

e a de não sofrer mais

por essas, essas coisas?

As coisas só deviam acontecer

para fazer sofrer

na idade própria de sofrer?

Ou não se devia sofrer

pelas coisas que causam sofrimento

pois vieram fora de hora, e a hora é calma?

E se não estou mais na idade de sofrer

é porque estou morto, e morto

é a idade de não sentir as coisas, essas coisas?

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Essas coisas. As impurezas do branco.

Rio de Janeiro: José Olympio, 3. ed., 1976, p.30)


Considerando-se que elipse é a supressão de um termo que pode ser subentendido pelo contexto linguístico, pode-se identificá-la no verso:
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