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Questões de Concursos TRT 20a REGIÃO

Resolva questões de TRT 20a REGIÃO comentadas com gabarito, online ou em PDF, revisando rapidamente e fixando o conteúdo de forma prática.


201Q147554 | Português, Analista Judiciário Contabilidade, TRT 20a REGIÃO, FCC

Texto associado.

Atenção: As questões de números 1 a 10 referem–se ao texto

seguinte.

Caso de injustiça

Quando adolescente, o poeta Carlos Drummond de

Andrade foi expulso do colégio onde estudava. A razão alegada:

"insubordinação mental". O fato: o jovem ganhara uma nota

muito alta numa redação de Português, mas o professor, ao lhe

devolver o texto avaliado, disse–lhe que ele talvez não a

merecesse. O rapaz insistiu, então, para que lhe fosse atribuída

uma nota conforme seu merecimento. O caso foi levado ao

diretor da escola, que optou pela medida extrema. Confessa o

poeta que esse incidente da juventude levou–o a desacreditar

por completo, e em definitivo, da justiça dos homens.

Está evidente que a tal da "insubordinação mental" do

rapaz não foi um desrespeito, mas uma reação legítima à

restrição estapafúrdia do professor quanto ao mérito que este

mesmo, livremente, já consignara. O mestre agiu com a

pequenez dos falsos benevolentes, que gostam de transformar

em favor pessoal o reconhecimento do mérito alheio.

Protestando contra isso, movido por justa indignação, o jovem

discípulo deu ao mestre uma clara lição de ética: reclamou pelo

que era o mais justo. Em vez de envergonhar–se, o professor

respondeu com a truculência dos autoritários, que é o reduto da

falta de razão. E acabou expondo o seu aluno à experiência

corrosiva da injustiça, que gera ceticismo e ressentimento.

A "insubordinação mental", nesse caso, bem poderia ter

sido entendida como uma legítima manifestação de amorpróprio,

que não pode e não deve subordinar–se à

agressividade dos caprichos alheios. Além disso, aquela

expressão deixa subentendido o mérito que haveria numa

"subordinação mental", ou seja, na completa rendição de uma

consciência a outra. O que se pode esperar de quem se rege

pela cartilha da completa subserviência moral e intelectual? Não

foi contra esta que o jovem se rebelou? Por que aceitaria ele

deixar–se premiar por uma nota alta a que não fizesse jus?

Muitas vezes um fato que parece ser menor ganha uma

enorme proporção. Todos já sentimos, nos detalhes de situações supostamente irrelevantes, o peso de uma grande injustiça.

A questão do que é ou do que não é justo, longe de ser

tão–somente um problema dos filósofos ou dos juristas, traduzse

nas experiências mais rotineiras. O caso do jovem poeta

ilustra bem esse gosto amargo que fica em nossa boca, cada

vez que somos punidos por invocar o princípio ético da justiça.

(Saulo de Albuquerque)

No contexto do terceiro parágrafo, a expressão

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202Q251548 | Direito Constitucional, Conselho da República e Conselho de Defesa Nacional, Técnico Judiciário Área Administrativa, TRT 20a REGIÃO, FCC

O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da República nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático, e dele NÃO participa como membro nato o

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203Q265266 | Português, Pontuação, Técnico Judiciário Tecnologia da Informação, TRT 20a REGIÃO, FCC

Texto associado.

O Brasil é hoje um dos líderes mundiais do comércio
agrícola, ocupando a primeira posição nos embarques de açúcar
e de carne bovina e a segunda, nas vendas de soja e de
carnes de aves. Já era o maior exportador mundial de café, mas
até há uns 20 anos a maior parte de sua produção agropecuária
era menos competitiva que a das principais potências produtoras.
Esse quadro mudou, graças a um persistente esforço de
modernização do setor. Um levantamento da Organização Mundial
do Comércio (OMC) conta uma parte dessa história, mostrando
o aumento da presença brasileira nas exportações globais
ente 1999 e 2007. Uma história mais completa incluiria
também um detalhe ignorado pelos brasileiros mais jovens: o
suprimento do mercado interno tornou-se muito melhor quando
o país se transformou numa potência exportadora e as crises de
abastecimento deixaram de ocorrer. Essa coincidência não
ocorreu por acaso.
A prosperidade mundial e o ingresso de centenas de
milhões depessoas no mercado de consumo, em grandes
economias emergentes, favoreceram a expansão do comércio
de produtos agropecuários nas duas últimas décadas. Mas,
apesar das condições favoráveis criadas pela demanda em rápida
expansão, houve uma dura concorrência entre os grandes
produtores. A competição foi distorcida pelos subsídios e pelos
mecanismos de proteção adotados no mundo rico e, em menor
proporção, em algumas economias emergentes.
A transformação do Brasil num dos líderes mundiais de
exportação agropecuária foi possibilitada por uma combinação
de ações políticas e empresariais. Um dos fatores mais importantes
foi o trabalho das instituições de pesquisa, amplamente
reforçado a partir da criação da Embrapa, nos anos 70. A ocupação
do cerrado por agricultores provenientes de outras áreas
- principalmente do Sul - intensificou-se nessa mesma época.
Nos anos 80, rotulados por economistas como "década perdida",
a agropecuária exibiu dinamismo e modernizou-se,graças
ao investimento em novas tecnologias e à adoção de melhores
práticas de produção. O avanço tecnológico foi particularmente
notável, nessa época, na criação de gado de corte e
na produção de aves. Isso explica, em boa parte, o sucesso
comercial dos dois setores nos anos seguintes. Com o abandono
do controle de preços, a transformação da agropecuária
acelerou-se nos anos 90 e o Brasil pôde firmar sua posição
como grande exportador.
A magnitude da transformação fica evidente quando se
observam os ganhos de produtividade. As colheitas cresceram
muito mais do que a área ocupada pelas lavouras. Aumentou a
produção de carne bovina, indicando uma pecuária muito mais
eficiente. No setor de aves, o volume produzido expandiu-se
consideravelmente. Isso permitiu não só um grande avanço no
mercado externo, mas também um enorme aumento do consumo
por habitante no mercado interno. Proteínas animais
tornaram-se muito baratas, refletindo-se nas condições de vida
demilhões de brasileiros.

(O Estado de S. Paulo, Notas & Informações, A3, 29 de
novembro de 2009, com adaptações)

O emprego dos dois-pontos no 1º parágrafo

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204Q253263 | Direito Processual Civil, Processo de execução, Técnico Judiciário Área Administrativa, TRT 20a REGIÃO, FCC

NÃO é título executivo extrajudicial:

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205Q147387 | Português, Analista Judiciário Contabilidade, TRT 20a REGIÃO, FCC

Texto associado.

Atenção: As questões de números 1 a 10 referem–se ao texto

seguinte.

Caso de injustiça

Quando adolescente, o poeta Carlos Drummond de

Andrade foi expulso do colégio onde estudava. A razão alegada:

"insubordinação mental". O fato: o jovem ganhara uma nota

muito alta numa redação de Português, mas o professor, ao lhe

devolver o texto avaliado, disse–lhe que ele talvez não a

merecesse. O rapaz insistiu, então, para que lhe fosse atribuída

uma nota conforme seu merecimento. O caso foi levado ao

diretor da escola, que optou pela medida extrema. Confessa o

poeta que esse incidente da juventude levou–o a desacreditar

por completo, e em definitivo, da justiça dos homens.

Está evidente que a tal da "insubordinação mental" do

rapaz não foi um desrespeito, mas uma reação legítima à

restrição estapafúrdia do professor quanto ao mérito que este

mesmo, livremente, já consignara. O mestre agiu com a

pequenez dos falsos benevolentes, que gostam de transformar

em favor pessoal o reconhecimento do mérito alheio.

Protestando contra isso, movido por justa indignação, o jovem

discípulo deu ao mestre uma clara lição de ética: reclamou pelo

que era o mais justo. Em vez de envergonhar–se, o professor

respondeu com a truculência dos autoritários, que é o reduto da

falta de razão. E acabou expondo o seu aluno à experiência

corrosiva da injustiça, que gera ceticismo e ressentimento.

A "insubordinação mental", nesse caso, bem poderia ter

sido entendida como uma legítima manifestação de amorpróprio,

que não pode e não deve subordinar–se à

agressividade dos caprichos alheios. Além disso, aquela

expressão deixa subentendido o mérito que haveria numa

"subordinação mental", ou seja, na completa rendição de uma

consciência a outra. O que se pode esperar de quem se rege

pela cartilha da completa subserviência moral e intelectual? Não

foi contra esta que o jovem se rebelou? Por que aceitaria ele

deixar–se premiar por uma nota alta a que não fizesse jus?

Muitas vezes um fato que parece ser menor ganha uma

enorme proporção. Todos já sentimos, nos detalhes de situações supostamente irrelevantes, o peso de uma grande injustiça.

A questão do que é ou do que não é justo, longe de ser

tão–somente um problema dos filósofos ou dos juristas, traduzse

nas experiências mais rotineiras. O caso do jovem poeta

ilustra bem esse gosto amargo que fica em nossa boca, cada

vez que somos punidos por invocar o princípio ético da justiça.

(Saulo de Albuquerque)

Considere as seguintes afirmações:
I. Embora a reação do rapaz tenha de fato configurado, para o autor do texto, um caso intolerável de "insubordinação mental", considerou este extremamente injusta a medida disciplinar adotada.
II. O que há de positivo e desejável numa "subordinação mental" desaparece, segundo o autor do texto, quando esta é efeito de uma imposição autoritária.
III. Mesmo a experiência das pequenas injustiças pode ser decisiva, pois a partir delas é possível formar–se a convicção de que o que é verdadeiramente justo não tem lugar nas ações humanas.
Em relação ao texto, está correto APENAS o que se afirma em

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206Q256734 | Direito Constitucional, Direitos e Deveres Individuais e Coletivos, Técnico Judiciário Área Administrativa, TRT 20a REGIÃO, FCC

Em relação aos Direitos Individuais e Coletivos é correto afirmar que

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207Q262257 | Informática, Banco de Dados Relacionais, Técnico Judiciário Tecnologia da Informação, TRT 20a REGIÃO, FCC

No modelo de banco de dados relacional, todos os dados são representados por tabelas. Uma tabela é ligada (conectada) à outra, incluindo-se a chave primária da outra tabela. Essa coluna incluída é chamada de chave

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208Q146826 | Direito Civil, Direito das Obrigações, Analista Judiciário Execução de Mandados, TRT 20a REGIÃO, FCC

De acordo com o Código Civil brasileiro, no contrato de locação de coisas

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209Q263597 | Programação, Conceitos básicos de programação, Técnico Judiciário Tecnologia da Informação, TRT 20a REGIÃO, FCC

Na subprogramação, sobre objetos locais, considere:

I. Um objeto é dito local quando sua definição estiver dentro de um procedimento, ou quando for declarado como parâmetro formal do procedimento.

II. Um objeto local só é visível dentro da unidade onde foi declarado.

III. Objetos locais são aqueles declarados em unidades mais externas, podendo ser referenciados em unidades mais internas.

Está correto o que se afirma APENAS em

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210Q260693 | Direito do Trabalho, Técnico Judiciário Área Administrativa, TRT 20a REGIÃO, FCC

A empresa A pretende conceder férias coletivas a todos os seus empregados em dois períodos anuais, sendo um de dez dias corridos e outro de vinte dias corridos; A empresa B pretende conceder férias coletivas apenas para um setor da empresa em dois períodos anuais de quinze dias corridos cada; A empresa C pretende conceder férias coletivas para todos os seus empregados em dois períodos anuais, sendo um de doze dias corridos e outro de dezoito dias corridos cada. Nestes casos,

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211Q146308 | Direito do Trabalho, Horas In Itinere, Analista Judiciário Execução de Mandados, TRT 20a REGIÃO, FCC

No tocante às horas in itinere, considere:

I. Afasta o direito às horas in itinere o fato do empregador não cobrar pelo fornecimento do transporte para local de difícil acesso.

II. A mera insuficiência de transporte público enseja o pagamento das horas in itinere.

III. A Consolidação das Leis do Trabalho, permite o desconto de 10% dos gastos com transporte do empregado quando do pagamento das horas in itinere.

IV. Se o transporte regular existir, mas em horário in- compatível com a jornada de trabalho do obreiro, este terá direito ao pagamento das horas in itinere

. Está correto o que se afirma APENAS em

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212Q143499 | Português, Analista Judiciário Contabilidade, TRT 20a REGIÃO, FCC

Texto associado.

Atenção: As questões de números 11 a 20 referem–se ao texto

seguinte.

Falamos o idioma de Cabral?

Se é que Cabral gritou alguma coisa quando avistou o

monte Pascoal, certamente não foi "terra ã vishta", assim, com

o "a" abafado e o "s" chiado que associamos ao sotaque

português. No século XVI, nossos primos lusos não engoliam

vogais nem chiavam nas consoantes – essas modas surgiram

no século XVII. Cabral teria berrado um "a" bem aberto e dito

"vista" com o "s" sibilante igual ao dos paulistas de hoje. Na

verdade, nós, brasileiros, mantivemos sons que viraram arcaísmos

empoeirados para os portugueses.

Mas, se há semelhanças entre a língua do Brasil de hoje

e o português antigo, há ainda mais diferenças. Boa parte delas

é devida ao tráfico de escravos, que trouxe ao Brasil um número

imenso de negros que não falavam português. "Já no século

XVI, a maioria da população da Bahia era africana", diz Rosa

Virgínia Matos, lingüista da Universidade Federal da Bahia.

"Toda essa gente aprendeu a língua de ouvido, sem escola",

afirma. Na ausência da educação formal, a mistura de idiomas

torna–se comum e traços de um impregnam o outro. "Assim os

negros deixaram marcas definitivas", diz Rosa.

Também no século XVI, começaram a surgir diferenças

regionais no português do Brasil. Num pólo estavam as áreas

costeiras, onde os índios foram dizimados e se multiplicaram os

escravos africanos. No outro, o interior, persistiam as raízes

indígenas. À mistura dessas influências vieram se somar as

imigrações, que geraram diferentes sotaques.

Mas o grande momento de constituição de uma língua

"brasileira" foi o século XVIII, quando se explorou ouro em

Minas Gerais. "Lá surgiu a primeira célula do português brasileiro",

diz Marlos Pessoa, da Universidade Federal de Pernambuco.

A riqueza atraiu gente de toda parte – portugueses,

bandeirantes paulistas, escravos que saíam de moinhos de

cana e nordestinos. Ali, a língua começou a uniformizar–se e a

exportar traços comuns para o Brasil inteiro pelas rotas

comerciais que a exploração do ouro criou.

(Super Interessante. Almanaque de férias 2003 . São

Paulo, Abril, 2003, pp. 50–51)

No contexto do segundo parágrafo, o elemento sublinhado na expressão

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213Q140439 | Direito Constitucional, Responsabilidade e imunidades do Presidente da República, Analista Judiciário Execução de Mandados, TRT 20a REGIÃO, FCC

Lírio, Presidente da República, no intuito de dar um golpe de Estado, ordenou ao Exército que fechasse o Congresso Nacional e todos os Tribunais do país, impedindo o exercício do Poder Legislativo e do Poder Judiciário. Passados vinte dias de intensa revolta popular, Lírio percebeu que sua tentativa de golpe havia fracassado e temeroso por perder seu cargo reconsiderou sua ordem, restabelecendo as atividades do Poder Legislativo e do Poder Judiciário. Segundo disposto na Constituição Federal, Lírio cometeu

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214Q254915 | Direito Processual Civil, Processo de conhecimento, Técnico Judiciário Área Administrativa, TRT 20a REGIÃO, FCC

Se a petição inicial NÃO indicar o valor da causa, o juiz

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215Q150561 | Odontologia, Analista Judiciário Odontologia, TRT 20a REGIÃO, FCC

Ao realizar exame radiográfico para planejamento de reabilitação oral na região de molares inferiores do lado esquerdo, paciente com 32 anos de idade, sexo masculino, relatou ausência de desconfortos ou dor. Os achados radiográficos mostram, nessa região, formações radiopacas homogêneas arredondadas circundadas por uma linha periférica radiolúcida. As margens são nítidas e a hiperostose periférica à área radiolúcida apresenta o aspecto de um colar de trabéculas densas. Este quadro clínico é compatível com o diagnóstico de

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216Q138828 | Direito do Trabalho, Comissões de Conciliação Prévia, Analista Judiciário Área Judiciária Execução de Mandados, TRT 20a REGIÃO, FCC

De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, salvo se cometerem falta grave, nos termos da lei, é vedada a dispensa dos representantes dos empregados membros da Comissão de Conciliação Prévia,

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217Q153454 | Odontologia, Analista Judiciário Odontologia, TRT 20a REGIÃO, FCC

Ao realizar a anestesia do nervo alveolar superior em paciente do sexo feminino, 35 anos, ocorreu a inadvertida injeção de solução anestésica em um músculo, o que pode ocasionar

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218Q143475 | Português, Analista Judiciário Contabilidade, TRT 20a REGIÃO, FCC

Texto associado.

Atenção: As questões de números 11 a 20 referem–se ao texto

seguinte.

Falamos o idioma de Cabral?

Se é que Cabral gritou alguma coisa quando avistou o

monte Pascoal, certamente não foi "terra ã vishta", assim, com

o "a" abafado e o "s" chiado que associamos ao sotaque

português. No século XVI, nossos primos lusos não engoliam

vogais nem chiavam nas consoantes – essas modas surgiram

no século XVII. Cabral teria berrado um "a" bem aberto e dito

"vista" com o "s" sibilante igual ao dos paulistas de hoje. Na

verdade, nós, brasileiros, mantivemos sons que viraram arcaísmos

empoeirados para os portugueses.

Mas, se há semelhanças entre a língua do Brasil de hoje

e o português antigo, há ainda mais diferenças. Boa parte delas

é devida ao tráfico de escravos, que trouxe ao Brasil um número

imenso de negros que não falavam português. "Já no século

XVI, a maioria da população da Bahia era africana", diz Rosa

Virgínia Matos, lingüista da Universidade Federal da Bahia.

"Toda essa gente aprendeu a língua de ouvido, sem escola",

afirma. Na ausência da educação formal, a mistura de idiomas

torna–se comum e traços de um impregnam o outro. "Assim os

negros deixaram marcas definitivas", diz Rosa.

Também no século XVI, começaram a surgir diferenças

regionais no português do Brasil. Num pólo estavam as áreas

costeiras, onde os índios foram dizimados e se multiplicaram os

escravos africanos. No outro, o interior, persistiam as raízes

indígenas. À mistura dessas influências vieram se somar as

imigrações, que geraram diferentes sotaques.

Mas o grande momento de constituição de uma língua

"brasileira" foi o século XVIII, quando se explorou ouro em

Minas Gerais. "Lá surgiu a primeira célula do português brasileiro",

diz Marlos Pessoa, da Universidade Federal de Pernambuco.

A riqueza atraiu gente de toda parte – portugueses,

bandeirantes paulistas, escravos que saíam de moinhos de

cana e nordestinos. Ali, a língua começou a uniformizar–se e a

exportar traços comuns para o Brasil inteiro pelas rotas

comerciais que a exploração do ouro criou.

(Super Interessante. Almanaque de férias 2003 . São

Paulo, Abril, 2003, pp. 50–51)

Está correta a flexão de todas as formas verbais na frase:

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219Q150937 | Português, Interpretação de Textos, Analista Judiciário Tecnologia da Informação, TRT 20a REGIÃO, FCC

Texto associado.

O andar do bêbado

Nadar contra a corrente da intuição é uma tarefa difícil.
Como se sabe, a mente humana foi construída para identificar
uma causa definida para cada acontecimento, podendo por isso
ter bastante dificuldade em aceitar a influência de fatores
aleatórios (*) ou não diretamente relacionáveis a um fenômeno.
Portanto, o primeiro passo em nossa investigação sobre o papel
do acaso em nossas vida é percebermos que o êxito ou o
fracasso podem não surgir de uma grande habilidade ou grande
incompetência, e sim, como escreveu o economista Armen
Alchian, de "circunstâncias fortuitas". Os processos aleatórios
são fundamentais na natureza, e onipresentes em nossa vida
cotidiana; ainda assim, a maioria das pessoas não os
compreende nem pensa muito a seu respeito.
O título deste livro - O andar do bêbado - vem de uma
analogia que descreve o movimento aleatório, como os trajetos
seguidos por moléculas ao flutuarem no espaço, chocando-se
incessantemente com suas moléculas irmãs. Isso pode servir
como uma metáfora para a nossa vida, nosso caminho da
faculdade para a carreira profissional, da vida de solteiro para a
familiar, do primeiro ao último buraco de um campo de golfe. A
surpresa é que também podemos empregar as ferramentas
usadas na compreensão do andar do bêbado para entendermos
os acontecimentos da nossa vida diária.
O objetivo deste livro é ilustrar o papel do acaso no
mundo que nos cerca e mostrar de que modo podemos
reconhecer sua atuação nas questões humanas. Espero que
depois desta viagem pelo mundo da aleatoriedade, você, leitor,
comece a ver a vida por um ângulo diferente, menos
determinista, com uma compreensão mais profunda dos
fenômenos cotidianos.

(*) aleatório: que depende das circunstâncias, do acaso;
fortuito, contingente. (Houaiss)

(Do prólogo de Leonar Mlodinow para seu livro O andar do
bêbado)

As ideias que o autor pretende demonstrar e desenvolver em seu livro assentam-se na convicção de que

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220Q261569 | Português, Técnico Judiciário Área Administrativa, TRT 20a REGIÃO, FCC

Texto associado.

As questões de números 20 a 26 baseiam-se no texto apresentado abaixo.

Há 23 milhões de miseráveis no Brasil pessoas com renda insuficiente para prover 75% das suas necessidades calóricas. Neste mesmo país, 39 000 toneladas de comida em condições de ser aproveitada vão para o lixo todo santo dia em mercados, feiras, fábricas, restaurantes, quitandas, açougues, fazendas. O número leva em conta dados de vários setores agricultura, indústria, varejo e serviços. Será que não há uma maneira de fazer com que toda essa comida vá parar nos pratos vazios do Brasil? Segundo o especialista brasileiro em lixo e conselheiro da ONU no assunto, Sabetai Calderoni, o conceito que a sociedade tem do lixo "é produto de uma visão equivocada dos materiais". Ele afirma que, embora nem tudo que se joga fora possa ser aproveitado como comida, todo o lixo pode ser aproveitado de alguma forma. Um dos maiores potenciais desperdiçados é o não-aproveitamento do lixo orgânico, que geralmente vem de restos de alimentos. Esse lixo poderia se transformar em algo útil, se passasse por um processo chamado compostagem. Submetido à ação de bactérias em alta temperatura, transforma-se em dois subprodutos, um adubo natural e o gás metano, que é usado na geração de energia termoelétrica. A reciclagem do lixo inorgânico vidro, plástico e metais , perfeitamente viável em termos econômicos, já é praticada e também poderia gerar lucros cada vez maiores. O país lucraria ao poupar o dinheiro que é gasto para dar fim ao lixo. O processamento do lixo é o único negócio em que a aquisição da matéria-prima é remunerada paga-se para livrar-se dela. E paga-se muito. As prefeituras brasileiras costumam gastar entre 5% e 12% de seus orçamentos com lixo. O melhor aproveitamento do lixo valorizaria ainda dois bens que não têm preço: a saúde da população e a natureza. Segundo pesquisas, 76% do lixo brasileiro acaba em lixões a céu aberto. Esses lixões são uma ameaça à saúde pública porque permitem a proliferação de vetores de doenças. Além disso, a decomposição do lixo nesses locais não só gera o metano que polui o ar, como também produz o chorume, um líquido preto e fedido que envenena as águas superficiais e subterrâneas. Outro motivo para incentivar essa indústria são os empregos que ela poderia gerar, só no processamento do resto. Pois é. Lixo não existe. O que existe é ignorância, falta de vontade e ineficiência.
(Adaptado de Superinteressante, março/2002)

A frase que pode resumir corretamente o texto apresentado é:

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