Instruções: As questões de números 13 a 20 referem-se ao texto que segue.
Carta aberta à assembléia geral das Nações Unidas* Os representantes de 55 governos, reunidos na segunda Assembléia Geral das Nações Unidas, terão sem dúvida consciência do fato de que, durante os dois últimos anos ? desde a vitória sobre as potências do Eixo ? não se fez nenhum progresso sensível rumo à prevenção da guerra, nem rumo ao entendimento em campos específicos, como o controle da energia atômica e a cooperação econômica na reconstrução de áreas devastadas pela guerra. A ONU não pode ser responsabilizada por esses malogros. Nenhuma organização internacional pode ser mais forte do que os poderes constitucionais que lhe são conferidos, ou do que os membros que a compõem desejam que seja. Na verdade, as Nações Unidas são uma instituição extremamente importante e útil, contanto que os povos e governos do mundo se dêem conta de que a ONU nada mais é que um sistema de transição para a meta final, que é o estabelecimento de um poder supranacional, investido de poderes legislativos e executivos suficientes para manter a paz. O impasse atual reside na inexistência de uma autoridade supranacional suficiente e confiável. Assim, os líderes responsáveis de todos os governos são obrigados a agir na presunção de uma guerra eventual. Cada passo motivado por essa presunção contribui para aumentar o medo e a desconfiança gerais, apressando a catástrofe final. Por maiores que sejam os armamentos nacionais, eles não geram a segurança militar para nenhum país, nem garantem a manutenção da paz. * Trecho de carta escrita em 1947
(Albert Einstein, Escritos da maturidade.)