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Questões de Concursos UFRN

Resolva questões de UFRN comentadas com gabarito, online ou em PDF, revisando rapidamente e fixando o conteúdo de forma prática.


81Q681538 | Serviço Social, Assistente Social, UFRN, COMPERVE, 2019

No Serviço Social, a instrumentalidade é concebida como uma construção sócio -histórica que possibilita aos assistentes sociais materializarem sua intencionalidade em respostas profissionais às expressões da questão social, contemplando as dimensões teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa. Para uma intervenção profissional orientada pela direção social defendida no projeto ético-político da profissão, essas três dimensões
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82Q706763 | Informática, Técnico de Tecnologia da Informação, UFRN, COMPERVE, 2019

Texto associado.

Em computadores desktop padrão do tipo PC, as informações de configuração inicial do computador são armazenadas em uma pequena memória, chamada memória de configuração ou memória CMOS (Complementary Metal Oxide Semiconductor), que se localiza integrada ao chipset da placa-mãe. Essa memória é volátil e seus dados são apagados quando o micro é desligado. Para evitar que essa perda de dados ocorra,
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83Q694160 | Português, Interpretação de Textos, Assistente Social, UFRN, COMPERVE, 2019

                    Um silêncio que MATA
                                                                               Cláudia Maria França Pádua
      A agressividade é a arma que o indivíduo utiliza para manifestar seu ódio. Existem vários tipos de violência, e os estudos desse tipo de comportamento são constantes com o intuito de descobrir as causas que levam o ser humano a cometer tal infração e que causam indignação aos olhos atentos da sociedade.
      Inúmeras pesquisas mostram, há anos, a vergonhosa prevalência da violência contra as mulheres. Em 2013, 13 mulheres morreram, todos os dias, vítimas de feminicídio, isto é, assassinato em função de seu gênero. Cerca de 30% foram mortas pelo parceiro ou ex-companheiro (Mapa da Violência 2015). Outra pesquisa do Instituto Locomotiva, dessa vez de 2016, aferiu que 2% dos homens admitem espontaneamente ter cometido violência sexual contra uma mulher, mas, diante de uma lista de situações, 18% reconhecem terem sido violentos. Quase um quinto dos 100 milhões de homens brasileiros. E, curiosamente, um estudo recente revelou que 90% concorda que quem presencia ou toma conhecimento de um estupro e fica calado também é culpado. Um percentual relevante, mas por que ainda há tanto silêncio?
      Cinco tipos de violência enquadram todos esses estudos: 1 - violência psicológica: causa danos à autoestima da vítima, podendo ocorrer em casa, na escola, no trabalho, proporcionando humilhação, desvalorização, ofensa, chantagem, manipulação, constrangimento e outros; 2 - violência física: causa danos ao corpo da vítima, podendo ocorrer sob a forma de socos, pontapés, chutes, amarrações e mordidas, impossibilitando defesa; 3 - violência moral: qualquer conduta que proporcione calúnia, difamação ou injúria; 4 - violência sexual: esta não se limita somente ao estupro propriamente dito, mas a atos de violência proibitivos, como, por exemplo, não uso de contraceptivos, obrigação de práticas sexuais, "encoxada" nos transportes públicos, exploração do corpo de adolescentes e pedofilia; 5 - violência simbólica: utilização feminina como "objeto de desejo" (propagandas, outdoors etc.), traçando uma imagem negativa da mulher. O alerta que ecoa é que a violência é silenciosa. Ela ocorre nas residências, nos espaços públicos e em qualquer lugar onde a mulher é assediada.
      O assédio é um comportamento criminoso e deve ser severamente tratado como tal. Seu desenvolvimento relaciona-se com a carência emocional ou com a separação, na infância, do elo materno. A partir desse momento, criam-se, no indivíduo, condutas antissociais, um desajuste afetivo, que podem levá-lo ao cometimento de crimes para sentir prazer no sofrimento dos outros e gerar uma excitação cortical, causando-lhe grande satisfação da libido e de seu ego malformado por uma personalidade psicopática e doentia, na qual os impulsos do mal ganham lugar e ímpeto para cometer tais absurdos. Nesse exato momento, instaura -se o grau de periculosidade do agressor. Portanto, muitas vezes, senão na maioria delas, o agressor sabe que está cometendo um delito e sente, inclusive, prazer nesse comportamento.
      É necessário que as autoridades realizem emergencialmente políticas que inviabilizem esse avanço, para que esse crime não faça parte das principais estatísticas, em que 22 milhões das brasileiras com 16 anos ou mais relatam ter sofrido algum tipo de assédio em 2018. Vítimas com ensino médio e superior relatam, em seus depoimentos, terem sofrido algum tipo de assédio em maior número do que aquelas com ensino fundamental. O caso mais comum citado pela maioria das mulheres entrevistadas é o de comentários desrespeitosos na rua.
      Sabemos que, desde a Idade Média, a violência psicológica e moral contra as mulher es era muito comum, e a violência física se valia até mesmo dos mais diferentes instrumentos de tortura utilizados nas mulheres de forma cruel e sem condenação aos torturadores. O "estripador de seios", por exemplo, costumava ser utilizado para punir mulheres acusadas de realizar bruxaria, aborto ou adultério. As garras aquecidas por brasas eram usadas para arrancar-lhes os seios. E existiram tantos outros instrumentos cruéis que marcaram a história mundial e registraram como a mulher foi e ainda é tratada.
      No Brasil, a tortura se divide em duas fases: a primeira se estende do Brasil Império até a nossa Constituição Federal de 1988. A produção de prova se fazia, até aquela época, de forma brutal, e a escravatura, legalizada, tornava o ambiente adequado à violação da dignidade humana. O Código Criminal de 1830 previu o aumento da dor física, como agravante, e o termo "tortura", que aparece na Lei Penal Brasileira em 1940, quando é arrolada entre os meios cruéis que agravam o delito.
      A segunda fase se inicia com a Constituição de 1988, sob o desrespeito sistemático às liberdades fundamentais do homem, ocorrido nas décadas anteriores. Tipificada finalmente a tortura como crime em nossa legislação, espera-se que as formas mais silenciosas, como as violências psicológica, moral e simbólica, recebam um olhar atento para sua erradicação. Infelizmente, nosso país ainda caminha a passos lentos na recrudescência de leis mais efetivas, em que o respeito deveria permanecer como palavra-chave.
       As mulheres têm, sim, exercido sua voz, mas mergulham, por vezes, em um conformismo de cultura social que não deverá mais ser aceito e precisa urgentemente ser resolvido com políticas públicas adequadas e conscientização. Afinal, não se pode ficar inerte diante da violência que assola o país e gera incredulidade. Sabemos que as palavras têm a força da razão, enquanto a crueldade emana do poder do ódio e da anomia.
PÁDUA, Cláudia Maria França. Um silencia que mata. Psique, ciência e vida. São Paulo: Editora Escala, Ed. 158, abr. 2019. p. 18-19. [Adaptado].
Prioritariamente, o texto objetiva
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84Q710883 | Administração Geral, Tecnólogo em Gestão Pública, UFRN, COMPERVE, 2019

Texto associado.

A coordenação de um determinado curso utiliza o Ciclo PDCA de gestão para melhorar continuamente a qualidade do ensino. Numa das etapas desse ciclo, o coordenador acompanha os indicadores de aprovação, reprovação e evasão dos alunos. Nesse acompanhamento, ele está utilizando a fase do ciclo denominada
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85Q694177 | Serviço Social, Assistente Social, UFRN, COMPERVE, 2019

O desemprego é considerado uma expressão central da questão social no Brasil , que aparece como um componente estrutural do regime de trabalho, ao lado da informalidade. Nesse âmbito, sob uma abordagem histórica e numa perspectiva de totalidade, a reflexão sobre a questão social encontra dois elementos centrais que caracterizam o regime de trabalho no Brasil. Esses elementos são, respectivamente:
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86Q684453 | Serviço Social, Assistente Social, UFRN, COMPERVE, 2019

Na Lei 8.662/93, que regulamenta a profissão do Serviço Social no Brasil, o exercício da assessoria e o da consultoria é uma atribuição privativa do assistente social, bem como uma competência profissional. Por dispor de conhecimentos acumulados sobre o cotidiano da população usuária dos serviços sociais, os assistentes sociais vêm sendo requeridos a prestarem assessoramentos a diferentes sujeitos sociais que atuam na gestão/formulação de políticas sociais públicas e privadas e aos movimentos sociais. As assessorias postas ao Serviço Social na atualidade
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87Q687709 | Direito Administrativo, Regime Jurídico e Estatuto de Servidores Públicos, Assistente Social, UFRN, COMPERVE, 2019

Nos termos das disposições expressas na Lei nº 8.112/90, o “processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor por infração praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação com as atribuições do cargo em que se encontre investido”. No que concerne ao processo administrativo disciplinar submetido ao rito sumário, a citada lei estabelece que o prazo para a conclusão NÃO excederá
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88Q707147 | Redes de Computadores, Técnico de Tecnologia da Informação, UFRN, COMPERVE, 2019

Texto associado.

Por meio do recurso de acesso remoto, um técnico em tecnologia da informação é capaz de acessar um computador privado utilizando um outro que não está fisicamente conectado à rede, trazendo diversos benefícios na manutenção ou na configuração das estações. No entanto, essa conexão à distância deve ser feita com segurança para os dados que trafegam em ambos os lados. A configuração do acesso remoto em estações Windows 10 Pro
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89Q687814 | Direito Administrativo, Processo Administrativo Lei 9784 99, Assistente Social, UFRN, COMPERVE, 2019

Considerando as normas da Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, a qual regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, analise as afirmativas abaixo.
I Entidade é a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta.
II O administrado tem o direito de ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, sendo vedada a obtenção de cópias de documentos neles contidos.
III Um dos critérios observados nos processos administrativos é o da atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé.
IV Finalidade, interesse público, eficiência e segurança jurídica são alguns dos princípios a serem obedecidos pela Administração Pública nos processos administrativos.
Das afirmativas, estão corretas
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90Q707674 | Administração Geral, Administrador, UFRN, COMPERVE, 2019

O balanced scorecard (BSC) é uma ferramenta desenvolvida por Kaplan e Norton, a qual permite a construção de um planejamento estratégico efetivo para a organização. Considere as afirmações abaixo sobre essa ferramenta. I No BSC, o aspecto estratégico deve estar integrado ao planejamento tático e ao orçamento. II As dimensões estratégicas do BSC são clientes; gestão; projetos; e aprendizado e crescimento. III Os indicadores desenvolvidos para o BSC podem ser estratégicos ou operacionais. IV O BSC deve traduzir a sua estratégia, especificando objetivos e indicadores estratégicos. Das afirmações, estão corretas 
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91Q12585 | Direito Administrativo, Assistente de Alunos, UFRN

A junta médica oficial da Universidade Federal do Rio Grande do Norte declarou insubsistentes os motivos da aposentadoria de um servidor que fora aposentado por invalidez. Este fato culminou com o retorno do servidor à atividade.

Nessa situação, considerando as disposições da Lei no 8.112/90, pode-se afirmar que ocorreu
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92Q707296 | Segurança e Saúde no Trabalho, Tecnólogo em Gestão Pública, UFRN, COMPERVE, 2019

Texto associado.

Na análise e melhoria dos processos organizacionais, a padronização é indispensável para garantir que os requisitos estabelecidos sejam realizados dentro de certos padrões. A norma internacional que promove a análise, melhoria e padronização de processos é denominada
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93Q707151 | Redes de Computadores, Técnico de Tecnologia da Informação, UFRN, COMPERVE, 2019

Texto associado.

Existe um serviço que pode ser adicionado a uma rede local para garantir mais controle administrativo nos acessos dos usuários, filtrar conteúdo, prover mais segurança e ainda fornecer mecanismos de cache em redes. Esse serviço é conhecido por
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94Q691207 | Serviço Social, Assistente Social, UFRN, COMPERVE, 2019

Em face do processo de implementação de políticas de ajuste neoliberal, ocorreram mudanças no âmbito da ação pública estatal em relação ao enfrentamento da pobreza, uma das expressões da questão social. O debate acadêmico na área do serviço social aponta para a redefinição do papel do Estado na área social, à desregulamentação de políticas sociais que desloca a atenção à pobreza para a iniciativa privada ou indi vidual, com forte apelo à solidariedade. Esse processo impacta as políticas sociais, com algumas consequências , entre as quais se destacam:
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95Q682863 | Direito Administrativo, Processo Administrativo Lei 9784 99, Assistente Social, UFRN, COMPERVE, 2019

A lei que regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal (Lei nº 9.784/99) estabelece os deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros previstos em ato normativo. Nos termos das normas expressas na referida lei, o administrado deve
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96Q685747 | Direito Administrativo, Regime Jurídico e Estatuto de Servidores Públicos, Assistente Social, UFRN, COMPERVE, 2019

A Lei nº 8.112/90 prevê que as reposições e indenizações ao erário podem ser parceladas, a pedido do interessado. Nos expressos termos da sobredita lei, o valor de cada parcela não pode ser inferior ao correspondente a
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97Q709241 | Segurança da Informação, Analista de Tecnologia da Informação, UFRN, COMPERVE, 2019

Texto associado.

A Segurança Computacional possui uma terminologia própria. Uma padronização na utilização dessa terminologia garante o correto entendimento entre os diferentes agentes envolvidos. Em relação a isso, considere as seguintes afirmações sobre a Segurança Computacional.

I A segurança física visa providenciar mecanismos para restringir o acesso às áreas críticas da organização a fim de garantir a integridade e autenticidade dos dados.

II Uma ameaça pode ser definida como algum evento que pode ocorrer e acarretar algum perigo a algum ativo da rede. As ameaças podem ser intencionais ou não-intencionais.

III São ameaças mais comuns às redes de computadores: o acesso não-autorizado, o reconhecimento (ex: PortScan) e a negação de serviço (ex: DoS ou DDoS).

IV O “Tripé da Segurança” é formado de Pessoas, Processos e Políticas de Segurança. De nada adianta uma Política de Segurança se Pessoas e Processos não forem considerados.


Em relação à Segurança Computacional, estão corretas as afirmativas
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98Q708651 | Gestão de Projetos, Administrador, UFRN, COMPERVE, 2019

No contexto da gestão de projetos, o termo de abertura é um documento que deve ser necessariamente construído. Com relação ao termo de abertura do projeto, considere as afirmações abaixo. I Fornece autoridade ao gerente do projeto para aplicar os recursos organizacionais nas atividades do projeto. II Garante um entendimento comum entre as partes interessadas sobre as entregas e os marcos mais importantes. III Deve ser assinado na fase de planejamento e ser construído por todos os membros da equipe do projeto. IV Deve documentar informações sobre o projeto e os seus resultados de forma detalhada (baixo nível), como, por exemplo, explicitar atividades realizadas pela equipe. Das afirmações, estão corretas
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99Q708578 | Administração Geral, Administrador, UFRN, COMPERVE, 2019

Segundo Peter Drucker, “A melhor forma de prever o futuro é criá-lo”. Tendo em mente a noção de planejamento estratégico, considere as ferramentas apresentadas abaixo. I Matriz de Ansoff e BCG II SERVQUAL e Carta de controle III SMART e Seis Sigma IV 5 forças competitivas de Porter e SWOT Ferramentas de análise para elaboração de um planejamento estratégico estão presentes nos itens
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100Q693081 | Português, Pontuação, Assistente Social, UFRN, COMPERVE, 2019

Um silêncio que MATA
                                                                               Cláudia Maria França Pádua
      A agressividade é a arma que o indivíduo utiliza para manifestar seu ódio. Existem vários tipos de violência, e os estudos desse tipo de comportamento são constantes com o intuito de descobrir as causas que levam o ser humano a cometer tal infração e que causam indignação aos olhos atentos da sociedade.
      Inúmeras pesquisas mostram, há anos, a vergonhosa prevalência da violência contra as mulheres. Em 2013, 13 mulheres morreram, todos os dias, vítimas de feminicídio, isto é, assassinato em função de seu gênero. Cerca de 30% foram mortas pelo parceiro ou ex-companheiro (Mapa da Violência 2015). Outra pesquisa do Instituto Locomotiva, dessa vez de 2016, aferiu que 2% dos homens admitem espontaneamente ter cometido violência sexual contra uma mulher, mas, diante de uma lista de situações, 18% reconhecem terem sido violentos. Quase um quinto dos 100 milhões de homens brasileiros. E, curiosamente, um estudo recente revelou que 90% concorda que quem presencia ou toma conhecimento de um estupro e fica calado também é culpado. Um percentual relevante, mas por que ainda há tanto silêncio?
      Cinco tipos de violência enquadram todos esses estudos: 1 - violência psicológica: causa danos à autoestima da vítima, podendo ocorrer em casa, na escola, no trabalho, proporcionando humilhação, desvalorização, ofensa, chantagem, manipulação, constrangimento e outros; 2 - violência física: causa danos ao corpo da vítima, podendo ocorrer sob a forma de socos, pontapés, chutes, amarrações e mordidas, impossibilitando defesa; 3 - violência moral: qualquer conduta que proporcione calúnia, difamação ou injúria; 4 - violência sexual: esta não se limita somente ao estupro propriamente dito, mas a atos de violência proibitivos, como, por exemplo, não uso de contraceptivos, obrigação de práticas sexuais, "encoxada" nos transportes públicos, exploração do corpo de adolescentes e pedofilia; 5 - violência simbólica: utilização feminina como "objeto de desejo" (propagandas, outdoors etc.), traçando uma imagem negativa da mulher. O alerta que ecoa é que a violência é silenciosa. Ela ocorre nas residências, nos espaços públicos e em qualquer lugar onde a mulher é assediada.
      O assédio é um comportamento criminoso e deve ser severamente tratado como tal. Seu desenvolvimento relaciona-se com a carência emocional ou com a separação, na infância, do elo materno. A partir desse momento, criam-se, no indivíduo, condutas antissociais, um desajuste afetivo, que podem levá-lo ao cometimento de crimes para sentir prazer no sofrimento dos outros e gerar uma excitação cortical, causando-lhe grande satisfação da libido e de seu ego malformado por uma personalidade psicopática e doentia, na qual os impulsos do mal ganham lugar e ímpeto para cometer tais absurdos. Nesse exato momento, instaura -se o grau de periculosidade do agressor. Portanto, muitas vezes, senão na maioria delas, o agressor sabe que está cometendo um delito e sente, inclusive, prazer nesse comportamento.
      É necessário que as autoridades realizem emergencialmente políticas que inviabilizem esse avanço, para que esse crime não faça parte das principais estatísticas, em que 22 milhões das brasileiras com 16 anos ou mais relatam ter sofrido algum tipo de assédio em 2018. Vítimas com ensino médio e superior relatam, em seus depoimentos, terem sofrido algum tipo de assédio em maior número do que aquelas com ensino fundamental. O caso mais comum citado pela maioria das mulheres entrevistadas é o de comentários desrespeitosos na rua.
      Sabemos que, desde a Idade Média, a violência psicológica e moral contra as mulher es era muito comum, e a violência física se valia até mesmo dos mais diferentes instrumentos de tortura utilizados nas mulheres de forma cruel e sem condenação aos torturadores. O "estripador de seios", por exemplo, costumava ser utilizado para punir mulheres acusadas de realizar bruxaria, aborto ou adultério. As garras aquecidas por brasas eram usadas para arrancar-lhes os seios. E existiram tantos outros instrumentos cruéis que marcaram a história mundial e registraram como a mulher foi e ainda é tratada.
      No Brasil, a tortura se divide em duas fases: a primeira se estende do Brasil Império até a nossa Constituição Federal de 1988. A produção de prova se fazia, até aquela época, de forma brutal, e a escravatura, legalizada, tornava o ambiente adequado à violação da dignidade humana. O Código Criminal de 1830 previu o aumento da dor física, como agravante, e o termo "tortura", que aparece na Lei Penal Brasileira em 1940, quando é arrolada entre os meios cruéis que agravam o delito.
      A segunda fase se inicia com a Constituição de 1988, sob o desrespeito sistemático às liberdades fundamentais do homem, ocorrido nas décadas anteriores. Tipificada finalmente a tortura como crime em nossa legislação, espera-se que as formas mais silenciosas, como as violências psicológica, moral e simbólica, recebam um olhar atento para sua erradicação. Infelizmente, nosso país ainda caminha a passos lentos na recrudescência de leis mais efetivas, em que o respeito deveria permanecer como palavra-chave.
       As mulheres têm, sim, exercido sua voz, mas mergulham, por vezes, em um conformismo de cultura social que não deverá mais ser aceito e precisa urgentemente ser resolvido com políticas públicas adequadas e conscientização. Afinal, não se pode ficar inerte diante da violência que assola o país e gera incredulidade. Sabemos que as palavras têm a força da razão, enquanto a crueldade emana do poder do ódio e da anomia.
PÁDUA, Cláudia Maria França. Um silencia que mata. Psique, ciência e vida. São Paulo: Editora Escala, Ed. 158, abr. 2019. p. 18-19. [Adaptado].
As mulheres têm, sim, exercido sua voz, mas mergulham, por vezes, em um conformismo de cultura social que não deverá[1] mais ser aceito e precisa[2] urgentemente ser resolvido com políticas públicas adequadas e conscientização .
Sem alteração do sentido e com respeito à norma-padrão, o excerto está corretamente reescrito em:
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