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41Q689165 | Legislação Federal, Auditor, UFSC, UFSC, 2019

A Instrução Normativa (IN) Conjunta MP/CGU nº 1, de 10 de maio de 2016, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e da Controladoria-Geral da União, dispõe sobre controles internos, gestão de riscos e governança do Poder Executivo Federal. De acordo com a referida IN, assinale a alternativa correta. 
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42Q681854 | Português, Fonemas e letras, Contador, UFSC, UFSC, 2019

Texto associado.

Texto 2

Pesquisadores explicam por que é tão difícil imitar os sons de outra língua

Por Rennan A. Julio

  1. Cérebro adapta todo e qualquer som estranho para o seu idioma original.

  2. Estudos tentam entender a origem do sotaque. Em busca de justificativas para a nossa 
  3. dificuldade de reproduzir sons de línguas diferentes, pesquisadores fizeram testes com 
  4. bebês e adolescentes de todo o mundo.
  5. Há mais de duas décadas, uma equipe da Universidade de Washington tenta entender 
  6. como o cérebro humano compreende a linguagem humana. Para isso, analisou bebês do 
  7. mundo inteiro durante esse período.
  8. Em um dos testes, a equipe fez com que, aos seis meses de idade, bebês japoneses e 
  9. ingleses escutassem sons de ambas as culturas. Até então, as crianças conseguiam 
  10. reproduzir os “barulhos” característicos às duas nações; só que quando atingiram os dez 
  11. meses de idade, os mesmos bebês falharam na percepção de sons que não faziam parte de 
  12. sua cultura. Os japoneses deixaram de reconhecer “r” e “l”, cuja distinção não existe no 
  13. Japão, mas existe na língua inglesa.

  14. Realizado por outra equipe de pesquisadores, um segundo estudo sugere diferente: as 
  15. pessoas não perdem tão abruptamente essa capacidade de aprender línguas, mas o 
  16. processo acontece durante a puberdade. Depois de uma série de testes, esses cientistas 
  17. perceberam uma forte relação entre o aprendizado de uma segunda língua e a época em 
  18. que isso acontece.

  19. Para o especialista Eric Bakovic, existe um movimento para processar esse tipo de 
  20. informação: “Você aprende uma língua pegando sons e imitando seus pais. Depois, seu 
  21. cérebro começa a fazer outras coisas, assumindo que já tinha aprendido todos os sons 
  22. necessários para manter uma relação comunicativa com as pessoas ao seu redor”. Essa 
  23. biblioteca de sons nos permite fluência com a língua que falamos, mas quando tratamos de 
  24. sons “externos” ficamos “surdos”, afirma o linguista da Universidade de San Diego.

  25. “Quando você escuta um sotaque ou uma língua totalmente diferente, seu cérebro mapeia 
  26. precisão, as pessoas acabam juntando as partes “próximas” do que os seus cérebros sabem 
  27. e reproduzindo dessa maneira.Mas para Joel Goldes, especialista nessa área e atuante em
  28. Hollywood, isso pode ser treinado. “Nosso cérebro realmente nos bloqueia de ouvir o que 
  29. estamos ouvindo. Até que alguém nos ensine a produzir novos sons, nós não os escutamos. 
  30. É por isso que uma pessoa pode ficar 40 anos em um país diferente sem perder o sotaque”. 
Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2014/10/pesquisadores-explicam-por-que-e-tao-dificil-imitar-o-sotaque-de-outralingua.html. [Adaptado]. Acesso em: 10 nov. 2018
Com base no texto 2 e na norma padrão escrita, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta. 
I. As palavras ‘país’ (linha 34) e ‘Japão’ (linha 13) são acentuadas pela mesma regra. 
II. As palavras ‘humana’ (linha 7) e ‘escutassem’ (linha 10) possuem mais grafemas do que fonemas. 
III. As palavras ‘cérebro’ (linha 1) e ‘próximas’ (linha 29) são acentuadas porque são proparoxítonas. 
IV. As palavras ‘pesquisadores’ (linha 4), ‘adolescentes’ (linha 5) e ‘linguagem’ (linha 7) contêm dígrafo.
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43Q689803 | Jornalismo, Jornalista, UFSC, UFSC, 2019

A Teoria da Agenda ou do Agendamento (Agenda-setting) ficou popularizada a partir do artigo “The agenda setting function of mass media”, publicado em 1972 por Maxwell E. McCombs e Donald L. Shaw, em estudo sobre a influência da mídia, em especial as mídias jornalísticas, na direção da opinião pública. Sobre essa teoria, assinale a alternativa correta.
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44Q691794 | Administração Geral, Administrador, UFSC, UFSC, 2019

Texto associado.
Leia o texto a seguir:
Marta e Lucas trabalham em setores diferentes de uma universidade federal, mas se comunicam quase todos os dias, especialmente por meio eletrônico. Há um mês Marta enviou o seguinte e-mail a Lucas: 
“LUCAS, PRECISO FALAR PESSOALMENTE COM VOCÊ AINDA HOJE!!!!
” Lucas, que estava passando por um momento pessoal difícil, respondeu o e-mail da seguinte forma: “Marta, acho que você poderia ser mais educada. Há necessidade de ser tão grosseira para marcar uma conversa? Afinal de contas, sempre fui educado e sempre me coloquei à disposição para o diálogo”. Ao receber a mensagem, Marta ficou assustada e sem entender o porquê de Lucas tê-la achado grosseira. Resolveu ligar para o colega.
Segue o diálogo: 
Lucas: Setor de Assuntos Gerais, bom dia! 
Marta: Lucas, é a Marta. Tudo bem? 
Lucas: Mais ou menos, Marta. 
Marta: Pois é, Lucas. Eu não entendi por que uma mensagem tão simples te deixou tão indignado. 
Lucas: Você leu a forma como escreveu, Marta? 
Marta: Li e reli várias vezes e não entendi qual foi o problema. 
Lucas: Caso você não saiba, quando alguém escreve em caixa alta, dá a impressão de que está falando mais alto, ou mesmo gritando com o outro. 
Marta: Desculpe-me, Lucas, mas a tecla “CapsLock” estava ativada e eu nem percebi. Não quis ser grosseira. 
Lucas: Bom, então eu que peço desculpas. O que você deseja? 

O diálogo seguiu, mas Lucas começava a sentir-se mal com a situação, pois já havia comentado com vários colegas do setor o quanto Marta havia sido “grosseira”.
Considerando a comunicação interpessoal como um dos temas inerentes ao comportamento organizacional, assinale a alternativa que apresente barreiras à comunicação eficaz presentes no texto.
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45Q689810 | Legislação Federal, Auditor, UFSC, UFSC, 2019

A Instrução Normativa (IN) Conjunta MP/CGU nº 1, de 10 de maio de 2016, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e da Controladoria-Geral da União, dispõe sobre controles internos, gestão de riscos e governança do Poder Executivo Federal. Nos termos da referida IN, assinale a alternativa correta.
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46Q684565 | Administração Pública, Administrador, UFSC, UFSC, 2019

Com base na evolução dos modelos de administração pública no Brasil e na reforma do Estado, relacione a coluna 1 com a coluna 2 e assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo. 
Coluna 1 
I. Reforma administrativa de 1967 
II. Departamento Administrativo do Serviço Público – DASP 
III. Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado – MARE 
Coluna 2 
( ) Na área de recursos humanos, inspirou-se no modelo weberiano de administração, baseado no mérito profissional. 
( ) Reestruturou o aparelho de Estado, dividindo as atividades estatais em dois tipos: exclusivas do Estado (exemplo: regulação) e não exclusivas do Estado (exemplo: serviços sociais). 
( ) Uma das primeiras experiências de implantação da administração pública gerencial no Brasil.
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47Q687809 | Português, Morfologia, Jornalista, UFSC, UFSC, 2019

Texto 3 
Papos
– Me disseram... 
– Disseram-me. 
– Hein? 
– O correto é “disseram-me”. Não “me disseram”. 
– Eu falo como quero. E te digo mais... Ou é “digo-te”? 
– O quê? – Digo-te que você... 
– O “te” e o “você” não combinam. 
– Lhe digo? 
– Também não. O que você ia me dizer? 
– Que você está sendo grosseiro, pedante e chato. E que eu vou te partir a cara. Lhe partir a cara. Partir a sua cara. Como é que se diz? 
– Partir-te a cara. 
– Pois é. Parti-la hei de, se você não parar de me corrigir. Ou corrigir-me. 
– É para o seu bem. 
– Dispenso as suas correções. Vê se esquece-me. Falo como bem entender. Mais uma correção e eu... 
– O quê? 
– O mato. 
– Que mato? 
– Mato-o. Mato-lhe. Mato você. Matar-lhe-ei-te. Ouviu bem? 
– Pois esqueça-o e para-te. Pronome no lugar certo é elitismo! 
– Se você prefere falar errado... 
– Falo como todo mundo fala. O importante é me entenderem. Ou entenderem-me? 
– No caso... não sei. 
– Ah, não sabe? Não o sabes? Sabes-lo não? 
– Esquece. 
– Não. Como “esquece”? Você prefere falar errado? E o certo é “esquece” ou “esqueça”? Ilumine-me. Me diga. Ensines-lo-me, vamos. 
– Depende. 
– Depende. Perfeito. Não o sabes. Ensinar-me-lo-ias se o soubesses, mas não sabes-o. 
– Está bem, está bem. Desculpe. Fale como quiser. 
– Agradeço-lhe a permissão para falar errado que mas dás. Mas não posso mais dizer-lo-te o que dizer-te-ia. 
– Por quê? 
– Porque, com todo este papo, esqueci-lo. 
Verissimo, Luis Fernando. Novas comédias da vida pública, a versão dos afogados. Porto Alegre: L&PM, 1997. [Adaptado]. 
Com base no texto 3 e na norma padrão escrita, assinale a alternativa correta. 
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48Q684686 | Jornalismo, Jornalista, UFSC, UFSC, 2019

A respeito do jornalismo de dados, assinale a alternativa correta.
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49Q686517 | Comunicação Social, Jornalista, UFSC, UFSC, 2019

Sobre as relações entre divulgação científica e jornalismo científico, assinale a alternativa correta. 
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50Q693623 | Administração Pública, Administrador, UFSC, UFSC, 2019

Qual das características relacionadas abaixo apresenta o modelo de gestão correspondente à administração pública gerencial?
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51Q687019 | Português, Interpretação de Textos, Administrador, UFSC, UFSC, 2019

Com base no trecho abaixo, retirado do texto 1, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta.

 “Ao associarem a noção de constitutividade à de interação, escolhendo esta como o lugar de sua realização, as concepções bakhtinianas de linguagem e de sujeito trazem, ao mesmo tempo, para o processo de formação da subjetividade, o outro, alteridade necessária, e o fluxo do movimento, cuja energia não está nos extremos, mas no trabalho que se faz cotidianamente, movido por interesses contraditórios, por lutas, mas também por utopias, por sonhos.”(linhas 58 a 63) 

I. Em “Ao associarem a noção de constitutividade à de interação [...]”, há uma retomada por elipse do termo ‘noção’, justificando a marcação de ocorrência de crase. 
II. A palavra ‘esta’ tem como referente a expressão ‘as concepções bakhtinianas’. 
III. A expressão entre vírgulas ‘alteridade necessária’ corresponde a uma explicação do termo antecedente. 
IV. As duas ocorrências da conjunção ‘mas’ estabelecem relações coordenativas: a primeira, adversativa, e a segunda, aditiva. 
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52Q690090 | Farmácia, Farmacêutico, UFSC, UFSC, 2019

Em relação aos fármacos anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), é correto afirmar que:
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53Q693263 | Informática, Farmacêutico, UFSC, UFSC, 2019

Identifique quais das funcionalidades enumeradas abaixo estão presentes no Microsoft Word e assinale a
alternativa correta.
I. Controlar alterações: registra todas as alterações efetuadas em um documento, para que possam ser, posteriormente, aceitas ou rejeitadas.
II. Comparar documentos: compara duas versões de um documento, indicando as diferenças entre elas.
III. Dividir a janela: divide a área de exibição do documento em duas seções, que mostram partes diferentes do documento aberto no Word.
IV. Mostrar figuras: ativa a exibição das figuras contidas no documento.
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54Q682064 | Administração Pública, Administrador, UFSC, UFSC, 2019

O processo de construção e implementação de políticas públicas pode ser denominado “ciclo de políticas públicas”. Com base nos conceitos e características inerentes a esse ciclo, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta. 
I. A formação da agenda é uma de suas etapas, sendo que “agenda” é um conjunto de problemas ou temas entendidos como relevantes, por exemplo, pela comunidade política, pelo poder público ou pelos meios de comunicação. 
II. A avaliação de políticas públicas é uma de suas etapas, podendo acontecer antes, durante e após a implementação de uma política pública. 
III. A implementação de políticas públicas é uma de suas etapas. O modelo top-down é caracterizado pela maior liberdade de burocratas e redes de atores em auto-organizar e modelar a implementação dessas políticas.
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55Q691599 | Auditoria, Controladoria Geral da União, Auditor, UFSC, UFSC, 2019

Quanto à operacionalização das atividades de auditoria interna, de acordo com a Instrução Normativa nº 3, de 9 de junho de 2017, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e da Controladoria-Geral da União, assinale a alternativa correta.
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56Q691754 | Português, Interpretação de Textos, Administrador, UFSC, UFSC, 2019

Texto associado.

TEXTO 1

A linguagem e a constituição da subjetividade [...] O tema da “constitutividade” remete, de alguma forma, a questões que demandam explicitação, já que supõe uma teoria do sujeito e esta, por seu turno, implica a definição de um lugar nem sempre rígido a inspirar práticas     pedagógicas e por isso mesmo políticas.

Quando se admite que um sujeito se constitui, o que se admite junto com isso? Que energeia  põe em movimento este processo? É possível determinar seus pontos alfa e ômega? Em que sentido a prática pedagógica faz parte deste processo? Com que “instrumentos” ou “mediações” trabalha este processo?

Obviamente, este conjunto de questões, a que outras podem ser somadas, põe em foco a totalidade do fenômeno humano, sua destinação e sua autocompreensão. Habituados à higiene da racionalidade, ao inescapável método de pensar as partes para nos aproximarmos de respostas provisórias que, articuladas um dia – sempre posto em suspenso e remetido às calendas gregas – possam dar do todo uma visão coerente e uniforme, temos caminhado e nos fixado nas partes, nas passagens, mantendo sempre no horizonte esta suposição de que o todo será um dia compreendido.

Meu objetivo é pôr sob suspeição a esperança que inspira a construção deste horizonte, o ponto de chegada. E pretendo fazer isso discutindo precisamente a noção de constitutividade e as seguintes implicações que me parecem acompanhá-la:

1.    admitir a noção de constitutividade implica em admitir um espaço para o sujeito;

2.    admitir a noção de constitutividade implica em admitir a inconclusibilidade;

3.    admitir a noção de constitutividade implica em admitir o caráter não fechado dos “instrumentos” com que se opera o processo de constituição;

4.    admitir a noção de constitutividade implica em admitir a insolubilidade.

No movimento pendular da reflexão sobre o sujeito, os pontos extremos a que remete nossa cultura situam o sujeito ora em um de seus lados, tomando-o como um deus ex-nihilo, fonte de todos os sentidos, território previamente dado já que racional por natureza (e por definição), espaço onde se processa toda a compreensão. Na outra extremidade, o sujeito é considerado mero ergon, produto do meio ambiente, da herança cultural de seu passado. Entre a metafísica idealista e o materialismo mecanicista, pontos extremos, movimenta-se o pêndulo. E a força deste movimento é territorializada em um de seus pontos. A absorção de elementos outros, não essenciais segundo o espaço em que se situa a reflexão, são acidentes incorporados ao conceito de sujeito que cada corrente professa. Exemplifiquemos pelas posições mais radicais.

Do ponto de vista de uma metafísica religiosa, destinando-se o homem a seu reencontro paradisíaco com seu Criador, de quem é feito imagem e semelhança, os desvios de rota, os pecados, enfim a vida vivida por todos nós, neste tempo de provação, a consciência que, em sua infinita bondade, nos foi concedida pelo Criador, aponta-nos o bem e o mal, ensina-nos, do nada, o arrependimento pela prática deste e a alegria pela prática daquele. Deus e o Diabo, ambos energeia. Impossível um sem o outro, como mostra o “evangelista” contemporâneo José Saramago em O Evangelho Segundo Jesus Cristo.

 Do ponto de vista de um materialismo estreito, o sujeito na vida que vive apenas ocupa lugares previamente definidos pela estrutura da sociedade, cujas formações discursivas e ideológicas já estatuíram, desde sempre, o que se pode dizer, o que se pode pensar. Recortaram o dizível e o indizível. Toda e qualquer pretensão de dizer a sua palavra, de pensar a motu proprio não passa de uma ilusão necessária e ideológica para que o Criador, agora o sistema, a estrutura se reproduza em sua igualdade de movimentos. Assujeitado nestes lugares, o sujeito conduz-se segundo um papel previamente dado. Representamos na vida. Infelizmente uma representação definitiva e sem ensaios. Sempre a representação final de um papel que não escolhemos. E aqui a lembrança de leitor remete a Milan Kundera de A Insustentável Leveza do Ser.

Em nenhum dos extremos a noção de constitutividade situa a essência do que define o sujeito. Elege o fluxo do movimento como seu território sem espaço. Lugar de passagem e na passagem a interação do homem com os outros homens no desafio de construir categorias de compreensão do mundo vivido, nem sempre percebido e dificilmente concebido de forma Contador Página idêntica pela unicidade irrepetível que é cada sujeito. As interações são perpassadas por histórias contidas e nem sempre contadas. Por interesses contraditórios, por incoerências. São de um presente que, em se fazendo, nos escapa porque sua materialidade é inefável, contendo no aqui e agora as memórias do passado e os horizontes de possibilidades de um futuro. Ao associarem a noção de constitutividade à de interação, escolhendo esta como o lugar de sua realização, as concepções bakhtinianas de linguagem e de sujeito trazem, ao mesmo tempo, para o processo de formação da subjetividade, o outro, alteridade necessária, e o fluxo do movimento, cuja energia não está nos extremos, mas no trabalho que se faz cotidianamente, movido por interesses contraditórios, por lutas, mas também por utopias, por sonhos. Presente limitado pelas suas condições de sua possibilidade, e porque limitado mostra que há algo para além das margens (ou não haveria limites). Os instrumentos disponíveis, construídos pela herança cultural e reconstruídos, modificados, abandonados ou recriados pelo presente, têm um passado, mas seu sentido se mede pelo que no presente constrói como futuro.

 Professar tal teoria do sujeito é aceitar que somos sempre inconclusos, de uma incompletude fundante e não casual. Que no processo de nos compreendermos a nós próprios apelamos para um conjunto aberto de categorias, diferentemente articuladas no processo de viver. Somos insolúveis (o que está longe de volúveis) no sentido de que não há um ponto rígido, duro, fornecedor de todas as explicações.

Que papel reservar à educação e à leitura neste processo? Considerando que a educação somente se dá pelo processo de mediação entre sujeitos e que a leitura é uma das formas de interação entre os homens – um leitor diante de uma página escrita sabe que por trás desta há um autor (seja ele da ordem que for) com que está se encontrando, então devemos incluir todos os processos educacionais e a leitura entre as interações e por isso mesmo dentro dos processos de constituição das subjetividades.

 A leitura do mundo e a leitura da palavra são processos concomitantes na constituição dos sujeitos. Ao “lermos” o mundo, usamos palavras. Ao lermos as palavras, reencontramos leituras do mundo. Em cada palavra, a história das compreensões do passado e a construção das compreensões do presente que se projetam como futuro. Na palavra, passado, presente e futuro se articulam.

 

Assinale a alternativa que melhor exprime o tema central do texto 1. 
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57Q683854 | Auditoria, Testes e Procedimentos em Auditoria, Auditor, UFSC, UFSC, 2019

O trabalho da auditoria interna constitui-se em exames e investigações, que permitem ao auditor interno obter subsídios suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações à administração, incluindo testes e procedimentos para o desenvolvimento dos trabalhos. No momento em que a Norma Brasileira de Contabilidade NBC TI 01 menciona que um determinado tipo de teste visa à obtenção de evidências quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade, está se referindo a:
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58Q694142 | Administração Geral, Administrador, UFSC, UFSC, 2019

Sobre o tema “estrutura organizacional”, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta. 
I. A estrutura organizacional é a forma pela qual as tarefas são distribuídas, agrupadas e coordenadas. 
II. A especialização do trabalho se refere à subdivisão das atividades em funções isoladas. 
III. A definição das autoridades no processo decisório está relacionada à amplitude de controle. 
IV. A formalização diz respeito a quem os indivíduos e os grupos se reportam. 
V. A departamentalização é a base do agrupamento de tarefas em uma organização, como no caso da departamentalização funcional, na qual as atividades são agrupadas de acordo com as funções desempenhadas. 
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59Q691403 | Português, Interpretação de Textos, Auditor, UFSC, UFSC, 2019

Texto 2

Pesquisadores explicam por que é tão difícil imitar os sons de outra língua 
Por Rennan A. Julio 
Cérebro adapta todo e qualquer som estranho para o seu idioma original.

Estudos tentam entender a origem do sotaque. Em busca de justificativas para a nossa dificuldade de reproduzir sons de línguas diferentes, pesquisadores fizeram testes com bebês e adolescentes de todo o mundo. 
Há mais de duas décadas, uma equipe da Universidade de Washington tenta entender como o cérebro humano compreende a linguagem humana. Para isso, analisou bebês do mundo inteiro durante esse período. 
Em um dos testes, a equipe fez com que, aos seis meses de idade, bebês japoneses e ingleses escutassem sons de ambas as culturas. Até então, as crianças conseguiam reproduzir os “barulhos” característicos às duas nações; só que quando atingiram os dez meses de idade, os mesmos bebês falharam na percepção de sons que não faziam parte de sua cultura. Os japoneses deixaram de reconhecer “r” e “l”, cuja distinção não existe no Japão, mas existe na língua inglesa. 
Realizado por outra equipe de pesquisadores, um segundo estudo sugere diferente: as pessoas não perdem tão abruptamente essa capacidade de aprender línguas, mas o processo acontece durante a puberdade. Depois de uma série de testes, esses cientistas perceberam uma forte relação entre o aprendizado de uma segunda língua e a época em que isso acontece.
Para o especialista Eric Bakovic, existe um movimento para processar esse tipo de informação: “Você aprende uma língua pegando sons e imitando seus pais. Depois, seu cérebro começa a fazer outras coisas, assumindo que já tinha aprendido todos os sons necessários para manter uma relação comunicativa com as pessoas ao seu redor”.
Essa biblioteca de sons nos permite fluência com a língua que falamos, mas quando tratamos de sons “externos” ficamos “surdos”, afirma o linguista da Universidade de San Diego.
“Quando você escuta um sotaque ou uma língua totalmente diferente, seu cérebro mapeia os sons diretamente para a língua que você fala”, conta Bakovic. Ao invés de pronunciar com precisão, as pessoas acabam juntando as partes “próximas” do que os seus cérebros sabem e reproduzindo dessa maneira.
Mas para Joel Goldes, especialista nessa área e atuante em Hollywood, isso pode ser treinado. “Nosso cérebro realmente nos bloqueia de ouvir o que estamos ouvindo. Até que alguém nos ensine a produzir novos sons, nós não os escutamos. É por isso que uma pessoa pode ficar 40 anos em um país diferente sem perder o sotaque”. 

Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2014/10/pesquisadores-explicam-por-que-e-tao-dificil-imitar-o-sotaque-de-outralingua.html. [Adaptado]. Acesso em: 10 nov. 2018.

Qual gênero textual melhor representa o texto 2?
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60Q684281 | Farmácia, Farmacêutico, UFSC, UFSC, 2019

Assinale a alternativa correta sobre anestésicos segundo Katzung (1995).
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