Questões de Concursos Grafia das palavras

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1Q674395 | Português, Grafia das palavras, Soldado, Bombeiro Militar BA, IBFC, 2020

Assinale a alternativa em que todas as palavras foram grafadas corretamente.
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2Q672929 | Português, Grafia das palavras, Controlador Interno, Câmara de Patrocínio MG, Gestão de Concursos, 2020

Texto associado.
Para o futuro chegar mais rápido
É verdade: 15% de mulheres no Congresso é uma
cifra constrangedora, e coloca o Brasil no rodapé dos
rankings globais de participação feminina na política.
Mas é motivo de orgulho o aumento de 50% registrado
nas últimas eleições. [...]
Estaremos avançando? Na verdade, há bem pouco a se
celebrar.
Se seguirmos no ritmo atual, ainda serão necessários
108 anos para que o mundo alcance a igualdade de
gênero. A previsão – a maldição – é do Global Gender
Report, estudo anual do Fórum Econômico Mundial. É
uma projeção que precisa ser lida como um compêndio
gigantesco de corpos estuprados – perto de 500.000 por
ano só no Brasil, diz o IPEA –, de meninas sem acesso
à educação básica, de barrigas de grávida em corpinhos
ainda em formação, de noivas que deveriam estar
brincando – de boneca ou de carrinho.
Cento e oito anos é muito tempo. É tempo demais. Mas
há uma nova força entrando no tabuleiro. Uma palavra
cujo novo significado ainda não foi compreendido pela
geração que hoje está no poder: meninas.
Desde 2012, por iniciativa da ONU, 11 de outubro
é o Dia Internacional da Menina. É uma palavra em
transição, menina. Uma busca pelo termo no Google
Images revela um sem fim de garotinhas maquiadas,
quase sempre sozinhas e em um jogo de sedução com
a câmera. Nada poderia estar mais distante do que vejo.
Sou a coordenadora nacional do Girl Up, um movimento
global da Fundação ONU que treina, inspira e conecta
meninas para que sejam líderes na mudança em direção
a um mundo melhor, aqui definido pelos 17 Objetivos
para o Desenvolvimento Sustentável da ONU. Se você
está entre aqueles para quem o termo menina denota
condescendência, permita-me contar o que elas andam
aprontando.
Lia tem 16 anos e um dia me procurou com um contato
dentro da Globosat na mão. Era Copa do Mundo e ela,
que lidera o primeiro Clube Girl Up da capital fluminense,
queria fazer um evento para algumas dezenas de
meninas. Meia hora de Skype para pensar com ela
o teor da reunião: foi tudo que ofereci. Os adultos da
Globosat devem ter ficado embasbacados – como ficam
os adultos que ainda não entenderam do que elas são
capazes – quando um par de meninas sentou à sua
frente para negociar os detalhes de uma tarde que
envolveu tour pelos estúdios, jogo da Copa no telão
da sede e bate-papo com Glenda Kozlowski, uma das
maiores jornalistas esportivas do país.
Maria Antônia, 18 anos. Dinheiro da família para sair do
país, nem em sonho. Assim mesmo, enfiou na cabeça
que iria no Congresso de Liderança do Girl Up, que
todos os anos reúne cerca de 400 meninas dos cinco
continentes em Washington. Contando com uma rede
enorme – elas aprendem cedo o poder das redes –
Maria Antônia, idealizou e liderou o crowdfunding que
viabilizou sua ida. Em setembro esteve entre os 78
estudantes selecionados para participar do Parlamento
Jovem Brasileiro, sentando-se na cadeira da Presidência
da Câmara.
Bruna, também 18. Me ligou em abril pra contar que
havia agendado uma audiência pública na Câmara
Municipal de Goiânia para discutir denúncias de assédio
no ambiente escolar. O Clube que ela fundou na cidade
tem particular interesse por advocacy, e essas meninas
cavaram sozinhas o apoio da vereadora Dra. Cristina,
que encampou o plano do Clube.
A Marina eu conheci no fim de agosto, quando ela nos
procurou pelo Instagram pra falar de seu projeto. Ela
preencheu com absoluta facilidade os requisitos que
me permitiram justificar, à matriz americana do Girl Up,
a viagem a São João Evangelista, cidadela de 14.000
habitantes a seis horas de ônibus ao norte de Belo
Horizonte. Marina agendou visitas em cinco escolas
públicas da região. Uma delas – a escola onde a Marina
estudou – fica na zona rural. Ela tem 18 anos e a rotina
espartana começa todos os dias às 3 da manhã com o
estudo do inglês.
A diferença na renda familiar entre as quatro meninas é
abismal. A cor da pele não é a mesma, e enquanto uma
delas vive em um dos metros quadrados mais caros do
país, outra não tinha energia elétrica em casa até cinco
anos atrás. Mas não acredite nas imagens do Google:
elas não estão sozinhas.
Lia, Maria Antônia, Bruna e Marina se conhecem e estão
em um grupo de WhatsApp onde trocam informações
sobre processos seletivos de universidades no exterior,
um sonho partilhado pelas quatro. E elas são muitas,
muito mais do que eu poderia contar. Quando garantimos
às meninas uma vida livre de violências e asseguramos
seus direitos básicos, todo o potencial que por séculos
esteve enterrado aflora, originando um ciclo virtuoso
benéfico para todos nós.
É hora de atualizar o navegador. A sueca de 16 anos
que pode se tornar a pessoa mais jovem da História a
ser laureada com o Nobel da Paz, se realizar o feito,
ocupará o posto que hoje é de outra menina. Greta
Thunberg e Malala não são exceções: são expoentes
de uma onda poderosa, inteligente, conectada e
crescente. Meninas: são elas a força capaz de acelerar
os 108 anos que nos separam da igualdade de gênero.
Disponível em: . Acesso em: 14 out. 2019.

Considerando as regras de pontuação das orações adjetivas, assinale a alternativa que apresenta, entre parênteses, comentário correto a respeito do sentido produzido pelo uso da vírgula.
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3Q682496 | Português, Grafia das palavras, Tenente Cirurgia Pediátrica, Polícia Militar MG, PM MG, 2019

Em relação às sequências de palavras apresentadas nas opções abaixo, marque a alternativa em que todos os vocábulos estão grafados conforme as normas do Novo Acordo Ortográfico em vigor, desde 29/09/2008.
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5Q686345 | Português, Grafia das palavras, Agente de Desenvolvimento Infantil, UNESP, UNESP, 2019

Assinale a alternativa correta gramaticalmente:
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6Q706057 | Português, Grafia das palavras, Estagiário Nível Superior, TRT 10a REGIÃO, CIEE, 2019

Texto associado.
Mercado de orgânicos vive boa fase no delivery e internet 


À espera de um bebê, pai e mãe passam a se questionar sobre o tipo de alimentação que desejam para o filho que vem por aí e para o seu próprio futuro. Começam a procurar por produtos orgânicos, mas esbarram na questão do preço elevado nos supermercados e na dificuldade de se encontrar frutas, verduras e legumes sem agrotóxico em qualquer canto da cidade. Assim, quase junto com o nascimento das crianças, surgem iniciativas como uma empresa de entregas de cestas de orgânicos, a Orgânicos In Box, e um supermercado on-line praticamente só com produtos desse tipo, o Organomix. Engajados e empreendedores, consumidores vêm ajudando a criar um mercado de orgânicos no Rio para lá de aquecido, com direito a grupos de compras coletivas na internet e agricultores que disponibilizam seus produtos na rede. Tainá, hoje com 8 meses, ainda estava na barriga da mãe quando o casal Aline Santolia e Eduardo Rodrigues começou a imaginar o que seria a Orgânicos In Box, pequena empresa familiar de entregas de cestas. Eles haviam voltado da Califórnia e queriam trabalhar com alimentação, mas ainda não sabiam em que área. Chegaram à distribuição de orgânicos quase ao mesmo tempo em que Aline engravidou. — Acho que foi a Tainá que deu o empurrão. A gente nunca quis comer alimento com veneno. Um saco de sementes com agrotóxico tem até desenho de caveira, já viu? — pergunta Eduardo. No início, há um ano, os pedidos vinham dos amigos e somavam 30 cestas por semana. Hoje são 170. Alguém deu a ideia de montar um grupo no Facebook para organizar a história toda; agora são 6.500 inscritos por lá. O surfista Carlos Burle é um dos clientes: — Minha mulher descobriu. Já tínhamos costume de comprar orgânicos no supermercado. A cesta acaba dando a possibilidade de consumir produtos mais frescos, colhidos há menos tempo. Os preços variam entre R$ 55 e R$ 120, e os pedidos são entregues na Zona Sul, em Santa Teresa, na Barra e na Tijuca. Em outro canto da cidade, na Ilha do Governador, Pedro Sanctos Vettorazzo teve que deixar a bicicleta que usava para fazer entregas, pois ela já não dava conta da grande quantidade de pedidos. Ele é um dos únicos que prestam este tipo de serviço na região. A sua Horto Vitae surgiu em 2013, quando Pedro tentava encontrar "um emprego que respeitasse outros seres humanos e animais". [...] O que normalmente motiva as pessoas a comprar orgânicos é a busca pela comida saudável. Mas em pouco tempo muitos descobrem que consumir este tipo de alimento envolve outras questões, tão importantes quanto a primeira. — Quem chega ao orgânico percebe que por trás há uma filosofia de não poluição e que, com a compra, há geração de renda para quem vive no campo. O consumidor se torna um agente político ao fazer esta escolha — analisa Ana Asti, diretora da Sedes. 
(Revista O Globo. Outubro de 2015. Fragmento.)
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e, ainda, considerando a vigência do Novo Acordo Ortográfico, assinale a afirmativa grafada INCORRETAMENTE. 
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7Q685330 | Português, Grafia das palavras, Técnico em Assuntos Educacionais, IF PE, IF PE, 2019

A correção ortográfica é um elemento que contribui para compreensão do sentido do texto. O Novo Acordo Ortografico normatiza o uso do hífen em algumas palavras, como é o caso de “minicursos”, que deve ser escrita sem hífen, assim como
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8Q684819 | Português, Grafia das palavras, Secretário Auxiliar, MPE GO, MPE GO, 2019

Assinale a alternativa CORRETA para a formação da seguinte frase:
Na ________ plenária ocorrida na data de ontem, o ________ do prefeito da cidade de Planaltina foi ________.
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9Q705304 | Português, Grafia das palavras, Estagiário Nível Superior, TRT 10a REGIÃO, CIEE, 2019

Texto associado.
Mercado de orgânicos vive boa fase no delivery e internet 


À espera de um bebê, pai e mãe passam a se questionar sobre o tipo de alimentação que desejam para o filho que vem por aí e para o seu próprio futuro. Começam a procurar por produtos orgânicos, mas esbarram na questão do preço elevado nos supermercados e na dificuldade de se encontrar frutas, verduras e legumes sem agrotóxico em qualquer canto da cidade. Assim, quase junto com o nascimento das crianças, surgem iniciativas como uma empresa de entregas de cestas de orgânicos, a Orgânicos In Box, e um supermercado on-line praticamente só com produtos desse tipo, o Organomix. Engajados e empreendedores, consumidores vêm ajudando a criar um mercado de orgânicos no Rio para lá de aquecido, com direito a grupos de compras coletivas na internet e agricultores que disponibilizam seus produtos na rede. Tainá, hoje com 8 meses, ainda estava na barriga da mãe quando o casal Aline Santolia e Eduardo Rodrigues começou a imaginar o que seria a Orgânicos In Box, pequena empresa familiar de entregas de cestas. Eles haviam voltado da Califórnia e queriam trabalhar com alimentação, mas ainda não sabiam em que área. Chegaram à distribuição de orgânicos quase ao mesmo tempo em que Aline engravidou. — Acho que foi a Tainá que deu o empurrão. A gente nunca quis comer alimento com veneno. Um saco de sementes com agrotóxico tem até desenho de caveira, já viu? — pergunta Eduardo. No início, há um ano, os pedidos vinham dos amigos e somavam 30 cestas por semana. Hoje são 170. Alguém deu a ideia de montar um grupo no Facebook para organizar a história toda; agora são 6.500 inscritos por lá. O surfista Carlos Burle é um dos clientes: — Minha mulher descobriu. Já tínhamos costume de comprar orgânicos no supermercado. A cesta acaba dando a possibilidade de consumir produtos mais frescos, colhidos há menos tempo. Os preços variam entre R$ 55 e R$ 120, e os pedidos são entregues na Zona Sul, em Santa Teresa, na Barra e na Tijuca. Em outro canto da cidade, na Ilha do Governador, Pedro Sanctos Vettorazzo teve que deixar a bicicleta que usava para fazer entregas, pois ela já não dava conta da grande quantidade de pedidos. Ele é um dos únicos que prestam este tipo de serviço na região. A sua Horto Vitae surgiu em 2013, quando Pedro tentava encontrar "um emprego que respeitasse outros seres humanos e animais". [...] O que normalmente motiva as pessoas a comprar orgânicos é a busca pela comida saudável. Mas em pouco tempo muitos descobrem que consumir este tipo de alimento envolve outras questões, tão importantes quanto a primeira. — Quem chega ao orgânico percebe que por trás há uma filosofia de não poluição e que, com a compra, há geração de renda para quem vive no campo. O consumidor se torna um agente político ao fazer esta escolha — analisa Ana Asti, diretora da Sedes. 
(Revista O Globo. Outubro de 2015. Fragmento.)
Considerando a norma-padrão da Língua Portuguesa, assinale a alternativa em que o plural do substantivo composto está INADEQUADO.
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10Q701982 | Português, Grafia das palavras, Assistente Administrativo, SCGás, IESES, 2019

Assinale o par de vocábulos cujo plural será igual ao plural de inútil e pé de moleque, respectivamente:
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11Q699424 | Português, Grafia das palavras, Promotor de Justiça Vespertina, MPE SC, MPE SC, 2019

Texto associado.
Considere as orações (a), (b) e (c) para responder a Questão.
(a) Há anos atrás, não se usava hífen na palavra micro-ondas. 
(b) Daqui há alguns anos, ninguém lembrará que se escrevia “microondas” sem hífen. 
(c) Custa-me entender as novas regras ortográficas. A palavra micro-ondas deve ser grafada com hífen, pois o prefixo termina com a mesma vogal que inicia o segundo elemento.
A palavra micro-ondas deve ser grafada com hífen, pois o prefixo termina com a mesma vogal que inicia o segundo elemento.
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12Q702251 | Português, Grafia das palavras, Oficial da Marinha Mercante Primeiro Dia, EFOMM, Marinha, 2019

 Como Dizia Meu Pai


      Já se tornou hábito meu, em meio a uma conversa, preceder algum comentário por uma introdução:

      — Como dizia meu pai...

      Nem sempre me reporto a algo que ele realmente dizia, sendo apenas uma maneira coloquial de dar ênfase a alguma opinião.

      De uns tempos para cá, porém, comecei a perceber que a opinião, sem ser de caso pensado, parece de fato corresponder a alguma coisa que Seu Domingos costumava dizer. Isso significará talvez — Deus queira — que insensivelmente vou me tomando com o correr dos anos cada vez mais parecido com ele. Ou, pelo menos, me identificando com a herança espiritual que dele recebi.

      Não raro me surpreendo, antes de agir, tentando descobrir como ele agiria em semelhantes circunstâncias, repetindo uma atitude sua, até mesmo esboçando um gesto seu. Ao formular uma ideia, percebo que estou concebendo, para nortear meu pensamento, um princípio que, se não foi enunciado por ele, só pode ter sido inspirado por sua presença dentro de mim.

      — No fim tudo dá certo...

      Ainda ontem eu tranquilizava um de meus filhos com esta frase, sem reparar que repetia literalmente o que ele costumava dizer, sempre concluindo com olhar travesso:

      — Se não deu certo, é porque ainda não chegou no fim.

      Gosto de evocar a figura mansa de Seu Domingos, a quem chamávamos paizinho, a subir pausadamente a escada da varanda de nossa casa, todos os dias, ao cair da tarde, egresso do escritório situado no porão. Ou depois do jantar, sentado com minha mãe no sofá de palhinha da varanda, como namorados, trocando notícias do dia. Os filhos guardavam zelosa distância, até que ela ia aos seus afazeres e ele se punha à disposição de cada um, para ouvir nossos problemas e ajudar a resolvê-los. Finda a última audiência, passava a mão no chapéu e na bengala e saía para uma volta, um encontro eventual com algum amigo. Regressava religiosamente uma hora depois, e tendo descido a pé até o centro, subia sempre de bonde. Se acaso ainda estávamos acordados, podíamos contar com o saquinho de balas que o paizinho nunca deixava de trazer.

      Costumava se distrair realizando pequenos consertos domésticos: uma boia de descarga, a bucha de uma torneira, um fusível queimado. Dispunha para isso da necessária habilidade e de uma preciosa caixa de ferramentas em que ninguém mais podia tocar. Aprendi com ele como é indispensável, para a boa ordem da casa, ter à mão pelo menos um alicate e uma chave de fenda. Durante algum tempo andou às voltas com o velho relógio de parede que fora de seu pai, hoje me pertence e amanhã será de meu filho: estava atrasando. Depois de remexer durante vários dias em suas entranhas, deu por findo o trabalho, embora ao remontá-lo houvessem sobrado umas pecinhas, que alegou não fazerem falta. O relógio passou a funcionar sem atrasos, e as batidas a soar em horas desencontradas. Como, aliás, acontece até hoje.

      Tinha por hábito emitir um pequeno sopro de assovio, que tanto podia ser indício de paz de espírito como do esforço para controlar a perturbação diante de algum aborrecimento.

      — As coisas são como são e não como deviam ser. Ou como gostaríamos que fossem.

      Este pronunciamento se fazia ouvir em geral quando diante de uma fatalidade a que não se poderia fugir. Queria dizer que devemos nos conformar com o fato de nossa vontade não poder prevalecer sobre a vontade de Deus - embora jamais fosse assim eloquente em suas conclusões. Estas quase sempre eram, mesmo, eivadas de certo ceticismo preventivo ante as esperanças vãs:

      — O que não tem solução, solucionado está.

      E tudo que acontece é bom — talvez não chegasse ao cúmulo do otimismo de afirmar isso, como seu filho Gerson, mas não vacilava em sustentar que toda mudança é para melhor: se mudou, é porque não estava dando certo. E se quiser que mude, não podendo fazer nada para isso, espere, que mudará por si.

      [...] 

      Tudo isso que de uns tempos para cá me vem ocorrendo, às vezes inconscientemente, como legado de meu pai, teve seu coroamento há poucos dias, quando eu ia caminhando distraído pela praia. Revirava na cabeça, não sei a que propósito, uma frase ouvida desde a infância e que fazia parte de sua filosofia: não se deve aumentar a aflição dos aflitos. Esta máxima me conduziu a outra, enunciada por Carlos Drummond de Andrade no filme que fiz sobre ele, a qual certamente Seu Domingos perfilharia: não devemos exigir das pessoas mais do que elas podem dar. De repente fui fulminado por uma verdade tão absoluta que tive de parar, completamente zonzo, fechando os olhos para entender melhor. No entanto era uma verdade evangélica, de clareza cintilante como um raio de sol, cheguei a fazer uma vênia de gratidão a Seu Domingos por me havê-la enviado:

      — Só há um meio de resolver qualquer problema nosso: é resolver primeiro o do outro.

      Com o tempo, a cidade foi tomando conhecimento do seu bom senso, da experiência adquirida ao longo de uma vida sem maiores ambições: Seu Domingos, além de representante de umas firmas inglesas, era procurador de partes — solene designação para uma atividade que hoje talvez fosse referida como a de um despachante. A princípio os amigos, conhecidos, e depois até desconhecidos passaram a procurá-lo para ouvir um conselho ou receber dele uma orientação. Era de se ver a romaria no seu escritório todas as manhãs: um funcionário que dera desfalque, uma mulher abandonada pelo marido, um pai agoniado com problemas do filho — era gente assim que vinha buscar com ele alívio para a sua dúvida, o seu medo, a sua aflição. O próprio Governador, que não o conhecia pessoalmente, certa vez o consultou através de um secretário, sobre questão administrativa que o atormentava. Não se falando nos filhos: mesmo depois de ter saído de casa, mais de uma vez tomei trem ou avião e fui colher uma palavra sua que hoje tanta falta me faz.

      Resta apenas evocá-la, como faço agora, para me servir de consolo nas horas más. No momento, ele próprio está aqui a meu lado, com o seu sorriso bom.

SABINO, Fernando. A volta por cimaIn: Obra Reunida v. III. Rio de Janeiro: Ed. Nova Aguilar, 1996. (Texto adaptado)

“O relógio passou a funcionar sem atrasos, e as batidas a soar em horas desencontradas”. (10°§)


Analisando detidamente o fragmento acima, é correto afirmar que

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13Q685104 | Português, Grafia das palavras, Agente de Desenvolvimento Infantil, UNESP, UNESP, 2019

Assinale a oração correta:
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14Q682291 | Português, Grafia das palavras, Sargento da Aeronáutica Aeronavegantes e Não Aeronavegantes, EEAR, Aeronáutica, 2019

Texto associado.
Leia as sentenças abaixo, observando nelas a correção ortográfica das palavras destacadas.

1 – O belo corte de seda pedia mãos delicadas e olhos perscrutadores a cuidar das minúscias do maravilhoso bordado que brilharia no corpo da noiva.
2 – Todos os dias, ao longe, ouvia o apito do requintado trem. O som lhe parecia mais um gorjeio que a levava para dentro de uma cabina de luxo, onde tomava chá como uma dama invejada.
3 – A criança, doida pelo presente, expiava o colorido papel que cobria a grande caixa, imaginando que dali saltaria seu amado, macio e branco urso.
Está(ão) correta(s) a(s) sentença(s)
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15Q693562 | Português, Grafia das palavras, Técnico em Contabilidade, UFMG, UFMG, 2019

Texto associado.
Fora de Si 
Eu fico louco 
Eu fico fora de si 
Eu fica assim 
Eu fica fora de mim 
Eu fico um pouco 
Depois eu saio daqui
Eu vai embora 
Eu fico fora de si 
Eu fico oco 
Eu fica bem assim 
Eu fico sem ninguém em mim 
ANTUNES, Arnaldo. Fora de Si. Disponível em: . Acesso em 21 nov.2018

Em relação ao emprego do hífen, considerando-se as orientações do Novo Acordo Ortográfico, estão grafadas corretamente as seguintes palavras: 
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16Q701244 | Português, Grafia das palavras, Técnico de Controle Interno, Prefeitura de Macaparana PE, IDHTEC, 2019

Leia as frases abaixo e depois assinale a sequência que completa as lacunas corretamente: I- “Ora cabe humor, ora cabe ________ para representar de alguma forma os momentos emblemáticos do novo filme Dumbo.” II- “O autodeclarado presidente teve seus direitos políticos ________ . III- “ Preso que tentava fugir vestido de agente penitenciário é pego no __________ e vai pro isolamento.” IV- “o cãozinho estava deitado na caminha dele, pupila __________, babando, mal conseguia 
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17Q688202 | Português, Grafia das palavras, Programa de Aprendizagem de Assistente Administrativo, SABESP, FCC, 2019

Todos os vocábulos estão grafados corretamente em:
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18Q698698 | Português, Grafia das palavras, Técnico em Tecnologia da Informação, IF PB, IDECAN, 2019

Texto associado.
ONG confirma segunda morte em conflitos na Venezuela 
Segunda vítima é mulher que foi baleada na cabeça, informa o Observatório Venezuelano de Conflito Social (OVCS). País enfrenta onda de protestos pró e contra Maduro. 
Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/05/02/ong-relata-morte-de-mais-uma-pessoa-durante-protestos-navenezuela.ghtml 
No texto, no que concerne à grafia, as iniciais maiúsculas em “Observatório Venezuelano de Conflito Social” são gramaticalmente
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19Q596555 | Português, Grafia das palavras, Aluno Oficial PM, Polícia Militar SP, VUNESP, 2019

Assinale a alternativa cuja frase está escrita em conformidade com a norma ortográfica e com a norma-padrão da língua. 
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20Q686668 | Português, Grafia das palavras, Escriturário, BANRISUL, FCC, 2019

Texto associado.

                                                                                                                        A chave do tamanho 


                O antes de nascer e o depois de morrer: duas eternidades no espaço infinito circunscrevem o nosso breve espasmo de vida. A imensidão do universo visível com suas centenas de bilhões de estrelas costuma provocar um misto de assombro, reverência e opressão nas pessoas. “O silêncio eterno desses espaços infinitos me abate de terror”, afligia-se o pensador francês Pascal. Mas será esse necessariamente o caso? 
                O filósofo e economista inglês Frank Ramsey responde à questão com lucidez e bom humor: “Discordo de alguns amigos que atribuem grande importância ao tamanho físico do universo. Não me sinto absolutamente humilde diante da vastidão do espaço. As estrelas podem ser grandes, mas não pensam nem amam - qualidades que impressionam bem mais do que o tamanho. Não acho vantajoso pesar quase cento e vinte quilos”. 
                Com o tempo não é diferente. E se vivêssemos, cada um de nós, não apenas um punhado de décadas, mas centenas de milhares ou milhões de anos? O valor da vida e o enigma da existência renderiam, por conta disso, os seus segredos? E se nos fosse concedida a imortalidade, isso teria o dom de aplacar de uma vez por todas o nosso desamparo cósmico e as nossas inquietações? Não creio. Mas o enfado, para muitos, seria difícil de suportar. 

                                                                                                                (Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 35)
Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:
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