Leia o trecho a seguir sobre a declaração de Daniel Munduruku,
filósofo indígena.
Acho que posso generalizar sem medo de ser injusto. Em geral, os
povos indígenas têm uma concepção de que o tempo é circular,
como os ciclos da natureza. Eles não veem o tempo como algo
linear, mas sim como algo que alimenta a si mesmo, desdobrandose e se projetando adiante. O passado diz respeito a quem somos,
de onde viemos, e o presente é onde vivenciamos o resultado disso
tudo. Com isto, esses povos construíram uma visão de mundo que,
originalmente, não é baseada no tempo do relógio, da produção,
do acúmulo de riquezas materiais. Essa é a visão resultante da
concepção linear de tempo, que tem a ver com a certeza de que
existe algo além do presente, ou seja, o futuro. Por essa ótica
linear, no futuro, as pessoas serão mais felizes. Assim nascem as
grandes histórias ocidentais sobre uma busca por algo muito
importante: do santo graal a uma vida após esta vida. Esse olhar
para o futuro aliena as pessoas para a necessidade mais imediata
de construirmos nossa própria existência no presente.
Fonte:https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2024-
04/modo-nao-indigena-de-pensar-futuro-e-alienante-diz-danielmunduruku
As afirmativas a seguir apresentam possíveis objetivos para a
utilização deste trecho em sala de aula, à exceção de uma.
Assinale-a.
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