As políticas linguísticas ainda acreditam no caráter
instrumental da língua de sinais brasileira na educação de
surdos. As línguas que fazem parte da vida dos surdos na
sociedade apresentam papéis e representações
diferenciadas caracterizando uma forma bilíngue de ser. O
fato dos surdos adquirirem a língua de sinais como uma
língua nativa fora do berço familiar com o povo surdo,
demanda à escola um papel que outrora fora desconhecido.
Já se reconhece que a língua de sinais é a primeira língua,
que a língua portuguesa é uma segunda língua, já se sabe
da riqueza cultural que o povo surdo traz com suas
experiências sociais, culturais e científicas. Neste momento
pós-colonialista, a situação bilíngue dos surdos está posta,
no entanto, os espaços de negociação ainda precisam ser
instaurados.
Observe as alternativas e marque a alternativa correta:
✂️ a) O termo “pós-colonialista” no texto refere-se ao período e
o Brasil se torna independente de Portugal, que coincide
com a fundação do INES (Instituto Nacional de Educação
e Surdez) ✂️ b) Muito já se conquistou através das políticas linguísticas
em torno da Libras, mas ainda há muito que pleitear,
como por exemplo, assumir a Libras como primeira
língua e o português como segunda língua para o surdo ✂️ c) Podemos destacar como riqueza cultural do povo surdo
evidenciado a partir das políticas linguísticas, as
inúmeras interpretações para a Libras, de músicas
amplamente conhecidas pela comunidade ouvinte, o que
representa um ganho significativo para o povo surdo ✂️ d) A situação atual gera a necessidade de instauração
destes espaços de negociação, uma vez que ainda há
uma hierarquia entre a língua portuguesa e as demais,
em que muitas vezes, a comunidade surda não participa
ativamente desta “negociação” ✂️ e) Os “espaços de negociação” mencionados no texto
fazem menção à ausência do povo surdo nas políticas
econômicas do país. Há, portanto, uma necessidade
latente da instauração destes espaços