Aponta Raymundo Faoro, em sua obra seminal Os donos
do poder, que:
De d. João I a Getúlio Vargas, numa viagem de seis séculos, uma estrutura político-social resistiu a todas as transformações fundamentais, aos desafios mais profundos,
à travessia do oceano largo. O capitalismo politicamente
orientado – o capitalismo político, ou o pré-capitalismo –,
centro da aventura, da conquista e da colonização moldou a
realidade estatal, sobrevivendo e incorporando na sobrevivência o capitalismo moderno, de índole industrial, racional
na técnica e fundado na liberdade do indivíduo – liberdade
de negociar, de contratar, de gerir a propriedade sob a
garantia das instituições.
(Faoro, Raymundo. Os donos do poder.
São Paulo: Companhia das Letras, 2021)
Uma tese central das análises de Raymundo Faoro sobre a formação do estado brasileiro consiste em defender
que
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