Questões de Concursos Analista Antropologia

Alguns estudos no campo da antropologia jurídica têm ressaltado os paradoxos embutidos no código jurídico, os quais tendem a exigir normas uniformes de procedimentos.

Pierre Bourdieu, ao propor o conceito de habitus, pretende superar limitações encontradas tanto pelo estruturalismo quanto pela fenomenologia, por meio do que ele denomina uma teoria da prática.

O funcionalismo, como perspectiva teórica, supõe a integração dos diversos aspectos de uma cultura compreendida como uma totalidade coerente.

Sob a perspectiva antropológica, o direito é um dos muitos sistemas normativos existentes na sociedade, e suas ferramentas conceituais e metodológicas são adequadas para lidar com os demais sistemas.

O contexto moderno tem estimulado a relação entre antropologia e direito no que diz respeito a políticas de identificação ou de reconhecimento.

Malinowski advogava a cooperação entre antropólogos e missionários na realização do trabalho etnográfico devido ao grande conhecimento que os missionários tinham dos povos nativos.

Os estudos da antropologia contribuem para a naturalização da noção de universalidade dos direitos humanos.

O campo da antropologia do direito é o estudo das leis e costumes das sociedades denominadas primitivas.

O objetivo da antropologia jurídica é possibilitar a compreensão de como e de que modo, no decorrer de um contexto sociocultural, determinados costumes, regras e normas se transformam em leis e, enquanto tais, em fatos sociais.

O estudo comparativo de noções de tempo e espaço, caro à antropologia clássica, é de grande valia para se compreender processos contemporâneos ligados à globalização e às transformações do capitalismo.

As abordagens predominantes do direito no campo da antropologia jurídica são: como cultura, como dominação e como resolução de conflitos.

Segundo Geertz, a cultura, como sistema simbólico, é composta de diversos subsistemas que se relacionam, como os sistemas legais, religiosos, ideológicos e até mesmo o senso comum.

A tradição antropológica de estudos de rituais pode ser útil para compreender a dimensão simbólica da política em contextos nacionais contemporâneos.

Malinowski estudou a lei e as forças legais com o objetivo de descobrir e analisar as regras, para descobrir a natureza das forças que as unem e para classificar tais regras segundo as maneiras pelas quais foram validadas.

Na atualidade, a diferença cultural é elemento que muitas vezes fundamenta a demanda por direitos feita por movimentos sociais organizados.

Os quilombos são casos de etnogênese que se consolidaram como grupos sociais com o estabelecimento de territórios autônomos no interior do Brasil colonial e a posterior definição desses territórios em momentos de ataques externos.

O termo fricção interétnica é comumente atribuído à antropologia brasileira.

A distinção entre sincronia e diacronia tornou-se obsoleta a partir do estruturalismo de Lévi-Strauss.

Os estudos de fricções interétnicas interessam-se pelo exame da vida política interna de grupos indígenas quanto às relações de contato com os brancos.

O chamado triângulo racial da sociedade brasileira impede uma visão histórica e social adequada da formação dessa sociedade.