Coordenada pelo Ministério da Defesa, a Política Nacional de
Defesa (PND) articula-se com as demais políticas nacionais com o
propósito de integrar os esforços do Estado brasileiro para
consolidar o seu Poder Nacional, compreendido como a
capacidade que tem a nação para alcançar e manter os objetivos
nacionais. Nesse sentido, sem desconsiderar a esfera global,
estabelece como área de interesse prioritário o entorno
estratégico brasileiro, que inclui a América do Sul, o Atlântico Sul,
os países da costa ocidental africana e a Antártica. (PND, 2025,
p. 11)
Por outro lado, a escola geopolítica brasileira desenvolveu uma
densa teorização que enfatiza a necessidade de uma inserção
internacional autônoma do Brasil, capaz de responder aos
diferentes cenários configurados pelos construtores da
geopolítica mundial.
Diante do exposto, a alternativa que retrata, de maneira integral
e correta, as relações entre o conceito do entorno estratégico da
PND e a base fundante da escola geopolítica brasileira é a
seguinte:
✂️ a) a criação de uma moeda comum sul-americana, como o sur
ou o peso real, dentro da concepção geopolítica do quaterno,
de Mafra, reflete a tentativa de reforçar a lógica da teoria das
casas comuns ou zonas monetárias de Brochard; ✂️ b) o pensamento acadêmico de Therezinha de Castro está em
plena consonância com o conceito de entorno estratégico no
que se refere ao Atlântico Sul, aos países da costa ocidental
africana e à Antártica, mas não à integração da América do
Sul; ✂️ c) os rumos do pensamento brasileiro no início do século XXI
seguiram a tradição da escola geopolítica brasileira
(Travassos, Golbery, Therezinha de Castro e Meira Mattos),
marcada pela ideia de Brasil potência e adequação às
diretrizes do Consenso de Washington; ✂️ d) a ideia de projeção mundial do Brasil, de Meira Mattos,
rejeita a teoria da tríade de Brzezinski, inspirada na Comissão
Trilateral de 1973, ao sustentar a tese de Brasil potência,
baseada na projeção do país sem alinhamentos automáticos
aos polos de poder mundial; ✂️ e) a concepção de projeção continental do Brasil, de Travassos,
se coaduna com a concepção original de Karl Haushofer,
formulada no início do século XX, na qual o mundo deveria
ser organizado em grandes blocos regionais, cada um
liderado por uma potência hegemônica.