Questões de Concursos Diplomata Prova 1

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1Q705024 | Política Internacional, Diplomata Prova 1, Instituto Rio Branco, IADES, 2019

Texto associado.
A União Europeia (UE) está passando por uma conjuntura crítica. Se, até alguns anos atrás, o bloco era considerado como o modelo mais exitoso de integração regional, na medida em que os países europeus superaram rivalidades históricas em benefício de um projeto supranacional comum, atualmente, vários desafios colocam em xeque a continuidade desse projeto, a exemplo do Brexit. Os desdobramentos da integração europeia afetarão as relações entre a União Europeia (UE) e o Brasil, sobretudo após a conclusão do Acordo de Associação MERCOSUL-UE. Com base nessas informações, julgue o item a seguir.
O Tratado de Lisboa, em seu art. 50, não dispôs acerca da possibilidade de um país-membro retirar-se da UE sem a realização de um acordo de saída com o bloco e estabeleceu o prazo de dois anos após a notificação de saída – prazo esse passível de prorrogação, para que a retirada seja, de fato, consumada.
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2Q704009 | Direito Internacional, Diplomata Prova 1, Instituto Rio Branco, IADES, 2019

Texto associado.
A Corte Internacional de Justiça (CIJ) é o principal órgão judicial das Nações Unidas. No tocante ao acesso à CIJ, à sua jurisdição e aos procedimentos perante a Corte, julgue o item a seguir.
Somente Estados soberanos têm acesso à CIJ. Estados que não são membros das Nações Unidas não podem ser partes no Estatuto da CIJ e, portanto, ter acesso à Corte.
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3Q703499 | Política Internacional, Diplomata Prova 1, Instituto Rio Branco, IADES, 2019

Texto associado.
A Ásia está na pauta da política externa brasileira desde o final do século 19. O Brasil adotou diferentes estratégias de negociação com os países asiáticos e foi incorporando-os à agenda diplomática de forma gradativa e com resultados distintos. A esse respeito, em que pesem as relações comerciais entre Brasil e Ásia, julgue o item a seguir.
O Brasil alcançou importantes superavits comerciais com o Japão na década atual, não obstante as exportações brasileiras para o país sejam majoritariamente compostas por produtos básicos – com destaque para minérios de ferro, carne de frango e milho em grãos.
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4Q700688 | Português, Diplomata Prova 1, Instituto Rio Branco, IADES, 2019

Texto associado.
Texto
Original datado de 1917, redigido conforme a grafia da época.
    A história das mulheres na carreira diplomática tem (L.01)
início em um momento conturbado da cena internacional,
com reflexos diretos no Brasil, em geral, e no Ministério das
Relações Exteriores (MRE), em particular. O então (L.04)
chanceler era Nilo Peçanha, que devia haver-se, desde maio
de 1917, com as sucessivas violações da soberania brasileira
pelo império alemão, e, a partir de 26 de outubro daquele (L.07)
ano, com as obrigações decorrentes do engajamento
brasileiro no conflito internacional. Um dos problemas que
o chanceler teve de enfrentar foi a carência de pessoal na (L.10)
Secretaria de Estado; após 15 anos sem a realização de
concurso público, era preciso dar início a certame para a
contratação de terceiro oficial da Secretaria de Estado. (L.13)
    Pelo Decreto no 12.998, de 24 de abril de 1918, foram
aprovadas as instruções que regeriam, doravante, os
concursos para terceiros oficiais da Secretaria de Estado, (L.16)
classe inicial para ingresso nos serviços do MRE. Segundo
aquele texto, eram elegíveis os candidatos que provassem:
“ter de 18 a 35 annos de idade; ter bom procedimento; não (L.19)
soffrer molestia contagiosa; ter sido vaccinados”, entre
outros. Deveriam ainda apresentar “caderneta de reservista, 
e poderão ajuntar outros documentos, relativos ás suas (L.22)
habilitações e serviços”.
    Dos nove requerimentos de inscrição, um deles,
recebido no dia 28 de agosto de 1918, causou polêmica. Em (L.25)
documento sucinto, escrito de próprio punho em folha de
papel almaço, Maria José de Castro Rebello Mendes dizia:
“achando-se habilitada, requer V. Ex. se digne mandar (L.28)
inscrevel-a no concurso para o provimento do logar de 3º
official da Secretaria de Estado das Relações Exteriores”. O
requerimento trazia apensas certidão de nascimento, certidão (L.31)
de aptidão física assinada pelo médico Manuel Bernardino
Costa e carta de recomendação do diretor da Câmara de
Comércio do Rio de Janeiro, Cândido Mendes de Almeida, (L.34)
em que afirmava que a interessada “tem dado, neste
estabelecimento de ensino, bellas provas de um talento
digno de ser aproveitado no cargo a que aspira”. Em (L.37)
despacho no mesmo dia, manuscrito na folha do
requerimento, Nilo Peçanha respondeu:
    Ouvido o Sr. Dr. Consultor Jurídico, deferido, ficando (L.40)
autorizado o Sr. Dr. Secretario Geral a mandar fazer a
respectiva inscripção. Não há, na Constituição da
Republica, nenhum dispositivo que impeça ás mulheres o (L.43)
accesso aos cargos públicos. O Codigo Civil vigente
também estabeleceu a mais completa igualdade entre o
homem e a mulher, quanto ao gozo e exercicio dos direitos (L.46)
privados. Num dos seus artigos prevê que as mulheres
possam ocupar funções de administração, quando estatue:
“Considera-se sempre autorizada pelo marido a mulher que (L.49)
occupe cargo publico”. Não sei se as mulheres
desempenhariam com proveito a diplomacia, onde tantos
atributos de discrição e competencia são exigidos – mas que (L.52)
não são privilegio do homem – e se a requerente está
apparelhada para disputar um lugar nesta Secretaria de
Estado, e só as provas do concurso hão de dizer – mas o (L.55)
que não posso é restringir ou negar o seu direito, toda vez
que as leis existentes não restringem nem negam. Si nas
monarchias “as mulheres podem ser imperatrizes e (L.58)
rainhas” não vejo porque nas republicas se lhes feche o
ingresso aos cargos administrativos.
    No final do despacho do chanceler, dando a impressão (L.61)
de ter sido adicionada posteriormente, já que não seguia a
mesma organização espacial do restante e aproveitava o
pouco espaço ainda existente entre o texto citado acima e a (L.64)
assinatura de Nilo Peçanha, figurava a sentença seguinte:
“Melhor seria, certamente, para o seu prestígio que
continuassem a direcção do lar, taes são os desenganos da (L.67)
vida publica, mas não há como recusar a sua aspiração,
desde que disso careçam, e fiquem provadas suas aptidões”. (L.69)
FRIAÇA, Guilherme José Roeder. Mulheres diplomatas no Itamaraty (1918-2011): uma análise de trajetórias, vitórias e desafios. Brasília: FUNAG, 2018, p. 59-62. Disponível em: http://funag.gov.br/. Acesso em: 15 ago. 2019, com adaptações.
Com base nas ideias apresentadas no texto, julgue o item a seguir.
As instruções aprovadas por meio do Decreto n° 12.998, de 24 de abril de 1918, para os concursos para terceiros oficiais da Secretaria de Estado vêm sendo aperfeiçoadas desde então, mas muitas das instruções então aprovadas permanecem válidas até os dias de hoje.
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5Q699921 | Português, Diplomata Prova 1, Instituto Rio Branco, IADES, 2019

Texto associado.
Texto
    O contexto de emergência do Brasil independente e da (L.01)
correlata ideia de uma nacionalidade brasileira, no decorrer do
século 19, é recheado de polêmicas e debates públicos levados a
cabo por intelectuais, gramáticos, filólogos, escritores, juristas, (L.04)
jornalistas e médicos. Tais debates retratam a maneira como as
políticas linguísticas foram mobilizadas no percurso histórico
de construção do Brasil e da brasilidade, revelando chaves (L.07)
epistemológicas de definição e enquadramento das línguas.
Exemplificando, nesse contexto: reforça-se a diferenciação
entre fala e escrita; intensificam-se os estudos lexicais e (L.10)
gramaticais; constroem-se narrativas sobre a história do
português no Brasil; defende-se a documentação da língua em
uso; debate-se o estatuto do português do Brasil – variedade, (L.13)
modalidade, dialeto ou língua; debate-se a designação da língua
falada no Brasil; categorizam-se elementos linguísticos sob os
rótulos de neologismos, estrangeirismos, brasileirismos, (L.16)
jargões; discute-se a possível origem crioula do português do
Brasil; polemiza-se sobre a autenticidade da língua do Brasil;
discute-se a língua literária brasileira; entre outros aspectos. (L.19)
    Trata-se, sobretudo, de um debate político em torno da
língua. A criação da Academia Brasileira de Letras,
evidentemente, não ficaria alheia a esse processo que inscreveu (L.22)
na língua questões relevantes para a formação de um
imaginário brasileiro. Nesse contexto, a arte literária
desempenhou um papel importante, seja na definição de um (L.25)
padrão escrito, seja na problematização dos limites linguísticos
normativos.
    Ressalta-se que os discursos em torno da questão da (L.28)
língua nacional fazem pouca ou nenhuma menção às
influências das línguas africanas. A título de ilustração, João
Ribeiro (1889) definiu o “elemento linguístico negro” como (L.31)
modificações feitas na linguagem brasileira em decorrência das
influências das línguas africanas faladas pelos escravizados,
defendendo que corresponderiam a modificações profundas, (L.34)
pois afetariam o sistema gramatical, especialmente no que tange
ao “elemento popular”. Nessa época, João Ribeiro sinalizou
para a escassa bibliografia sobre o tema, com exceção dos (L.37)
trabalhos de Macedo Soares. Décadas depois, Gilberto Freire
(1961) identificou, em anúncios de jornais do século XIX, o uso
de termos de origem africana que seriam mais próximos da (L.40)
“expressão nacional do que toda a nossa literatura do mesmo
período”.
    No contexto de construção de um imaginário nacional, (L.43)
podemos mencionar as políticas linguísticas modernistas e da
Era Vargas, que estavam vinculadas a políticas culturais e
educacionais, todas envolvidas com a criação dos sentidos de (L.46)
nacionalismo e brasilidade (Velloso, 1987). Esse período
agrupou uma série de discursos sobre as línguas que
mobilizavam uma chave interpretativa que girava em torno das (L.49)
ideias de miscigenação, cultura popular, oralidade e
regionalismos (Severo, 2016). Em termos de cultura popular e
línguas africanas, Mario de Andrade (1928), Câmara Cascudo (L.52)
(1944), Renato Mendonça (1923), Nina Rodrigues (1932) e
Jacques Raymundo (1933), por exemplo, vincularam a
sonoridade africana – seja pela tradição oral, seja pela herança (L.55)
musical – à formação de uma ideia de “cultura popular”. A
oralidade se tornou um lugar central de inscrição de sentidos
nacionalistas no período modernista e na Era Vargas, momento (L.58)
de difusão de uma cultura popular através do rádio. Data de
1937, por exemplo, a criação do I Congresso da Língua
Nacional Cantada, organizado por Mario de Andrade quando (L.61)
coordenava o Departamento de Cultura de São Paulo. Tratou-se
de uma política linguística explícita que buscou incidir sobre a
pronúncia, o ritmo e a prosódia aquilo que deveria ser definido (L.64)
como língua-padrão cantada e falada. Evidentemente, sabemos
que as regulações nem sempre têm um papel efetivo na prática,
o que se percebe na inexistência de outras políticas linguísticas (L.67)
explícitas e governamentais envolvendo as práticas orais
brasileiras. (L.69)
SEVERO, Cristine Gorski. Uma visão panorâmica das políticas linguísticas no Brasil: construindo diálogos. Revista Brasileira. Fase IX, janeiro-fevereiro-março 2018, ano I n. 94. Disponível em: http://www.academia.org.br/. Acesso em: 15 ago. 2019, com adaptações.
Com base nas ideias do texto, julgue o item a seguir.
Caso as orações coordenadas que aparecem entre as linhas 9 e 19 do texto (“reforça-se... brasileira”) fossem escritas em ordem sujeito-verbo, da forma sugerida a seguir, a correção e a coerência do texto seriam mantidas: a diferenciação entre fala e escrita é reforçada; os estudos lexicais e gramaticais são intensificados; narrativas sobre a história do português no Brasil são construídas; a documentação da língua em uso é defendida; o estatuto do português do Brasil – variedade, modalidade, dialeto ou língua – é debatido; a designação da língua falada no Brasil é debatida; elementos linguísticos são categorizados sob os rótulos de neologismos, estrangeirismos, brasileirismos, jargões; a possível origem crioula do português do Brasil é discutida; a autenticidade da língua do Brasil é polemizada; a língua literária brasileira é discutida.
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6Q706580 | Política Internacional, Diplomata Prova 1, Instituto Rio Branco, IADES, 2019

Texto associado.
A Ásia está na pauta da política externa brasileira desde o final do século 19. O Brasil adotou diferentes estratégias de negociação com os países asiáticos e foi incorporando-os à agenda diplomática de forma gradativa e com resultados distintos. A esse respeito, em que pesem as relações comerciais entre Brasil e Ásia, julgue o item a seguir.
Em 1992, durante a visita do primeiro-ministro da Índia Narasimha Rao ao Brasil, os dois países assinaram o primeiro acordo comercial, o qual incluía cooperação científica e tecnológica, sobretudo destinada aos setores farmacêutico e espacial.
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7Q705303 | Direito Internacional, Diplomata Prova 1, Instituto Rio Branco, IADES, 2019

Texto associado.
Segundo o entendimento do Direito Internacional do Mar e da jurisprudência do Tribunal Internacional do Direito do Mar (TIDM), tribunal este onde exerceu a jurisdição internacional o professor e juiz brasileiro Vicente Marotta Rangel, julgue o item a seguir.
Conforme a jurisprudência assentada do Tribunal Internacional do Direito do Mar, em especial nos Casos M/V “SAIGA” (n° 2) (Saint Vincent and the Grenadines v. Guinea) e “Juno Trader” (Saint Vincent and the Grenadines v. Guinea-Bissau) e no “Enrica Lexie” Incident (Italy v. India), considerações de humanidade devem ser aplicadas no Direito do Mar, assim como são em outras áreas do Direito Internacional.
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8Q699160 | Português, Diplomata Prova 1, Instituto Rio Branco, IADES, 2019

Texto associado.
Texto
A explosão de “Alegria, alegria”
    Alegria, Alegria, de Caetano Veloso, parece-me (L.01)
assumir, neste momento, uma importância semelhante a
Desafinado, como expressão de uma tomada de posição
crítica em face dos rumos da música popular brasileira. Ao (L.04)
fazer a defesa do “comportamento antimusical” do
“desafinado”, Newton Mendonça & Tom Jobim (via João
Gilberto) puseram naquela composição a teoria & prática do (L.07)
movimento: o desabafo sentimental do “desafinado” (muito
bem afinado, por sinal) era, bem compreendido, um
manifesto contra os preconceitos da harmonia clássica que (L.10)
bloqueavam a receptividade da suposta interlocutora (ou do
próprio público, àquela altura), impedindo-os de aceitar
como “afinadas”, isto é, como familiares ou “musicais”, as (L.13)
harmonias dissonantes da Bossa Nova. A explosão de
Alegria, Alegria soa como um novo desabafo-manifesto,
mais do que necessário, ante a crise de insegurança que, (L.16)
gerando outros preconceitos, tomou conta da música popular
brasileira e ameaçou interromper a sua marcha evolutiva.
Crise que se aguçou nos últimos tempos, com a (L.19)
sintomatologia do temor e do ressentimento, ante o
fenômeno musical dos Beatles, sua projeção internacional e
sua repercussão local na música da Jovem Guarda. (L.22)
    Recusando-se à falsa alternativa de optar pela “guerra
santa” ao iê-iê-iê ou pelo comportamento de avestruz (fingir
ignorar ou desprezar o aparecimento de músicos, (L.25)
compositores e intérpretes, por vezes de grande
sensibilidade, quando não verdadeiramente inovadores,
como os Beatles, na faixa da “música jovem”), Caetano (L.28)
Veloso e Gilberto Gil, com Alegria, Alegria e Domingo no
Parque, se propuseram, oswaldianamente, a “deglutir” o que
há de novo nesses movimentos de massa e de juventude e (L.31)
incorporar as conquistas da moderna música popular ao seu
próprio campo de pesquisa, sem, por isso, abdicar dos
pressupostos formais de suas composições, que se assentam, (L.34)
com nitidez, em raízes musicais nordestinas. Pode-se dizer
que Alegria, Alegria e Domingo no Parque representam
duas faces complementares de uma mesma atitude, de um (L.37)
mesmo movimento no sentido de livrar a música nacional
do “sistema fechado” de preconceitos supostamente
“nacionalistas”, mas na verdade apenas solipsistas e (L.40)
isolacionistas, e dar-lhe, outra vez, como nos tempos áureos
da Bossa Nova, condições de liberdade para a pesquisa e a
experimentação, essenciais, mesmo nas manifestações (L.43)
artísticas de largo consumo, como é a música popular, para
evitar a estagnação.
    A letra de Alegria, Alegria traz o imprevisto da (L.46)
realidade urbana, múltipla e fragmentária, captada,
isomorficamente, através de uma linguagem nova, também
fragmentária, em que predominam substantivos-estilhaços (L.49)
da “implosão informativa” moderna: crimes, espaçonaves,
guerrilhas, cardinales, caras de presidentes, beijos, dentes,
pernas, bandeiras, bomba ou Brigitte Bardot. É o mundo das (L.52)
“bancas de revista”, o mundo de “tanta notícia”, isto é, o
mundo da comunicação rápida, do “mosaico informativo”,
de que fala Marshall McLuhan. Nesse sentido, pode-se (L.55)
afirmar que Alegria, Alegria descreve o caminho inverso de
A Banda. Das duas marchas, esta mergulha no passado na
busca evocativa da “pureza” das bandinhas e dos coretos da (L.58)
infância. Alegria, Alegria, ao contrário, se encharca de
presente, se envolve diretamente no dia a dia da
comunicação moderna, urbana, do Brasil e do mundo. (L.61)
Da mesma forma que a excelente letra de Gilberto Gil (L.62)
para Domingo no Parque, a de Caetano Veloso tem
características cinematográficas. Mas, como observou Décio
Pignatari, enquanto a letra de Gil lembra as montagens (L.65)
eisenstenianas, com seus closes e suas “fusões” (“O sorvete
é morango – é vermelho / oi girando e a rosa – é vermelha /
oi girando, girando – é vermelha / oi girando, girando – (L.68)
Olha a faca / Olha o sangue na mão – ê José / Juliana no
chão – ê José / Outro corpo caído – é José / Seu amigo João
– ê José”), a de Caetano Veloso é uma “letra-câmara-na- (L.71)
mão”, mais ao modo informal e aberto de um Godard,
colhendo a realidade casual “por entre fotos e nomes”.
    Os adversários do “som universal” de Caetano e Gil (L.74)
têm colocado mal o problema da inovação nestas
composições. Não se trata meramente de adicionar guitarras
elétricas à música popular brasileira, como um adorno (L.77)
exterior. A posição de Caetano e Gil os aproxima muito das
manifestações artísticas da vanguarda brasileira. E
especialmente das postulações da Poesia Concreta, (L.80)
intimamente relacionada, de resto, com a música de
vanguarda de São Paulo, que tem em Rogério Duprat,
Damiano Cozzella, Willy Corrêa de Oliveira e Gilberto (L.83)
Mendes os seus mais dotados compositores. No manifesto
publicado por Décio Pignatari, em 1956 (Nova Poesia:
Concreta), já estava sob o signo antropofágico de Oswald de (L.86)
Andrade.
    A música-manifesto de Caetano Veloso manda a sua
mensagem. No estágio de desenvolvimento de nossa (L.89)
música, a discriminação proposta pelos “nacionalistas” só
nos poderá fazer retornar à condição de fornecedores de
“matéria-prima musical” (ritmos exóticos) para os países (L.92)
estrangeiros. Foi a Bossa Nova que pôs fim a esse estado de
coisas, fazendo com que o Brasil passasse a exportar, pela
primeira vez, produtos acabados de sua indústria criativa, e (L.95)
a ter respeitados, como verdadeiros mestres, compositores
como Jobim e intérpretes como João Gilberto.
    É preciso acabar com essa mentalidade derrotista, (L.98)
segundo a qual um país subdesenvolvido só pode produzir
arte subdesenvolvida. A produção artística brasileira (que
não exclui, num país de camadas sociais tão diversificadas, (L.101)
o elemento regional, autêntico, e não mimetizado por
autores citadino-sebastianistas) já adquiriu maturidade, a
partir de 1922, e universalidade, desde 1956. Não tem que (L.104)
temer coisa alguma. Pode e deve caminhar livremente. E
para tanto não se lhe há de negar nenhum dos recursos da
tecnologia moderna dos países mais desenvolvidos: (L.107)
instrumentos elétricos, montagens, arranjos, novas
sonoridades. Não creio que seja preciso, por ora, quebrar o
violão, que o de João Gilberto ainda é o lema e o leme de (L.110)
toda a nossa música. Mas que se quebrem umas tantas
tradições e tabus é o de menos. “Larga-me, deixa-me gritar”,
já dizia o velho anúncio, redescoberto e transformado em (L.113)
happening por Décio Pignatari, Damiano Cozzella, Rogério
Duprat e Sandino Hohagen. Deixemos a nossa música (L.115)
andar. Sem peias e sem preconceitos. Sem lenço e sem
documento. (L.117)
CAMPOS, Augusto de. Balanço da bossa e outras bossas. São Paulo: Perspectiva, 2008, com adaptações.
Considerando os aspectos linguísticos e estilísticos do texto, julgue o item a seguir.
Os termos “oswaldianamente” (linha 30), “deglutir” (linha 30) e “incorporar as conquistas” (linha 32), são alusivos ao Manifesto Antropofágico e ao Movimento Verde-Amarelo, cujas ideias de assimilação de diversas culturas sem construções mimetizadas percorrem todo o texto de Augusto de Campos.
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9Q698649 | Geografia, Diplomata Prova 1, Instituto Rio Branco, IADES, 2019

Texto associado.
No que se refere às transformações recentes na Região Nordeste, considerando as iniciativas de planejamento regional, julgue o item a seguir.
Nas primeiras décadas do século 21, a Região Nordeste desenvolveu uma maior capacidade de resiliência frente ao fenômeno da seca. Contribuíram para esse quadro, entre outros fatores, os investimentos em infraestrutura, permanência de políticas hidráulicas, novas políticas de convivência com a seca, urbanização da sub-região semiárida, maior capilaridade das políticas sociais de transferência de renda e políticas de crescimento econômico.
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10Q704794 | Português, Diplomata Prova 1, Instituto Rio Branco, IADES, 2019

Texto associado.
Texto
Original datado de 1917, redigido conforme a grafia da época.
    A história das mulheres na carreira diplomática tem (L.01)
início em um momento conturbado da cena internacional,
com reflexos diretos no Brasil, em geral, e no Ministério das
Relações Exteriores (MRE), em particular. O então (L.04)
chanceler era Nilo Peçanha, que devia haver-se, desde maio
de 1917, com as sucessivas violações da soberania brasileira
pelo império alemão, e, a partir de 26 de outubro daquele (L.07)
ano, com as obrigações decorrentes do engajamento
brasileiro no conflito internacional. Um dos problemas que
o chanceler teve de enfrentar foi a carência de pessoal na (L.10)
Secretaria de Estado; após 15 anos sem a realização de
concurso público, era preciso dar início a certame para a
contratação de terceiro oficial da Secretaria de Estado. (L.13)
    Pelo Decreto no 12.998, de 24 de abril de 1918, foram
aprovadas as instruções que regeriam, doravante, os
concursos para terceiros oficiais da Secretaria de Estado, (L.16)
classe inicial para ingresso nos serviços do MRE. Segundo
aquele texto, eram elegíveis os candidatos que provassem:
“ter de 18 a 35 annos de idade; ter bom procedimento; não (L.19)
soffrer molestia contagiosa; ter sido vaccinados”, entre
outros. Deveriam ainda apresentar “caderneta de reservista, 
e poderão ajuntar outros documentos, relativos ás suas (L.22)
habilitações e serviços”.
    Dos nove requerimentos de inscrição, um deles,
recebido no dia 28 de agosto de 1918, causou polêmica. Em (L.25)
documento sucinto, escrito de próprio punho em folha de
papel almaço, Maria José de Castro Rebello Mendes dizia:
“achando-se habilitada, requer V. Ex. se digne mandar (L.28)
inscrevel-a no concurso para o provimento do logar de 3º
official da Secretaria de Estado das Relações Exteriores”. O
requerimento trazia apensas certidão de nascimento, certidão (L.31)
de aptidão física assinada pelo médico Manuel Bernardino
Costa e carta de recomendação do diretor da Câmara de
Comércio do Rio de Janeiro, Cândido Mendes de Almeida, (L.34)
em que afirmava que a interessada “tem dado, neste
estabelecimento de ensino, bellas provas de um talento
digno de ser aproveitado no cargo a que aspira”. Em (L.37)
despacho no mesmo dia, manuscrito na folha do
requerimento, Nilo Peçanha respondeu:
    Ouvido o Sr. Dr. Consultor Jurídico, deferido, ficando (L.40)
autorizado o Sr. Dr. Secretario Geral a mandar fazer a
respectiva inscripção. Não há, na Constituição da
Republica, nenhum dispositivo que impeça ás mulheres o (L.43)
accesso aos cargos públicos. O Codigo Civil vigente
também estabeleceu a mais completa igualdade entre o
homem e a mulher, quanto ao gozo e exercicio dos direitos (L.46)
privados. Num dos seus artigos prevê que as mulheres
possam ocupar funções de administração, quando estatue:
“Considera-se sempre autorizada pelo marido a mulher que (L.49)
occupe cargo publico”. Não sei se as mulheres
desempenhariam com proveito a diplomacia, onde tantos
atributos de discrição e competencia são exigidos – mas que (L.52)
não são privilegio do homem – e se a requerente está
apparelhada para disputar um lugar nesta Secretaria de
Estado, e só as provas do concurso hão de dizer – mas o (L.55)
que não posso é restringir ou negar o seu direito, toda vez
que as leis existentes não restringem nem negam. Si nas
monarchias “as mulheres podem ser imperatrizes e (L.58)
rainhas” não vejo porque nas republicas se lhes feche o
ingresso aos cargos administrativos.
    No final do despacho do chanceler, dando a impressão (L.61)
de ter sido adicionada posteriormente, já que não seguia a
mesma organização espacial do restante e aproveitava o
pouco espaço ainda existente entre o texto citado acima e a (L.64)
assinatura de Nilo Peçanha, figurava a sentença seguinte:
“Melhor seria, certamente, para o seu prestígio que
continuassem a direcção do lar, taes são os desenganos da (L.67)
vida publica, mas não há como recusar a sua aspiração,
desde que disso careçam, e fiquem provadas suas aptidões”. (L.69)
FRIAÇA, Guilherme José Roeder. Mulheres diplomatas no Itamaraty (1918-2011): uma análise de trajetórias, vitórias e desafios. Brasília: FUNAG, 2018, p. 59-62. Disponível em: http://funag.gov.br/. Acesso em: 15 ago. 2019, com adaptações.
Com base nas ideias apresentadas no texto, julgue o item a seguir.
Na linha 37, é facultativo o emprego da preposição “a” em “no cargo a que aspira”.
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11Q704796 | Política Internacional, Diplomata Prova 1, Instituto Rio Branco, IADES, 2019

Texto associado.
O relacionamento com os países da América do Sul representa importante dimensão da política externa brasileira, retratada em iniciativas de natureza política e econômica. A esse respeito, julgue o item a seguir.
A despeito da importância historicamente atribuída ao relacionamento com os países do entorno sul-americano, as iniciativas diplomáticas brasileiras, anteriores à primeira reunião de presidentes da América do Sul e voltadas para essa região, foram limitadas no próprio alcance geográfico ou quanto às respectivas agendas, não expressando, por conseguinte, abordagem genuinamente regional e abrangente à dimensão sul-americana da política externa brasileira.
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12Q701477 | Política Internacional, Diplomata Prova 1, Instituto Rio Branco, IADES, 2019

Texto associado.
A Ásia está na pauta da política externa brasileira desde o final do século 19. O Brasil adotou diferentes estratégias de negociação com os países asiáticos e foi incorporando-os à agenda diplomática de forma gradativa e com resultados distintos. A esse respeito, em que pesem as relações comerciais entre Brasil e Ásia, julgue o item a seguir.
A balança comercial do Brasil com a Coreia do Norte tem sido deficitária nos últimos anos, marcada pela importação de produtos manufaturados, como planos de ferro ou aço, bombas, compressores, ventiladores etc. e suas partes, entre outros.
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13Q700966 | Política Internacional, Diplomata Prova 1, Instituto Rio Branco, IADES, 2019

Texto associado.
As relações diplomáticas entre Brasil e Rússia foram estabelecidas em 1828, culminando em diversos acordos bilaterais ao longo dos anos. Em 2002, as relações entre os dois países foram alçadas ao patamar de parceria  estratégica. A esse respeito, julgue o item a seguir.
No cenário comercial, a Argentina é o principal parceiro da Rússia na América Latina.
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14Q705321 | Direitos Humanos, Direitos Humanos no Ordenamento Nacional Brasileiro, Diplomata Prova 1, Instituto Rio Branco, IADES, 2019

Texto associado.
No que tange à relação do Brasil com as organizações internacionais, bem como aos procedimentos de negociação e internalização de convenções e tratados internacionais, julgue o item a seguir.
O Pacto de San José da Costa Rica, aderido pelo Brasil e reconhecido no respectivo ordenamento como norma de caráter supralegal por decisão do Supremo Tribunal Federal, prevê, no próprio texto original, direitos humanos de primeira e segunda gerações.
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15Q705322 | Português, Diplomata Prova 1, Instituto Rio Branco, IADES, 2019

Texto associado.
Texto
A explosão de “Alegria, alegria”
    Alegria, Alegria, de Caetano Veloso, parece-me (L.01)
assumir, neste momento, uma importância semelhante a
Desafinado, como expressão de uma tomada de posição
crítica em face dos rumos da música popular brasileira. Ao (L.04)
fazer a defesa do “comportamento antimusical” do
“desafinado”, Newton Mendonça & Tom Jobim (via João
Gilberto) puseram naquela composição a teoria & prática do (L.07)
movimento: o desabafo sentimental do “desafinado” (muito
bem afinado, por sinal) era, bem compreendido, um
manifesto contra os preconceitos da harmonia clássica que (L.10)
bloqueavam a receptividade da suposta interlocutora (ou do
próprio público, àquela altura), impedindo-os de aceitar
como “afinadas”, isto é, como familiares ou “musicais”, as (L.13)
harmonias dissonantes da Bossa Nova. A explosão de
Alegria, Alegria soa como um novo desabafo-manifesto,
mais do que necessário, ante a crise de insegurança que, (L.16)
gerando outros preconceitos, tomou conta da música popular
brasileira e ameaçou interromper a sua marcha evolutiva.
Crise que se aguçou nos últimos tempos, com a (L.19)
sintomatologia do temor e do ressentimento, ante o
fenômeno musical dos Beatles, sua projeção internacional e
sua repercussão local na música da Jovem Guarda. (L.22)
    Recusando-se à falsa alternativa de optar pela “guerra
santa” ao iê-iê-iê ou pelo comportamento de avestruz (fingir
ignorar ou desprezar o aparecimento de músicos, (L.25)
compositores e intérpretes, por vezes de grande
sensibilidade, quando não verdadeiramente inovadores,
como os Beatles, na faixa da “música jovem”), Caetano (L.28)
Veloso e Gilberto Gil, com Alegria, Alegria e Domingo no
Parque, se propuseram, oswaldianamente, a “deglutir” o que
há de novo nesses movimentos de massa e de juventude e (L.31)
incorporar as conquistas da moderna música popular ao seu
próprio campo de pesquisa, sem, por isso, abdicar dos
pressupostos formais de suas composições, que se assentam, (L.34)
com nitidez, em raízes musicais nordestinas. Pode-se dizer
que Alegria, Alegria e Domingo no Parque representam
duas faces complementares de uma mesma atitude, de um (L.37)
mesmo movimento no sentido de livrar a música nacional
do “sistema fechado” de preconceitos supostamente
“nacionalistas”, mas na verdade apenas solipsistas e (L.40)
isolacionistas, e dar-lhe, outra vez, como nos tempos áureos
da Bossa Nova, condições de liberdade para a pesquisa e a
experimentação, essenciais, mesmo nas manifestações (L.43)
artísticas de largo consumo, como é a música popular, para
evitar a estagnação.
    A letra de Alegria, Alegria traz o imprevisto da (L.46)
realidade urbana, múltipla e fragmentária, captada,
isomorficamente, através de uma linguagem nova, também
fragmentária, em que predominam substantivos-estilhaços (L.49)
da “implosão informativa” moderna: crimes, espaçonaves,
guerrilhas, cardinales, caras de presidentes, beijos, dentes,
pernas, bandeiras, bomba ou Brigitte Bardot. É o mundo das (L.52)
“bancas de revista”, o mundo de “tanta notícia”, isto é, o
mundo da comunicação rápida, do “mosaico informativo”,
de que fala Marshall McLuhan. Nesse sentido, pode-se (L.55)
afirmar que Alegria, Alegria descreve o caminho inverso de
A Banda. Das duas marchas, esta mergulha no passado na
busca evocativa da “pureza” das bandinhas e dos coretos da (L.58)
infância. Alegria, Alegria, ao contrário, se encharca de
presente, se envolve diretamente no dia a dia da
comunicação moderna, urbana, do Brasil e do mundo. (L.61)
Da mesma forma que a excelente letra de Gilberto Gil (L.62)
para Domingo no Parque, a de Caetano Veloso tem
características cinematográficas. Mas, como observou Décio
Pignatari, enquanto a letra de Gil lembra as montagens (L.65)
eisenstenianas, com seus closes e suas “fusões” (“O sorvete
é morango – é vermelho / oi girando e a rosa – é vermelha /
oi girando, girando – é vermelha / oi girando, girando – (L.68)
Olha a faca / Olha o sangue na mão – ê José / Juliana no
chão – ê José / Outro corpo caído – é José / Seu amigo João
– ê José”), a de Caetano Veloso é uma “letra-câmara-na- (L.71)
mão”, mais ao modo informal e aberto de um Godard,
colhendo a realidade casual “por entre fotos e nomes”.
    Os adversários do “som universal” de Caetano e Gil (L.74)
têm colocado mal o problema da inovação nestas
composições. Não se trata meramente de adicionar guitarras
elétricas à música popular brasileira, como um adorno (L.77)
exterior. A posição de Caetano e Gil os aproxima muito das
manifestações artísticas da vanguarda brasileira. E
especialmente das postulações da Poesia Concreta, (L.80)
intimamente relacionada, de resto, com a música de
vanguarda de São Paulo, que tem em Rogério Duprat,
Damiano Cozzella, Willy Corrêa de Oliveira e Gilberto (L.83)
Mendes os seus mais dotados compositores. No manifesto
publicado por Décio Pignatari, em 1956 (Nova Poesia:
Concreta), já estava sob o signo antropofágico de Oswald de (L.86)
Andrade.
    A música-manifesto de Caetano Veloso manda a sua
mensagem. No estágio de desenvolvimento de nossa (L.89)
música, a discriminação proposta pelos “nacionalistas” só
nos poderá fazer retornar à condição de fornecedores de
“matéria-prima musical” (ritmos exóticos) para os países (L.92)
estrangeiros. Foi a Bossa Nova que pôs fim a esse estado de
coisas, fazendo com que o Brasil passasse a exportar, pela
primeira vez, produtos acabados de sua indústria criativa, e (L.95)
a ter respeitados, como verdadeiros mestres, compositores
como Jobim e intérpretes como João Gilberto.
    É preciso acabar com essa mentalidade derrotista, (L.98)
segundo a qual um país subdesenvolvido só pode produzir
arte subdesenvolvida. A produção artística brasileira (que
não exclui, num país de camadas sociais tão diversificadas, (L.101)
o elemento regional, autêntico, e não mimetizado por
autores citadino-sebastianistas) já adquiriu maturidade, a
partir de 1922, e universalidade, desde 1956. Não tem que (L.104)
temer coisa alguma. Pode e deve caminhar livremente. E
para tanto não se lhe há de negar nenhum dos recursos da
tecnologia moderna dos países mais desenvolvidos: (L.107)
instrumentos elétricos, montagens, arranjos, novas
sonoridades. Não creio que seja preciso, por ora, quebrar o
violão, que o de João Gilberto ainda é o lema e o leme de (L.110)
toda a nossa música. Mas que se quebrem umas tantas
tradições e tabus é o de menos. “Larga-me, deixa-me gritar”,
já dizia o velho anúncio, redescoberto e transformado em (L.113)
happening por Décio Pignatari, Damiano Cozzella, Rogério
Duprat e Sandino Hohagen. Deixemos a nossa música (L.115)
andar. Sem peias e sem preconceitos. Sem lenço e sem
documento. (L.117)
CAMPOS, Augusto de. Balanço da bossa e outras bossas. São Paulo: Perspectiva, 2008, com adaptações.
Considerando os aspectos linguísticos e estilísticos do texto, julgue o item a seguir.
O autor, por meio dos recursos da citação e da intertextualidade, utiliza-se de referências à cultura brasileira e à estrangeira como estratégia de argumentação ao defender a ideia de que a produção artística brasileira é autônoma e não sofre influências externas consistentes desde a Semana de Arte Moderna, quando adquiriu maturidade estética e, sobretudo, mais tarde, quando adquiriu universalidade com o Concretismo.
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16Q701996 | Política Internacional, Diplomata Prova 1, Instituto Rio Branco, IADES, 2019

Texto associado.
O relacionamento com os países da América do Sul representa importante dimensão da política externa brasileira, retratada em iniciativas de natureza política e econômica. A esse respeito, julgue o item a seguir.
O Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) é tributário dos esforços de integração protagonizados por Brasil e Argentina a partir de 1985, mas representou resposta às tendências liberalizantes que se conformavam com os diferentes espaços regionais e no âmbito do sistema multilateral de comércio.
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17Q701744 | Política Internacional, Diplomata Prova 1, Instituto Rio Branco, IADES, 2019

Texto associado.
As relações diplomáticas entre Brasil e Rússia foram estabelecidas em 1828, culminando em diversos acordos bilaterais ao longo dos anos. Em 2002, as relações entre os dois países foram alçadas ao patamar de parceria  estratégica. A esse respeito, julgue o item a seguir.
Os anos de 1917 e 1947 foram marcantes nas relações políticas entre Rússia e Brasil, pois ambos significaram o rompimento temporário das relações políticas e diplomáticas.
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18Q701489 | Geografia, Diplomata Prova 1, Instituto Rio Branco, IADES, 2019

Texto associado.
No que se refere às transformações recentes na Região Nordeste, considerando as iniciativas de planejamento regional, julgue o item a seguir.
Criada no Governo de Juscelino Kubitschek, a Superintendência de Desenvolvimento da Região Nordeste (Sudene) foi extinta definitivamente no Governo Fernando Henrique Cardoso. O encerramento das atividades da Sudene representou o fim de um ciclo de políticas públicas voltadas para o combate às disparidades regionais no Brasil.
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19Q699698 | Geografia, Diplomata Prova 1, Instituto Rio Branco, IADES, 2019

Texto associado.
O agronegócio no Brasil é bastante dependente da comercialização de commodities em mercados internacionais. A respeito da balança comercial de produtos agropecuários entre Brasil e China, julgue o item a seguir.
A China exerce um papel importante no comércio internacional de alimentos no mundo e é o quarto país no ranking de exportação. No entanto, as trocas comerciais de produtos agropecuários com o Brasil ainda não apresentam valores significativos.
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20Q702514 | Geografia, Diplomata Prova 1, Instituto Rio Branco, IADES, 2019

Texto associado.
Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil apresenta, no ano de 2019, uma população total de aproximadamente 210 milhões de habitantes. Esse número expressivo revela questões importantes a respeito da distribuição da população pelo território nacional, bem como das implicações para a configuração intraurbana das cidades brasileiras, já que cerca de 84% da população vive em espaços urbanos.
Com base nessa informação, julgue o item a seguir.
As questões relacionadas à mobilidade urbana têm afetado, de forma negativa, a gestão e a capacidade competitiva das metrópoles brasileiras. A distância significativa entre bairros residenciais e as áreas centrais, concentradoras da oferta de postos de trabalho, tem gerado perdas de tempo e de recursos que afetam grande parte da população nessas metrópoles.
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