Questões de Concursos Filosofia e Sociologia

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1Q943578 | Sociologia, Desigualdades de raça, Filosofia e Sociologia, UECE, UECE CEV, 2021

Os conceitos de “raça” e de “etnia” são marcadores de diferenças dos diversos grupos e coletividades humanas. A “raça”, em dado momento histórico, possuía uma base biológica e serviu para discriminar a humanidade em “raças superiores” e “inferiores”. Todavia, essa concepção biológica e preconceituosa de “raça” foi contestada e provada defasada e, atualmente, tal conceito é usado em um sentido social e político. Já o conceito de “etnia” conjuga critérios socioculturais como hábitos e crenças e semelhanças fenotípicas e orgânicas que servem, em conjunto, para identificar e diferenciar certos grupos humanos como as tribos indígenas americanas e africanas.

Partindo desta compreensão sobre os conceitos de raça e etnia, assinale com V ou F conforme seja verdadeiro ou falso o que se afirma a seguir:

( ) Os movimentos pelos direitos dos negros nas sociedades democráticas usam o conceito de raça esvaziado do conteúdo biológico discriminatório.

( ) A etnia delimita um conjunto de indivíduos que têm uma língua em comum, uma mesma cultura e possuem similares caraterísticas físicas.

( ) Os países africanos como Congo, Angola e Nigéria são nações étnicas enquanto países americanos como o Brasil e os EUA são nações sem etnias.

( ) A concepção de raça em seu conteúdo biológico e discriminatório da humanidade não tem relação com o surgimento do racismo no mundo.

A sequência correta, de cima para baixo, é:

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2Q943574 | Sociologia, Etnocentrismo e diversidade cultural, Filosofia e Sociologia, UECE, UECE CEV, 2021

Uma importante maneira de se tratar de identidade e diferença culturais é uma análise sobre os dicionários de falares regionais no Brasil. Contudo, essa tentativa de demonstrar identidade e diferença através de padrões linguístico-comportamentais coletivos pode silenciar aspectos socioculturais, históricos e ideológicos relevantes (LIMA, 2003). Em específico, os dicionários de “cearês” ou de “cearensês” potencialmente podem reforçar um “preconceito linguístico em forma de humor”, por exemplo, mesmo que isso certamente não seja o objetivo dos dicionaristas. Termos ou expressões como “vixe”, “macho véi”, “arriégua”, “baqueado”, “pegar o beco”, “salga”. “se abrir”, “mago réi”, “sibite”, “quedê”, “dordói”, “estalicido” podem reforçar preconceitos velados ou mesmo explícitos com os que assim falam fora do padrão da norma culta da língua portuguesa. E é de notoriedade pública que esse “jeito de falar” demonstrado por tais expressões ou palavras é bastante usado em filmes, novelas e séries que retratam os nordestinos e, no caso em pauta, o Ceará. Assim, se por um lado, tais expressões ou termos servem para trazer à tona uma “identidade cearense” diante de outras identidades socioculturais e locais do Brasil, por outro lado, elas podem trazer efeitos de sentido inconscientemente indesejáveis.

LIMA, Nonato. “Os dicionários do Ceará” In: CARVALHO, Gilmar de. (Org.). Bonito Pra Chover – ensaios sobre a cultura cearense. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2003.


Acerca do exposto, avalie as seguintes proposições:

I. O problema não é denunciar os dicionaristas, mas apontar que o ato de fala também se realiza sob determinações inconscientes e ideológicas.

II. Os filmes e novelas que retratam o Nordeste e usam esses “termos nordestinos” estão esforçados em evitar todos os preconceitos velados.

III. Existem, subjacentes a esses dicionários de falares locais, ideias que podem estigmatizar um “jeito de falar” e, até mesmo, as identidades regionais.

IV. A “identidade cearense” que emerge dos dicionários é a do “Ceará moleque”, que, de modo gaiato, demonstra não haver preconceitos no estado.

É correto o que se afirma somente em

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3Q944251 | Sociologia, Émile Durkheim e os Fatos Sociais, Filosofia e Sociologia, UECE, UECE CEV, 2022

Na perspectiva de Émile Durkheim, os ritos religiosos são modos de ação ou práticas determinadas pelas crenças que prescrevem certas maneiras de agir revestidas pela ideia do sagrado. As crenças religiosas, no todo, orientam condutas e formas de pensar e imaginar o mundo social, mas o ritual, de forma específica, separa decisivamente o que é sagrado do que é profano para os fiéis adeptos e mantenedores de uma dada crença religiosa. Na verdade, um ritual em si mesmo é algo sagrado para os membros de uma religião, e tudo deve ser feito para que se evite qualquer profanação na sua realização.
Partindo do exposto, é correto concluir que é exemplo de ritual
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4Q944254 | Sociologia, Sociedade civil, Filosofia e Sociologia, UECE, UECE CEV, 2022

Para Ulrich Beck, as sociedades modernas são “sociedades de risco”. Isso significa dizer que elas se preocupam com os resultados e as consequências do desenvolvimento técnico-científico e econômico para todos os seus membros e, evidentemente, para o meio ambiente natural. São sociedades modernas que nos apresentam os mais variados tipos de riscos causadas pelo avanço tecnológico e da economia: riscos sociais, político-econômicos e ambientais. Ter preocupações acerca de prevenção e de cuidados com os riscos que convivemos com a intervenção das atividades humanas é o que procuram fazer, cada vez mais, as instituições, como o Estado, as corporações e várias entidades das sociedades modernas. Nesses tempos, o mundo corporativo, os Estados modernos e as entidades supranacionais como a Organização das Nações Unidas (ONU), passam a colocar, em suas pautas,agendas, programas e políticas públicas, o monitoramento, as precauções e os planos para amenizar ou controlar riscos locais e globais, os mais variados.
Partindo do exposto, é correto afirmar que
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5Q944261 | Sociologia, Globalização, Filosofia e Sociologia, UECE, UECE CEV, 2022

Segundo Ricardo Antunes, o empreendedorismo é um mito que cresce pelo desemprego, o enfraquecimento das políticas sociais e pela inserção das tecnologias digitais, que têm contribuído para novas formas de trabalho autônomo e precarizado. O discurso do empreendedorismo, hoje, ocorre em uma sociedade como a brasileira, em que as taxas de desemprego são elevadas, e a recente reforma trabalhista fez com que o Estado e as empresas flexibilizassem direitos dos trabalhadores. Antunes aponta, ainda, que esse discurso incentiva a informalização e transfere a responsabilidade do Estado para o cidadão pela sua situação de desempregado.
Partindo do exposto, é correto afirmar que
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6Q943579 | Sociologia, Cultura e identidade nacional, Filosofia e Sociologia, UECE, UECE CEV, 2021

A escravidão das populações indígenas e negras no Brasil produziu a desintegração dos seus diversos universos religiosos de origem e, ao longo do processo de formação social brasileiro, ocorreu a assimilação de elementos fraturados das crenças ameríndias e africanas pelas tradições cristã e católica. E, por outro lado, houve também processos de assimilação ou sincretismo na criação de novas religiões produzidas a partir de crenças remanescentes indígenas e africanas misturadas com elementos do cristianismo. Para Ortiz (1999), o que ocorreu foi uma cristianização daquelas antigas religiões fraturadas em algumas crenças cultivadas por índios e negros escravizados e que resultaram, por exemplo, na Umbanda e no Candomblé.

ORTIZ, Renato. A morte branca do feiticeiro negro:

umbanda e sociedade brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1999.


Sobre essas religiões oriundas do sincretismo de crenças africanas, indígenas e europeias, é correto afirmar que

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7Q943562 | Filosofia, Pensamentos Políticos, Filosofia e Sociologia, UECE, UECE CEV, 2021

“O comportamento efetivo, ativo do homem para consigo mesmo na condição de ser genérico, ou o acionamento de seu ser genérico como um ser genérico efetivo, na condição de ser humano, somente é possível porque ele efetivamente expõe todas as suas forças genéricas – o que é possível apenas mediante a ação conjunta dos homens, somente enquanto resultado da história –, comportando-se diante delas como frente a objetos.”

Marx, K. Manuscritos Econômico-filosóficos. Trad. bras. Jesus Ranieri. São Paulo: Boitempo Editorial, 2004, p. 22 – Adaptado.


Considerando a citação acima, é correto afirmar que

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8Q944231 | Filosofia, Pensamentos Políticos, Filosofia e Sociologia, UECE, UECE CEV, 2022

“As ideias da classe dominante são, em cada época, as ideias dominantes; isto é, a classe que é a força material dominante da sociedade é, ao mesmo tempo, sua força espiritual dominante. A classe que tem à sua disposição os meios de produção material dispõe, ao mesmo tempo, dos meios de produção espiritual; por isso, são submetidas à classe dominante as ideias daqueles que não possuem os meios de produção espiritual.”
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã. – 4ª ed. São Paulo: Hucitec, 1984, p. 73 (Texto Adaptado).
Segundo essa passagem, na qual Marx e Engels apresentam uma tese da concepção materialista da história, as ideias de uma dada sociedade são
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9Q943560 | Filosofia, Os Contratualistas Hobbes, Filosofia e Sociologia, UECE, UECE CEV, 2021

“A extrema desigualdade na maneira de viver, o excesso de ociosidade por parte de uns, o excesso de trabalho de outros, [...] os alimentos demasiadamente requintados, que nos nutrem de sucos abrasantes e nos sobrecarregam de indigestões, a má alimentação dos pobres, [...]: eis, pois, as funestas garantias de que a maioria dosmales é fruto de nossa própria obra, e de que seriam quase todos evitados se conservássemos a maneira simples, uniforme e solitária de viver, que nos foi prescrita pela Natureza.”

Rousseau, J.-J. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1999, p. 61 – Coleção Os Pensadores.


Por meio do trecho acima, é correto concluir que, para Rousseau,

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10Q944230 | Filosofia, Os PréSocráticos, Filosofia e Sociologia, UECE, UECE CEV, 2022

No diálogo platônico Sofista, os personagens Teeteto e Estrangeiro conversam sobre o que é o sofista, chegando à tese de que seu discurso é um simulacro, uma cópia falsa do real. No entanto, essa tese conduziria os interlocutores a umadificuldade, segundo o Estrangeiro, que a explica nos seguintes termos.
“É que, realmente, jovem feliz, nos vemos frente a uma questão extremamente difícil. Afinal, mostrar e parecer sem ser, dizer algo, entretanto, sem dizer com verdade, são maneiras que trazem grande dificuldades... Que modo encontrar, na realidade, para dizer ou pensar que o falso é real sem que, já ao dizer isso, nos encontramos enredados numa contradição? [...] A audácia dessa afirmação é supor o não ser como ser; e, na realidade, nada pode ser dito falso sem esta condição”.
PLATÃO. Sofista, 236e-237-a. São Paulo: Abril Cultural, 1972. Coleção Os Pensadores (Texto adaptado).
Segundo o Estrangeiro, a dificuldade dessa afirmação, sua contradição inicial, a ser elucidada na continuidade do diálogo, estaria em que
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11Q944227 | Filosofia, Vontade Divina e Liberdade Humana, Filosofia e Sociologia, UECE, UECE CEV, 2022

O filósofo, teólogo e padre cearense Manfredo Ramos, um grande estudioso do pensamento de Agostinho de Hipona (354-450), afirma o seguinte sobre a relação entre liberdade humana e graça divina.
“Deus não salva ninguém obrigado. Ele nos criou sem pedir licença, mas não nos salva sem a nossa vontade. [...] Ele nos fez à sua imagem e semelhança, dotados de inteligência, por isso nos dá a liberdade. Toda a natureza criada é determinada para Deus. [...] Deus criador põe, em tudo o que faz, a sua marca, que é uma marca de bondade. Tudo é dirigido para o bem, porque Deus é bom. Mas o homem é chamado por Deus de uma maneira diferente, com liberdade. [...] o pobre do homem, ferido pelo pecado, ele quer o bem, quer fazer aquilo que está na marca dele, e não consegue. Por isso que essa perspectivade salvação deve ser abraçada, deve ser querida, mas não sem a graça de Deus. Aqui é que está o mistério.”
RAMOS, Manfredo. A ressurreição de Cristo e a perspectiva da Salvação. Entrevista ao site da Paróquia Nossa Senhora da Glória em 04-04-2018. Disponível em https://www.paroquiagloria.org.br/confira-entrevista-com-monsenhor-manfredo-ramos-a-ressurreicao-de-cristo-e-a-perspectiva-da-salvacao/. Acessado em 05-11-2022.
Com base na passagem anterior, é correto afirmar, sobre a teoria agostiniana da liberdade e da graça, que
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12Q943577 | Sociologia, Relação entre Indivíduo e Sociedade, Filosofia e Sociologia, UECE, UECE CEV, 2021

No Brasil, para as legislações vigentes, o adolescente é definido pela faixa etária entre 12 a 17 anos. Para a Organização Mundial de Saúde (OMS) uma pessoa jovem é o indivíduo que se encontra em outro parâmetro etário: de 15 a 29 anos de idade. De modo geral, a juventude tem como parâmetro oficial questões que apontam para uma determinada fase de maturação biológica dos seres humanos. Mas, para as ciências sociais como a Sociologia, o significado de “ser jovem” está ligado principalmente a questões socioculturais e se modifica de acordo com outros condicionamentos sociológicos como o de classe social, gênero e raça, por exemplo. Assim, para além de um fato biológico da maturação corporal, “ser jovem”, em síntese, para as ciências sociais, não significa seguir determinados padrões de conduta nas sociedades contemporâneas, mas é algo marcado por diversas variáveis.

No que diz respeito à definição de juventude na perspectiva sociológica, assinale a afirmação verdadeira.

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13Q943582 | Sociologia, Cultura de massa e indústria cultural, Filosofia e Sociologia, UECE, UECE CEV, 2021

Zygmunt Bauman (1925-2017), sociólogo autor de debates teóricos sobre a pós-modernidade ou, como ele denomina, a modernidade líquida, faz uma análise crítica ao que ele chamou de “amizade Facebook”, própria desses tempos de redes sociais-virtuais e das novas tecnologias de comunicação e informação. Em entrevista concedida ao projeto Fronteiras do Pensamento no ano de 2011, que é parte da programação do Café Filosófico CPFL – tal entrevista de Bauman é facilmente encontrada no site de compartilhamentos de vídeos Youtube –, este sociólogo conta que um “viciado em Facebook” se gabou que tinha feito em um dia, apenas, 500novas amizades, nesta referida rede social-virtual. Bauman retrucou, no entanto, dizendo que ele, na época com 86 anos, não tinha conseguido ter tantos amigos durante toda a sua vida. Porém, Bauman afirma que, provavelmente, os significados de “amigo” que ele e o referido “viciado em Facebook” possuem não são os mesmos, mas são, na verdade, bem diferentes.

Sobre os significados dessa “amizade Facebook” e da concepção de “amigo” que Bauman aponta ser diferente, é correto dizer que

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14Q944233 | Filosofia, Os PréSocráticos, Filosofia e Sociologia, UECE, UECE CEV, 2022

O legislador, estratego e poeta Sólon (século VI a.C.) foi o primeiro grande reformador democrático de Atenas. No fragmento a seguir, pode-se observar a cisão que Sólon estabelece entre a pólis e a monarquia. Leia-o com atenção. [...] por homens potentes a cidade perece, e do monarca o povo, por ignorância, na escravidão cai. Mui alçado, não é fácil depois trazê-lo ao chão [...]
(SÓLON, fr. 9, in: RAGUSA, Giuliana; BRUNHARA, Rafael. Elegia grega arcaica. Araçoiaba da Serra: Editora Mnema, 2021).
Com base no texto, analise as assertivas a seguir e marque V para as verdadeiras e F para as falsas.
( ) A pólis se sustenta na ignorância do povo. ( ) O poder de um só produz a ignorância. ( ) A ignorância causa a escravidão do povo. ( ) A pólis não pode apoiar-se na ignorância.
A sequência correta, de cima para baixo, é
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15Q944244 | Filosofia, Pensamentos Políticos, Filosofia e Sociologia, UECE, UECE CEV, 2022

“O que caracteriza o conhecimento dialético é que o verdadeiro (Hegel), o racional e o concreto (Hegel, Marx) são o resultado de um movimento de pensamento. Resultado do que Hegel chama de ‘trabalho do conceito’, que mostra progressivamente, a partir das determinações mais simples e abstratas do conteúdo, suas determinações cada vez mais ricas, complexas e intensas, até o ponto de sua unidade, que não é uma unidade formal, mas uma unidade sintética de múltiplas determinações”.
MÜLLER, Marcos Lutz. A dialética como método de exposição em O capital. Belo Horizonte: Boletim da SEAF, 1982 (mimeo). (Texto adaptado).
A partir da citação anterior, é correto concluir que, para a dialética, o esforço do pensamento conceitual em acessar e conhecer a realidade, deve resultar em um
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16Q944245 | Sociologia, Karl Marx e as Classes Sociais, Filosofia e Sociologia, UECE, UECE CEV, 2022

Para Karl Marx, a religião, nas sociedades capitalistas, faz parte da superestrutura do social e é uma forma de ideologia que contribui na manutenção dessas sociedades. De outro modo, a religião é uma forma ideológica que, nas sociedades organizadas pelo Capital, se torna expressão de alienação ao distorcer as reais condicionalidades de exploração do trabalho e de dominação de uma classe sobre outras. Contudo, a religião é, também, para Marx, uma compensação ideal, um meio de evasão e de refúgio da realidade massacrante da sociedade capitalista para as classes subjugadas pelo capitalismo. Desta feita, pode ser interpretada, também, como uma espécie de protesto contra a miséria da realidade. Nas palavras de Marx, a religião é o suspiro da criatura oprimida, o coração de um mundo sem coração, o espírito de uma situação carente de espírito. Ela é o ópio do povo.
Partindo do exposto, é correto concluir que
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17Q944258 | Sociologia, Max Weber e a Ação Social, Filosofia e Sociologia, UECE, UECE CEV, 2022

De acordo com Max Weber, a dominação é a probabilidade de encontrar obediência a um determinado mandato e se funda em motivos de submissão por parte dos dominados. Em outros termos, quando se obedece a uma ordem ou a um mandato, se reconhece como certas as razões da dominação, e ela se torna, assim, legítima. Existem, para Weber, três tipos puros de dominação: a tradicional, a carismática e a racional-legal. A primeira tem nos costumes o princípio legítimo de dominação; a segunda embasa sua legitimidade em dotes e qualidades pessoais; a terceira carrega a marca da impessoalidade, das leis e do pensamento racional como princípios básicos. Exemplos desse último de dominação legítima são as exercidas pelo Estado de Direito e pelas empresas modernas.
Partindo do exposto, atente para o que se diz a seguir e assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso.
( ) O tipo de dominação própria do Estado de Direito é denominada de Racional-Legal, uma vez que é exercida em virtude de regras e de estatutos. ( ) As formas de dominação estatal e empresarial estão baseadas na crença das qualidades pessoais extraordinárias de uma ou mais pessoas. ( ) A tipificação da dominação que possui caráter comunitário, sendo a sua legitimidade embasada nos costumes, é dita como tradicional. ( ) O princípio de legitimidade da dominação estatal é impessoal, e a obediência está em relação à regra estatuída, e não a uma personalidade.
A sequência correta, de cima para baixo, é
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18Q944263 | Sociologia, Democracia e representação política, Filosofia e Sociologia, UECE, UECE CEV, 2022

O fazer da política em sociedade é produzido e mantido pelo conflito, pelo embate e pelas oposições. E é recorrente, nas sociedades modernas, apontar a existência de dois lados político-ideológicos opostos: esquerda e direita. Para Norberto Bobbio, imaginar esses dois lados não é simplificar, mas conceder uma representação da realidade conflitiva que os embates políticos nas sociedades atuais possuem. Não é correto afirmar, isso é evidente, que tal distinção é a única possível no universo social político, mas essa distinção ainda é representativa. Porém, o que pode diferenciar esses hemisférios políticos opositores? Bobbio aponta alguns critérios de diferenciação, e um deles está centrado no ideal da igualdade. A direita, em geral, considera que as desigualdades sociais não são elimináveis e são úteis na medida que promovem a constante luta pela melhoria da sociedade. Além disso, defendem a liberdade da economia frente a um Estado regulamentador. Já a esquerda, no geral, considera que é preciso combater as desigualdades em busca de justiça social e de mais igualdade de oportunidades entre as classes sociais. Em consequência, defendem um Estado provedor e protetor de diversas classes e grupos sociais vulneráveis.
Considerando o exposto, é correto afirmar que
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19Q943570 | Sociologia, Estratificação e desigualdade social, Filosofia e Sociologia, UECE, UECE CEV, 2021

A globalização, em geral, refere-se ao fato de que, nas últimas décadas, indivíduos, grupos, entidades e estados-nações se tornaram cada vez mais interdependentes uns dos outros ao redor do mundo no que diz respeito a negociações econômicas, orientações políticas, difusão de conhecimentos técnico-científicos e artístico-culturais. Mas, mesmo com variadas facetas, mais precisamente, foram os agentes econômicos e políticos e/ou as dimensões econômicas e políticas que contribuíram de maneira decisiva para que essa interdependência global tenha se consolidado.

Acerca das dimensões e dos agentes da globalização, assinale a afirmação verdadeira.

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20Q944262 | Sociologia, Desigualdades de raça, Filosofia e Sociologia, UECE, UECE CEV, 2022

Nos últimos anos, no Brasil, surgiu a falácia de uma “ideologia de gênero”, que tem constrangido e, mesmo, reprimido uma educação para a diversidade nas escolas. Grosso modo, os que pregam contra o debate de gênero nas escolas têm o receio de que trazer esse tema para perto das crianças possa significar “destruir os valores morais da família” e “ensinar as novas gerações a serem gays”. Todavia, a discussão sobre gênero passa por outros caminhos e objetivos educacionais: trata de ensinar limites pessoais, tolerância, respeito à diversidade humana, que é, além de sexual, também, racial e social. Entretanto, quando a escola não planeja uma educação para a diversidade e procura evitar, a todo custo, o debate sobre gênero e orientação sexual, por exemplo, prioriza outros temas e possibilita a continuidade, na sociedade como um todo, de intolerâncias, violências ligadas à questão de gênero, preconceitos e discriminações.
A partir do exposto, é correto afirmar que
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