Questões de Concursos Habilitação Língua Portuguesa

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1Q1032822 | Direito da Criança e do Adolescente, Medidas de Proteção à Criança e ao Adolescente, Habilitação Língua Portuguesa, SEDUC MT, FGV, 2025

Os professores de uma escola dos Anos Finais observaram que Juliana, estudante do 6º ano do Ensino Fundamental, apresenta marcas físicas suspeitas e mudanças significativas no comportamento, como retraimento e evitação do convívio social. De acordo com o artigo 56 da Lei nº 8.069/1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), após esgotadas as medidas internas para garantir sua proteção, os dirigentes escolares devem
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2Q1009344 | Linguística, Habilitação Língua Portuguesa, SEDUCMT, FGV, 2025

Texto associado.
Leia o texto a seguir para responder à questão.


O professor Tirésias decidiu trabalhar com seus estudantes da 2ª Série do Ensino Médio a questão do preconceito linguístico. Para introduzir a questão, selecionou o seguinte texto:


“As pessoas sem instrução falam tudo errado”: trata-se de outra afirmação preconceituosa bastante difundida. O preconceito linguístico se baseia na crença de que só existe uma única língua portuguesa digna deste nome e que seria a língua ensinada nas escolas, explicada nas gramáticas e catalogada nos dicionários. Qualquer manifestação linguística que escape desse triângulo escola-gramática-dicionário é considerada, sob a ótica do preconceito linguístico, “errada, feia, estropiada, rudimentar, deficiente”, e não é raro a gente ouvir que “isso não é português”.


BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico. São Paulo: Parábola Editorial, 2015. Adaptado.
Tendo em vista o texto selecionado para introduzir a discussão e o propósito de Tirésias de desconstrução do preconceito linguístico, cumpre então ao professor, em consonância com a atual Sociolinguística, esclarecer e desenvolver o conceito de
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3Q1009345 | Português, Habilitação Língua Portuguesa, SEDUCMT, FGV, 2025

Texto associado.
Para responder à questão, leia o poema “Urge o tempo” de Gonçalves Dias (1823-1864).


Urge o tempo, os anos vão correndo,
Mudança eterna os seres afadiga!
O tronco, o arbusto, a folha, a flor, o espinho,
Quem vive, o que vegeta, vai tomando
Aspectos novos, nova forma, enquanto
Gira no espaço e se equilibra a terra.


Tudo se muda, tudo se transforma;
O espírito, porém, como centelha,
Que vai lavrando solapada e oculta,
Até que enfim se torna incêndio e chamas,
Quando rompe os andrajos morredouros,
Mais claro brilha, e aos céus consigo arrasta
Quanto sentiu, quanto sofreu na terra.


Tudo se muda aqui! Somente o afeto,
Que se gera e se nutre em almas grandes,
Não acaba, nem muda; vai crescendo,
Co’o tempo avulta, mais aumenta em forças
E a própria morte o purifica e alinda.
Semelha estátua erguida entre ruínas,
Firme na base, intacta, inda mais bela
Depois que o tempo a rodeou de estragos.


DIAS, Gonçalves. Cantos. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
Os pronomes “o” e “a” que constam da última estrofe referem-se, respectivamente, a
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4Q1009339 | Português, Habilitação Língua Portuguesa, SEDUCMT, FGV, 2025

Texto associado.
Considere o poema “Amor Punk” do escritor mato-grossense Nicolas Behr para responder à questão.


Amor Punk

Aquele beijo na boca

que você me deu

semana passada

tá doendo até hoje.


Nicolas Behr. Boa companhia: poesia. Cia das letras, 2003.
Com o objetivo de proporcionar aos estudantes a oportunidade de criar uma obra autoral em gênero e mídias diversos, o(a) professor(a) de português dividiu os estudantes em grupos e solicitou que cada grupo
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5Q1009340 | Português, Habilitação Língua Portuguesa, SEDUCMT, FGV, 2025

A professora Marilda selecionou para os estudantes do Ensino Médio a leitura da crônica “Ciao”, de Carlos Drummond de Andrade. Nela, o autor se despede da função de cronista de um jornal, referindo-se a si mesmo na terceira pessoa, como no trecho: “Pois chegou o momento deste contumaz rabiscador de letras pendurar as chuteiras (que na prática jamais calçou) e dizer aos leitores um ciao-adeus sem melancolia, mas oportuno. Creio que ele pode gabar-se de possuir um título não disputado por ninguém: o de mais velho cronista brasileiro".

Tendo em vista o tópico “elementos da narrativa”, entre as atividades da sequência didática, é relevante que a professora Marilda se detenha na questão
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6Q1032820 | Estatuto da Pessoa com Deficiência, Direitos Fundamentais no Estatuto da Pessoa com Deficiência, Habilitação Língua Portuguesa, SEDUC MT, FGV, 2025

Com base nos artigos 27 e 28 da Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015), avalie se as afirmativas abaixo são Verdadeiras (V) ou Falsas (F):

1. A educação das pessoas com deficiência deve ser assegurada em um sistema educacional inclusivo em todos os níveis e modalidades, com foco no aprendizado ao longo de toda a vida.
2. O poder público deve garantir o acesso à educação bilíngue para estudantes com deficiência auditiva, sendo Libras a primeira língua e a modalidade escrita do português a segunda língua.
3. O projeto pedagógico das escolas deve incluir adaptações razoáveis e atendimento educacional especializado para promover a igualdade de acesso ao currículo para estudantes com deficiência.
4. É vedada a cobrança de valores adicionais nas mensalidades ou anuidades de instituições privadas para cumprir obrigações relacionadas à inclusão de estudantes com deficiência.

As afirmativas são, respectivamente:
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7Q1032821 | Pedagogia, Normas Educacionais dos Estados, Habilitação Língua Portuguesa, SEDUC MT, FGV, 2025

A Lei nº 10.111, de 06 de junho de 2014, dispõe sobre a revisão e a alteração do Plano Estadual de Educação (PEE) do Estado de Mato Grosso, instituído pela Lei nº 8.806, de 10 de janeiro de 2008. Considerando os princípios e diretrizes contidos nessa legislação, assinale a alternativa correta.
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8Q1032824 | Português, Interpretação de Textos, Habilitação Língua Portuguesa, SEDUC MT, FGV, 2025

O ideal do sábio é o equilíbrio que nada pode perturbar, a impassibilidade total. De fato, se as aparências enganam, se tudo é relativo, por que preocupar-se? O ceticismo, em suma, é na origem uma disciplina moral cujo fim é a quietude (ataraxia e apatheia).

NOVAK, Maria da Gloria. Estoicismo e epicurismo em Roma. Letras Clássicas, p. 257-273, 1999. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/ letrasclassicas/article/view/73765/77431. Acesso em: 4 abr. 2025.

O verdadeiro ideal do sábio, segundo a corrente ceticista, diz respeito
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9Q1032827 | Pedagogia, Tecnologias Educacionais, Habilitação Língua Portuguesa, SEDUC MT, FGV, 2025

Uma coordenadora pedagógica analisa os resultados das últimas avaliações bimestrais e percebe que os estudantes do 7º ano, em sua maioria meninos, apresentaram desempenho significativamente inferior em leitura e interpretação de textos, especialmente aqueles pertencentes a grupos racialmente minorizados. Ao cruzar esses dados com registros de frequência e participação nas atividades digitais propostas, ela identifica padrões importantes que a levam a propor ações formativas com os professores para desenvolver estratégias de leitura mais inclusivas, com o apoio de tecnologias adaptativas.

Com base nessa situação, qual das alternativas representa corretamente o uso da análise de dados com tecnologias digitais?
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10Q1009333 | História, Habilitação Língua Portuguesa, SEDUCMT, FGV, 2025

De acordo com a historiografia mato-grossense e sul-matogrossense, qual foi a importância do término da Guerra do Paraguai (1864-1870) para a região?
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11Q1032837 | Português, Interpretação de Textos, Habilitação Língua Portuguesa, SEDUC MT, FGV, 2025

Texto associado.
Para responder à questão, leia a crônica “Esquisitices” de Luis Fernando Verissimo.


A família chegou na casa da praia e, enquanto o pai e a mãe se ocupavam de tirar os tapumes das janelas e religar a luz, a filha adolescente foi direto para o seu quarto e sentiu que havia alguma coisa diferente dos outros verões, um cheiro que ela não lembrava, um brilho nas paredes, alguma coisa. Quando foi ajudar a mãe a desempacotar as compras na cozinha, disse que o mar tinha invadido a casa e a mãe disse que o mar nunca chegava até ali, tá louca? Então invadiu só o meu quarto, disse a filha, e naquela noite, quando entrou no quarto para dormir, viu que o chão estava coberto de algas, e quando foi pegar um dos livros que tinha deixado na prateleira no verão anterior derrubou várias conchas no chão, e quando abriu a gaveta da sua mesinha de cabeceira – juro, mãe! – descobriu uma estrela-do-mar. Não conseguiu dormir, o som do mar invadia o quarto, ela chegou a ouvir o ruído de fritura da espuma se desfazendo ao seu redor, como se o mar estivesse arrebentando em volta da cama. E as paredes fosforescentes! Se um peixe prateado pulasse na cama, refletiria o brilho das paredes no ar, antes de cair ao seu lado. Passou a noite esperando o peixe prateado. De manhã a mãe disse que o mar não estava mais perto da casa, estava onde sempre estivera desde que eles tinham construído a casa, e que ela se acostumaria com o ruído. E que não, não sentira o cheiro novo nem vira as algas no chão do quarto, nem as conchas, você parece doida. A filha perguntou se o mar nunca tinha invadido a casa e a mãe respondeu que não. Depois pensou um pouco e disse: não que eu me lembre. Naquela noite a filha leu um pouco – apesar das ondas estourando ao seu redor – depois mergulhou a mão na água e pegou um cavalo-marinho para marcar o lugar, e fechou o livro. Estava pronta para o peixe prateado, estava certa de que nunca mais seria a mesma. Quando a mãe contou para o pai as esquisitices da filha naquele verão, o pai só disse uma coisa. Catorze anos é fogo.


VERISSIMO, Luis Fernando. Verissimo antológico: meio século de crônicas, ou coisa parecida. Rio de Janeiro: Objetiva, 2020.
Examine os seguintes trechos da crônica:

I. “havia alguma coisa diferente dos outros verões”.
II. “Naquela noite a filha leu um pouco”.
III. “Catorze anos é fogo”.

Verifica-se o emprego de linguagem figurada apenas em
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12Q1032841 | Português, Interpretação de Textos, Habilitação Língua Portuguesa, SEDUC MT, FGV, 2025

Texto associado.
Para responder à questão, leia o poema “Urge o tempo” de Gonçalves Dias (1823-1864).


Urge o tempo, os anos vão correndo,
Mudança eterna os seres afadiga!
O tronco, o arbusto, a folha, a flor, o espinho,
Quem vive, o que vegeta, vai tomando
Aspectos novos, nova forma, enquanto
Gira no espaço e se equilibra a terra.


Tudo se muda, tudo se transforma;
O espírito, porém, como centelha,
Que vai lavrando solapada e oculta,
Até que enfim se torna incêndio e chamas,
Quando rompe os andrajos morredouros,
Mais claro brilha, e aos céus consigo arrasta
Quanto sentiu, quanto sofreu na terra.


Tudo se muda aqui! Somente o afeto,
Que se gera e se nutre em almas grandes,
Não acaba, nem muda; vai crescendo,
Co’o tempo avulta, mais aumenta em forças
E a própria morte o purifica e alinda.
Semelha estátua erguida entre ruínas,
Firme na base, intacta, inda mais bela
Depois que o tempo a rodeou de estragos.


DIAS, Gonçalves. Cantos. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
A última estrofe estabelece uma comparação explícita entre
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13Q1009337 | História e Geografia de Estados e Municípios, Habilitação Língua Portuguesa, SEDUCMT, FGV, 2025

Leia o texto.

“O ciclo da fronteira agrícola pode ser descrito em quatro fases interconectadas no tempo. Na primeira, a ocupação está sendo concebida por meio de programas e projetos de ____________. Na segunda, se inicia a organização ____________ com as cidades, serviços, estradas etc. Na terceira fase, dita de consolidação, a fronteira perde a ____________ no espaço e adquire uma dinâmica ____________ própria. Na última fase, a fronteira integra-se ao espaço ____________ e ____________.”

WEIHS, Marla; SAYAGO, Doris; TOURRAND, Jean-François. Dinâmica da fronteira agrícola do Mato Grosso e implicações para a saúde. Estudos Avançados, 31 (89), 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ea/a/DhyCPcX6j9ypfThszpyzcdb/. Acesso em: 17 abril 2025. Adaptado.

Em sequência, as palavras que completam corretamente essas lacunas são:
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14Q1032832 | Português, Sintaxe, Habilitação Língua Portuguesa, SEDUC MT, FGV, 2025

Texto associado.
Leia o texto para responder à questão.


Vivemos num presente alargado, no qual “viver no momento é a paixão dominante”, na definição de Christopher Lasch. O presente se torna alargado à mesma medida que o tempo corre veloz. Essa contradição só pode ser explicada pelo fato de que a aceleração tecnológica, conquanto implique “uma diminuição no tempo necessário para realizar processos cotidianos de produção e reprodução” (o que deveria levar a uma abundância de tempo livre), levou ao acúmulo quantitativo de atividades. Quanto mais a aceleração tecnológica avançou, mais trabalho se acumulou e menos tempo livre sobrou. Se já não temos uma vida profissional, mas especializações, se já não temos espaço para contemplar os locais que cruzamos, mas uma observação dirigida por algoritmos de afinidades eletivas, já deveríamos saber que a aceleração tecnológica levou aos grilhões da hiperconectividade, que demandam sempre nosso engajamento.

O resultado desse processo foi que a contínua aceleração do tempo social tornou o espaço muitas vezes indiferente, um mero detalhe, um pano de fundo que sustenta a virtualidade das relações. Ante a aceleração da vida, concebemos o espaço como um empecilho para aquilo que realmente queríamos fazer. “Ter que ir” e “ter que visitar” se tornaram tarefas “torturantes”, uma vez que basta uma chamada de vídeo para tirar a tarefa da frente. O isolamento tornou-se comum e mesmo os locais que sustentavam a ação da experiência subjetiva aparecem agora como lugares sem histórias, cada vez mais homogeneizados.


BARROS, Douglas. O que é identitarismo? São Paulo: Boitempo, 2024, edição digital. Adaptado.
O autor emprega paralelismo sintático no trecho:
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15Q1009332 | Pedagogia, Habilitação Língua Portuguesa, SEDUCMT, FGV, 2025

Uma equipe pedagógica de uma rede municipal de ensino está encarregada de desenvolver uma sequência didática interdisciplinar para ser aplicada em diversas escolas, considerando o uso de tecnologias digitais. Como o grupo está distribuído em diferentes cidades, os encontros presenciais são escassos. Uma das professoras propõe o uso de uma plataforma colaborativa on-line, em que todos podem editar simultaneamente documentos, planejar etapas, compartilhar referências e registrar os avanços. Além disso, ela sugere a criação de um canal de comunicação com outros professores da rede para validar e aprimorar as práticas propostas.

Considerando os conceitos de comunicação e colaboração com tecnologias digitais, qual das alternativas representa a conduta para potencializar o trabalho da equipe e fomentar a criação de uma rede de aprendizagem entre os profissionais?
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16Q1009336 | Meio Ambiente, Habilitação Língua Portuguesa, SEDUCMT, FGV, 2025

Leia o texto.

A Constituição de 1988 assegura aos povos indígenas o direto de manter a própria cultura, e a União deve proteger e respeitar esses direitos. Para tanto, a demarcação e a homologação das Terras Indígenas (TIs) é um ato fundamental. Além de garantir tais direitos, as TIs são eficazes em “manter intacto o estoque geral de carbono, pois pesquisas mostram que as TIs estavam com emissão de carbono quase nula em comparação a outras áreas, que não tinham proteção”.

ISA. Terras Indígenas são as mais eficazes para manutenção dos estoques de carbono. 2020. Disponível em: https://terrasindigenas.org.br/pt-br/node/51. Acesso em: 17 abril 2025. Adaptado.

Sobre as Terras Indígenas e o aquecimento global é possível afirmar que
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17Q1032840 | Português, Interpretação de Textos, Habilitação Língua Portuguesa, SEDUC MT, FGV, 2025

Texto associado.
Para responder à questão, leia o poema “Urge o tempo” de Gonçalves Dias (1823-1864).


Urge o tempo, os anos vão correndo,
Mudança eterna os seres afadiga!
O tronco, o arbusto, a folha, a flor, o espinho,
Quem vive, o que vegeta, vai tomando
Aspectos novos, nova forma, enquanto
Gira no espaço e se equilibra a terra.


Tudo se muda, tudo se transforma;
O espírito, porém, como centelha,
Que vai lavrando solapada e oculta,
Até que enfim se torna incêndio e chamas,
Quando rompe os andrajos morredouros,
Mais claro brilha, e aos céus consigo arrasta
Quanto sentiu, quanto sofreu na terra.


Tudo se muda aqui! Somente o afeto,
Que se gera e se nutre em almas grandes,
Não acaba, nem muda; vai crescendo,
Co’o tempo avulta, mais aumenta em forças
E a própria morte o purifica e alinda.
Semelha estátua erguida entre ruínas,
Firme na base, intacta, inda mais bela
Depois que o tempo a rodeou de estragos.


DIAS, Gonçalves. Cantos. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
De acordo com o poema, o que logra resistir ao tempo é
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18Q1009334 | Antropologia, Habilitação Língua Portuguesa, SEDUCMT, FGV, 2025

A criação do Parque Indígena do Xingu, em 1961, representou um novo modelo para o reconhecimento e a demarcação de terras indígenas. Concebido pelos antropólogos Darcy Ribeiro e Eduardo Galvão e pelos sertanistas Villas-Boas, o conceito do Parque considerava a intrínseca relação dos povos indígenas com seu meio ambiente e com sua cultura.

Qual das afirmativas abaixo descreve a visão de Darcy Ribeiro e de seus colaboradores em relação à demarcação de terras indígenas?
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19Q1009342 | Português, Coesão e coerência, Habilitação Língua Portuguesa, SEDUCMT, FGV, 2025

O professor Gabriel trabalha a formulação de um parágrafo para um texto do gênero dissertativo com os estudantes do Ensino Médio, partindo do pressuposto de que a “condição singular da escrita, que deixa a sós o sujeito e suas imagens [...] cria a exigência de que o texto, e apenas ele, cerque-se de cuidados em relação à própria coesão”.

Alcir Pécora. Problemas de redação. São Paulo: Martins Fontes, 2011, p.71.

Diante da tarefa, o estudante José formulou o seguinte texto:

O que ocorreria se os cientistas se deixassem influenciar por tudo que ocorre, e se passa?

Como devolutiva adequada para o texto, o professor Gabriel deve ressaltar a José que é preciso atentar para um problema de
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20Q1032830 | Português, Sintaxe, Habilitação Língua Portuguesa, SEDUC MT, FGV, 2025

Texto associado.
Leia o texto para responder à questão.


Vivemos num presente alargado, no qual “viver no momento é a paixão dominante”, na definição de Christopher Lasch. O presente se torna alargado à mesma medida que o tempo corre veloz. Essa contradição só pode ser explicada pelo fato de que a aceleração tecnológica, conquanto implique “uma diminuição no tempo necessário para realizar processos cotidianos de produção e reprodução” (o que deveria levar a uma abundância de tempo livre), levou ao acúmulo quantitativo de atividades. Quanto mais a aceleração tecnológica avançou, mais trabalho se acumulou e menos tempo livre sobrou. Se já não temos uma vida profissional, mas especializações, se já não temos espaço para contemplar os locais que cruzamos, mas uma observação dirigida por algoritmos de afinidades eletivas, já deveríamos saber que a aceleração tecnológica levou aos grilhões da hiperconectividade, que demandam sempre nosso engajamento.

O resultado desse processo foi que a contínua aceleração do tempo social tornou o espaço muitas vezes indiferente, um mero detalhe, um pano de fundo que sustenta a virtualidade das relações. Ante a aceleração da vida, concebemos o espaço como um empecilho para aquilo que realmente queríamos fazer. “Ter que ir” e “ter que visitar” se tornaram tarefas “torturantes”, uma vez que basta uma chamada de vídeo para tirar a tarefa da frente. O isolamento tornou-se comum e mesmo os locais que sustentavam a ação da experiência subjetiva aparecem agora como lugares sem histórias, cada vez mais homogeneizados.


BARROS, Douglas. O que é identitarismo? São Paulo: Boitempo, 2024, edição digital. Adaptado.
A conjunção que inicia o trecho “conquanto implique uma diminuição no tempo necessário para realizar processos cotidianos de produção e reprodução’” expressa, no contexto, ideia de
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