Homem de 47 anos apresenta há cerca de três anos uma série de
interpretações equivocadas sobre acontecimentos cotidianos. O
paciente descreve que, durante conversas casuais, percebe
insinuações de que colegas de trabalho estariam conspirando
para prejudicar sua imagem, interpretando comentários neutros
como ameaças veladas. Além disso, ele está convencido de que
sua esposa tem se envolvido em relações extraconjugais,
baseando-se em pequenos detalhes e comportamentos que, na
realidade, não constituem evidências concretas de traição.
Apesar de manter sua rotina diária sem grandes prejuízos – sem
episódios de alucinações, desorganização do pensamento ou
variações abruptas de humor –, essa crença fixa vem gerando
conflitos intensos no convívio familiar. O paciente nega o uso de
substâncias psicoativas. Diante desse caso clínico, o melhor diagnóstico é:
a) esquizofrenia paranoide;
b) transtorno delirante;
c) transtorno bipolar do humor;
d) transtorno neurocognitivo maior;
e) transtorno obsessivo-compulsivo.