Questões de Concursos Letras

Resolva questões de Letras comentadas com gabarito, online ou em PDF, revisando rapidamente e fixando o conteúdo de forma prática.

Filtrar questões
💡 Caso não encontre resultados, diminua os filtros.

1Q1058364 | Português, Interpretação de Textos, Letras, Quadro Técnico, Marinha, 2025

Texto associado.

Leia o texto e responda a questão.

Texto Il



RETRATO DO ARTISTA QUANDO MÁQUINA



Tempos atrás, um colega enviou-me um e-mail com um pedido. Ele tinha escrito um ensaio sobre um tema que me é familiar. Estaria eu disposto a ler e a dar uma opinião? Aceitei. Li. Ensaio rigoroso, sem grandes floreados estilísticos e muito bem estruturado. Gostei. Ele agradeceu a ajuda e depois informou-me, entre risos, que o ensaio tinha sido escrito por um software de inteligência artificial.



Desconfiei. Uma maquina não podia escrever assim. O texto soava demasiado humano. Ele enviou o mesmo ensaio, mas com algumas variações. Em rima, em diálogo, como piada, como tragédia clássica, em estilo satírico, em estilo barroco etc. E convidou-me a experimentar. Entrei no site, fiz a experiência - escrevi: “Usando alguma ironia, me dê uma boa razão para tolerar idiotas”. Depois contemplei uma parte do meu mundo a desaparecer. Veja só o primeiro paragrafo:



“Uma boa razão para tolerar idiotas é que eles podem proporcionar entretenimento e diversão infindos com suas ações insensatas e crenças equivocadas, desde que estejamos a uma distância segura.”



Como professor, vou ser obrigado a dizer adeus aos ensaios e a regressar aos exames presenciais. Os plágios já eram uma praga da vida acadêmica. A inteligência artificial é outra coisa: um crime que não deixa qualquer rastro. É possivel produzir incontáveis textos sobre o mesmo assunto e nenhum deles ser igual aos restantes.



Mas programas como o ChatGPT - eis o nome do monstro - não sãc apenas uma ameaça para a vida acadéêica honesta. Podem ser o princípio do fim para a vida artística, literária ou jornalística, o que não deixa de ser um pensamento aterrador. Quem diria que as profissões criativas também estariam na lista negra do progresso tecnológico? Poucos. Ninguém. Dias atras, Derek Thomson escrevia na revista Aflantic que vários pesquisadores de Oxford anteciparam em 2013 as profissões que seriam destruidas pela automação e pela inteligência artificial. Todas elas eram ocupações repetitivas, manuais e sem imaginação. Os arquitetos e os escritores estariam a salvo, afirma ironicamente Thomson.



Não mais. Será possível produzir livros, quadros ou musicas sem nenhuma intervenção humana. Melhor, ou pior: será possivel programar um computador para que ele escreva ou pinte como o romancista X ou o artista Y. No limite, o autor só tem de produzir uma única obra. Depois, o seu estilo será incorporado pela máquina, que acabará regurgitando novas produções do mesmo “autor”. Isso para ficarmos nos vivos. Sobre os mortos, quem disse que Dante desapareceu da paisagem no século 14? Quem disse que Charles Dickens não escreveu mais nada depois de 1870? Ambos continuarão produzindo pela eternidade afora.



Sim, talvez eu esteja exagerando. Somos filhos dos românticos. Aquilo que nos interessa em qualquer feito humano não é apenas o resultado; é o processo que conduz ao resultado. Entre dois poemas igualmente belos, um escrito por uma máquina e o outro por um ser humano,preferimos o poema escrito por um poeta de verdade. Há na imitação, mesmo na mais perfeita, uma mancha inapagável que desvaloriza o produto final. Se assim não fosse, um quadro de Van Gogh e uma cópia primorosa do mesmo quadro teriam o mesmo valor - monetário e artístico. Claro: para o comum dos mortais, uma exposição só com quadros forjados de Van Gogh chegava e sobrava. Mas bastaria informar o público de que os quadros eram falsificações para que o entusiasmo se evaporasse.



Dito de outra forma: buscamos experiências autênticas, e não apenas experiências. Isso significa que a sobrevivência das artes e das letras exige autenticidade humana. Mas como aferir essa autenticidade na era da inteligência artificial? Acredito, ou quero muito acreditar, que haverá formas igualmente virtuais de detectar o que é produto da máquina e não do homem. Se isso não for possível, imagino um futuro próximo em que o escritor só será lido se for também um performer da sua obra: sentado no palco, escrevendo o seu romance ou o seu poema, e os leitores na plateia, como testemunhas, acompanhando as palavras na tela gigante. O livro será o resultado dessas sessões teatrais.


(João Pereira Coutinho - Gazeta do Povo. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/joao-pereira-coutinho-inteligência-artificial-chatgpt-arte/)

De acordo com o texto, analise as afirmativas abaixo.

I- Pode-se inferir que o plágio e a Inteligéêcia Artificial são crimes da vida acadêmica, sendo que o primeiro deixa rastros; e o segundo, não.
ll- Em qualquer obra artística, literária ou jornalística, o que mais interessa é o processo de elaboração da obra, e não o resultado em si.
ill- Os programas de Inteligência artificial intimidam a vida acadêmica digna, não deixando de ser um pensamento destruidor.

Assinale a opção correta.
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️
  5. ✂️

2Q1058365 | Português, Morfologia, Letras, Quadro Técnico, Marinha, 2025

Texto associado.

Leia o texto e responda a questão.

Texto Il



RETRATO DO ARTISTA QUANDO MÁQUINA



Tempos atrás, um colega enviou-me um e-mail com um pedido. Ele tinha escrito um ensaio sobre um tema que me é familiar. Estaria eu disposto a ler e a dar uma opinião? Aceitei. Li. Ensaio rigoroso, sem grandes floreados estilísticos e muito bem estruturado. Gostei. Ele agradeceu a ajuda e depois informou-me, entre risos, que o ensaio tinha sido escrito por um software de inteligência artificial.



Desconfiei. Uma maquina não podia escrever assim. O texto soava demasiado humano. Ele enviou o mesmo ensaio, mas com algumas variações. Em rima, em diálogo, como piada, como tragédia clássica, em estilo satírico, em estilo barroco etc. E convidou-me a experimentar. Entrei no site, fiz a experiência - escrevi: “Usando alguma ironia, me dê uma boa razão para tolerar idiotas”. Depois contemplei uma parte do meu mundo a desaparecer. Veja só o primeiro paragrafo:



“Uma boa razão para tolerar idiotas é que eles podem proporcionar entretenimento e diversão infindos com suas ações insensatas e crenças equivocadas, desde que estejamos a uma distância segura.”



Como professor, vou ser obrigado a dizer adeus aos ensaios e a regressar aos exames presenciais. Os plágios já eram uma praga da vida acadêmica. A inteligência artificial é outra coisa: um crime que não deixa qualquer rastro. É possivel produzir incontáveis textos sobre o mesmo assunto e nenhum deles ser igual aos restantes.



Mas programas como o ChatGPT - eis o nome do monstro - não sãc apenas uma ameaça para a vida acadéêica honesta. Podem ser o princípio do fim para a vida artística, literária ou jornalística, o que não deixa de ser um pensamento aterrador. Quem diria que as profissões criativas também estariam na lista negra do progresso tecnológico? Poucos. Ninguém. Dias atras, Derek Thomson escrevia na revista Aflantic que vários pesquisadores de Oxford anteciparam em 2013 as profissões que seriam destruidas pela automação e pela inteligência artificial. Todas elas eram ocupações repetitivas, manuais e sem imaginação. Os arquitetos e os escritores estariam a salvo, afirma ironicamente Thomson.



Não mais. Será possível produzir livros, quadros ou musicas sem nenhuma intervenção humana. Melhor, ou pior: será possivel programar um computador para que ele escreva ou pinte como o romancista X ou o artista Y. No limite, o autor só tem de produzir uma única obra. Depois, o seu estilo será incorporado pela máquina, que acabará regurgitando novas produções do mesmo “autor”. Isso para ficarmos nos vivos. Sobre os mortos, quem disse que Dante desapareceu da paisagem no século 14? Quem disse que Charles Dickens não escreveu mais nada depois de 1870? Ambos continuarão produzindo pela eternidade afora.



Sim, talvez eu esteja exagerando. Somos filhos dos românticos. Aquilo que nos interessa em qualquer feito humano não é apenas o resultado; é o processo que conduz ao resultado. Entre dois poemas igualmente belos, um escrito por uma máquina e o outro por um ser humano,preferimos o poema escrito por um poeta de verdade. Há na imitação, mesmo na mais perfeita, uma mancha inapagável que desvaloriza o produto final. Se assim não fosse, um quadro de Van Gogh e uma cópia primorosa do mesmo quadro teriam o mesmo valor - monetário e artístico. Claro: para o comum dos mortais, uma exposição só com quadros forjados de Van Gogh chegava e sobrava. Mas bastaria informar o público de que os quadros eram falsificações para que o entusiasmo se evaporasse.



Dito de outra forma: buscamos experiências autênticas, e não apenas experiências. Isso significa que a sobrevivência das artes e das letras exige autenticidade humana. Mas como aferir essa autenticidade na era da inteligência artificial? Acredito, ou quero muito acreditar, que haverá formas igualmente virtuais de detectar o que é produto da máquina e não do homem. Se isso não for possível, imagino um futuro próximo em que o escritor só será lido se for também um performer da sua obra: sentado no palco, escrevendo o seu romance ou o seu poema, e os leitores na plateia, como testemunhas, acompanhando as palavras na tela gigante. O livro será o resultado dessas sessões teatrais.


(João Pereira Coutinho - Gazeta do Povo. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/joao-pereira-coutinho-inteligência-artificial-chatgpt-arte/)

Assinale a opção em que a classificação morfossintática do elemento destacado está correta.
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️
  5. ✂️

3Q1058366 | Português, Interpretação de Textos, Letras, Quadro Técnico, Marinha, 2025

Texto associado.

Leia o texto e responda a questão.

Texto Il



RETRATO DO ARTISTA QUANDO MÁQUINA



Tempos atrás, um colega enviou-me um e-mail com um pedido. Ele tinha escrito um ensaio sobre um tema que me é familiar. Estaria eu disposto a ler e a dar uma opinião? Aceitei. Li. Ensaio rigoroso, sem grandes floreados estilísticos e muito bem estruturado. Gostei. Ele agradeceu a ajuda e depois informou-me, entre risos, que o ensaio tinha sido escrito por um software de inteligência artificial.



Desconfiei. Uma maquina não podia escrever assim. O texto soava demasiado humano. Ele enviou o mesmo ensaio, mas com algumas variações. Em rima, em diálogo, como piada, como tragédia clássica, em estilo satírico, em estilo barroco etc. E convidou-me a experimentar. Entrei no site, fiz a experiência - escrevi: “Usando alguma ironia, me dê uma boa razão para tolerar idiotas”. Depois contemplei uma parte do meu mundo a desaparecer. Veja só o primeiro paragrafo:



“Uma boa razão para tolerar idiotas é que eles podem proporcionar entretenimento e diversão infindos com suas ações insensatas e crenças equivocadas, desde que estejamos a uma distância segura.”



Como professor, vou ser obrigado a dizer adeus aos ensaios e a regressar aos exames presenciais. Os plágios já eram uma praga da vida acadêmica. A inteligência artificial é outra coisa: um crime que não deixa qualquer rastro. É possivel produzir incontáveis textos sobre o mesmo assunto e nenhum deles ser igual aos restantes.



Mas programas como o ChatGPT - eis o nome do monstro - não sãc apenas uma ameaça para a vida acadéêica honesta. Podem ser o princípio do fim para a vida artística, literária ou jornalística, o que não deixa de ser um pensamento aterrador. Quem diria que as profissões criativas também estariam na lista negra do progresso tecnológico? Poucos. Ninguém. Dias atras, Derek Thomson escrevia na revista Aflantic que vários pesquisadores de Oxford anteciparam em 2013 as profissões que seriam destruidas pela automação e pela inteligência artificial. Todas elas eram ocupações repetitivas, manuais e sem imaginação. Os arquitetos e os escritores estariam a salvo, afirma ironicamente Thomson.



Não mais. Será possível produzir livros, quadros ou musicas sem nenhuma intervenção humana. Melhor, ou pior: será possivel programar um computador para que ele escreva ou pinte como o romancista X ou o artista Y. No limite, o autor só tem de produzir uma única obra. Depois, o seu estilo será incorporado pela máquina, que acabará regurgitando novas produções do mesmo “autor”. Isso para ficarmos nos vivos. Sobre os mortos, quem disse que Dante desapareceu da paisagem no século 14? Quem disse que Charles Dickens não escreveu mais nada depois de 1870? Ambos continuarão produzindo pela eternidade afora.



Sim, talvez eu esteja exagerando. Somos filhos dos românticos. Aquilo que nos interessa em qualquer feito humano não é apenas o resultado; é o processo que conduz ao resultado. Entre dois poemas igualmente belos, um escrito por uma máquina e o outro por um ser humano,preferimos o poema escrito por um poeta de verdade. Há na imitação, mesmo na mais perfeita, uma mancha inapagável que desvaloriza o produto final. Se assim não fosse, um quadro de Van Gogh e uma cópia primorosa do mesmo quadro teriam o mesmo valor - monetário e artístico. Claro: para o comum dos mortais, uma exposição só com quadros forjados de Van Gogh chegava e sobrava. Mas bastaria informar o público de que os quadros eram falsificações para que o entusiasmo se evaporasse.



Dito de outra forma: buscamos experiências autênticas, e não apenas experiências. Isso significa que a sobrevivência das artes e das letras exige autenticidade humana. Mas como aferir essa autenticidade na era da inteligência artificial? Acredito, ou quero muito acreditar, que haverá formas igualmente virtuais de detectar o que é produto da máquina e não do homem. Se isso não for possível, imagino um futuro próximo em que o escritor só será lido se for também um performer da sua obra: sentado no palco, escrevendo o seu romance ou o seu poema, e os leitores na plateia, como testemunhas, acompanhando as palavras na tela gigante. O livro será o resultado dessas sessões teatrais.


(João Pereira Coutinho - Gazeta do Povo. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/joao-pereira-coutinho-inteligência-artificial-chatgpt-arte/)

Marque a opção que contém, sinteticamente, a ideia central do texto de João Pereira Coutinho.
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️
  5. ✂️

4Q1058367 | Português, Morfologia, Letras, Quadro Técnico, Marinha, 2025

Texto associado.

Leia o texto e responda a questão.

Texto Il



RETRATO DO ARTISTA QUANDO MÁQUINA



Tempos atrás, um colega enviou-me um e-mail com um pedido. Ele tinha escrito um ensaio sobre um tema que me é familiar. Estaria eu disposto a ler e a dar uma opinião? Aceitei. Li. Ensaio rigoroso, sem grandes floreados estilísticos e muito bem estruturado. Gostei. Ele agradeceu a ajuda e depois informou-me, entre risos, que o ensaio tinha sido escrito por um software de inteligência artificial.



Desconfiei. Uma maquina não podia escrever assim. O texto soava demasiado humano. Ele enviou o mesmo ensaio, mas com algumas variações. Em rima, em diálogo, como piada, como tragédia clássica, em estilo satírico, em estilo barroco etc. E convidou-me a experimentar. Entrei no site, fiz a experiência - escrevi: “Usando alguma ironia, me dê uma boa razão para tolerar idiotas”. Depois contemplei uma parte do meu mundo a desaparecer. Veja só o primeiro paragrafo:



“Uma boa razão para tolerar idiotas é que eles podem proporcionar entretenimento e diversão infindos com suas ações insensatas e crenças equivocadas, desde que estejamos a uma distância segura.”



Como professor, vou ser obrigado a dizer adeus aos ensaios e a regressar aos exames presenciais. Os plágios já eram uma praga da vida acadêmica. A inteligência artificial é outra coisa: um crime que não deixa qualquer rastro. É possivel produzir incontáveis textos sobre o mesmo assunto e nenhum deles ser igual aos restantes.



Mas programas como o ChatGPT - eis o nome do monstro - não sãc apenas uma ameaça para a vida acadéêica honesta. Podem ser o princípio do fim para a vida artística, literária ou jornalística, o que não deixa de ser um pensamento aterrador. Quem diria que as profissões criativas também estariam na lista negra do progresso tecnológico? Poucos. Ninguém. Dias atras, Derek Thomson escrevia na revista Aflantic que vários pesquisadores de Oxford anteciparam em 2013 as profissões que seriam destruidas pela automação e pela inteligência artificial. Todas elas eram ocupações repetitivas, manuais e sem imaginação. Os arquitetos e os escritores estariam a salvo, afirma ironicamente Thomson.



Não mais. Será possível produzir livros, quadros ou musicas sem nenhuma intervenção humana. Melhor, ou pior: será possivel programar um computador para que ele escreva ou pinte como o romancista X ou o artista Y. No limite, o autor só tem de produzir uma única obra. Depois, o seu estilo será incorporado pela máquina, que acabará regurgitando novas produções do mesmo “autor”. Isso para ficarmos nos vivos. Sobre os mortos, quem disse que Dante desapareceu da paisagem no século 14? Quem disse que Charles Dickens não escreveu mais nada depois de 1870? Ambos continuarão produzindo pela eternidade afora.



Sim, talvez eu esteja exagerando. Somos filhos dos românticos. Aquilo que nos interessa em qualquer feito humano não é apenas o resultado; é o processo que conduz ao resultado. Entre dois poemas igualmente belos, um escrito por uma máquina e o outro por um ser humano,preferimos o poema escrito por um poeta de verdade. Há na imitação, mesmo na mais perfeita, uma mancha inapagável que desvaloriza o produto final. Se assim não fosse, um quadro de Van Gogh e uma cópia primorosa do mesmo quadro teriam o mesmo valor - monetário e artístico. Claro: para o comum dos mortais, uma exposição só com quadros forjados de Van Gogh chegava e sobrava. Mas bastaria informar o público de que os quadros eram falsificações para que o entusiasmo se evaporasse.



Dito de outra forma: buscamos experiências autênticas, e não apenas experiências. Isso significa que a sobrevivência das artes e das letras exige autenticidade humana. Mas como aferir essa autenticidade na era da inteligência artificial? Acredito, ou quero muito acreditar, que haverá formas igualmente virtuais de detectar o que é produto da máquina e não do homem. Se isso não for possível, imagino um futuro próximo em que o escritor só será lido se for também um performer da sua obra: sentado no palco, escrevendo o seu romance ou o seu poema, e os leitores na plateia, como testemunhas, acompanhando as palavras na tela gigante. O livro será o resultado dessas sessões teatrais.


(João Pereira Coutinho - Gazeta do Povo. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/joao-pereira-coutinho-inteligência-artificial-chatgpt-arte/)

Analise morfologicamente os trechos abaixo e assinale a opção correta dos termos sublinhados, sob o ponto de vista dos gramáticos Celso Cunha e Lindley Cintra.

I- "Será possível produzir livros, quadros ou músicas sem nenhuma intervenção humana. Melhor, ou pior: [...]'(6°§)
II- ‘Mas programas como o ChatGPT - eis o nome do monstro” [...] (5º§)
III- "Uma boa razão para tolerar idiotas é que eles podem proporcionar entretenimento e diversão infindos com suas ações insensatas e crenças equivocadas, desde que estejamos a uma distância segura.” (3°§)
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️
  5. ✂️

5Q1058368 | Português, Pontuação, Letras, Quadro Técnico, Marinha, 2025

Texto associado.

Leia o texto e responda a questão.

Texto Il



RETRATO DO ARTISTA QUANDO MÁQUINA



Tempos atrás, um colega enviou-me um e-mail com um pedido. Ele tinha escrito um ensaio sobre um tema que me é familiar. Estaria eu disposto a ler e a dar uma opinião? Aceitei. Li. Ensaio rigoroso, sem grandes floreados estilísticos e muito bem estruturado. Gostei. Ele agradeceu a ajuda e depois informou-me, entre risos, que o ensaio tinha sido escrito por um software de inteligência artificial.



Desconfiei. Uma maquina não podia escrever assim. O texto soava demasiado humano. Ele enviou o mesmo ensaio, mas com algumas variações. Em rima, em diálogo, como piada, como tragédia clássica, em estilo satírico, em estilo barroco etc. E convidou-me a experimentar. Entrei no site, fiz a experiência - escrevi: “Usando alguma ironia, me dê uma boa razão para tolerar idiotas”. Depois contemplei uma parte do meu mundo a desaparecer. Veja só o primeiro paragrafo:



“Uma boa razão para tolerar idiotas é que eles podem proporcionar entretenimento e diversão infindos com suas ações insensatas e crenças equivocadas, desde que estejamos a uma distância segura.”



Como professor, vou ser obrigado a dizer adeus aos ensaios e a regressar aos exames presenciais. Os plágios já eram uma praga da vida acadêmica. A inteligência artificial é outra coisa: um crime que não deixa qualquer rastro. É possivel produzir incontáveis textos sobre o mesmo assunto e nenhum deles ser igual aos restantes.



Mas programas como o ChatGPT - eis o nome do monstro - não sãc apenas uma ameaça para a vida acadéêica honesta. Podem ser o princípio do fim para a vida artística, literária ou jornalística, o que não deixa de ser um pensamento aterrador. Quem diria que as profissões criativas também estariam na lista negra do progresso tecnológico? Poucos. Ninguém. Dias atras, Derek Thomson escrevia na revista Aflantic que vários pesquisadores de Oxford anteciparam em 2013 as profissões que seriam destruidas pela automação e pela inteligência artificial. Todas elas eram ocupações repetitivas, manuais e sem imaginação. Os arquitetos e os escritores estariam a salvo, afirma ironicamente Thomson.



Não mais. Será possível produzir livros, quadros ou musicas sem nenhuma intervenção humana. Melhor, ou pior: será possivel programar um computador para que ele escreva ou pinte como o romancista X ou o artista Y. No limite, o autor só tem de produzir uma única obra. Depois, o seu estilo será incorporado pela máquina, que acabará regurgitando novas produções do mesmo “autor”. Isso para ficarmos nos vivos. Sobre os mortos, quem disse que Dante desapareceu da paisagem no século 14? Quem disse que Charles Dickens não escreveu mais nada depois de 1870? Ambos continuarão produzindo pela eternidade afora.



Sim, talvez eu esteja exagerando. Somos filhos dos românticos. Aquilo que nos interessa em qualquer feito humano não é apenas o resultado; é o processo que conduz ao resultado. Entre dois poemas igualmente belos, um escrito por uma máquina e o outro por um ser humano,preferimos o poema escrito por um poeta de verdade. Há na imitação, mesmo na mais perfeita, uma mancha inapagável que desvaloriza o produto final. Se assim não fosse, um quadro de Van Gogh e uma cópia primorosa do mesmo quadro teriam o mesmo valor - monetário e artístico. Claro: para o comum dos mortais, uma exposição só com quadros forjados de Van Gogh chegava e sobrava. Mas bastaria informar o público de que os quadros eram falsificações para que o entusiasmo se evaporasse.



Dito de outra forma: buscamos experiências autênticas, e não apenas experiências. Isso significa que a sobrevivência das artes e das letras exige autenticidade humana. Mas como aferir essa autenticidade na era da inteligência artificial? Acredito, ou quero muito acreditar, que haverá formas igualmente virtuais de detectar o que é produto da máquina e não do homem. Se isso não for possível, imagino um futuro próximo em que o escritor só será lido se for também um performer da sua obra: sentado no palco, escrevendo o seu romance ou o seu poema, e os leitores na plateia, como testemunhas, acompanhando as palavras na tela gigante. O livro será o resultado dessas sessões teatrais.


(João Pereira Coutinho - Gazeta do Povo. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/joao-pereira-coutinho-inteligência-artificial-chatgpt-arte/)

Leia o trecho abaixa:
“Como professor, vou ser obrigado a dizer adeus aos ensaios e a regressar aos exames presenciais. Os plágios já eram uma praga da vida acadêmica. A inteligência artificial é outra coisa: um crime que não deixa qualquer rastro.” (4°§)

Assinale a opção em que a reescritura do trecho esta de acordo com a norma-padrão e mantém as relações semântico-discursivas originais.
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️
  5. ✂️

6Q1058369 | Português, Pontuação, Letras, Quadro Técnico, Marinha, 2025

Texto associado.

Leia o texto e responda a questão.

Texto Il



RETRATO DO ARTISTA QUANDO MÁQUINA



Tempos atrás, um colega enviou-me um e-mail com um pedido. Ele tinha escrito um ensaio sobre um tema que me é familiar. Estaria eu disposto a ler e a dar uma opinião? Aceitei. Li. Ensaio rigoroso, sem grandes floreados estilísticos e muito bem estruturado. Gostei. Ele agradeceu a ajuda e depois informou-me, entre risos, que o ensaio tinha sido escrito por um software de inteligência artificial.



Desconfiei. Uma maquina não podia escrever assim. O texto soava demasiado humano. Ele enviou o mesmo ensaio, mas com algumas variações. Em rima, em diálogo, como piada, como tragédia clássica, em estilo satírico, em estilo barroco etc. E convidou-me a experimentar. Entrei no site, fiz a experiência - escrevi: “Usando alguma ironia, me dê uma boa razão para tolerar idiotas”. Depois contemplei uma parte do meu mundo a desaparecer. Veja só o primeiro paragrafo:



“Uma boa razão para tolerar idiotas é que eles podem proporcionar entretenimento e diversão infindos com suas ações insensatas e crenças equivocadas, desde que estejamos a uma distância segura.”



Como professor, vou ser obrigado a dizer adeus aos ensaios e a regressar aos exames presenciais. Os plágios já eram uma praga da vida acadêmica. A inteligência artificial é outra coisa: um crime que não deixa qualquer rastro. É possivel produzir incontáveis textos sobre o mesmo assunto e nenhum deles ser igual aos restantes.



Mas programas como o ChatGPT - eis o nome do monstro - não sãc apenas uma ameaça para a vida acadéêica honesta. Podem ser o princípio do fim para a vida artística, literária ou jornalística, o que não deixa de ser um pensamento aterrador. Quem diria que as profissões criativas também estariam na lista negra do progresso tecnológico? Poucos. Ninguém. Dias atras, Derek Thomson escrevia na revista Aflantic que vários pesquisadores de Oxford anteciparam em 2013 as profissões que seriam destruidas pela automação e pela inteligência artificial. Todas elas eram ocupações repetitivas, manuais e sem imaginação. Os arquitetos e os escritores estariam a salvo, afirma ironicamente Thomson.



Não mais. Será possível produzir livros, quadros ou musicas sem nenhuma intervenção humana. Melhor, ou pior: será possivel programar um computador para que ele escreva ou pinte como o romancista X ou o artista Y. No limite, o autor só tem de produzir uma única obra. Depois, o seu estilo será incorporado pela máquina, que acabará regurgitando novas produções do mesmo “autor”. Isso para ficarmos nos vivos. Sobre os mortos, quem disse que Dante desapareceu da paisagem no século 14? Quem disse que Charles Dickens não escreveu mais nada depois de 1870? Ambos continuarão produzindo pela eternidade afora.



Sim, talvez eu esteja exagerando. Somos filhos dos românticos. Aquilo que nos interessa em qualquer feito humano não é apenas o resultado; é o processo que conduz ao resultado. Entre dois poemas igualmente belos, um escrito por uma máquina e o outro por um ser humano,preferimos o poema escrito por um poeta de verdade. Há na imitação, mesmo na mais perfeita, uma mancha inapagável que desvaloriza o produto final. Se assim não fosse, um quadro de Van Gogh e uma cópia primorosa do mesmo quadro teriam o mesmo valor - monetário e artístico. Claro: para o comum dos mortais, uma exposição só com quadros forjados de Van Gogh chegava e sobrava. Mas bastaria informar o público de que os quadros eram falsificações para que o entusiasmo se evaporasse.



Dito de outra forma: buscamos experiências autênticas, e não apenas experiências. Isso significa que a sobrevivência das artes e das letras exige autenticidade humana. Mas como aferir essa autenticidade na era da inteligência artificial? Acredito, ou quero muito acreditar, que haverá formas igualmente virtuais de detectar o que é produto da máquina e não do homem. Se isso não for possível, imagino um futuro próximo em que o escritor só será lido se for também um performer da sua obra: sentado no palco, escrevendo o seu romance ou o seu poema, e os leitores na plateia, como testemunhas, acompanhando as palavras na tela gigante. O livro será o resultado dessas sessões teatrais.


(João Pereira Coutinho - Gazeta do Povo. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/joao-pereira-coutinho-inteligência-artificial-chatgpt-arte/)

No trecho “Depois, o seu estilo será incorporado pela máquina, que acabara regurgitando novas produções do mesmo ‘autor’.” (6°§), o uso das aspas no vocábulo sublinhado, segundo a intencionalidade do narrador, é indicado para:

I- Fazer sobressair o termo em destaque, o qual não é peculiar ao texto.
II- Acentuar o valor denotativo da palavra em destaque.
III- Realçar ironicamente a palavra em destaque.

Assinale a opção correta.
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️
  5. ✂️

7Q1058370 | Português, Sintaxe, Letras, Quadro Técnico, Marinha, 2025

Texto associado.

Leia o texto e responda a questão.

Texto Il



RETRATO DO ARTISTA QUANDO MÁQUINA



Tempos atrás, um colega enviou-me um e-mail com um pedido. Ele tinha escrito um ensaio sobre um tema que me é familiar. Estaria eu disposto a ler e a dar uma opinião? Aceitei. Li. Ensaio rigoroso, sem grandes floreados estilísticos e muito bem estruturado. Gostei. Ele agradeceu a ajuda e depois informou-me, entre risos, que o ensaio tinha sido escrito por um software de inteligência artificial.



Desconfiei. Uma maquina não podia escrever assim. O texto soava demasiado humano. Ele enviou o mesmo ensaio, mas com algumas variações. Em rima, em diálogo, como piada, como tragédia clássica, em estilo satírico, em estilo barroco etc. E convidou-me a experimentar. Entrei no site, fiz a experiência - escrevi: “Usando alguma ironia, me dê uma boa razão para tolerar idiotas”. Depois contemplei uma parte do meu mundo a desaparecer. Veja só o primeiro paragrafo:



“Uma boa razão para tolerar idiotas é que eles podem proporcionar entretenimento e diversão infindos com suas ações insensatas e crenças equivocadas, desde que estejamos a uma distância segura.”



Como professor, vou ser obrigado a dizer adeus aos ensaios e a regressar aos exames presenciais. Os plágios já eram uma praga da vida acadêmica. A inteligência artificial é outra coisa: um crime que não deixa qualquer rastro. É possivel produzir incontáveis textos sobre o mesmo assunto e nenhum deles ser igual aos restantes.



Mas programas como o ChatGPT - eis o nome do monstro - não sãc apenas uma ameaça para a vida acadéêica honesta. Podem ser o princípio do fim para a vida artística, literária ou jornalística, o que não deixa de ser um pensamento aterrador. Quem diria que as profissões criativas também estariam na lista negra do progresso tecnológico? Poucos. Ninguém. Dias atras, Derek Thomson escrevia na revista Aflantic que vários pesquisadores de Oxford anteciparam em 2013 as profissões que seriam destruidas pela automação e pela inteligência artificial. Todas elas eram ocupações repetitivas, manuais e sem imaginação. Os arquitetos e os escritores estariam a salvo, afirma ironicamente Thomson.



Não mais. Será possível produzir livros, quadros ou musicas sem nenhuma intervenção humana. Melhor, ou pior: será possivel programar um computador para que ele escreva ou pinte como o romancista X ou o artista Y. No limite, o autor só tem de produzir uma única obra. Depois, o seu estilo será incorporado pela máquina, que acabará regurgitando novas produções do mesmo “autor”. Isso para ficarmos nos vivos. Sobre os mortos, quem disse que Dante desapareceu da paisagem no século 14? Quem disse que Charles Dickens não escreveu mais nada depois de 1870? Ambos continuarão produzindo pela eternidade afora.



Sim, talvez eu esteja exagerando. Somos filhos dos românticos. Aquilo que nos interessa em qualquer feito humano não é apenas o resultado; é o processo que conduz ao resultado. Entre dois poemas igualmente belos, um escrito por uma máquina e o outro por um ser humano,preferimos o poema escrito por um poeta de verdade. Há na imitação, mesmo na mais perfeita, uma mancha inapagável que desvaloriza o produto final. Se assim não fosse, um quadro de Van Gogh e uma cópia primorosa do mesmo quadro teriam o mesmo valor - monetário e artístico. Claro: para o comum dos mortais, uma exposição só com quadros forjados de Van Gogh chegava e sobrava. Mas bastaria informar o público de que os quadros eram falsificações para que o entusiasmo se evaporasse.



Dito de outra forma: buscamos experiências autênticas, e não apenas experiências. Isso significa que a sobrevivência das artes e das letras exige autenticidade humana. Mas como aferir essa autenticidade na era da inteligência artificial? Acredito, ou quero muito acreditar, que haverá formas igualmente virtuais de detectar o que é produto da máquina e não do homem. Se isso não for possível, imagino um futuro próximo em que o escritor só será lido se for também um performer da sua obra: sentado no palco, escrevendo o seu romance ou o seu poema, e os leitores na plateia, como testemunhas, acompanhando as palavras na tela gigante. O livro será o resultado dessas sessões teatrais.


(João Pereira Coutinho - Gazeta do Povo. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/joao-pereira-coutinho-inteligência-artificial-chatgpt-arte/)

Assinale a opção em que ocorre aposto.
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️
  5. ✂️

8Q1058371 | Português, Interpretação de Textos, Letras, Quadro Técnico, Marinha, 2025

Texto associado.

Leia o texto e responda a questão.

Texto Il



RETRATO DO ARTISTA QUANDO MÁQUINA



Tempos atrás, um colega enviou-me um e-mail com um pedido. Ele tinha escrito um ensaio sobre um tema que me é familiar. Estaria eu disposto a ler e a dar uma opinião? Aceitei. Li. Ensaio rigoroso, sem grandes floreados estilísticos e muito bem estruturado. Gostei. Ele agradeceu a ajuda e depois informou-me, entre risos, que o ensaio tinha sido escrito por um software de inteligência artificial.



Desconfiei. Uma maquina não podia escrever assim. O texto soava demasiado humano. Ele enviou o mesmo ensaio, mas com algumas variações. Em rima, em diálogo, como piada, como tragédia clássica, em estilo satírico, em estilo barroco etc. E convidou-me a experimentar. Entrei no site, fiz a experiência - escrevi: “Usando alguma ironia, me dê uma boa razão para tolerar idiotas”. Depois contemplei uma parte do meu mundo a desaparecer. Veja só o primeiro paragrafo:



“Uma boa razão para tolerar idiotas é que eles podem proporcionar entretenimento e diversão infindos com suas ações insensatas e crenças equivocadas, desde que estejamos a uma distância segura.”



Como professor, vou ser obrigado a dizer adeus aos ensaios e a regressar aos exames presenciais. Os plágios já eram uma praga da vida acadêmica. A inteligência artificial é outra coisa: um crime que não deixa qualquer rastro. É possivel produzir incontáveis textos sobre o mesmo assunto e nenhum deles ser igual aos restantes.



Mas programas como o ChatGPT - eis o nome do monstro - não sãc apenas uma ameaça para a vida acadéêica honesta. Podem ser o princípio do fim para a vida artística, literária ou jornalística, o que não deixa de ser um pensamento aterrador. Quem diria que as profissões criativas também estariam na lista negra do progresso tecnológico? Poucos. Ninguém. Dias atras, Derek Thomson escrevia na revista Aflantic que vários pesquisadores de Oxford anteciparam em 2013 as profissões que seriam destruidas pela automação e pela inteligência artificial. Todas elas eram ocupações repetitivas, manuais e sem imaginação. Os arquitetos e os escritores estariam a salvo, afirma ironicamente Thomson.



Não mais. Será possível produzir livros, quadros ou musicas sem nenhuma intervenção humana. Melhor, ou pior: será possivel programar um computador para que ele escreva ou pinte como o romancista X ou o artista Y. No limite, o autor só tem de produzir uma única obra. Depois, o seu estilo será incorporado pela máquina, que acabará regurgitando novas produções do mesmo “autor”. Isso para ficarmos nos vivos. Sobre os mortos, quem disse que Dante desapareceu da paisagem no século 14? Quem disse que Charles Dickens não escreveu mais nada depois de 1870? Ambos continuarão produzindo pela eternidade afora.



Sim, talvez eu esteja exagerando. Somos filhos dos românticos. Aquilo que nos interessa em qualquer feito humano não é apenas o resultado; é o processo que conduz ao resultado. Entre dois poemas igualmente belos, um escrito por uma máquina e o outro por um ser humano,preferimos o poema escrito por um poeta de verdade. Há na imitação, mesmo na mais perfeita, uma mancha inapagável que desvaloriza o produto final. Se assim não fosse, um quadro de Van Gogh e uma cópia primorosa do mesmo quadro teriam o mesmo valor - monetário e artístico. Claro: para o comum dos mortais, uma exposição só com quadros forjados de Van Gogh chegava e sobrava. Mas bastaria informar o público de que os quadros eram falsificações para que o entusiasmo se evaporasse.



Dito de outra forma: buscamos experiências autênticas, e não apenas experiências. Isso significa que a sobrevivência das artes e das letras exige autenticidade humana. Mas como aferir essa autenticidade na era da inteligência artificial? Acredito, ou quero muito acreditar, que haverá formas igualmente virtuais de detectar o que é produto da máquina e não do homem. Se isso não for possível, imagino um futuro próximo em que o escritor só será lido se for também um performer da sua obra: sentado no palco, escrevendo o seu romance ou o seu poema, e os leitores na plateia, como testemunhas, acompanhando as palavras na tela gigante. O livro será o resultado dessas sessões teatrais.


(João Pereira Coutinho - Gazeta do Povo. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/joao-pereira-coutinho-inteligência-artificial-chatgpt-arte/)

Com base na leitura do texto, é correto o que se afirma em:
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️
  5. ✂️

9Q1058372 | Português, Interpretação de Textos, Letras, Quadro Técnico, Marinha, 2025

Texto associado.

Leia o texto e responda a questão.

Texto Il



RETRATO DO ARTISTA QUANDO MÁQUINA



Tempos atrás, um colega enviou-me um e-mail com um pedido. Ele tinha escrito um ensaio sobre um tema que me é familiar. Estaria eu disposto a ler e a dar uma opinião? Aceitei. Li. Ensaio rigoroso, sem grandes floreados estilísticos e muito bem estruturado. Gostei. Ele agradeceu a ajuda e depois informou-me, entre risos, que o ensaio tinha sido escrito por um software de inteligência artificial.



Desconfiei. Uma maquina não podia escrever assim. O texto soava demasiado humano. Ele enviou o mesmo ensaio, mas com algumas variações. Em rima, em diálogo, como piada, como tragédia clássica, em estilo satírico, em estilo barroco etc. E convidou-me a experimentar. Entrei no site, fiz a experiência - escrevi: “Usando alguma ironia, me dê uma boa razão para tolerar idiotas”. Depois contemplei uma parte do meu mundo a desaparecer. Veja só o primeiro paragrafo:



“Uma boa razão para tolerar idiotas é que eles podem proporcionar entretenimento e diversão infindos com suas ações insensatas e crenças equivocadas, desde que estejamos a uma distância segura.”



Como professor, vou ser obrigado a dizer adeus aos ensaios e a regressar aos exames presenciais. Os plágios já eram uma praga da vida acadêmica. A inteligência artificial é outra coisa: um crime que não deixa qualquer rastro. É possivel produzir incontáveis textos sobre o mesmo assunto e nenhum deles ser igual aos restantes.



Mas programas como o ChatGPT - eis o nome do monstro - não sãc apenas uma ameaça para a vida acadéêica honesta. Podem ser o princípio do fim para a vida artística, literária ou jornalística, o que não deixa de ser um pensamento aterrador. Quem diria que as profissões criativas também estariam na lista negra do progresso tecnológico? Poucos. Ninguém. Dias atras, Derek Thomson escrevia na revista Aflantic que vários pesquisadores de Oxford anteciparam em 2013 as profissões que seriam destruidas pela automação e pela inteligência artificial. Todas elas eram ocupações repetitivas, manuais e sem imaginação. Os arquitetos e os escritores estariam a salvo, afirma ironicamente Thomson.



Não mais. Será possível produzir livros, quadros ou musicas sem nenhuma intervenção humana. Melhor, ou pior: será possivel programar um computador para que ele escreva ou pinte como o romancista X ou o artista Y. No limite, o autor só tem de produzir uma única obra. Depois, o seu estilo será incorporado pela máquina, que acabará regurgitando novas produções do mesmo “autor”. Isso para ficarmos nos vivos. Sobre os mortos, quem disse que Dante desapareceu da paisagem no século 14? Quem disse que Charles Dickens não escreveu mais nada depois de 1870? Ambos continuarão produzindo pela eternidade afora.



Sim, talvez eu esteja exagerando. Somos filhos dos românticos. Aquilo que nos interessa em qualquer feito humano não é apenas o resultado; é o processo que conduz ao resultado. Entre dois poemas igualmente belos, um escrito por uma máquina e o outro por um ser humano,preferimos o poema escrito por um poeta de verdade. Há na imitação, mesmo na mais perfeita, uma mancha inapagável que desvaloriza o produto final. Se assim não fosse, um quadro de Van Gogh e uma cópia primorosa do mesmo quadro teriam o mesmo valor - monetário e artístico. Claro: para o comum dos mortais, uma exposição só com quadros forjados de Van Gogh chegava e sobrava. Mas bastaria informar o público de que os quadros eram falsificações para que o entusiasmo se evaporasse.



Dito de outra forma: buscamos experiências autênticas, e não apenas experiências. Isso significa que a sobrevivência das artes e das letras exige autenticidade humana. Mas como aferir essa autenticidade na era da inteligência artificial? Acredito, ou quero muito acreditar, que haverá formas igualmente virtuais de detectar o que é produto da máquina e não do homem. Se isso não for possível, imagino um futuro próximo em que o escritor só será lido se for também um performer da sua obra: sentado no palco, escrevendo o seu romance ou o seu poema, e os leitores na plateia, como testemunhas, acompanhando as palavras na tela gigante. O livro será o resultado dessas sessões teatrais.


(João Pereira Coutinho - Gazeta do Povo. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/joao-pereira-coutinho-inteligência-artificial-chatgpt-arte/)

Leia os trechos a seguir.

I- "Uma máquina não podia escrever assim. O texto soava demasiado humano.” (2°§)
II- “Mas programas como o ChatGPT - eis o nome do monstro - não são apenas uma ameaça para a vida acadêmica honesta.” (5°§)
[...]será possível programar um computador para que ele escreva ou pinte como o romancista X ou o artista Y." (6°§)

Nos termos destacados, há figuras de presentes que denotam respectivamente:
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️
  5. ✂️

10Q1058373 | Português, Interpretação de Textos, Letras, Quadro Técnico, Marinha, 2025

Texto associado.

Leia o texto e responda a questão.

Texto Il



RETRATO DO ARTISTA QUANDO MÁQUINA



Tempos atrás, um colega enviou-me um e-mail com um pedido. Ele tinha escrito um ensaio sobre um tema que me é familiar. Estaria eu disposto a ler e a dar uma opinião? Aceitei. Li. Ensaio rigoroso, sem grandes floreados estilísticos e muito bem estruturado. Gostei. Ele agradeceu a ajuda e depois informou-me, entre risos, que o ensaio tinha sido escrito por um software de inteligência artificial.



Desconfiei. Uma maquina não podia escrever assim. O texto soava demasiado humano. Ele enviou o mesmo ensaio, mas com algumas variações. Em rima, em diálogo, como piada, como tragédia clássica, em estilo satírico, em estilo barroco etc. E convidou-me a experimentar. Entrei no site, fiz a experiência - escrevi: “Usando alguma ironia, me dê uma boa razão para tolerar idiotas”. Depois contemplei uma parte do meu mundo a desaparecer. Veja só o primeiro paragrafo:



“Uma boa razão para tolerar idiotas é que eles podem proporcionar entretenimento e diversão infindos com suas ações insensatas e crenças equivocadas, desde que estejamos a uma distância segura.”



Como professor, vou ser obrigado a dizer adeus aos ensaios e a regressar aos exames presenciais. Os plágios já eram uma praga da vida acadêmica. A inteligência artificial é outra coisa: um crime que não deixa qualquer rastro. É possivel produzir incontáveis textos sobre o mesmo assunto e nenhum deles ser igual aos restantes.



Mas programas como o ChatGPT - eis o nome do monstro - não sãc apenas uma ameaça para a vida acadéêica honesta. Podem ser o princípio do fim para a vida artística, literária ou jornalística, o que não deixa de ser um pensamento aterrador. Quem diria que as profissões criativas também estariam na lista negra do progresso tecnológico? Poucos. Ninguém. Dias atras, Derek Thomson escrevia na revista Aflantic que vários pesquisadores de Oxford anteciparam em 2013 as profissões que seriam destruidas pela automação e pela inteligência artificial. Todas elas eram ocupações repetitivas, manuais e sem imaginação. Os arquitetos e os escritores estariam a salvo, afirma ironicamente Thomson.



Não mais. Será possível produzir livros, quadros ou musicas sem nenhuma intervenção humana. Melhor, ou pior: será possivel programar um computador para que ele escreva ou pinte como o romancista X ou o artista Y. No limite, o autor só tem de produzir uma única obra. Depois, o seu estilo será incorporado pela máquina, que acabará regurgitando novas produções do mesmo “autor”. Isso para ficarmos nos vivos. Sobre os mortos, quem disse que Dante desapareceu da paisagem no século 14? Quem disse que Charles Dickens não escreveu mais nada depois de 1870? Ambos continuarão produzindo pela eternidade afora.



Sim, talvez eu esteja exagerando. Somos filhos dos românticos. Aquilo que nos interessa em qualquer feito humano não é apenas o resultado; é o processo que conduz ao resultado. Entre dois poemas igualmente belos, um escrito por uma máquina e o outro por um ser humano,preferimos o poema escrito por um poeta de verdade. Há na imitação, mesmo na mais perfeita, uma mancha inapagável que desvaloriza o produto final. Se assim não fosse, um quadro de Van Gogh e uma cópia primorosa do mesmo quadro teriam o mesmo valor - monetário e artístico. Claro: para o comum dos mortais, uma exposição só com quadros forjados de Van Gogh chegava e sobrava. Mas bastaria informar o público de que os quadros eram falsificações para que o entusiasmo se evaporasse.



Dito de outra forma: buscamos experiências autênticas, e não apenas experiências. Isso significa que a sobrevivência das artes e das letras exige autenticidade humana. Mas como aferir essa autenticidade na era da inteligência artificial? Acredito, ou quero muito acreditar, que haverá formas igualmente virtuais de detectar o que é produto da máquina e não do homem. Se isso não for possível, imagino um futuro próximo em que o escritor só será lido se for também um performer da sua obra: sentado no palco, escrevendo o seu romance ou o seu poema, e os leitores na plateia, como testemunhas, acompanhando as palavras na tela gigante. O livro será o resultado dessas sessões teatrais.


(João Pereira Coutinho - Gazeta do Povo. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/joao-pereira-coutinho-inteligência-artificial-chatgpt-arte/)

“Acredito, ou quero muito acreditar, que haverá formas igualmente virtuais de detectar o que é produto da maquina e não do homem. Se isso não for possivel, imagino um futuro proximo em que o escritor só será lido se for também um performer da sua obra: [...]". (8°§)

Analise o trecho acima e assinale a opção correta quanto aos valores afetivos do pronome demonstrativo sublinhado.
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️
  5. ✂️

11Q1058374 | Português, Morfologia, Letras, Quadro Técnico, Marinha, 2025

Texto associado.

Leia o texto e responda a questão.

Texto Il



RETRATO DO ARTISTA QUANDO MÁQUINA



Tempos atrás, um colega enviou-me um e-mail com um pedido. Ele tinha escrito um ensaio sobre um tema que me é familiar. Estaria eu disposto a ler e a dar uma opinião? Aceitei. Li. Ensaio rigoroso, sem grandes floreados estilísticos e muito bem estruturado. Gostei. Ele agradeceu a ajuda e depois informou-me, entre risos, que o ensaio tinha sido escrito por um software de inteligência artificial.



Desconfiei. Uma maquina não podia escrever assim. O texto soava demasiado humano. Ele enviou o mesmo ensaio, mas com algumas variações. Em rima, em diálogo, como piada, como tragédia clássica, em estilo satírico, em estilo barroco etc. E convidou-me a experimentar. Entrei no site, fiz a experiência - escrevi: “Usando alguma ironia, me dê uma boa razão para tolerar idiotas”. Depois contemplei uma parte do meu mundo a desaparecer. Veja só o primeiro paragrafo:



“Uma boa razão para tolerar idiotas é que eles podem proporcionar entretenimento e diversão infindos com suas ações insensatas e crenças equivocadas, desde que estejamos a uma distância segura.”



Como professor, vou ser obrigado a dizer adeus aos ensaios e a regressar aos exames presenciais. Os plágios já eram uma praga da vida acadêmica. A inteligência artificial é outra coisa: um crime que não deixa qualquer rastro. É possivel produzir incontáveis textos sobre o mesmo assunto e nenhum deles ser igual aos restantes.



Mas programas como o ChatGPT - eis o nome do monstro - não sãc apenas uma ameaça para a vida acadéêica honesta. Podem ser o princípio do fim para a vida artística, literária ou jornalística, o que não deixa de ser um pensamento aterrador. Quem diria que as profissões criativas também estariam na lista negra do progresso tecnológico? Poucos. Ninguém. Dias atras, Derek Thomson escrevia na revista Aflantic que vários pesquisadores de Oxford anteciparam em 2013 as profissões que seriam destruidas pela automação e pela inteligência artificial. Todas elas eram ocupações repetitivas, manuais e sem imaginação. Os arquitetos e os escritores estariam a salvo, afirma ironicamente Thomson.



Não mais. Será possível produzir livros, quadros ou musicas sem nenhuma intervenção humana. Melhor, ou pior: será possivel programar um computador para que ele escreva ou pinte como o romancista X ou o artista Y. No limite, o autor só tem de produzir uma única obra. Depois, o seu estilo será incorporado pela máquina, que acabará regurgitando novas produções do mesmo “autor”. Isso para ficarmos nos vivos. Sobre os mortos, quem disse que Dante desapareceu da paisagem no século 14? Quem disse que Charles Dickens não escreveu mais nada depois de 1870? Ambos continuarão produzindo pela eternidade afora.



Sim, talvez eu esteja exagerando. Somos filhos dos românticos. Aquilo que nos interessa em qualquer feito humano não é apenas o resultado; é o processo que conduz ao resultado. Entre dois poemas igualmente belos, um escrito por uma máquina e o outro por um ser humano,preferimos o poema escrito por um poeta de verdade. Há na imitação, mesmo na mais perfeita, uma mancha inapagável que desvaloriza o produto final. Se assim não fosse, um quadro de Van Gogh e uma cópia primorosa do mesmo quadro teriam o mesmo valor - monetário e artístico. Claro: para o comum dos mortais, uma exposição só com quadros forjados de Van Gogh chegava e sobrava. Mas bastaria informar o público de que os quadros eram falsificações para que o entusiasmo se evaporasse.



Dito de outra forma: buscamos experiências autênticas, e não apenas experiências. Isso significa que a sobrevivência das artes e das letras exige autenticidade humana. Mas como aferir essa autenticidade na era da inteligência artificial? Acredito, ou quero muito acreditar, que haverá formas igualmente virtuais de detectar o que é produto da máquina e não do homem. Se isso não for possível, imagino um futuro próximo em que o escritor só será lido se for também um performer da sua obra: sentado no palco, escrevendo o seu romance ou o seu poema, e os leitores na plateia, como testemunhas, acompanhando as palavras na tela gigante. O livro será o resultado dessas sessões teatrais.


(João Pereira Coutinho - Gazeta do Povo. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/joao-pereira-coutinho-inteligência-artificial-chatgpt-arte/)

"Acredito, ou quero muito acreditar, que haverá formas igualmente virtuais de detectar o que é produto da máquina e não do homem”. (8°§)

No trecho acima, analise morfologicamente o termo sublinhado e assinale a opção correta.
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️
  5. ✂️

12Q1058375 | Português, Ortografia, Letras, Quadro Técnico, Marinha, 2025

Texto associado.

Leia o texto e responda a questão.

Texto Il



RETRATO DO ARTISTA QUANDO MÁQUINA



Tempos atrás, um colega enviou-me um e-mail com um pedido. Ele tinha escrito um ensaio sobre um tema que me é familiar. Estaria eu disposto a ler e a dar uma opinião? Aceitei. Li. Ensaio rigoroso, sem grandes floreados estilísticos e muito bem estruturado. Gostei. Ele agradeceu a ajuda e depois informou-me, entre risos, que o ensaio tinha sido escrito por um software de inteligência artificial.



Desconfiei. Uma maquina não podia escrever assim. O texto soava demasiado humano. Ele enviou o mesmo ensaio, mas com algumas variações. Em rima, em diálogo, como piada, como tragédia clássica, em estilo satírico, em estilo barroco etc. E convidou-me a experimentar. Entrei no site, fiz a experiência - escrevi: “Usando alguma ironia, me dê uma boa razão para tolerar idiotas”. Depois contemplei uma parte do meu mundo a desaparecer. Veja só o primeiro paragrafo:



“Uma boa razão para tolerar idiotas é que eles podem proporcionar entretenimento e diversão infindos com suas ações insensatas e crenças equivocadas, desde que estejamos a uma distância segura.”



Como professor, vou ser obrigado a dizer adeus aos ensaios e a regressar aos exames presenciais. Os plágios já eram uma praga da vida acadêmica. A inteligência artificial é outra coisa: um crime que não deixa qualquer rastro. É possivel produzir incontáveis textos sobre o mesmo assunto e nenhum deles ser igual aos restantes.



Mas programas como o ChatGPT - eis o nome do monstro - não sãc apenas uma ameaça para a vida acadéêica honesta. Podem ser o princípio do fim para a vida artística, literária ou jornalística, o que não deixa de ser um pensamento aterrador. Quem diria que as profissões criativas também estariam na lista negra do progresso tecnológico? Poucos. Ninguém. Dias atras, Derek Thomson escrevia na revista Aflantic que vários pesquisadores de Oxford anteciparam em 2013 as profissões que seriam destruidas pela automação e pela inteligência artificial. Todas elas eram ocupações repetitivas, manuais e sem imaginação. Os arquitetos e os escritores estariam a salvo, afirma ironicamente Thomson.



Não mais. Será possível produzir livros, quadros ou musicas sem nenhuma intervenção humana. Melhor, ou pior: será possivel programar um computador para que ele escreva ou pinte como o romancista X ou o artista Y. No limite, o autor só tem de produzir uma única obra. Depois, o seu estilo será incorporado pela máquina, que acabará regurgitando novas produções do mesmo “autor”. Isso para ficarmos nos vivos. Sobre os mortos, quem disse que Dante desapareceu da paisagem no século 14? Quem disse que Charles Dickens não escreveu mais nada depois de 1870? Ambos continuarão produzindo pela eternidade afora.



Sim, talvez eu esteja exagerando. Somos filhos dos românticos. Aquilo que nos interessa em qualquer feito humano não é apenas o resultado; é o processo que conduz ao resultado. Entre dois poemas igualmente belos, um escrito por uma máquina e o outro por um ser humano,preferimos o poema escrito por um poeta de verdade. Há na imitação, mesmo na mais perfeita, uma mancha inapagável que desvaloriza o produto final. Se assim não fosse, um quadro de Van Gogh e uma cópia primorosa do mesmo quadro teriam o mesmo valor - monetário e artístico. Claro: para o comum dos mortais, uma exposição só com quadros forjados de Van Gogh chegava e sobrava. Mas bastaria informar o público de que os quadros eram falsificações para que o entusiasmo se evaporasse.



Dito de outra forma: buscamos experiências autênticas, e não apenas experiências. Isso significa que a sobrevivência das artes e das letras exige autenticidade humana. Mas como aferir essa autenticidade na era da inteligência artificial? Acredito, ou quero muito acreditar, que haverá formas igualmente virtuais de detectar o que é produto da máquina e não do homem. Se isso não for possível, imagino um futuro próximo em que o escritor só será lido se for também um performer da sua obra: sentado no palco, escrevendo o seu romance ou o seu poema, e os leitores na plateia, como testemunhas, acompanhando as palavras na tela gigante. O livro será o resultado dessas sessões teatrais.


(João Pereira Coutinho - Gazeta do Povo. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/joao-pereira-coutinho-inteligência-artificial-chatgpt-arte/)

Observe a vogal destacada no trecho abaixo apenas como forma de exemplificação para fins de análise das afirmativas a seguir.

“[...] as profissões que seriam destruídas pela automação e pela inteligência artificial.” (5º§)

Quanto às regras de acentuação gráfica da vogal tônica grafada em i, analise de modo geral, colocando F (falso) ou V (verdadeiro) nas afirmativas abaixo, e assinale a seguir a opção correta.

() Leva acento agudo a vogal tônica i das palavras oxitonas quando, mesmo precedida de ditongo decrescente, está em posição final, sozinha na sílaba.
() Leva acento agudo a vogal tonica i das palavras paroxítonas quando essa vogal estiver precedida de ditongo decrescente.
() Leva acento agudo a vogal tonica i das palavras paroxítonas e oxítonas quando antecedida de vogal com que não forma ditongo, e desde que não constitua sílaba com a consoante seguinte, com exceção de a consoante seguinte ser s.
() Nao leva acento agudo a vogal tonica i das palavras paroxítonas e oxítonas quando precede o dígrafo nh.
() Não leva acento agudo a vogal ténica i das palavras paroxítonas e oxítonas quando constitui sílaba com as consoantes l, m, n, r, s.
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️
  5. ✂️

13Q1058376 | Português, Sintaxe, Letras, Quadro Técnico, Marinha, 2025

Texto associado.

Leia o texto e responda a questão.

Texto Il



RETRATO DO ARTISTA QUANDO MÁQUINA



Tempos atrás, um colega enviou-me um e-mail com um pedido. Ele tinha escrito um ensaio sobre um tema que me é familiar. Estaria eu disposto a ler e a dar uma opinião? Aceitei. Li. Ensaio rigoroso, sem grandes floreados estilísticos e muito bem estruturado. Gostei. Ele agradeceu a ajuda e depois informou-me, entre risos, que o ensaio tinha sido escrito por um software de inteligência artificial.



Desconfiei. Uma maquina não podia escrever assim. O texto soava demasiado humano. Ele enviou o mesmo ensaio, mas com algumas variações. Em rima, em diálogo, como piada, como tragédia clássica, em estilo satírico, em estilo barroco etc. E convidou-me a experimentar. Entrei no site, fiz a experiência - escrevi: “Usando alguma ironia, me dê uma boa razão para tolerar idiotas”. Depois contemplei uma parte do meu mundo a desaparecer. Veja só o primeiro paragrafo:



“Uma boa razão para tolerar idiotas é que eles podem proporcionar entretenimento e diversão infindos com suas ações insensatas e crenças equivocadas, desde que estejamos a uma distância segura.”



Como professor, vou ser obrigado a dizer adeus aos ensaios e a regressar aos exames presenciais. Os plágios já eram uma praga da vida acadêmica. A inteligência artificial é outra coisa: um crime que não deixa qualquer rastro. É possivel produzir incontáveis textos sobre o mesmo assunto e nenhum deles ser igual aos restantes.



Mas programas como o ChatGPT - eis o nome do monstro - não sãc apenas uma ameaça para a vida acadéêica honesta. Podem ser o princípio do fim para a vida artística, literária ou jornalística, o que não deixa de ser um pensamento aterrador. Quem diria que as profissões criativas também estariam na lista negra do progresso tecnológico? Poucos. Ninguém. Dias atras, Derek Thomson escrevia na revista Aflantic que vários pesquisadores de Oxford anteciparam em 2013 as profissões que seriam destruidas pela automação e pela inteligência artificial. Todas elas eram ocupações repetitivas, manuais e sem imaginação. Os arquitetos e os escritores estariam a salvo, afirma ironicamente Thomson.



Não mais. Será possível produzir livros, quadros ou musicas sem nenhuma intervenção humana. Melhor, ou pior: será possivel programar um computador para que ele escreva ou pinte como o romancista X ou o artista Y. No limite, o autor só tem de produzir uma única obra. Depois, o seu estilo será incorporado pela máquina, que acabará regurgitando novas produções do mesmo “autor”. Isso para ficarmos nos vivos. Sobre os mortos, quem disse que Dante desapareceu da paisagem no século 14? Quem disse que Charles Dickens não escreveu mais nada depois de 1870? Ambos continuarão produzindo pela eternidade afora.



Sim, talvez eu esteja exagerando. Somos filhos dos românticos. Aquilo que nos interessa em qualquer feito humano não é apenas o resultado; é o processo que conduz ao resultado. Entre dois poemas igualmente belos, um escrito por uma máquina e o outro por um ser humano,preferimos o poema escrito por um poeta de verdade. Há na imitação, mesmo na mais perfeita, uma mancha inapagável que desvaloriza o produto final. Se assim não fosse, um quadro de Van Gogh e uma cópia primorosa do mesmo quadro teriam o mesmo valor - monetário e artístico. Claro: para o comum dos mortais, uma exposição só com quadros forjados de Van Gogh chegava e sobrava. Mas bastaria informar o público de que os quadros eram falsificações para que o entusiasmo se evaporasse.



Dito de outra forma: buscamos experiências autênticas, e não apenas experiências. Isso significa que a sobrevivência das artes e das letras exige autenticidade humana. Mas como aferir essa autenticidade na era da inteligência artificial? Acredito, ou quero muito acreditar, que haverá formas igualmente virtuais de detectar o que é produto da máquina e não do homem. Se isso não for possível, imagino um futuro próximo em que o escritor só será lido se for também um performer da sua obra: sentado no palco, escrevendo o seu romance ou o seu poema, e os leitores na plateia, como testemunhas, acompanhando as palavras na tela gigante. O livro será o resultado dessas sessões teatrais.


(João Pereira Coutinho - Gazeta do Povo. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/joao-pereira-coutinho-inteligência-artificial-chatgpt-arte/)

Assinale a opção em que o comentário acerca da sentença destacada está correto.
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️
  5. ✂️

14Q1058377 | Português, Interpretação de Textos, Letras, Quadro Técnico, Marinha, 2025

Texto associado.

Leia o texto e responda a questão.

Texto Il



RETRATO DO ARTISTA QUANDO MÁQUINA



Tempos atrás, um colega enviou-me um e-mail com um pedido. Ele tinha escrito um ensaio sobre um tema que me é familiar. Estaria eu disposto a ler e a dar uma opinião? Aceitei. Li. Ensaio rigoroso, sem grandes floreados estilísticos e muito bem estruturado. Gostei. Ele agradeceu a ajuda e depois informou-me, entre risos, que o ensaio tinha sido escrito por um software de inteligência artificial.



Desconfiei. Uma maquina não podia escrever assim. O texto soava demasiado humano. Ele enviou o mesmo ensaio, mas com algumas variações. Em rima, em diálogo, como piada, como tragédia clássica, em estilo satírico, em estilo barroco etc. E convidou-me a experimentar. Entrei no site, fiz a experiência - escrevi: “Usando alguma ironia, me dê uma boa razão para tolerar idiotas”. Depois contemplei uma parte do meu mundo a desaparecer. Veja só o primeiro paragrafo:



“Uma boa razão para tolerar idiotas é que eles podem proporcionar entretenimento e diversão infindos com suas ações insensatas e crenças equivocadas, desde que estejamos a uma distância segura.”



Como professor, vou ser obrigado a dizer adeus aos ensaios e a regressar aos exames presenciais. Os plágios já eram uma praga da vida acadêmica. A inteligência artificial é outra coisa: um crime que não deixa qualquer rastro. É possivel produzir incontáveis textos sobre o mesmo assunto e nenhum deles ser igual aos restantes.



Mas programas como o ChatGPT - eis o nome do monstro - não sãc apenas uma ameaça para a vida acadéêica honesta. Podem ser o princípio do fim para a vida artística, literária ou jornalística, o que não deixa de ser um pensamento aterrador. Quem diria que as profissões criativas também estariam na lista negra do progresso tecnológico? Poucos. Ninguém. Dias atras, Derek Thomson escrevia na revista Aflantic que vários pesquisadores de Oxford anteciparam em 2013 as profissões que seriam destruidas pela automação e pela inteligência artificial. Todas elas eram ocupações repetitivas, manuais e sem imaginação. Os arquitetos e os escritores estariam a salvo, afirma ironicamente Thomson.



Não mais. Será possível produzir livros, quadros ou musicas sem nenhuma intervenção humana. Melhor, ou pior: será possivel programar um computador para que ele escreva ou pinte como o romancista X ou o artista Y. No limite, o autor só tem de produzir uma única obra. Depois, o seu estilo será incorporado pela máquina, que acabará regurgitando novas produções do mesmo “autor”. Isso para ficarmos nos vivos. Sobre os mortos, quem disse que Dante desapareceu da paisagem no século 14? Quem disse que Charles Dickens não escreveu mais nada depois de 1870? Ambos continuarão produzindo pela eternidade afora.



Sim, talvez eu esteja exagerando. Somos filhos dos românticos. Aquilo que nos interessa em qualquer feito humano não é apenas o resultado; é o processo que conduz ao resultado. Entre dois poemas igualmente belos, um escrito por uma máquina e o outro por um ser humano,preferimos o poema escrito por um poeta de verdade. Há na imitação, mesmo na mais perfeita, uma mancha inapagável que desvaloriza o produto final. Se assim não fosse, um quadro de Van Gogh e uma cópia primorosa do mesmo quadro teriam o mesmo valor - monetário e artístico. Claro: para o comum dos mortais, uma exposição só com quadros forjados de Van Gogh chegava e sobrava. Mas bastaria informar o público de que os quadros eram falsificações para que o entusiasmo se evaporasse.



Dito de outra forma: buscamos experiências autênticas, e não apenas experiências. Isso significa que a sobrevivência das artes e das letras exige autenticidade humana. Mas como aferir essa autenticidade na era da inteligência artificial? Acredito, ou quero muito acreditar, que haverá formas igualmente virtuais de detectar o que é produto da máquina e não do homem. Se isso não for possível, imagino um futuro próximo em que o escritor só será lido se for também um performer da sua obra: sentado no palco, escrevendo o seu romance ou o seu poema, e os leitores na plateia, como testemunhas, acompanhando as palavras na tela gigante. O livro será o resultado dessas sessões teatrais.


(João Pereira Coutinho - Gazeta do Povo. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/joao-pereira-coutinho-inteligência-artificial-chatgpt-arte/)

Os excertos a seguir têm uma função da linguagem predominante. Assinale a opção em que ela está indicada corretamente.
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️
  5. ✂️

15Q1024061 | Inglês, Interpretação de Texto Reading Comprehension, Letras, Prefeitura de Novo Mundo MT, Gama Consult, 2024

Texto associado.
What the Paris Olympics opening ceremony really meant

The opening ceremony of the Olympic Games traditionally offers the host city the opportunity to celebrate sporting excellence and international unity while also presenting to the world a flattering portrait of its own nation, informed by its own culture. [...]

[...] Entitled ‘Ça ira’ (‘It’ll be all right’), the show garnered mixed reviews in the French press. It was described variously as magical or catastrophic, as an astonishing apotheosis or a distressing accumulation of kitsch. Lady Gaga performed up and down a flight of stairs, dressed in feathers. The French singer Philippe Katerine, covered in blue body paint and dressed up as Bacchus, reclined in a platter of fruit. A threesome blossomed in the Bibliothèque Nationale. Decapitated figures of Marie-Antoinette holding their singing heads appeared at the windows of the Conciergerie. A floating piano was set on fire. The ceremony was conceived over two years by a committee made up of historian Patrick Boucheron (a member of the prestigious research institute, the Collège de France), the scriptwriter Fanny Herrero (creator of the Netflix series 10 Pour Cent/Call My Agent), the novelist Leïla Slimani (winner of the Goncourt literary prize for her novel Chanson douce/Lullaby), and the dramatist Damien Gabriac, who were all assembled in 2022 by the event’s master of ceremonies, theatre director Thomas Jolly. to co-write the script of their celebration of France.

[...]

The man behind Le Puy du Fou is entrepreneur and politician Philippe de Villiers. Although de Villiers briefly served as Secretary of State for Culture under Socialist President François Mitterand, he is currently a member of French nationalist party Reconquête!, whose leader is the far-right firebrand Eric Zemmour. De Villiers is a Christian traditionalist who has expressed hostility towards Islam and has maintained that during the French Revolution a political ‘genocide’ was perpetrated against the Royalist people of Vendée.

It was therefore important for Jolly and his team firmly to distance their own project from Le Puy du Fou and to offer instead, as Jolly said: ‘the opposite of a virile, heroic and providential history’, of ‘an ode to grandeur’ or to the ‘manifestation of force’. Besides de Villiers’ theme park, another anti-model may have been the opening ceremony of the 2023 Rugby World Cup. Hosted by the popular actor Jean Dujardin and featuring a playful celebration of traditional French life, it was criticised for portraying a nostalgic and ‘rancid’ version of France. To be sure, at a time when France is politically and culturally riven, it would have seemed important to tell a national story that would unite rather than divide. In contrast, Jolly aimed for a celebration of ‘planetary multi-ethnicity’. But was it not in hindsight a mistake, a missed opportunity, to throw out, for fear that it might be politically toxic, anything that might be perceived as a celebration of French history, or the shared heritage that binds all French people together?

Patrick Boucheron, the historian in Jolly’s team, has declared his ‘resistance’ to the idea of a ‘roman national’, the strengthening story a nation collectively weaves about itself – the word roman meaning in this instance at once a narrative and a romance. Boucheron favours instead a decentring of national consciousness and a deconstruction of national history. There was always a danger in rejecting historical greatness for ideological reasons. Louis XIV and Napoleon Bonaparte – both absent from the celebration – really do belong to all French; including them in the narrative would not have made it reactionary. Meanwhile Jolly’s desire systematically to foreground pop culture in order not to appear elitist often felt parochial. What is the long-term cultural significance of Nicky Doll, Paloma and Piche, stars of the reality show Drag Race France? Was the performance of John Lennon’s song Imagine really, as a sports historian declared in thenewspaper Libération, ‘heavy with meaning’ because of its nature as a ‘political and cultural allegory’?

Wasn’t it also a pity not to celebrate France’s contemporary achievements, especially the rebuilding of Notre-Dame after its devastation by fire, and the Grand Paris Express transport network being developed for better integration of central Paris and its banlieues?

But above all, what was missing from the show, with rare exceptions – such as the sight of the Olympic cauldron rising into the sky tethered to a gigantic hot air balloon – was beauty. This signalled a lack of cultural confidence on the part of the ceremony’s storytellers. It was telling, for example, that Marcel Proust, one of France’s most exceptional writers, was featured as a caricatured carnival head, alongside Little Red Riding Hood and Marcel Marceau. Nor was placing the ceremony under the auspices of ‘Ça ira’, a 1790 anthem of the French Revolution as familiar to the French as the Marseillaise, an expression of intellectual confidence. Like the Marseillaise, ‘Ça ira’ is a call to violence – an ode to the systematic hanging of aristocrats from lamp-posts – and insisting, as Jolly did, that it can be reframed as a message of hope and of ‘union and unity within diversity’ is meaningless.

Ultimately, whether any of this landed with its audience remains doubtful. In spite of the driving rain, the French enjoyed the show’s wackiness, the party atmosphere, the excitement and anticipation of the Games. And the Games themselves were a wonderful success. But a message was sent nevertheless. And now that the Olympic truce is over, Emmanuel Macron must once again face up to a divided nation


In: https://engelsbergideas.com/notebook/what-the-paris-olympics-openingceremony-reallymeant/?gad_source=1&gclid=CjwKCAjwuMC2BhA7EiwAmJKRrLbi3d14OiB6WRug_hjU2I-75FCfTsQ0RitnqNM3GJxOqz9UCUlUBoCZ4IQAvD_BwE
Segundo o texto, a cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris teve em comum com a cerimônia de abertura da Copa do Mundo de Rugby de 2023, o fato de:
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️

16Q1021935 | Inglês, Interpretação de Texto Reading Comprehension, Letras, Prefeitura de Novo Mundo MT, Gama Consult, 2024

Texto associado.
What the Paris Olympics opening ceremony really meant

The opening ceremony of the Olympic Games traditionally offers the host city the opportunity to celebrate sporting excellence and international unity while also presenting to the world a flattering portrait of its own nation, informed by its own culture. [...]

[...] Entitled ‘Ça ira’ (‘It’ll be all right’), the show garnered mixed reviews in the French press. It was described variously as magical or catastrophic, as an astonishing apotheosis or a distressing accumulation of kitsch. Lady Gaga performed up and down a flight of stairs, dressed in feathers. The French singer Philippe Katerine, covered in blue body paint and dressed up as Bacchus, reclined in a platter of fruit. A threesome blossomed in the Bibliothèque Nationale. Decapitated figures of Marie-Antoinette holding their singing heads appeared at the windows of the Conciergerie. A floating piano was set on fire. The ceremony was conceived over two years by a committee made up of historian Patrick Boucheron (a member of the prestigious research institute, the Collège de France), the scriptwriter Fanny Herrero (creator of the Netflix series 10 Pour Cent/Call My Agent), the novelist Leïla Slimani (winner of the Goncourt literary prize for her novel Chanson douce/Lullaby), and the dramatist Damien Gabriac, who were all assembled in 2022 by the event’s master of ceremonies, theatre director Thomas Jolly. to co-write the script of their celebration of France.

[...]

The man behind Le Puy du Fou is entrepreneur and politician Philippe de Villiers. Although de Villiers briefly served as Secretary of State for Culture under Socialist President François Mitterand, he is currently a member of French nationalist party Reconquête!, whose leader is the far-right firebrand Eric Zemmour. De Villiers is a Christian traditionalist who has expressed hostility towards Islam and has maintained that during the French Revolution a political ‘genocide’ was perpetrated against the Royalist people of Vendée.

It was therefore important for Jolly and his team firmly to distance their own project from Le Puy du Fou and to offer instead, as Jolly said: ‘the opposite of a virile, heroic and providential history’, of ‘an ode to grandeur’ or to the ‘manifestation of force’. Besides de Villiers’ theme park, another anti-model may have been the opening ceremony of the 2023 Rugby World Cup. Hosted by the popular actor Jean Dujardin and featuring a playful celebration of traditional French life, it was criticised for portraying a nostalgic and ‘rancid’ version of France. To be sure, at a time when France is politically and culturally riven, it would have seemed important to tell a national story that would unite rather than divide. In contrast, Jolly aimed for a celebration of ‘planetary multi-ethnicity’. But was it not in hindsight a mistake, a missed opportunity, to throw out, for fear that it might be politically toxic, anything that might be perceived as a celebration of French history, or the shared heritage that binds all French people together?

Patrick Boucheron, the historian in Jolly’s team, has declared his ‘resistance’ to the idea of a ‘roman national’, the strengthening story a nation collectively weaves about itself – the word roman meaning in this instance at once a narrative and a romance. Boucheron favours instead a decentring of national consciousness and a deconstruction of national history. There was always a danger in rejecting historical greatness for ideological reasons. Louis XIV and Napoleon Bonaparte – both absent from the celebration – really do belong to all French; including them in the narrative would not have made it reactionary. Meanwhile Jolly’s desire systematically to foreground pop culture in order not to appear elitist often felt parochial. What is the long-term cultural significance of Nicky Doll, Paloma and Piche, stars of the reality show Drag Race France? Was the performance of John Lennon’s song Imagine really, as a sports historian declared in thenewspaper Libération, ‘heavy with meaning’ because of its nature as a ‘political and cultural allegory’?

Wasn’t it also a pity not to celebrate France’s contemporary achievements, especially the rebuilding of Notre-Dame after its devastation by fire, and the Grand Paris Express transport network being developed for better integration of central Paris and its banlieues?

But above all, what was missing from the show, with rare exceptions – such as the sight of the Olympic cauldron rising into the sky tethered to a gigantic hot air balloon – was beauty. This signalled a lack of cultural confidence on the part of the ceremony’s storytellers. It was telling, for example, that Marcel Proust, one of France’s most exceptional writers, was featured as a caricatured carnival head, alongside Little Red Riding Hood and Marcel Marceau. Nor was placing the ceremony under the auspices of ‘Ça ira’, a 1790 anthem of the French Revolution as familiar to the French as the Marseillaise, an expression of intellectual confidence. Like the Marseillaise, ‘Ça ira’ is a call to violence – an ode to the systematic hanging of aristocrats from lamp-posts – and insisting, as Jolly did, that it can be reframed as a message of hope and of ‘union and unity within diversity’ is meaningless.

Ultimately, whether any of this landed with its audience remains doubtful. In spite of the driving rain, the French enjoyed the show’s wackiness, the party atmosphere, the excitement and anticipation of the Games. And the Games themselves were a wonderful success. But a message was sent nevertheless. And now that the Olympic truce is over, Emmanuel Macron must once again face up to a divided nation


In: https://engelsbergideas.com/notebook/what-the-paris-olympics-openingceremony-reallymeant/?gad_source=1&gclid=CjwKCAjwuMC2BhA7EiwAmJKRrLbi3d14OiB6WRug_hjU2I-75FCfTsQ0RitnqNM3GJxOqz9UCUlUBoCZ4IQAvD_BwE
De acordo com o texto, uma das críticas feitas à cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris foi:
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️

17Q1021936 | Inglês, Voz Ativa e Passiva Passive And Active Voice, Letras, Prefeitura de Novo Mundo MT, Gama Consult, 2024

Texto associado.
What the Paris Olympics opening ceremony really meant

The opening ceremony of the Olympic Games traditionally offers the host city the opportunity to celebrate sporting excellence and international unity while also presenting to the world a flattering portrait of its own nation, informed by its own culture. [...]

[...] Entitled ‘Ça ira’ (‘It’ll be all right’), the show garnered mixed reviews in the French press. It was described variously as magical or catastrophic, as an astonishing apotheosis or a distressing accumulation of kitsch. Lady Gaga performed up and down a flight of stairs, dressed in feathers. The French singer Philippe Katerine, covered in blue body paint and dressed up as Bacchus, reclined in a platter of fruit. A threesome blossomed in the Bibliothèque Nationale. Decapitated figures of Marie-Antoinette holding their singing heads appeared at the windows of the Conciergerie. A floating piano was set on fire. The ceremony was conceived over two years by a committee made up of historian Patrick Boucheron (a member of the prestigious research institute, the Collège de France), the scriptwriter Fanny Herrero (creator of the Netflix series 10 Pour Cent/Call My Agent), the novelist Leïla Slimani (winner of the Goncourt literary prize for her novel Chanson douce/Lullaby), and the dramatist Damien Gabriac, who were all assembled in 2022 by the event’s master of ceremonies, theatre director Thomas Jolly. to co-write the script of their celebration of France.

[...]

The man behind Le Puy du Fou is entrepreneur and politician Philippe de Villiers. Although de Villiers briefly served as Secretary of State for Culture under Socialist President François Mitterand, he is currently a member of French nationalist party Reconquête!, whose leader is the far-right firebrand Eric Zemmour. De Villiers is a Christian traditionalist who has expressed hostility towards Islam and has maintained that during the French Revolution a political ‘genocide’ was perpetrated against the Royalist people of Vendée.

It was therefore important for Jolly and his team firmly to distance their own project from Le Puy du Fou and to offer instead, as Jolly said: ‘the opposite of a virile, heroic and providential history’, of ‘an ode to grandeur’ or to the ‘manifestation of force’. Besides de Villiers’ theme park, another anti-model may have been the opening ceremony of the 2023 Rugby World Cup. Hosted by the popular actor Jean Dujardin and featuring a playful celebration of traditional French life, it was criticised for portraying a nostalgic and ‘rancid’ version of France. To be sure, at a time when France is politically and culturally riven, it would have seemed important to tell a national story that would unite rather than divide. In contrast, Jolly aimed for a celebration of ‘planetary multi-ethnicity’. But was it not in hindsight a mistake, a missed opportunity, to throw out, for fear that it might be politically toxic, anything that might be perceived as a celebration of French history, or the shared heritage that binds all French people together?

Patrick Boucheron, the historian in Jolly’s team, has declared his ‘resistance’ to the idea of a ‘roman national’, the strengthening story a nation collectively weaves about itself – the word roman meaning in this instance at once a narrative and a romance. Boucheron favours instead a decentring of national consciousness and a deconstruction of national history. There was always a danger in rejecting historical greatness for ideological reasons. Louis XIV and Napoleon Bonaparte – both absent from the celebration – really do belong to all French; including them in the narrative would not have made it reactionary. Meanwhile Jolly’s desire systematically to foreground pop culture in order not to appear elitist often felt parochial. What is the long-term cultural significance of Nicky Doll, Paloma and Piche, stars of the reality show Drag Race France? Was the performance of John Lennon’s song Imagine really, as a sports historian declared in thenewspaper Libération, ‘heavy with meaning’ because of its nature as a ‘political and cultural allegory’?

Wasn’t it also a pity not to celebrate France’s contemporary achievements, especially the rebuilding of Notre-Dame after its devastation by fire, and the Grand Paris Express transport network being developed for better integration of central Paris and its banlieues?

But above all, what was missing from the show, with rare exceptions – such as the sight of the Olympic cauldron rising into the sky tethered to a gigantic hot air balloon – was beauty. This signalled a lack of cultural confidence on the part of the ceremony’s storytellers. It was telling, for example, that Marcel Proust, one of France’s most exceptional writers, was featured as a caricatured carnival head, alongside Little Red Riding Hood and Marcel Marceau. Nor was placing the ceremony under the auspices of ‘Ça ira’, a 1790 anthem of the French Revolution as familiar to the French as the Marseillaise, an expression of intellectual confidence. Like the Marseillaise, ‘Ça ira’ is a call to violence – an ode to the systematic hanging of aristocrats from lamp-posts – and insisting, as Jolly did, that it can be reframed as a message of hope and of ‘union and unity within diversity’ is meaningless.

Ultimately, whether any of this landed with its audience remains doubtful. In spite of the driving rain, the French enjoyed the show’s wackiness, the party atmosphere, the excitement and anticipation of the Games. And the Games themselves were a wonderful success. But a message was sent nevertheless. And now that the Olympic truce is over, Emmanuel Macron must once again face up to a divided nation


In: https://engelsbergideas.com/notebook/what-the-paris-olympics-openingceremony-reallymeant/?gad_source=1&gclid=CjwKCAjwuMC2BhA7EiwAmJKRrLbi3d14OiB6WRug_hjU2I-75FCfTsQ0RitnqNM3GJxOqz9UCUlUBoCZ4IQAvD_BwE
Assinale a alternativa que apresenta uma frase na voz passiva:
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️

18Q1021937 | Inglês, Discurso Direto e Indireto Reported Speech, Letras, Prefeitura de Novo Mundo MT, Gama Consult, 2024

Texto associado.
What the Paris Olympics opening ceremony really meant

The opening ceremony of the Olympic Games traditionally offers the host city the opportunity to celebrate sporting excellence and international unity while also presenting to the world a flattering portrait of its own nation, informed by its own culture. [...]

[...] Entitled ‘Ça ira’ (‘It’ll be all right’), the show garnered mixed reviews in the French press. It was described variously as magical or catastrophic, as an astonishing apotheosis or a distressing accumulation of kitsch. Lady Gaga performed up and down a flight of stairs, dressed in feathers. The French singer Philippe Katerine, covered in blue body paint and dressed up as Bacchus, reclined in a platter of fruit. A threesome blossomed in the Bibliothèque Nationale. Decapitated figures of Marie-Antoinette holding their singing heads appeared at the windows of the Conciergerie. A floating piano was set on fire. The ceremony was conceived over two years by a committee made up of historian Patrick Boucheron (a member of the prestigious research institute, the Collège de France), the scriptwriter Fanny Herrero (creator of the Netflix series 10 Pour Cent/Call My Agent), the novelist Leïla Slimani (winner of the Goncourt literary prize for her novel Chanson douce/Lullaby), and the dramatist Damien Gabriac, who were all assembled in 2022 by the event’s master of ceremonies, theatre director Thomas Jolly. to co-write the script of their celebration of France.

[...]

The man behind Le Puy du Fou is entrepreneur and politician Philippe de Villiers. Although de Villiers briefly served as Secretary of State for Culture under Socialist President François Mitterand, he is currently a member of French nationalist party Reconquête!, whose leader is the far-right firebrand Eric Zemmour. De Villiers is a Christian traditionalist who has expressed hostility towards Islam and has maintained that during the French Revolution a political ‘genocide’ was perpetrated against the Royalist people of Vendée.

It was therefore important for Jolly and his team firmly to distance their own project from Le Puy du Fou and to offer instead, as Jolly said: ‘the opposite of a virile, heroic and providential history’, of ‘an ode to grandeur’ or to the ‘manifestation of force’. Besides de Villiers’ theme park, another anti-model may have been the opening ceremony of the 2023 Rugby World Cup. Hosted by the popular actor Jean Dujardin and featuring a playful celebration of traditional French life, it was criticised for portraying a nostalgic and ‘rancid’ version of France. To be sure, at a time when France is politically and culturally riven, it would have seemed important to tell a national story that would unite rather than divide. In contrast, Jolly aimed for a celebration of ‘planetary multi-ethnicity’. But was it not in hindsight a mistake, a missed opportunity, to throw out, for fear that it might be politically toxic, anything that might be perceived as a celebration of French history, or the shared heritage that binds all French people together?

Patrick Boucheron, the historian in Jolly’s team, has declared his ‘resistance’ to the idea of a ‘roman national’, the strengthening story a nation collectively weaves about itself – the word roman meaning in this instance at once a narrative and a romance. Boucheron favours instead a decentring of national consciousness and a deconstruction of national history. There was always a danger in rejecting historical greatness for ideological reasons. Louis XIV and Napoleon Bonaparte – both absent from the celebration – really do belong to all French; including them in the narrative would not have made it reactionary. Meanwhile Jolly’s desire systematically to foreground pop culture in order not to appear elitist often felt parochial. What is the long-term cultural significance of Nicky Doll, Paloma and Piche, stars of the reality show Drag Race France? Was the performance of John Lennon’s song Imagine really, as a sports historian declared in thenewspaper Libération, ‘heavy with meaning’ because of its nature as a ‘political and cultural allegory’?

Wasn’t it also a pity not to celebrate France’s contemporary achievements, especially the rebuilding of Notre-Dame after its devastation by fire, and the Grand Paris Express transport network being developed for better integration of central Paris and its banlieues?

But above all, what was missing from the show, with rare exceptions – such as the sight of the Olympic cauldron rising into the sky tethered to a gigantic hot air balloon – was beauty. This signalled a lack of cultural confidence on the part of the ceremony’s storytellers. It was telling, for example, that Marcel Proust, one of France’s most exceptional writers, was featured as a caricatured carnival head, alongside Little Red Riding Hood and Marcel Marceau. Nor was placing the ceremony under the auspices of ‘Ça ira’, a 1790 anthem of the French Revolution as familiar to the French as the Marseillaise, an expression of intellectual confidence. Like the Marseillaise, ‘Ça ira’ is a call to violence – an ode to the systematic hanging of aristocrats from lamp-posts – and insisting, as Jolly did, that it can be reframed as a message of hope and of ‘union and unity within diversity’ is meaningless.

Ultimately, whether any of this landed with its audience remains doubtful. In spite of the driving rain, the French enjoyed the show’s wackiness, the party atmosphere, the excitement and anticipation of the Games. And the Games themselves were a wonderful success. But a message was sent nevertheless. And now that the Olympic truce is over, Emmanuel Macron must once again face up to a divided nation


In: https://engelsbergideas.com/notebook/what-the-paris-olympics-openingceremony-reallymeant/?gad_source=1&gclid=CjwKCAjwuMC2BhA7EiwAmJKRrLbi3d14OiB6WRug_hjU2I-75FCfTsQ0RitnqNM3GJxOqz9UCUlUBoCZ4IQAvD_BwE
Assinale a alternativa que apresenta um exemplo de discurso direto:
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️

19Q1021938 | Inglês, Advérbios e Conjunções Adverbs And Conjunctions, Letras, Prefeitura de Novo Mundo MT, Gama Consult, 2024

Texto associado.
What the Paris Olympics opening ceremony really meant

The opening ceremony of the Olympic Games traditionally offers the host city the opportunity to celebrate sporting excellence and international unity while also presenting to the world a flattering portrait of its own nation, informed by its own culture. [...]

[...] Entitled ‘Ça ira’ (‘It’ll be all right’), the show garnered mixed reviews in the French press. It was described variously as magical or catastrophic, as an astonishing apotheosis or a distressing accumulation of kitsch. Lady Gaga performed up and down a flight of stairs, dressed in feathers. The French singer Philippe Katerine, covered in blue body paint and dressed up as Bacchus, reclined in a platter of fruit. A threesome blossomed in the Bibliothèque Nationale. Decapitated figures of Marie-Antoinette holding their singing heads appeared at the windows of the Conciergerie. A floating piano was set on fire. The ceremony was conceived over two years by a committee made up of historian Patrick Boucheron (a member of the prestigious research institute, the Collège de France), the scriptwriter Fanny Herrero (creator of the Netflix series 10 Pour Cent/Call My Agent), the novelist Leïla Slimani (winner of the Goncourt literary prize for her novel Chanson douce/Lullaby), and the dramatist Damien Gabriac, who were all assembled in 2022 by the event’s master of ceremonies, theatre director Thomas Jolly. to co-write the script of their celebration of France.

[...]

The man behind Le Puy du Fou is entrepreneur and politician Philippe de Villiers. Although de Villiers briefly served as Secretary of State for Culture under Socialist President François Mitterand, he is currently a member of French nationalist party Reconquête!, whose leader is the far-right firebrand Eric Zemmour. De Villiers is a Christian traditionalist who has expressed hostility towards Islam and has maintained that during the French Revolution a political ‘genocide’ was perpetrated against the Royalist people of Vendée.

It was therefore important for Jolly and his team firmly to distance their own project from Le Puy du Fou and to offer instead, as Jolly said: ‘the opposite of a virile, heroic and providential history’, of ‘an ode to grandeur’ or to the ‘manifestation of force’. Besides de Villiers’ theme park, another anti-model may have been the opening ceremony of the 2023 Rugby World Cup. Hosted by the popular actor Jean Dujardin and featuring a playful celebration of traditional French life, it was criticised for portraying a nostalgic and ‘rancid’ version of France. To be sure, at a time when France is politically and culturally riven, it would have seemed important to tell a national story that would unite rather than divide. In contrast, Jolly aimed for a celebration of ‘planetary multi-ethnicity’. But was it not in hindsight a mistake, a missed opportunity, to throw out, for fear that it might be politically toxic, anything that might be perceived as a celebration of French history, or the shared heritage that binds all French people together?

Patrick Boucheron, the historian in Jolly’s team, has declared his ‘resistance’ to the idea of a ‘roman national’, the strengthening story a nation collectively weaves about itself – the word roman meaning in this instance at once a narrative and a romance. Boucheron favours instead a decentring of national consciousness and a deconstruction of national history. There was always a danger in rejecting historical greatness for ideological reasons. Louis XIV and Napoleon Bonaparte – both absent from the celebration – really do belong to all French; including them in the narrative would not have made it reactionary. Meanwhile Jolly’s desire systematically to foreground pop culture in order not to appear elitist often felt parochial. What is the long-term cultural significance of Nicky Doll, Paloma and Piche, stars of the reality show Drag Race France? Was the performance of John Lennon’s song Imagine really, as a sports historian declared in thenewspaper Libération, ‘heavy with meaning’ because of its nature as a ‘political and cultural allegory’?

Wasn’t it also a pity not to celebrate France’s contemporary achievements, especially the rebuilding of Notre-Dame after its devastation by fire, and the Grand Paris Express transport network being developed for better integration of central Paris and its banlieues?

But above all, what was missing from the show, with rare exceptions – such as the sight of the Olympic cauldron rising into the sky tethered to a gigantic hot air balloon – was beauty. This signalled a lack of cultural confidence on the part of the ceremony’s storytellers. It was telling, for example, that Marcel Proust, one of France’s most exceptional writers, was featured as a caricatured carnival head, alongside Little Red Riding Hood and Marcel Marceau. Nor was placing the ceremony under the auspices of ‘Ça ira’, a 1790 anthem of the French Revolution as familiar to the French as the Marseillaise, an expression of intellectual confidence. Like the Marseillaise, ‘Ça ira’ is a call to violence – an ode to the systematic hanging of aristocrats from lamp-posts – and insisting, as Jolly did, that it can be reframed as a message of hope and of ‘union and unity within diversity’ is meaningless.

Ultimately, whether any of this landed with its audience remains doubtful. In spite of the driving rain, the French enjoyed the show’s wackiness, the party atmosphere, the excitement and anticipation of the Games. And the Games themselves were a wonderful success. But a message was sent nevertheless. And now that the Olympic truce is over, Emmanuel Macron must once again face up to a divided nation


In: https://engelsbergideas.com/notebook/what-the-paris-olympics-openingceremony-reallymeant/?gad_source=1&gclid=CjwKCAjwuMC2BhA7EiwAmJKRrLbi3d14OiB6WRug_hjU2I-75FCfTsQ0RitnqNM3GJxOqz9UCUlUBoCZ4IQAvD_BwE
Na frase "A floating piano was set on fire,"o termo destacado é sintaticamente classificado como:
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️

20Q1021939 | Inglês, Adjetivos Adjectives, Letras, Prefeitura de Novo Mundo MT, Gama Consult, 2024

Texto associado.
What the Paris Olympics opening ceremony really meant

The opening ceremony of the Olympic Games traditionally offers the host city the opportunity to celebrate sporting excellence and international unity while also presenting to the world a flattering portrait of its own nation, informed by its own culture. [...]

[...] Entitled ‘Ça ira’ (‘It’ll be all right’), the show garnered mixed reviews in the French press. It was described variously as magical or catastrophic, as an astonishing apotheosis or a distressing accumulation of kitsch. Lady Gaga performed up and down a flight of stairs, dressed in feathers. The French singer Philippe Katerine, covered in blue body paint and dressed up as Bacchus, reclined in a platter of fruit. A threesome blossomed in the Bibliothèque Nationale. Decapitated figures of Marie-Antoinette holding their singing heads appeared at the windows of the Conciergerie. A floating piano was set on fire. The ceremony was conceived over two years by a committee made up of historian Patrick Boucheron (a member of the prestigious research institute, the Collège de France), the scriptwriter Fanny Herrero (creator of the Netflix series 10 Pour Cent/Call My Agent), the novelist Leïla Slimani (winner of the Goncourt literary prize for her novel Chanson douce/Lullaby), and the dramatist Damien Gabriac, who were all assembled in 2022 by the event’s master of ceremonies, theatre director Thomas Jolly. to co-write the script of their celebration of France.

[...]

The man behind Le Puy du Fou is entrepreneur and politician Philippe de Villiers. Although de Villiers briefly served as Secretary of State for Culture under Socialist President François Mitterand, he is currently a member of French nationalist party Reconquête!, whose leader is the far-right firebrand Eric Zemmour. De Villiers is a Christian traditionalist who has expressed hostility towards Islam and has maintained that during the French Revolution a political ‘genocide’ was perpetrated against the Royalist people of Vendée.

It was therefore important for Jolly and his team firmly to distance their own project from Le Puy du Fou and to offer instead, as Jolly said: ‘the opposite of a virile, heroic and providential history’, of ‘an ode to grandeur’ or to the ‘manifestation of force’. Besides de Villiers’ theme park, another anti-model may have been the opening ceremony of the 2023 Rugby World Cup. Hosted by the popular actor Jean Dujardin and featuring a playful celebration of traditional French life, it was criticised for portraying a nostalgic and ‘rancid’ version of France. To be sure, at a time when France is politically and culturally riven, it would have seemed important to tell a national story that would unite rather than divide. In contrast, Jolly aimed for a celebration of ‘planetary multi-ethnicity’. But was it not in hindsight a mistake, a missed opportunity, to throw out, for fear that it might be politically toxic, anything that might be perceived as a celebration of French history, or the shared heritage that binds all French people together?

Patrick Boucheron, the historian in Jolly’s team, has declared his ‘resistance’ to the idea of a ‘roman national’, the strengthening story a nation collectively weaves about itself – the word roman meaning in this instance at once a narrative and a romance. Boucheron favours instead a decentring of national consciousness and a deconstruction of national history. There was always a danger in rejecting historical greatness for ideological reasons. Louis XIV and Napoleon Bonaparte – both absent from the celebration – really do belong to all French; including them in the narrative would not have made it reactionary. Meanwhile Jolly’s desire systematically to foreground pop culture in order not to appear elitist often felt parochial. What is the long-term cultural significance of Nicky Doll, Paloma and Piche, stars of the reality show Drag Race France? Was the performance of John Lennon’s song Imagine really, as a sports historian declared in thenewspaper Libération, ‘heavy with meaning’ because of its nature as a ‘political and cultural allegory’?

Wasn’t it also a pity not to celebrate France’s contemporary achievements, especially the rebuilding of Notre-Dame after its devastation by fire, and the Grand Paris Express transport network being developed for better integration of central Paris and its banlieues?

But above all, what was missing from the show, with rare exceptions – such as the sight of the Olympic cauldron rising into the sky tethered to a gigantic hot air balloon – was beauty. This signalled a lack of cultural confidence on the part of the ceremony’s storytellers. It was telling, for example, that Marcel Proust, one of France’s most exceptional writers, was featured as a caricatured carnival head, alongside Little Red Riding Hood and Marcel Marceau. Nor was placing the ceremony under the auspices of ‘Ça ira’, a 1790 anthem of the French Revolution as familiar to the French as the Marseillaise, an expression of intellectual confidence. Like the Marseillaise, ‘Ça ira’ is a call to violence – an ode to the systematic hanging of aristocrats from lamp-posts – and insisting, as Jolly did, that it can be reframed as a message of hope and of ‘union and unity within diversity’ is meaningless.

Ultimately, whether any of this landed with its audience remains doubtful. In spite of the driving rain, the French enjoyed the show’s wackiness, the party atmosphere, the excitement and anticipation of the Games. And the Games themselves were a wonderful success. But a message was sent nevertheless. And now that the Olympic truce is over, Emmanuel Macron must once again face up to a divided nation


In: https://engelsbergideas.com/notebook/what-the-paris-olympics-openingceremony-reallymeant/?gad_source=1&gclid=CjwKCAjwuMC2BhA7EiwAmJKRrLbi3d14OiB6WRug_hjU2I-75FCfTsQ0RitnqNM3GJxOqz9UCUlUBoCZ4IQAvD_BwE
O adjetivo utilizado no texto para descrever a cerimônia é:
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️
Utilizamos cookies e tecnologias semelhantes para aprimorar sua experiência de navegação. Política de Privacidade.