Questões de Concursos Professor de Artes Teatro

Atualmente, pode-se considerar que o termo “Teatro Negro” deve ser visto de uma forma plural, pois a presença expressiva do negro na cena permitiu que esses (essas) artistas assumissem um lugar de protagonismo. Sendo assim, é possível identificar características que têm sido comuns nesse tipo de produção artística, como, por exemplo,

O Grupo Carmin (RN), uma das principais expressões da cena teatral potiguar, estabelece, na proposta estética de seus trabalhos artísticos, a relação entre o real e o ficcional. Um exemplo disso é o espetáculo Jacy, cuja história começou a ser construída a partir de uma frasqueira encontrada na rua. A interação com esse adereço, que continha em seu interior alguns objetos, e o contato com algumas experiências de Teatro Documental contribuíram para que o grupo começasse a revelar, a partir da frasqueira, a história política, econômica e cultural do estado do Rio Grande do Norte. Para tanto, a dramaturgia, que parte de documentos históricos e audiovisuais, sugere uma estrutura em que o jogo cênico adquire momentos

O ator-pedagogo francês Jacques Lecoq (1921-1999) junto ao escultor e mascareiro italiano Amleto Sartori (1915-1962) desenvolveram, em suas pesquisas, uma máscara didática. Conhecida como máscara neutra, sua geometria é simétrica, cobre o rosto inteiro, é pintada de uma única cor e apresenta expressão suave. É considerada a máscara do silêncio, pois com ela não é possível utilizar o recurso da voz. Por ser uma máscara que foi desenvolvida como meio pedagógico, ela vem sendo utilizada em aulas do Ensino Fundamental, a fim de compreender melhor a ideia do corpo como veículo de expressão cênica. O contato entre o rosto e a máscara proporciona diferentes sensações, pois possibilita aos aprendizes uma conexão maior com o tempo presente, despertando a percepção de

Autora de mais de cem textos teatrais, Lourdes Ramalho (1923-2019), dramaturga nascida no Rio Grande do Norte, mas radicada na Paraíba, foi uma das principais responsáveis por imprimir em sua escrita a ideia do Nordeste e do nordestino, porém não mais vinculada àquela imagem estilizada e/ou estereotipada que é como essa região costuma ser vista pelo restante do país. Em suas obras, é possível identificar traços de

Fundado em 1944, por Abdias Nascimento, o Teatro Experimental do Negro (TEN), tinha como objetivo valorizar o negro e sua cultura através da linguagem teatral. Como proposta pedagógica, suas primeiras ações foram voltadas para uma conscientização racial e, ao invés de uma formação tradicional, a alfabetização se daria por meio de uma iniciação cultural, a partir de leituras de peças teatrais, estudo de outras línguas, aulas de dicção, empostação de voz, declamação e História do Teatro. Vale ressaltar que, nesse primeiro momento, o público-alvo foi composto por operários, empregadas domésticas e pessoas que ainda não tivessem uma profissão definida. A natureza pedagógica do TEN visava:

Durante as três primeiras décadas do século XX, um tipo de teatro no Brasil ganhou destaque e notoriedade. Para além das formas importadas, estabeleceu-se, no palco, um espaço importante de representação das ideias de constituição da pátria, contrariando a estética realista-naturalista. Um gênero que se servia do riso, da sátira, da representação de tipos populares, números musicais, esquetes, figurinos extravagantes e que abordava os principais acontecimentos do ano de forma crítica e bem-humorada. Essas características correspondem à perspectiva do

Em 1946, Ariano Suassuna e Hermilo Borba Filho, inspirados pelo movimento que vinha sendo articulado pelo Teatro do Estudante do Brasil – TEB (1938), de Paschoal Carlos Magno, fundam o Teatro do Estudante de Pernambuco e levam apresentações teatrais para as feiras e bairros do Recife. Nessa cidade, em 1961, sob o lema “Educar para a Liberdade”, políticos, intelectuais e artistas iniciam um Movimento de Cultura Popular (MCP), o que inaugura, na capital pernambucana, uma série de ações educacionais e culturais. Todo esse movimento desencadeou uma série de manifestações artísticas, tendo a rua como cenário principal. No mesmo ano, surgiu o Centro Popular de Cultura – CPC, no Rio de Janeiro. Perfazem o conjunto inicial de espetáculos de rua, gerados pelo MCP e CPC:

O Teatro de Mamulengo é uma forma brasileira de teatro de bonecos, cujos procedimentos recebidos e transmitidos vêm sendo disseminados ao longo de gerações por meio do ensinamento entre artistas. O gênero, que surgiu no interior do Pernambuco, em regiões economicamente mais pobres, mas, paradoxalmente, ricas em manifestações culturais, ainda é presente em diferentes regiões do país, entre elas, no estado do Rio Grande do Norte. Embora sua abordagem tenha pouca expressividade no currículo dos cursos de Teatro, o Mamulengo, gênero cômico popular, compreende uma série de procedimentos cênicos caracterizadas por

O Sistema elaborado pelo ator, encenador e pedagogo russo Constantin Stanislávski (1863-1938) não é uma obra que constitui um conjunto fixo de regras e exercícios, mas sim um projeto de expansão dinâmico e crítico. A primeira paixão de Stanislávski, como espectador, foi o circo, porque, dos camarotes, ele podia ver não apenas o picadeiro, mas também os bastidores. A reflexão entre o que é vivido dentro e fora da cena e o transmitido no palco levou-o a iniciar uma prática que consistia em registrar, em diários, as impressões sobre o seu trabalho e as questões e problemas surgidos a partir de suas experiências. Desse modo, pode-se dizer que a construção do Sistema não se deu por meio de um caminho retilíneo. E, se hoje em dia seu legado ainda é referência nas escolas de teatro do mundo inteiro, deve-se

Os Jogos Teatrais são muito utilizados no contexto educacional para a formação de crianças e adolescentes, com o objetivo de promover habilidades pessoais, envolvimento coletivo, autonomia dentro de regras estabelecidas e imaginação. Os jogos são baseados em problemas que precisam ser solucionados. Um desses é o Onde, que junto com o Quem e o Que, integra a estrutura dramática. Com o propósito de driblar a precariedade de recursos financeiros e de mão de obra, é possível desenvolver, no processo de ensino aprendizagem, algumas alternativas para se pensar aspectos da cenografia, como

No ano de 1998, à frente do Centro de Pesquisa Teatral (CPT), o diretor Antunes Filho (1929-2019) inaugurou o que ele definiu de “nova teatralidade”. Contrapondo a interpretação estereotipada de atores e atrizes de teatro, cinema e televisão, surgia o Prêt-à-Porter, exercícios cênicos, em que o (a) intérprete toma para si as funções de autor (a) e diretor (a). São características do Prét-à-Porter, proposto por Antunes Filho,

Fundado em 1898, na Rússia, o Teatro de Arte de Moscou, coordenado por Constantin Stanislavski e Niemiróvitch-Dântchenko, introduziu o “trabalho de mesa” como a base dos estudos sobre uma peça. Anteriormente aos ensaios, havia uma criteriosa investigação do texto. São elementos do “Sistema” para análise de texto

Em 1987, nos Estados Unidos, as artistas Anne Bogart e Tina Tendlau desenvolvem o treinamento Viewpoints, que nada mais é do que pontos de atentividade, para que o (a) criador (a) adquira mais vivacidade, escuta e presença cênica. São objetivos referentes a esse treinamento a possibilidade de

O encenador inglês, Peter Brook (1925-2022), desenvolveu um conceito que ele definiu como “teatro vazio”. Essa estética teatral consiste na ideia de que

O musical Ópera do Malandro, de Chico Buarque e Ruy Guerra, foi escrito em 1978. A peça, que estreou nesse mesmo ano, foi dirigida pelo irmão de José Celso, o encenador Luiz Antonio Martinez Côrrea, e tinha no elenco os artistas Otavio Augusto, Marieta Severo, Ary Fontoura, Elba Ramalho, entre outros. Ambientada na Lapa, famoso bairro boêmio do Rio de Janeiro, que na década de 1940 estava em decadência, a peça dá protagonismo a malandros, prostitutas, contrabandistas, policiais desonestos e empresários inescrupulosos. Na perspectiva de uma teatralidade popular, direta, crítica e divertida, os autores tiveram como base a obra teatral

No livro Em busca do Teatro Pobre, o encenador pedagogo polonês Jerzy Grotowski (1933-1999), aborda a relação entre o ator e o espectador. O encenador buscou, em suas práticas, diminuir a quantidade de espectadores que testemunhavam seus processos artísticos, a fim de estabelecer um modo de presença que é dirigido pela percepção. Sendo assim, o ator

Entre os anos de 1967 e 1984, o ator-encenador-pedagogo potiguar Jesiel Figueiredo (1938-1994), junto ao grupo Artistas Unidos, desenvolve uma série de montagens direcionadas ao público infantil. Embora Jesiel não tenha sido o precursor do Teatro Infantil no Rio Grande do Norte, é incontestável o papel que ele ocupou na disseminação do teatro infanto-juvenil pelo estado e, principalmente, no município de Natal. Seu trabalho caracterizou-se por

O teatro primitivo tem suas origens nas danças dramáticas coletivas e na necessidade das mulheres e homens da Pré-História se comunicarem, utilizando a mímica; posteriormente, essa forma de expressão passou a ser compreendida como arte, na Grécia Antiga. A palavra “teatro” vem do grego “Théatron” e significa “lugar de onde se vê”. Com o passar do tempo, o teatro passou a ser reconhecido como a arte de contar histórias, as quais podem ser criadas e apresentadas de diversas maneiras, utilizando o corpo inteiro, bonecos, objetos, entre outros recursos. A arte do teatro

As expressões artísticas teatrais, na Grécia Antiga, ocorreram na cidade-estado de Atenas, no século VI a.C., durante as festas em homenagem ao deus Dioniso, divindade do vinho, da vegetação e do crescimento, da procriação e da vida exuberante. Quando os ritos dionisíacos evoluíram para a construção cênica de tragédia e de comédia, Dioniso passou a ser conhecido, também, como o deus do teatro. Sendo assim, no Teatro Grego,

Na Grécia Antiga, apenas as pessoas do sexo masculino podiam atuar. Dessa forma, os atores utilizavam máscaras para definir o gênero da personagem (feminino ou masculino) e também para caracterizar se o espetáculo era uma Tragédia ou uma Comédia. O uso de máscaras era essencial no Teatro Grego por