Em conformidade com Perrenoud, com relação aos ciclos
de aprendizagem, a história do ensino mostra que as
sociedades escolarizadas criaram a noção de grau, mas a
maioria dos contemporâneos a ignora e dificilmente imagina
que se possa construir um sistema escolar sobre outras
bases, pelo menos em larga escala. Mesmo que, em
pequena escala, algumas escolas alternativas ou
experimentais tenham se libertado dessa servidão, a noção
de grau permanece a única compartilhada em escala pelo
sistema educativo em seu conjunto, a única que parece
evidente, a própria expressão do bom senso. Por essa razão,
a introdução dos ciclos de aprendizagem, em geral, leva:
I. Na pior das hipóteses, a reinventar, de modo oculto ou
informal, classes por graus, assim como se reconstituíram
habilitações clandestinas nos colégios únicos.
II. Às vezes, a encontrar um equivalente das classes rurais de
graus múltiplos, que faziam coexistir, no seio do mesmo
grupo, alunos que seguem programas anuais distintos, o
que permitia progressões suaves ou apenas para certas
disciplinas, e permitia, portanto, trabalhar com alunos em
transição entre dois graus, o que não é absolutamente
negligenciável.
III. Na melhor das hipóteses, a trabalhar com grupos multiidade no seio dos quais operam-se diversos
reagrupamentos de alunos, em função de um nível, de
necessidades semelhantes, de projetos comuns ou, ainda,
de outros critérios.
Está CORRETO o que se afirma:
a) Apenas no item I.
b) Apenas no item III.
c) Apenas nos itens I e II.
d) Em nenhum dos itens.
e) Em todos os itens.