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Questões de Concursos PM ES

Resolva questões de PM ES comentadas com gabarito, online ou em PDF, revisando rapidamente e fixando o conteúdo de forma prática.


1Q1057635 | Sem disciplina, Pontuação, Soldado Combatente QPMP C, PM ES, INSTITUTO AOCP, 2022

Texto associado.
CLÍNICA VIRTUAL

Empresas brasileiras criam serviços para melhorar o
trabalho dos médicos

Thiago Tanji – 18 SET 2015

Um consultório médico de porte médio, com até dez profissionais, conta com aproximadamente 20 mil cadastros de pacientes, que geram pilhas de prontuários acumuladas em caixas de papelão. Para resolver essa questão física e transformar toda essa quantidade de dados em informações úteis para o diagnóstico, o publicitário Tiago Delgado criou em 2012 o Medicina Direta, plataforma para criação de sites médicos, prontuários eletrônicos e prescrições digitais de receitas. “Com um banco de dados digital e melhor qualidade de processamento, o corpo clínico consegue transformar dados em informações que podem ajudar no tratamento e beneficiar os pacientes”, afirma Delgado. Com mais de 500 clientes, a empresa também desenvolveu um aplicativo para iOS e pretende lançar um serviço para que o médico analise os exames dos pacientes diretamente na plataforma.
Outro serviço voltado para a comunidade médica foi desenvolvido em 2012 por três colegas que se formaram em medicina na Universidade Federal Fluminense (UFF). Batizada de PEBmed, a startup já criou 20 aplicativos que têm conteúdo direcionado a diferentes práticas de medicina, como guias de anatomia humana e de medicamentos. Até agora, mais de 325 mil downloads foram realizados para iOS e Android. “Os médicos vão para os plantões com um caderno de anotações, mas queremos que eles tenham informações precisas”, diz Bruno Lagoeiro, um dos sócios da empresa. “O profissional terá segurança na hora de checar uma dose de medicamento ou verificar um tratamento novo”.

Disponível em:
https://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2015/09/como-odoutor-google-esta-criando-uma-legiao-de-cibercondriacos.html.
Acesso em: 10 jun. 2022.
Assinale a alternativa em que a vírgula isola um adjunto adverbial deslocado.
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2Q1057621 | Sem disciplina, Pontuação, Soldado Combatente QPMP C, PM ES, INSTITUTO AOCP, 2022

Texto associado.
COMO O DOUTOR GOOGLE ESTÁ CRIANDO UMA
LEGIÃO DE CIBERCONDRÍACOS

Thiago Tanji – 18 SET 2015

“Sintomas”, “dor de cabeça”, “sonolência”, “estou com sorte”. Uma busca despretensiosa usando essas palavras-chave leva a um endereço que indica os sinais e sintomas de um tumor cerebral. Definitivamente, não era um dia de sorte. Mas é possível encontrar outros diagnósticos virtuais para essa busca, como anemia, distúrbios do sono, meningite e virose, é claro. Já escolheu a doença que mais se encaixa no seu caso? Provavelmente, você decidirá pela pior dessa lista. “Depois de checar os sintomas no Google, a maior parte das pessoas tende a associar sua situação a doenças sérias e raras”, diz Dengfeng Yan, professor do departamento de marketing da Universidade do Texas em San Antonio, Estados Unidos. É verdade que o dr. Google é prático e pode ajudar em alguns casos, mas seu curso de medicina é baseado em algoritmos que podem te transformar em um cibercondríaco (é sério, essa palavra já é utilizada por cientistas).
Em 2012, quando era pesquisador na Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong, na China, Yan realizou um trabalho para estudar as escolhas irracionais de consumidores com base na ideia de que as pessoas tendem a superestimar seus problemas de saúde. Em uma entrevista, ele perguntava a um grupo sobre a possibilidade de contrair doenças como gripe aviária, câncer de mama e AIDS. “As pessoas costumam ignorar a chance real de ocorrências de uma doença e acabam confiando demais apenas nos sintomas que estão sentindo”, afirma. O problema é que, ao buscar os sintomas pela internet, nosso medo de contrair doenças graves é potencializado, já que essas enfermidades rendem um maior número de discussões e tendem a aparecer com maior frequência no resultado das buscas. “As informações mostradas no Google não são uma representação da realidade, já que a maior parte das pessoas não costuma discutir a ocorrência de doenças normais”, diz Yan.
De acordo com um relatório do Google, uma em cada 20 pesquisas do serviço de buscas está relacionada a questões ligadas à saúde. Mas o problema é que quantidade não representa qualidade. “Há um conteúdo muito bom que é cuidadosamente checado e publicado por especialistas. No entanto, também há um conteúdo extremamente pobre, com informações incorretas”, afirma Guido Zuccon, pesquisador de sistemas de informação da Universidade de Tecnologia de Queensland, na Austrália. “Também observamos que há conteúdo de alta qualidade, como pesquisas divulgadas pela comunidade médica, mas que os usuários em geral têm muita dificuldade de entender”. Em março deste ano, a equipe do pesquisador conduziu um estudo para avaliar a qualidade das informações médicas disponíveis nas buscas do Google, a partir da experiência de um grupo de entrevistados. No relatório, Zuccon indica que as ferramentas virtuais melhoraram sua engenharia de busca nos últimos anos, mas a pesquisa por termos abrangentes – como os sintomas descritos no início da matéria – ainda não consegue retornar resultados satisfatórios para os usuários.

Adaptado de:
https://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2015/09/como-odoutor-google-esta-criando-uma-legiao-de-cibercondriacos.html.
Acesso em: 10 jun. 2022.
Sobre o excerto “Depois de checar os sintomas no Google, a maior parte das pessoas tende a associar sua situação a doenças sérias e raras”, assinale a alternativa correta.
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3Q1058837 | Matemática, Álgebra, Soldado, PM ES, INSTITUTO AOCP, 2018

Se somarmos três unidades ao dobro do número x, obteremos o mesmo resultado que alcançamos ao subtrair duas unidades do triplo do mesmo número x. Dessa forma, o quádruplo do número x é igual a
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4Q1057620 | Sem disciplina, Ortografia, Soldado Músico QPMP M, PM ES, INSTITUTO AOCP, 2022

Texto associado.
FRUTOS NEM TÃO PROIBIDOS

Livro recém-lançado explica por que nossa dieta inclui
apenas uma fração das plantas comestíveis
disponíveis na natureza

Será que todos os vegetais que não comemos são menos gostosos que broto de feijão? A pergunta é feita pelo professor de botânica John Warren, da Universidade Aberystwyth, no País de Gales, logo no início do livro The Nature of Crops: How We Came to Eat the Plants We Do (“A natureza da colheita: por que comemos as plantas que comemos”, em tradução livre), ainda sem edição no Brasil. Warren sempre ficou intrigado com a pouca variedade de vegetais que encontrava nas prateleiras do supermercado – das 300 mil espécies comestíveis de que se tem notícia, comemos apenas 200 (200 mesmo, não 200 mil) – e resolveu investigar por que foi que decidimos que salada boa é feita com alface e tomate, e não com dente-de-leão ou beldroega.
Não existe uma única resposta certa. Para se tornarem cultiváveis a fim de fazer parte da dieta dos homens, as plantas devem ter uma série de qualificações no currículo. Primeiro, precisam ser nutritivas. Depois, devem ser fáceis de armazenar. Ter grãos, sementes ou frutas que sobrevivem muito tempo longe do pé sempre ajuda. Um último diferencial é a personalidade (e o cheiro) forte: plantas perfumadas, que combatem bactérias ou até as que são psicotrópicas sempre chamam a atenção. E, por incrível que pareça, as plantas tóxicas não estão excluídas automaticamente: muitos vegetais que consumimos hoje são descendentes de plantas potencialmente letais.
Por tudo isso, argumenta Warren, hoje o que realmente nos separa de uma dieta mais diversificada é a nossa própria imaginação: “No futuro, iremos apreciar toda uma miríade de novas frutas e vegetais que são melhores para a saúde e menos prejudiciais para a natureza”.

Adaptado de: KIST, Cristine. Frutos nem tão proibidos. Revista
Galileu, São Paulo, n. 290, p. 12-13, set. 2015.

Sobre o excerto “[...] salada boa é feita com alface e tomate, e não com dente-de-leão ou beldroega. Não existe uma única resposta certa.”, assinale a alternativa correta.
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5Q1059087 | Matemática, Determinantes, Soldado Músico QPMP M, PM ES, INSTITUTO AOCP, 2022

Sabendo que as matrizes A e B têm ordem 3 e são tais que det(A) = 2 e det(B) = 3, assinale a alternativa que apresenta o valor de det(3A × 2B)
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6Q1057637 | Sem disciplina, Sintaxe, Soldado Combatente QPMP C, PM ES, INSTITUTO AOCP, 2022

Texto associado.
CLÍNICA VIRTUAL

Empresas brasileiras criam serviços para melhorar o
trabalho dos médicos

Thiago Tanji – 18 SET 2015

Um consultório médico de porte médio, com até dez profissionais, conta com aproximadamente 20 mil cadastros de pacientes, que geram pilhas de prontuários acumuladas em caixas de papelão. Para resolver essa questão física e transformar toda essa quantidade de dados em informações úteis para o diagnóstico, o publicitário Tiago Delgado criou em 2012 o Medicina Direta, plataforma para criação de sites médicos, prontuários eletrônicos e prescrições digitais de receitas. “Com um banco de dados digital e melhor qualidade de processamento, o corpo clínico consegue transformar dados em informações que podem ajudar no tratamento e beneficiar os pacientes”, afirma Delgado. Com mais de 500 clientes, a empresa também desenvolveu um aplicativo para iOS e pretende lançar um serviço para que o médico analise os exames dos pacientes diretamente na plataforma.
Outro serviço voltado para a comunidade médica foi desenvolvido em 2012 por três colegas que se formaram em medicina na Universidade Federal Fluminense (UFF). Batizada de PEBmed, a startup já criou 20 aplicativos que têm conteúdo direcionado a diferentes práticas de medicina, como guias de anatomia humana e de medicamentos. Até agora, mais de 325 mil downloads foram realizados para iOS e Android. “Os médicos vão para os plantões com um caderno de anotações, mas queremos que eles tenham informações precisas”, diz Bruno Lagoeiro, um dos sócios da empresa. “O profissional terá segurança na hora de checar uma dose de medicamento ou verificar um tratamento novo”.

Disponível em:
https://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2015/09/como-odoutor-google-esta-criando-uma-legiao-de-cibercondriacos.html.
Acesso em: 10 jun. 2022.
Sobre os verbos presentes no excerto “[...] o corpo clínico consegue transformar dados em informações que podem ajudar no tratamento [...]”, assinale a alternativa correta.
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7Q1057623 | Sem disciplina, Ortografia, Soldado Combatente QPMP C, PM ES, INSTITUTO AOCP, 2022

Texto associado.
COMO O DOUTOR GOOGLE ESTÁ CRIANDO UMA
LEGIÃO DE CIBERCONDRÍACOS

Thiago Tanji – 18 SET 2015

“Sintomas”, “dor de cabeça”, “sonolência”, “estou com sorte”. Uma busca despretensiosa usando essas palavras-chave leva a um endereço que indica os sinais e sintomas de um tumor cerebral. Definitivamente, não era um dia de sorte. Mas é possível encontrar outros diagnósticos virtuais para essa busca, como anemia, distúrbios do sono, meningite e virose, é claro. Já escolheu a doença que mais se encaixa no seu caso? Provavelmente, você decidirá pela pior dessa lista. “Depois de checar os sintomas no Google, a maior parte das pessoas tende a associar sua situação a doenças sérias e raras”, diz Dengfeng Yan, professor do departamento de marketing da Universidade do Texas em San Antonio, Estados Unidos. É verdade que o dr. Google é prático e pode ajudar em alguns casos, mas seu curso de medicina é baseado em algoritmos que podem te transformar em um cibercondríaco (é sério, essa palavra já é utilizada por cientistas).
Em 2012, quando era pesquisador na Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong, na China, Yan realizou um trabalho para estudar as escolhas irracionais de consumidores com base na ideia de que as pessoas tendem a superestimar seus problemas de saúde. Em uma entrevista, ele perguntava a um grupo sobre a possibilidade de contrair doenças como gripe aviária, câncer de mama e AIDS. “As pessoas costumam ignorar a chance real de ocorrências de uma doença e acabam confiando demais apenas nos sintomas que estão sentindo”, afirma. O problema é que, ao buscar os sintomas pela internet, nosso medo de contrair doenças graves é potencializado, já que essas enfermidades rendem um maior número de discussões e tendem a aparecer com maior frequência no resultado das buscas. “As informações mostradas no Google não são uma representação da realidade, já que a maior parte das pessoas não costuma discutir a ocorrência de doenças normais”, diz Yan.
De acordo com um relatório do Google, uma em cada 20 pesquisas do serviço de buscas está relacionada a questões ligadas à saúde. Mas o problema é que quantidade não representa qualidade. “Há um conteúdo muito bom que é cuidadosamente checado e publicado por especialistas. No entanto, também há um conteúdo extremamente pobre, com informações incorretas”, afirma Guido Zuccon, pesquisador de sistemas de informação da Universidade de Tecnologia de Queensland, na Austrália. “Também observamos que há conteúdo de alta qualidade, como pesquisas divulgadas pela comunidade médica, mas que os usuários em geral têm muita dificuldade de entender”. Em março deste ano, a equipe do pesquisador conduziu um estudo para avaliar a qualidade das informações médicas disponíveis nas buscas do Google, a partir da experiência de um grupo de entrevistados. No relatório, Zuccon indica que as ferramentas virtuais melhoraram sua engenharia de busca nos últimos anos, mas a pesquisa por termos abrangentes – como os sintomas descritos no início da matéria – ainda não consegue retornar resultados satisfatórios para os usuários.

Adaptado de:
https://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2015/09/como-odoutor-google-esta-criando-uma-legiao-de-cibercondriacos.html.
Acesso em: 10 jun. 2022.
Em relação ao excerto “[...] há conteúdo de alta qualidade, [...], mas que os usuários em geral têm muita dificuldade de entender.”, assinale a alternativa correta.
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8Q1058280 | Português, Sintaxe, Oficial Combatente QOC, PM ES, IDECAN, 2024

Texto associado.

O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


O ranking da mobilidade no mundo


Como são os padrões de mobilidade em cada país? Quanto as cidades dependem do automóvel? Quanto se anda a pé em cada lugar? Um estudo gigantesco chamado ABC of Mobility, publicado em março deste ano, conseguiu traçar um mapa de 794 cidades ao redor do mundo para responder a essas perguntas.


Todas essas cidades foram colocadas num triângulo que tem três vértices: carro, transporte público e mobilidade ativa. O resultado é provavelmente um dos maiores levantamentos do gênero e é riquíssimo para entender a diferença entre as cidades.


A urbanização das cidades americanas e canadenses, tomadas por vias expressas, com subúrbios ricos que dependem totalmente do automóvel, é expressa com clareza pelo estudo.


À medida de comparação, 94% dos deslocamentos são feitos em carro, muito mais do que os 50% das cidades europeias. Atlanta deve ser o caso mais emblemático de esgarçamento urbano. Apenas 1% de seus habitantes se deslocam a pé ou bicicleta, o que a coloca no finzinho do ranking mundial.


Não existe um padrão europeu de mobilidade. Se em Roma ou Manchester quase 70% das pessoas dependem do carro para se deslocar, a Europa do Norte pródiga no oposto. Em Copenhague, 47% de todos os é habitantes andam ou pedalam para o trabalho. Esse número vai a 75% numa cidade como Utrecht, na Holanda.


Nas maiores cidades europeias o transporte público oferece alternativa ao carro: 45% dos londrinos e 60% dos parisienses vão de transporte público ao trabalho.


Não por acaso, Londres e Paris têm malhas de transporte invejáveis, mas também são cidades que têm políticas explícitas de desestimular o uso do carro, diminuindo espaços e até cobrando pedágio para entrar no centro. Hoje, a capital francesa já tem mais gente andando a pé que de carro.


O estudo mostra que os deslocamentos em transporte público aumentam com o tamanho da cidade.


Na média global das cidades de 100 mil habitantes, transporte público representa 10% das viagens, mas aumenta para 25% nas cidades com mais de um milhão de habitantes. Nas metrópoles com mais de 20 milhões, esse número ultrapassa 40%.


A exceção a essa regra são EUA, Canadá e Austrália. Nesses países, as cidades pequenas mantêm mais de 90% de seus deslocamentos em automóvel.


Na outra ponta, a campeã do ranking é uma cidade de 300 mil habitantes em Moçambique, Quellimane, onde 91% das pessoas vão a seus afazeres diários a pé ouem bicicleta.


A China tem enorme participação de bicicletas e do pé nos deslocamentos, mas provavelmente esse númerodeve mudar rapidamente, uma vez que, quanto maior a renda per capita, maior a participação do automóvel. No resto da Ásia, porém, há brilhantes exceções, como as cidades densas que têm alta renda e enorme participação do transporte público, como Tóquio e principalmente Hong Kong.


Apenas quatro cidades brasileiras entraram no estudo: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba. Elas apresentam um quadro parecido que mostra um certo equilíbrio entre os modais. São Paulo, na verdade, a é cidade que fica bem no meio do triângulo do estudo global, com praticamente um terço dos deslocamentos para cada modo de transporte.


Essa situação expõe uma contradição: o maior modal é o andar a pé, mas o maior objeto de desejo é o carro. As infraestruturas existentes privilegiam o carro, mas os congestionamentos gigantes demonstram um ponto de exaustão. Por outro lado, o descaso histórico com o transporte público expõe o tamanho do desafio, tanto na qualidade como na capilaridade das redes de transporte.


Ao redor do mundo, o pico do uso do carro ainda não chegou, mas é sintomático que cidades ricas, como Paris, Barcelona, Viena e tantas outras, estejam justamente investindo no transporte público, na bicicleta na caminhabilidade para reduzir emissão de gases e e melhorar a experiência urbana.


A boa mobilidade deve integrar mobilidade ativa e transporte público. A seguir, uma amostra do estudo com algumas cidades para dar uma ideia da disparidade entre elas, baseando-se em dois aspectos: andar a pé e por bicicleta. O ranking completo está disponível na revista The Economist e na plataforma ScienceDirect.


Para comparar dados de 794 cidades no mundo, os pesquisadores Rafael Prieto-Curiel, do Complexity Science Hub, e Juan Pablo Ospina, da EAFIT University, consultaram aproximadamente mil bases de dados diferentes. Isso permite juntar informações de cidades em diferentes continentes, mas gera algumas limitações nas comparações.


Como algumas cidades misturam transporte a pé e bicicleta, a pesquisa juntou tudo em "mobilidade ativa". Outra limitação é considerar apenas deslocamentos para trabalho, além da ausência das cidades médias dos o países subdesenvolvidos. Finalmente, o estudo desconsidera as viagens multimodais, em que as pessoas trocam de meios de transporte, por exemplo, andando de sua casa até o ponto de ônibus.


Mesmo com essas limitações, a pesquisa tem o mérito de dar um quadro geral a algo muito fragmentado e vai ser um grande estímulo para novos estudos.


Mauro Calliari.

Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/.

Acesso em: 12 jul. 2024.

Como algumas cidades misturam transporte a pé e bicicleta, a pesquisa juntou tudo em "mobilidade ativa".

No período acima, a oração destacada se classifica como

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9Q1058289 | Português, Fonologia, Oficial Combatente QOC, PM ES, IDECAN, 2024

Texto associado.

O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


O ranking da mobilidade no mundo


Como são os padrões de mobilidade em cada país? Quanto as cidades dependem do automóvel? Quanto se anda a pé em cada lugar? Um estudo gigantesco chamado ABC of Mobility, publicado em março deste ano, conseguiu traçar um mapa de 794 cidades ao redor do mundo para responder a essas perguntas.


Todas essas cidades foram colocadas num triângulo que tem três vértices: carro, transporte público e mobilidade ativa. O resultado é provavelmente um dos maiores levantamentos do gênero e é riquíssimo para entender a diferença entre as cidades.


A urbanização das cidades americanas e canadenses, tomadas por vias expressas, com subúrbios ricos que dependem totalmente do automóvel, é expressa com clareza pelo estudo.


À medida de comparação, 94% dos deslocamentos são feitos em carro, muito mais do que os 50% das cidades europeias. Atlanta deve ser o caso mais emblemático de esgarçamento urbano. Apenas 1% de seus habitantes se deslocam a pé ou bicicleta, o que a coloca no finzinho do ranking mundial.


Não existe um padrão europeu de mobilidade. Se em Roma ou Manchester quase 70% das pessoas dependem do carro para se deslocar, a Europa do Norte pródiga no oposto. Em Copenhague, 47% de todos os é habitantes andam ou pedalam para o trabalho. Esse número vai a 75% numa cidade como Utrecht, na Holanda.


Nas maiores cidades europeias o transporte público oferece alternativa ao carro: 45% dos londrinos e 60% dos parisienses vão de transporte público ao trabalho.


Não por acaso, Londres e Paris têm malhas de transporte invejáveis, mas também são cidades que têm políticas explícitas de desestimular o uso do carro, diminuindo espaços e até cobrando pedágio para entrar no centro. Hoje, a capital francesa já tem mais gente andando a pé que de carro.


O estudo mostra que os deslocamentos em transporte público aumentam com o tamanho da cidade.


Na média global das cidades de 100 mil habitantes, transporte público representa 10% das viagens, mas aumenta para 25% nas cidades com mais de um milhão de habitantes. Nas metrópoles com mais de 20 milhões, esse número ultrapassa 40%.


A exceção a essa regra são EUA, Canadá e Austrália. Nesses países, as cidades pequenas mantêm mais de 90% de seus deslocamentos em automóvel.


Na outra ponta, a campeã do ranking é uma cidade de 300 mil habitantes em Moçambique, Quellimane, onde 91% das pessoas vão a seus afazeres diários a pé ouem bicicleta.


A China tem enorme participação de bicicletas e do pé nos deslocamentos, mas provavelmente esse númerodeve mudar rapidamente, uma vez que, quanto maior a renda per capita, maior a participação do automóvel. No resto da Ásia, porém, há brilhantes exceções, como as cidades densas que têm alta renda e enorme participação do transporte público, como Tóquio e principalmente Hong Kong.


Apenas quatro cidades brasileiras entraram no estudo: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba. Elas apresentam um quadro parecido que mostra um certo equilíbrio entre os modais. São Paulo, na verdade, a é cidade que fica bem no meio do triângulo do estudo global, com praticamente um terço dos deslocamentos para cada modo de transporte.


Essa situação expõe uma contradição: o maior modal é o andar a pé, mas o maior objeto de desejo é o carro. As infraestruturas existentes privilegiam o carro, mas os congestionamentos gigantes demonstram um ponto de exaustão. Por outro lado, o descaso histórico com o transporte público expõe o tamanho do desafio, tanto na qualidade como na capilaridade das redes de transporte.


Ao redor do mundo, o pico do uso do carro ainda não chegou, mas é sintomático que cidades ricas, como Paris, Barcelona, Viena e tantas outras, estejam justamente investindo no transporte público, na bicicleta na caminhabilidade para reduzir emissão de gases e e melhorar a experiência urbana.


A boa mobilidade deve integrar mobilidade ativa e transporte público. A seguir, uma amostra do estudo com algumas cidades para dar uma ideia da disparidade entre elas, baseando-se em dois aspectos: andar a pé e por bicicleta. O ranking completo está disponível na revista The Economist e na plataforma ScienceDirect.


Para comparar dados de 794 cidades no mundo, os pesquisadores Rafael Prieto-Curiel, do Complexity Science Hub, e Juan Pablo Ospina, da EAFIT University, consultaram aproximadamente mil bases de dados diferentes. Isso permite juntar informações de cidades em diferentes continentes, mas gera algumas limitações nas comparações.


Como algumas cidades misturam transporte a pé e bicicleta, a pesquisa juntou tudo em "mobilidade ativa". Outra limitação é considerar apenas deslocamentos para trabalho, além da ausência das cidades médias dos o países subdesenvolvidos. Finalmente, o estudo desconsidera as viagens multimodais, em que as pessoas trocam de meios de transporte, por exemplo, andando de sua casa até o ponto de ônibus.


Mesmo com essas limitações, a pesquisa tem o mérito de dar um quadro geral a algo muito fragmentado e vai ser um grande estímulo para novos estudos.


Mauro Calliari.

Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/.

Acesso em: 12 jul. 2024.

Na palavra "continentes", retirada do texto, há
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10Q1058840 | Matemática, Álgebra, Soldado, PM ES, INSTITUTO AOCP, 2018

Conforme registros, o número médio de veículos que trafegam em uma determinada rodovia, em determinados horários do dia, é dado pela equação –x2 + 24x + 25 = 0, em que x é o horário do registro, começando em o e terminando em 24 horas. Dessa forma, o horário do dia em que há o registro do maior número médio de carros trafegando nessa rodovia é
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11Q1057630 | Sem disciplina, Morfologia, Soldado Combatente QPMP C, PM ES, INSTITUTO AOCP, 2022

Texto associado.
COMO O DOUTOR GOOGLE ESTÁ CRIANDO UMA
LEGIÃO DE CIBERCONDRÍACOS

Thiago Tanji – 18 SET 2015

“Sintomas”, “dor de cabeça”, “sonolência”, “estou com sorte”. Uma busca despretensiosa usando essas palavras-chave leva a um endereço que indica os sinais e sintomas de um tumor cerebral. Definitivamente, não era um dia de sorte. Mas é possível encontrar outros diagnósticos virtuais para essa busca, como anemia, distúrbios do sono, meningite e virose, é claro. Já escolheu a doença que mais se encaixa no seu caso? Provavelmente, você decidirá pela pior dessa lista. “Depois de checar os sintomas no Google, a maior parte das pessoas tende a associar sua situação a doenças sérias e raras”, diz Dengfeng Yan, professor do departamento de marketing da Universidade do Texas em San Antonio, Estados Unidos. É verdade que o dr. Google é prático e pode ajudar em alguns casos, mas seu curso de medicina é baseado em algoritmos que podem te transformar em um cibercondríaco (é sério, essa palavra já é utilizada por cientistas).
Em 2012, quando era pesquisador na Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong, na China, Yan realizou um trabalho para estudar as escolhas irracionais de consumidores com base na ideia de que as pessoas tendem a superestimar seus problemas de saúde. Em uma entrevista, ele perguntava a um grupo sobre a possibilidade de contrair doenças como gripe aviária, câncer de mama e AIDS. “As pessoas costumam ignorar a chance real de ocorrências de uma doença e acabam confiando demais apenas nos sintomas que estão sentindo”, afirma. O problema é que, ao buscar os sintomas pela internet, nosso medo de contrair doenças graves é potencializado, já que essas enfermidades rendem um maior número de discussões e tendem a aparecer com maior frequência no resultado das buscas. “As informações mostradas no Google não são uma representação da realidade, já que a maior parte das pessoas não costuma discutir a ocorrência de doenças normais”, diz Yan.
De acordo com um relatório do Google, uma em cada 20 pesquisas do serviço de buscas está relacionada a questões ligadas à saúde. Mas o problema é que quantidade não representa qualidade. “Há um conteúdo muito bom que é cuidadosamente checado e publicado por especialistas. No entanto, também há um conteúdo extremamente pobre, com informações incorretas”, afirma Guido Zuccon, pesquisador de sistemas de informação da Universidade de Tecnologia de Queensland, na Austrália. “Também observamos que há conteúdo de alta qualidade, como pesquisas divulgadas pela comunidade médica, mas que os usuários em geral têm muita dificuldade de entender”. Em março deste ano, a equipe do pesquisador conduziu um estudo para avaliar a qualidade das informações médicas disponíveis nas buscas do Google, a partir da experiência de um grupo de entrevistados. No relatório, Zuccon indica que as ferramentas virtuais melhoraram sua engenharia de busca nos últimos anos, mas a pesquisa por termos abrangentes – como os sintomas descritos no início da matéria – ainda não consegue retornar resultados satisfatórios para os usuários.

Adaptado de:
https://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2015/09/como-odoutor-google-esta-criando-uma-legiao-de-cibercondriacos.html.
Acesso em: 10 jun. 2022.
Sobre a expressão destacada em “No entanto, também há um conteúdo extremamente pobre [...]”, no último parágrafo, assinale a alternativa correta.
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12Q1058283 | Português, Morfologia, Oficial Combatente QOC, PM ES, IDECAN, 2024

Texto associado.

O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


O ranking da mobilidade no mundo


Como são os padrões de mobilidade em cada país? Quanto as cidades dependem do automóvel? Quanto se anda a pé em cada lugar? Um estudo gigantesco chamado ABC of Mobility, publicado em março deste ano, conseguiu traçar um mapa de 794 cidades ao redor do mundo para responder a essas perguntas.


Todas essas cidades foram colocadas num triângulo que tem três vértices: carro, transporte público e mobilidade ativa. O resultado é provavelmente um dos maiores levantamentos do gênero e é riquíssimo para entender a diferença entre as cidades.


A urbanização das cidades americanas e canadenses, tomadas por vias expressas, com subúrbios ricos que dependem totalmente do automóvel, é expressa com clareza pelo estudo.


À medida de comparação, 94% dos deslocamentos são feitos em carro, muito mais do que os 50% das cidades europeias. Atlanta deve ser o caso mais emblemático de esgarçamento urbano. Apenas 1% de seus habitantes se deslocam a pé ou bicicleta, o que a coloca no finzinho do ranking mundial.


Não existe um padrão europeu de mobilidade. Se em Roma ou Manchester quase 70% das pessoas dependem do carro para se deslocar, a Europa do Norte pródiga no oposto. Em Copenhague, 47% de todos os é habitantes andam ou pedalam para o trabalho. Esse número vai a 75% numa cidade como Utrecht, na Holanda.


Nas maiores cidades europeias o transporte público oferece alternativa ao carro: 45% dos londrinos e 60% dos parisienses vão de transporte público ao trabalho.


Não por acaso, Londres e Paris têm malhas de transporte invejáveis, mas também são cidades que têm políticas explícitas de desestimular o uso do carro, diminuindo espaços e até cobrando pedágio para entrar no centro. Hoje, a capital francesa já tem mais gente andando a pé que de carro.


O estudo mostra que os deslocamentos em transporte público aumentam com o tamanho da cidade.


Na média global das cidades de 100 mil habitantes, transporte público representa 10% das viagens, mas aumenta para 25% nas cidades com mais de um milhão de habitantes. Nas metrópoles com mais de 20 milhões, esse número ultrapassa 40%.


A exceção a essa regra são EUA, Canadá e Austrália. Nesses países, as cidades pequenas mantêm mais de 90% de seus deslocamentos em automóvel.


Na outra ponta, a campeã do ranking é uma cidade de 300 mil habitantes em Moçambique, Quellimane, onde 91% das pessoas vão a seus afazeres diários a pé ouem bicicleta.


A China tem enorme participação de bicicletas e do pé nos deslocamentos, mas provavelmente esse númerodeve mudar rapidamente, uma vez que, quanto maior a renda per capita, maior a participação do automóvel. No resto da Ásia, porém, há brilhantes exceções, como as cidades densas que têm alta renda e enorme participação do transporte público, como Tóquio e principalmente Hong Kong.


Apenas quatro cidades brasileiras entraram no estudo: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba. Elas apresentam um quadro parecido que mostra um certo equilíbrio entre os modais. São Paulo, na verdade, a é cidade que fica bem no meio do triângulo do estudo global, com praticamente um terço dos deslocamentos para cada modo de transporte.


Essa situação expõe uma contradição: o maior modal é o andar a pé, mas o maior objeto de desejo é o carro. As infraestruturas existentes privilegiam o carro, mas os congestionamentos gigantes demonstram um ponto de exaustão. Por outro lado, o descaso histórico com o transporte público expõe o tamanho do desafio, tanto na qualidade como na capilaridade das redes de transporte.


Ao redor do mundo, o pico do uso do carro ainda não chegou, mas é sintomático que cidades ricas, como Paris, Barcelona, Viena e tantas outras, estejam justamente investindo no transporte público, na bicicleta na caminhabilidade para reduzir emissão de gases e e melhorar a experiência urbana.


A boa mobilidade deve integrar mobilidade ativa e transporte público. A seguir, uma amostra do estudo com algumas cidades para dar uma ideia da disparidade entre elas, baseando-se em dois aspectos: andar a pé e por bicicleta. O ranking completo está disponível na revista The Economist e na plataforma ScienceDirect.


Para comparar dados de 794 cidades no mundo, os pesquisadores Rafael Prieto-Curiel, do Complexity Science Hub, e Juan Pablo Ospina, da EAFIT University, consultaram aproximadamente mil bases de dados diferentes. Isso permite juntar informações de cidades em diferentes continentes, mas gera algumas limitações nas comparações.


Como algumas cidades misturam transporte a pé e bicicleta, a pesquisa juntou tudo em "mobilidade ativa". Outra limitação é considerar apenas deslocamentos para trabalho, além da ausência das cidades médias dos o países subdesenvolvidos. Finalmente, o estudo desconsidera as viagens multimodais, em que as pessoas trocam de meios de transporte, por exemplo, andando de sua casa até o ponto de ônibus.


Mesmo com essas limitações, a pesquisa tem o mérito de dar um quadro geral a algo muito fragmentado e vai ser um grande estímulo para novos estudos.


Mauro Calliari.

Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/.

Acesso em: 12 jul. 2024.

Apenas quatro cidades brasileiras entraram no estudo: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba. Elas apresentam um quadro parecido que mostra um certo equilíbrio entre os modais.

Marque a alternativa que indique corretamente, dentre as palavras destacadas no período acima, a que desempenha papel adjetivo.

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13Q1058288 | Português, Morfologia, Oficial Combatente QOC, PM ES, IDECAN, 2024

Texto associado.

O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


O ranking da mobilidade no mundo


Como são os padrões de mobilidade em cada país? Quanto as cidades dependem do automóvel? Quanto se anda a pé em cada lugar? Um estudo gigantesco chamado ABC of Mobility, publicado em março deste ano, conseguiu traçar um mapa de 794 cidades ao redor do mundo para responder a essas perguntas.


Todas essas cidades foram colocadas num triângulo que tem três vértices: carro, transporte público e mobilidade ativa. O resultado é provavelmente um dos maiores levantamentos do gênero e é riquíssimo para entender a diferença entre as cidades.


A urbanização das cidades americanas e canadenses, tomadas por vias expressas, com subúrbios ricos que dependem totalmente do automóvel, é expressa com clareza pelo estudo.


À medida de comparação, 94% dos deslocamentos são feitos em carro, muito mais do que os 50% das cidades europeias. Atlanta deve ser o caso mais emblemático de esgarçamento urbano. Apenas 1% de seus habitantes se deslocam a pé ou bicicleta, o que a coloca no finzinho do ranking mundial.


Não existe um padrão europeu de mobilidade. Se em Roma ou Manchester quase 70% das pessoas dependem do carro para se deslocar, a Europa do Norte pródiga no oposto. Em Copenhague, 47% de todos os é habitantes andam ou pedalam para o trabalho. Esse número vai a 75% numa cidade como Utrecht, na Holanda.


Nas maiores cidades europeias o transporte público oferece alternativa ao carro: 45% dos londrinos e 60% dos parisienses vão de transporte público ao trabalho.


Não por acaso, Londres e Paris têm malhas de transporte invejáveis, mas também são cidades que têm políticas explícitas de desestimular o uso do carro, diminuindo espaços e até cobrando pedágio para entrar no centro. Hoje, a capital francesa já tem mais gente andando a pé que de carro.


O estudo mostra que os deslocamentos em transporte público aumentam com o tamanho da cidade.


Na média global das cidades de 100 mil habitantes, transporte público representa 10% das viagens, mas aumenta para 25% nas cidades com mais de um milhão de habitantes. Nas metrópoles com mais de 20 milhões, esse número ultrapassa 40%.


A exceção a essa regra são EUA, Canadá e Austrália. Nesses países, as cidades pequenas mantêm mais de 90% de seus deslocamentos em automóvel.


Na outra ponta, a campeã do ranking é uma cidade de 300 mil habitantes em Moçambique, Quellimane, onde 91% das pessoas vão a seus afazeres diários a pé ouem bicicleta.


A China tem enorme participação de bicicletas e do pé nos deslocamentos, mas provavelmente esse númerodeve mudar rapidamente, uma vez que, quanto maior a renda per capita, maior a participação do automóvel. No resto da Ásia, porém, há brilhantes exceções, como as cidades densas que têm alta renda e enorme participação do transporte público, como Tóquio e principalmente Hong Kong.


Apenas quatro cidades brasileiras entraram no estudo: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba. Elas apresentam um quadro parecido que mostra um certo equilíbrio entre os modais. São Paulo, na verdade, a é cidade que fica bem no meio do triângulo do estudo global, com praticamente um terço dos deslocamentos para cada modo de transporte.


Essa situação expõe uma contradição: o maior modal é o andar a pé, mas o maior objeto de desejo é o carro. As infraestruturas existentes privilegiam o carro, mas os congestionamentos gigantes demonstram um ponto de exaustão. Por outro lado, o descaso histórico com o transporte público expõe o tamanho do desafio, tanto na qualidade como na capilaridade das redes de transporte.


Ao redor do mundo, o pico do uso do carro ainda não chegou, mas é sintomático que cidades ricas, como Paris, Barcelona, Viena e tantas outras, estejam justamente investindo no transporte público, na bicicleta na caminhabilidade para reduzir emissão de gases e e melhorar a experiência urbana.


A boa mobilidade deve integrar mobilidade ativa e transporte público. A seguir, uma amostra do estudo com algumas cidades para dar uma ideia da disparidade entre elas, baseando-se em dois aspectos: andar a pé e por bicicleta. O ranking completo está disponível na revista The Economist e na plataforma ScienceDirect.


Para comparar dados de 794 cidades no mundo, os pesquisadores Rafael Prieto-Curiel, do Complexity Science Hub, e Juan Pablo Ospina, da EAFIT University, consultaram aproximadamente mil bases de dados diferentes. Isso permite juntar informações de cidades em diferentes continentes, mas gera algumas limitações nas comparações.


Como algumas cidades misturam transporte a pé e bicicleta, a pesquisa juntou tudo em "mobilidade ativa". Outra limitação é considerar apenas deslocamentos para trabalho, além da ausência das cidades médias dos o países subdesenvolvidos. Finalmente, o estudo desconsidera as viagens multimodais, em que as pessoas trocam de meios de transporte, por exemplo, andando de sua casa até o ponto de ônibus.


Mesmo com essas limitações, a pesquisa tem o mérito de dar um quadro geral a algo muito fragmentado e vai ser um grande estímulo para novos estudos.


Mauro Calliari.

Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/.

Acesso em: 12 jul. 2024.

Assinale a alternativa em que a palavra, retirada do texto, tenha sido formada, ao longo de seu processo, por derivação, e não por composição.
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14Q1057629 | Sem disciplina, Pontuação, Soldado Combatente QPMP C, PM ES, INSTITUTO AOCP, 2022

Texto associado.
COMO O DOUTOR GOOGLE ESTÁ CRIANDO UMA
LEGIÃO DE CIBERCONDRÍACOS

Thiago Tanji – 18 SET 2015

“Sintomas”, “dor de cabeça”, “sonolência”, “estou com sorte”. Uma busca despretensiosa usando essas palavras-chave leva a um endereço que indica os sinais e sintomas de um tumor cerebral. Definitivamente, não era um dia de sorte. Mas é possível encontrar outros diagnósticos virtuais para essa busca, como anemia, distúrbios do sono, meningite e virose, é claro. Já escolheu a doença que mais se encaixa no seu caso? Provavelmente, você decidirá pela pior dessa lista. “Depois de checar os sintomas no Google, a maior parte das pessoas tende a associar sua situação a doenças sérias e raras”, diz Dengfeng Yan, professor do departamento de marketing da Universidade do Texas em San Antonio, Estados Unidos. É verdade que o dr. Google é prático e pode ajudar em alguns casos, mas seu curso de medicina é baseado em algoritmos que podem te transformar em um cibercondríaco (é sério, essa palavra já é utilizada por cientistas).
Em 2012, quando era pesquisador na Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong, na China, Yan realizou um trabalho para estudar as escolhas irracionais de consumidores com base na ideia de que as pessoas tendem a superestimar seus problemas de saúde. Em uma entrevista, ele perguntava a um grupo sobre a possibilidade de contrair doenças como gripe aviária, câncer de mama e AIDS. “As pessoas costumam ignorar a chance real de ocorrências de uma doença e acabam confiando demais apenas nos sintomas que estão sentindo”, afirma. O problema é que, ao buscar os sintomas pela internet, nosso medo de contrair doenças graves é potencializado, já que essas enfermidades rendem um maior número de discussões e tendem a aparecer com maior frequência no resultado das buscas. “As informações mostradas no Google não são uma representação da realidade, já que a maior parte das pessoas não costuma discutir a ocorrência de doenças normais”, diz Yan.
De acordo com um relatório do Google, uma em cada 20 pesquisas do serviço de buscas está relacionada a questões ligadas à saúde. Mas o problema é que quantidade não representa qualidade. “Há um conteúdo muito bom que é cuidadosamente checado e publicado por especialistas. No entanto, também há um conteúdo extremamente pobre, com informações incorretas”, afirma Guido Zuccon, pesquisador de sistemas de informação da Universidade de Tecnologia de Queensland, na Austrália. “Também observamos que há conteúdo de alta qualidade, como pesquisas divulgadas pela comunidade médica, mas que os usuários em geral têm muita dificuldade de entender”. Em março deste ano, a equipe do pesquisador conduziu um estudo para avaliar a qualidade das informações médicas disponíveis nas buscas do Google, a partir da experiência de um grupo de entrevistados. No relatório, Zuccon indica que as ferramentas virtuais melhoraram sua engenharia de busca nos últimos anos, mas a pesquisa por termos abrangentes – como os sintomas descritos no início da matéria – ainda não consegue retornar resultados satisfatórios para os usuários.

Adaptado de:
https://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2015/09/como-odoutor-google-esta-criando-uma-legiao-de-cibercondriacos.html.
Acesso em: 10 jun. 2022.
Em relação ao excerto “De acordo com um relatório do Google, uma em cada 20 pesquisas do serviço de buscas está relacionada a questões ligadas à saúde.”, assinale a alternativa correta.
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15Q1057631 | Português, Interpretação de Textos, Soldado Combatente QPMP C, PM ES, INSTITUTO AOCP, 2022

Texto associado.
COMO O DOUTOR GOOGLE ESTÁ CRIANDO UMA
LEGIÃO DE CIBERCONDRÍACOS

Thiago Tanji – 18 SET 2015

“Sintomas”, “dor de cabeça”, “sonolência”, “estou com sorte”. Uma busca despretensiosa usando essas palavras-chave leva a um endereço que indica os sinais e sintomas de um tumor cerebral. Definitivamente, não era um dia de sorte. Mas é possível encontrar outros diagnósticos virtuais para essa busca, como anemia, distúrbios do sono, meningite e virose, é claro. Já escolheu a doença que mais se encaixa no seu caso? Provavelmente, você decidirá pela pior dessa lista. “Depois de checar os sintomas no Google, a maior parte das pessoas tende a associar sua situação a doenças sérias e raras”, diz Dengfeng Yan, professor do departamento de marketing da Universidade do Texas em San Antonio, Estados Unidos. É verdade que o dr. Google é prático e pode ajudar em alguns casos, mas seu curso de medicina é baseado em algoritmos que podem te transformar em um cibercondríaco (é sério, essa palavra já é utilizada por cientistas).
Em 2012, quando era pesquisador na Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong, na China, Yan realizou um trabalho para estudar as escolhas irracionais de consumidores com base na ideia de que as pessoas tendem a superestimar seus problemas de saúde. Em uma entrevista, ele perguntava a um grupo sobre a possibilidade de contrair doenças como gripe aviária, câncer de mama e AIDS. “As pessoas costumam ignorar a chance real de ocorrências de uma doença e acabam confiando demais apenas nos sintomas que estão sentindo”, afirma. O problema é que, ao buscar os sintomas pela internet, nosso medo de contrair doenças graves é potencializado, já que essas enfermidades rendem um maior número de discussões e tendem a aparecer com maior frequência no resultado das buscas. “As informações mostradas no Google não são uma representação da realidade, já que a maior parte das pessoas não costuma discutir a ocorrência de doenças normais”, diz Yan.
De acordo com um relatório do Google, uma em cada 20 pesquisas do serviço de buscas está relacionada a questões ligadas à saúde. Mas o problema é que quantidade não representa qualidade. “Há um conteúdo muito bom que é cuidadosamente checado e publicado por especialistas. No entanto, também há um conteúdo extremamente pobre, com informações incorretas”, afirma Guido Zuccon, pesquisador de sistemas de informação da Universidade de Tecnologia de Queensland, na Austrália. “Também observamos que há conteúdo de alta qualidade, como pesquisas divulgadas pela comunidade médica, mas que os usuários em geral têm muita dificuldade de entender”. Em março deste ano, a equipe do pesquisador conduziu um estudo para avaliar a qualidade das informações médicas disponíveis nas buscas do Google, a partir da experiência de um grupo de entrevistados. No relatório, Zuccon indica que as ferramentas virtuais melhoraram sua engenharia de busca nos últimos anos, mas a pesquisa por termos abrangentes – como os sintomas descritos no início da matéria – ainda não consegue retornar resultados satisfatórios para os usuários.

Adaptado de:
https://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2015/09/como-odoutor-google-esta-criando-uma-legiao-de-cibercondriacos.html.
Acesso em: 10 jun. 2022.
Referente ao termo “cibercondríaco”, assinale a alternativa correta.
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16Q1059081 | Matemática, Álgebra, Técnico em Enfermagem, PM ES, INSTITUTO AOCP, 2022

Sabe-se que um conjunto A é dado de tal forma que A = {x E N; x < 20 +10√2 ex > 20− 10√2}. Dessa forma, determine a quantidade de elementos do conjunto A cujo quadrado também seja elemento de A.
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17Q1057625 | Português, Morfologia, Soldado Combatente QPMP C, PM ES, INSTITUTO AOCP, 2022

Texto associado.
COMO O DOUTOR GOOGLE ESTÁ CRIANDO UMA
LEGIÃO DE CIBERCONDRÍACOS

Thiago Tanji – 18 SET 2015

“Sintomas”, “dor de cabeça”, “sonolência”, “estou com sorte”. Uma busca despretensiosa usando essas palavras-chave leva a um endereço que indica os sinais e sintomas de um tumor cerebral. Definitivamente, não era um dia de sorte. Mas é possível encontrar outros diagnósticos virtuais para essa busca, como anemia, distúrbios do sono, meningite e virose, é claro. Já escolheu a doença que mais se encaixa no seu caso? Provavelmente, você decidirá pela pior dessa lista. “Depois de checar os sintomas no Google, a maior parte das pessoas tende a associar sua situação a doenças sérias e raras”, diz Dengfeng Yan, professor do departamento de marketing da Universidade do Texas em San Antonio, Estados Unidos. É verdade que o dr. Google é prático e pode ajudar em alguns casos, mas seu curso de medicina é baseado em algoritmos que podem te transformar em um cibercondríaco (é sério, essa palavra já é utilizada por cientistas).
Em 2012, quando era pesquisador na Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong, na China, Yan realizou um trabalho para estudar as escolhas irracionais de consumidores com base na ideia de que as pessoas tendem a superestimar seus problemas de saúde. Em uma entrevista, ele perguntava a um grupo sobre a possibilidade de contrair doenças como gripe aviária, câncer de mama e AIDS. “As pessoas costumam ignorar a chance real de ocorrências de uma doença e acabam confiando demais apenas nos sintomas que estão sentindo”, afirma. O problema é que, ao buscar os sintomas pela internet, nosso medo de contrair doenças graves é potencializado, já que essas enfermidades rendem um maior número de discussões e tendem a aparecer com maior frequência no resultado das buscas. “As informações mostradas no Google não são uma representação da realidade, já que a maior parte das pessoas não costuma discutir a ocorrência de doenças normais”, diz Yan.
De acordo com um relatório do Google, uma em cada 20 pesquisas do serviço de buscas está relacionada a questões ligadas à saúde. Mas o problema é que quantidade não representa qualidade. “Há um conteúdo muito bom que é cuidadosamente checado e publicado por especialistas. No entanto, também há um conteúdo extremamente pobre, com informações incorretas”, afirma Guido Zuccon, pesquisador de sistemas de informação da Universidade de Tecnologia de Queensland, na Austrália. “Também observamos que há conteúdo de alta qualidade, como pesquisas divulgadas pela comunidade médica, mas que os usuários em geral têm muita dificuldade de entender”. Em março deste ano, a equipe do pesquisador conduziu um estudo para avaliar a qualidade das informações médicas disponíveis nas buscas do Google, a partir da experiência de um grupo de entrevistados. No relatório, Zuccon indica que as ferramentas virtuais melhoraram sua engenharia de busca nos últimos anos, mas a pesquisa por termos abrangentes – como os sintomas descritos no início da matéria – ainda não consegue retornar resultados satisfatórios para os usuários.

Adaptado de:
https://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2015/09/como-odoutor-google-esta-criando-uma-legiao-de-cibercondriacos.html.
Acesso em: 10 jun. 2022.
Assinale a alternativa em que o advérbio destacado incide sobre um adjetivo.
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18Q1059082 | Matemática, Aritmética e Problemas, Técnico em Enfermagem, PM ES, INSTITUTO AOCP, 2022

A característica principal dos elementos do conjunto Q - Z, que representa a diferença entre o conjunto dos números racionais e dos inteiros, é
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19Q1059088 | Matemática, Funções, Soldado Músico QPMP M, PM ES, INSTITUTO AOCP, 2022

Ao considerarmos duas funções polinomiais de segundo grau g(x) = 5x2 + 7x − 11 e h(x) = 3x2 + 4x − 9, pode-se comparar o mecanismo para determinar suas possíveis intersecções a um sistema de equações de segundo grau. Nesse contexto, é correto afirmar que
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20Q1059090 | Matemática, Funções, Soldado Combatente QPMP C, PM ES, INSTITUTO AOCP, 2022

Considere a função dada porf(x) =x2− 25 restrita ao domínio Df= {x ∈ Z;−5 ≤ x ≤ 5} e assinale a alternativa que apresenta o número de elementos do conjunto imagem da função citada, restrita ao domínio.
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