O espaço escolar é um lugar de convívio. Nele encontramos
não apenas as relações das pessoas com o conhecimento,
mas também o aprendizado de como as pessoas se relacionam
entre si e com o restante do mundo. Exatamente por isso os
conflitos aparecem, e a gestão da escola deve saber como
lidar com eles. Por reproduzir as lógicas sociais, encontramos,
também na escola, relações que desvalorizam o que é
entendido como contra-hegemônico nas culturas. E isso
impacta negativamente nas pessoas negras e nas praticantes
das Religiões de Matrizes Africanas. Talvez os signos de Exu e
de Ogum sejam boas pistas sobre como lidar com a escola na
busca de espaços menos opressivos. Essas duas divindades do
panteão iorubano são vinculadas aos caminhos, à comunicação,
à política, aos conflitos e, de algum modo, à própria educação.
Exu e Ogum nos ensinam que a convivência não precisa de
uma suposição de que todas e todos pensem do mesmo modo,
desejem do mesmo modo, caminhem pelos mesmos caminhos.
Mas ensinam que o mundo é criado coletivamente e que, entre
conflitos e andanças, devemos preservar as diferenças.
NASCIMENTO, W. F. As religiões de matrizes africanas, resistência
e contexto escolar: entre encruzilhadas. In: Memórias do
Baobá II. Fortaleza: Editora UFC, 2017 (adaptado).
Com base no texto e nas ações de enfrentamento ao racismo
religioso no espaço escolar, é correto afirmar que a
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