Questões de Concursos Prefeitura de Castanhal PA

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2Q885930 | Informática, Nuvem "cloud computing" e "cloud storage", Agente Administrativo, Prefeitura de Castanhal PA, CETAP, 2024

Qual das alternativas a seguir possui apenas ferramentas cujo principal objetivo é permitir que os usuários possam armazenar arquivos remotamente em servidores na nuvem, podendo permitir também capacidade de colaboração em tempo real, além de sincronização automática de arquivos entre dispositivos, ou seja, se um arquivo é editado em um dispositivo, as alterações são automaticamente refletidas em todos os outros dispositivos conectados à mesma conta de nuvem?
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3Q1023112 | Inglês, Verbos Verbs, Professor de Inglês, Prefeitura de Castanhal PA, CETAP, 2024

Na sentença "You should listen to your teacher, or you ____ understand the lesson.", o verbo modal que a completa corretamente a frase é:
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4Q885929 | Informática, Windows, Agente Administrativo, Prefeitura de Castanhal PA, CETAP, 2024

O sistema operacional Windows 10 permite a exclusão segura (ou permanente) de arquivos. Esta é uma funcionalidade, que permite o apagamento de arquivos, de forma que, não possam ser facilmente recuperados por meio de métodos convencionais de recuperação de dados. Para excluir um arquivo no sistema operacional Windows 10, qual tecla ou conjunto de teclas devem ser usados em um arquivo selecionado?
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5Q885940 | Conhecimentos Gerais e Atualidades, Auxiliar de Administração, Prefeitura de Castanhal PA, CETAP, 2024

"O presidente da França, _____________, dissolveu Assembleia Nacional e anunciou eleições legislativas antecipadas na França após avanço significativo da ultradireita.". (Fonte: Dol.com / Data: 09/06/2024). Qual o nome do Presidente da França?
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6Q885932 | Informática, Windows, Agente Administrativo, Prefeitura de Castanhal PA, CETAP, 2024

Entre as alternativas a seguir, qual delas contêm somente extensões de arquivos executáveis em ambientes Windows 10?
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7Q885939 | Conhecimentos Gerais e Atualidades, Auxiliar de Administração, Prefeitura de Castanhal PA, CETAP, 2024

"A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai realizar no dia 6 de junho o primeiro leilão para compra de até 300 mil toneladas de arroz importado, como informou nesta quarta-feira (29.05) o presidente da Conab, Edegar Pretto.". (Fonte: OLiberal.com / Data: 30.05.2024). Sobre o assunto noticiado, avalie os itens seguintes e marque a alternativa correta:

I- A medida foi adotada pelo governo federal para reduzir o preço do produto, que chegou a aumentar em até 40% por causa das enchentes no Rio Grande do Sul.

II- O estado do Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor nacional de arroz, depois do Pará.
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8Q1014735 | Libras, Educação dos Surdos, Professor Bilingue, Prefeitura de Castanhal PA, CETAP, 2024

Leia as assertivas seguintes e assinale a alternativa com os modelos narrativos da alteridade surda (SKLIAR, 2000), referentes aos seguintes conceitos.

I - As narrativas são informadas pelo discurso medicalizado da deficiência e predominam práticas ouvintistas.

II - As narrativas buscam uma realidade de harmonia não conflitiva e predominam práticas do bilinguismo.

Ill - As narrativas são pautadas no discurso da diferença e predominam processos de desouvintização.

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10Q1019857 | Espanhol, Adjetivos em Espanhol Adjetivos, Professor de Espanhol, Prefeitura de Castanhal PA, CETAP, 2024

"Yo quiero este libro amarrilo y blanco que está en tu estanteria, por favor.".

Tendo como base os conceitos de adjetivos, marque a resposta correta sobre as palavras destacadas em negrito.

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11Q1014729 | Libras, Educação dos Surdos, Professor Bilingue, Prefeitura de Castanhal PA, CETAP, 2024

Marque a alternativa que apresenta o que não é correto afirmar sobre as questões relacionadas ao processo de ensino e aprendizagem em uma perspectiva bilíngue:
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12Q1014732 | Libras, Educação dos Surdos, Professor Bilingue, Prefeitura de Castanhal PA, CETAP, 2024

Assinale a alternativa que corresponde ao que é correto afirmar sobre a abordagem cultural da surdez na educação inclusiva:
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13Q1079068 | Noções de Informática, Software, Enfermeiro, Prefeitura de Castanhal PA, CETAP, 2024

Entre as alternativas a seguir, qual delas contém uma informação correta sobre programas de compactação de arquivos como ZIP?
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14Q1046191 | Português, Morfologia, Professor de Educação Especial, Prefeitura de Castanhal PA, CETAP, 2024

Texto associado.
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


As receitas


Quando eu era menino, na escola, as professoras me ensinaram que o Brasil estava destinado a um futuro grandioso porque as suas terras estavam cheias de riquezas: ferro, ouro, diamantes, florestas e coisas semelhantes. Ensinaram errado. O que me disseram equivale a predizer que um homem será um grande pintor por ser dono de uma loja de tintas. Mas o que faz um quadro não é a tinta: são as ideias que moram na cabeça do pintor. São as ideias dançantes na cabeça que fazem as tintas dançar sobre a tela.

Por isso, sendo um país tão rico, somos um povo tão pobre. Somos pobres em ideias. Não sabemos pensar. Nisto nos parecemos com os dinossauros, que tinham excesso de massa muscular e cérebros de galinha. Hoje, nas relações de troca entre os países, o bem mais caro, o bem mais cuidadosamente guardado, o bem que não se vende, são as ideias. É com as ideias que o mundo é feito. Prova disso são os tigres asiáticos, Japão, Coreia, Formosa que, pobres de recursos naturais, se enriqueceram por ter se especializado na arte de pensar.

Minha filha me fez uma pergunta: "O que é pensar?" Disse-me que 'esta era uma pergunta que o professor de filosofia havia proposto à classe. Pelo que lhe dou os parabéns. Primeiro por ter ido diretamente à questão essencial. Segundo, por ter tido a sabedoria de fazer a pergunta, sem dar a resposta. Porque, se tivesse dado a resposta, teria com ela cortado as asas do pensamento. O pensamento é como a águia que só alça voo nos espaços vazios do desconhecido. Pensar é voar sobre o que não se sabe. Não existe nada mais fatal para o pensamento que o ensino das respostas certas. Para isso existem as escolas: não para ensinar as respostas, mas para ensinar as perguntas. As respostas nos permitem andar sobre a terra firme. Mas somente as perguntas nos permitem entrar pelo mar desconhecido.

E, no entanto, não podemos viver sem as respostas. As asas, para o impulso inicial do voo, dependem de pés apoiados na terra firme. Os pássaros, antes de saber voar, aprendem a se apoiar sobre os seus pés. Também as crianças, antes de aprender a voar, tem que aprender a caminhar sobre a terra firme. Terra firme: as milhares de perguntas para as quais as gerações passadas já descobriram as respostas. O primeiro momento da educação é a transmissão deste saber. Nas palavras de Roland Barthes: "Há um momento em que se ensina o que se sabe..." E o curioso é que este aprendizado é justamente para nos poupar da necessidade de pensar.

As gerações mais velhas ensinam as mais novas as receitas que funcionam. Sei amarrar os meus sapatos automaticamente, sei dar o nó na minha gravata automaticamente: as mãos fazem o seu trabalho com destreza enquanto as ideias andam por outros lugares. Aquilo que um dia eu não sabia me foi ensinado; eu aprendi com o corpo e esqueci com a cabeça. E a condição para que minhas mãos saibam bem é que a cabeça não pense sobre o que elas estão fazendo. Um pianista que, na hora da execução, pensa sobre os caminhos que seus dedos deverão seguir, tropeçara fatalmente. Há a estória de uma centopeia que andava feliz pelo jardim, quando foi interpelada por um grilo: "Dona Centopeia, sempre tive curiosidade sobre uma coisa: quando a senhora anda, qual, dentre as suas cem pernas, é aquela que a senhora movimenta primeiro?" "Curioso", ela respondeu. "Sempre andei, mas nunca me propus esta questão. Da próxima vez, prestarei atenção." Termina a estória dizendo que a centopeia nunca mais conseguiu andar.

Todo mundo fala, e fala bem. Ninguém sabe como a linguagem foi ensinada e nem como ela foi aprendida. A despeito disto, o ensino foi tão eficiente que não preciso pensar para falar. Ao falar não sei se estou usando um substantivo, um verbo ou um adjetivo, e nem me lembro das regras da gramatica. Quem, para falar, tem de se lembrar destas coisas, não sabe falar. Há um nível de aprendizado em que o pensamento é um estorvo. Só se sabe bem com o corpo aquilo que a cabeça esqueceu. E assim escrevemos, lemos, andamos de bicicleta, nadamos, pregamos pregos, guiamos carros: sem saber com a cabeça, porque o corpo sabe melhor. É um conhecimento que se tornou parte inconsciente de mim mesmo. E isso me poupa do trabalho de pensar o já sabido. Ensinar aqui, é inconscientizar.

O sabido é o não-pensado, que fica guardado, pronto para ser usado como receita, na memória desse computador que se chama cérebro. Basta apertar a tecla adequada para que a receita apareça no vídeo da consciência. Aperto a tecla moqueca. A receita aparece no meu vídeo cerebral: panela de barro, azeite, peixe, tomate, cebola, coentro, cheiro verde, urucum, sal, pimenta, seguidos de uma se série de instruções sobre o que fazer. Não é coisa que eu tenha inventado. Me foi ensinado. Não precisei pensar. Gostei. Foi para a memória. Esta é a regra fundamental desse computador que vive no corpo humano: só vai para a memoria aquilo que e objeto do desejo.

A tarefa primordial do professor: seduzir o aluno para que ele deseje e, desejando, aprenda. E o saber fica memorizado de cor - etimologicamente, no coração -, à espera de que a tecla do desejo de novo o chame do seu lugar de esquecimento. Memória: um saber que o passado sedimentou. Indispensável para se repetir as receitas que os mortos nos legaram. E elas são boas. Téo boas que elas nos fazem esquecer que é preciso voar. Permitem que andemos pelas trilhas batidas. Mas nada tem a dizer sobre mares desconhecidos. Muitas pessoas, de tanto repetir as receitas, metamorfosearam-se de águias em tartarugas. E não são poucas as tartarugas que possuem diplomas universitários. Aqui se encontra o perigo das escolas: de tanto ensinar o que o passado legou - e ensinar bem — fazem os alunos se esquecer de que o seu destino não é o passado cristalizado em saber, mas um futuro que se abre como vazio, um não saber que somente pode ser explorado com as asas do pensamento. Compreende-se então que Barthes tenha dito que, seguindo-se ao tempo em que se ensina o que se sabe, deve chegar o tempo quando se ensina o que não se sabe. —



(Rubem Alves, no livro "A alegria de ensinar”. São Paulo: Ars Poetica Editora Ltda, 1994.)
"Nisto nos parecemos com os dinossauros (...)". Em relação à tipologia pronominal, é correto afirmar:
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15Q1014718 | Libras, Educação dos Surdos, Professor de Libras, Prefeitura de Castanhal PA, CETAP, 2024

Assinale a alternativa com as expressões que completam adequadamente as lacunas:

"Em uma escola inclusiva, o ensino de Libras pode ocorrer, simultaneamente, em duas situações. Quando são os educandos surdos que aprendem Libras, como e quando são os educandos ouvintes que aprendem a Libras, como____ "

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16Q1014731 | Libras, Educação dos Surdos, Professor Bilingue, Prefeitura de Castanhal PA, CETAP, 2024

Assinale a alternativa que não constitui um dos pilares que sustenta a Língua Brasileira de Sinais:
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17Q1019858 | Espanhol, Flexão do Nome Flexíon de Las Palabras, Professor de Espanhol, Prefeitura de Castanhal PA, CETAP, 2024

"Un sustantivo es una categoria gramatical o clase de palabra que se utiliza para nombrar un objeto, sujeto, lugar, concepto.”

Fuente: https://concepto.de/sustantivo/#ixzz8XI7xCXeM

Considerando o conceito gramatical mencionado, analise as afirmativas seguintes e marque a alternativa correta.

I- O substantivo pode ser classificado somente pelo número e género e por alguns pronomes que concordam com os determinantes.

Il- Os adjetivos nao concordam em género e número com o substantivo, tanto se são modificadores (ojos melancélicos, casa limpia), como se são atributos ou predicativos (Los padres estaban callados; Lo creiamos timidos).

Ill- Os substantivos classificam-se como masculino e feminino e, como muitos que designam seres animados, o género serve para diferenciar o sexo do referente (gato/gata — nifio/nifia).

IV- O masculino é, no espanhol, o género não marcado e o feminino, o marcado. Na designação de pessoas e animais, os substantivos de género masculino se referem para marcar aos indivíduos do sexo, com também para designar toda a espécie, seja no singular ou plural.

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18Q1024586 | Inglês, Interpretação de Texto Reading Comprehension, Professor de Inglês, Prefeitura de Castanhal PA, CETAP, 2024

Leia o trecho do conto "The Black Cat" escrito por Edgar Allan Poe e publicado em 1845.

To those who have cherished an affection for a faithful and sagacious dog, 1 need hardly be at the trouble of explaining the nature or the intensity of the gratification thus derivable. There is something in the unselfish and self-sacrificing love of a brute, which goes directly to the heart of him who has had frequent occasion to test the paltry friendship and gossamer fidelity of mere Man.
Edgar Allan Poe, The Black Cat, 1845, p.1

A palavra "gossamer", na última linha do trecho, pode ser substituída, sem alterar o significado da frase, por:
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19Q1046188 | Português, Interpretação de Textos, Professor de Educação Especial, Prefeitura de Castanhal PA, CETAP, 2024

Texto associado.
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


As receitas


Quando eu era menino, na escola, as professoras me ensinaram que o Brasil estava destinado a um futuro grandioso porque as suas terras estavam cheias de riquezas: ferro, ouro, diamantes, florestas e coisas semelhantes. Ensinaram errado. O que me disseram equivale a predizer que um homem será um grande pintor por ser dono de uma loja de tintas. Mas o que faz um quadro não é a tinta: são as ideias que moram na cabeça do pintor. São as ideias dançantes na cabeça que fazem as tintas dançar sobre a tela.

Por isso, sendo um país tão rico, somos um povo tão pobre. Somos pobres em ideias. Não sabemos pensar. Nisto nos parecemos com os dinossauros, que tinham excesso de massa muscular e cérebros de galinha. Hoje, nas relações de troca entre os países, o bem mais caro, o bem mais cuidadosamente guardado, o bem que não se vende, são as ideias. É com as ideias que o mundo é feito. Prova disso são os tigres asiáticos, Japão, Coreia, Formosa que, pobres de recursos naturais, se enriqueceram por ter se especializado na arte de pensar.

Minha filha me fez uma pergunta: "O que é pensar?" Disse-me que 'esta era uma pergunta que o professor de filosofia havia proposto à classe. Pelo que lhe dou os parabéns. Primeiro por ter ido diretamente à questão essencial. Segundo, por ter tido a sabedoria de fazer a pergunta, sem dar a resposta. Porque, se tivesse dado a resposta, teria com ela cortado as asas do pensamento. O pensamento é como a águia que só alça voo nos espaços vazios do desconhecido. Pensar é voar sobre o que não se sabe. Não existe nada mais fatal para o pensamento que o ensino das respostas certas. Para isso existem as escolas: não para ensinar as respostas, mas para ensinar as perguntas. As respostas nos permitem andar sobre a terra firme. Mas somente as perguntas nos permitem entrar pelo mar desconhecido.

E, no entanto, não podemos viver sem as respostas. As asas, para o impulso inicial do voo, dependem de pés apoiados na terra firme. Os pássaros, antes de saber voar, aprendem a se apoiar sobre os seus pés. Também as crianças, antes de aprender a voar, tem que aprender a caminhar sobre a terra firme. Terra firme: as milhares de perguntas para as quais as gerações passadas já descobriram as respostas. O primeiro momento da educação é a transmissão deste saber. Nas palavras de Roland Barthes: "Há um momento em que se ensina o que se sabe..." E o curioso é que este aprendizado é justamente para nos poupar da necessidade de pensar.

As gerações mais velhas ensinam as mais novas as receitas que funcionam. Sei amarrar os meus sapatos automaticamente, sei dar o nó na minha gravata automaticamente: as mãos fazem o seu trabalho com destreza enquanto as ideias andam por outros lugares. Aquilo que um dia eu não sabia me foi ensinado; eu aprendi com o corpo e esqueci com a cabeça. E a condição para que minhas mãos saibam bem é que a cabeça não pense sobre o que elas estão fazendo. Um pianista que, na hora da execução, pensa sobre os caminhos que seus dedos deverão seguir, tropeçara fatalmente. Há a estória de uma centopeia que andava feliz pelo jardim, quando foi interpelada por um grilo: "Dona Centopeia, sempre tive curiosidade sobre uma coisa: quando a senhora anda, qual, dentre as suas cem pernas, é aquela que a senhora movimenta primeiro?" "Curioso", ela respondeu. "Sempre andei, mas nunca me propus esta questão. Da próxima vez, prestarei atenção." Termina a estória dizendo que a centopeia nunca mais conseguiu andar.

Todo mundo fala, e fala bem. Ninguém sabe como a linguagem foi ensinada e nem como ela foi aprendida. A despeito disto, o ensino foi tão eficiente que não preciso pensar para falar. Ao falar não sei se estou usando um substantivo, um verbo ou um adjetivo, e nem me lembro das regras da gramatica. Quem, para falar, tem de se lembrar destas coisas, não sabe falar. Há um nível de aprendizado em que o pensamento é um estorvo. Só se sabe bem com o corpo aquilo que a cabeça esqueceu. E assim escrevemos, lemos, andamos de bicicleta, nadamos, pregamos pregos, guiamos carros: sem saber com a cabeça, porque o corpo sabe melhor. É um conhecimento que se tornou parte inconsciente de mim mesmo. E isso me poupa do trabalho de pensar o já sabido. Ensinar aqui, é inconscientizar.

O sabido é o não-pensado, que fica guardado, pronto para ser usado como receita, na memória desse computador que se chama cérebro. Basta apertar a tecla adequada para que a receita apareça no vídeo da consciência. Aperto a tecla moqueca. A receita aparece no meu vídeo cerebral: panela de barro, azeite, peixe, tomate, cebola, coentro, cheiro verde, urucum, sal, pimenta, seguidos de uma se série de instruções sobre o que fazer. Não é coisa que eu tenha inventado. Me foi ensinado. Não precisei pensar. Gostei. Foi para a memória. Esta é a regra fundamental desse computador que vive no corpo humano: só vai para a memoria aquilo que e objeto do desejo.

A tarefa primordial do professor: seduzir o aluno para que ele deseje e, desejando, aprenda. E o saber fica memorizado de cor - etimologicamente, no coração -, à espera de que a tecla do desejo de novo o chame do seu lugar de esquecimento. Memória: um saber que o passado sedimentou. Indispensável para se repetir as receitas que os mortos nos legaram. E elas são boas. Téo boas que elas nos fazem esquecer que é preciso voar. Permitem que andemos pelas trilhas batidas. Mas nada tem a dizer sobre mares desconhecidos. Muitas pessoas, de tanto repetir as receitas, metamorfosearam-se de águias em tartarugas. E não são poucas as tartarugas que possuem diplomas universitários. Aqui se encontra o perigo das escolas: de tanto ensinar o que o passado legou - e ensinar bem — fazem os alunos se esquecer de que o seu destino não é o passado cristalizado em saber, mas um futuro que se abre como vazio, um não saber que somente pode ser explorado com as asas do pensamento. Compreende-se então que Barthes tenha dito que, seguindo-se ao tempo em que se ensina o que se sabe, deve chegar o tempo quando se ensina o que não se sabe. —



(Rubem Alves, no livro "A alegria de ensinar”. São Paulo: Ars Poetica Editora Ltda, 1994.)
No 1º parágrafo, o vocábulo que é hiperônimo de: "(...) ferro, ouro, diamante, florestas e coisas semelhantes." é:
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20Q1024589 | Inglês, Ensino da Língua Estrangeira Inglesa, Professor de Inglês, Prefeitura de Castanhal PA, CETAP, 2024

Uma das estratégias de leitura em língua adicional é mover rapidamente os olhos sobre o texto em busca de palavras-chave ou frases que correspondam à informação desejada. Essa estratégia, que permite aos alunos localizarem a informação necessária de forma mais eficiente, sem precisar ler o texto em sua totalidade, é chamada de:
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