Medicamentos disponíveis do Brasil
Tanto o Wegovy quanto o Mounjaro estão aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e podem ser prescritos pelos médicos no tratamento da obesidade.
A tirzepatida, aliás, chegou efetivamente às farmácias brasileiras no início de maio, apesar de já estar liberada desde outubro de 2023.
Por enquanto, esses fármacos não estão disponíveis da rede pública, embora já existam discussões preliminares sobre a eventual incorporação delas no Sistema Único de Saúde (SUS).
Quem precisa fazer o tratamento, portanto, precisa pagar do próprio bolso um valor que supera os R$ 1,2 mil por mês.
Vale lembrar que, como a obesidade é uma doença crônica, esses remédios precisam ser tomados de modo contínuo, sem interrupção.
Desde abril, a Anvisa também mudou as regras sobre a prescrição das chamadas "canetas emagrecedoras": a partir de agora, as receitas médicas precisarão ser retiradas nas farmácias.
O objetivo é aumentar o controle do uso dessas substâncias e, segundo a agência, "proteger a saúde coletiva do consumo irracional" dessas medicações.
Vale lembrar aqui outro nome que ficou famoso nesse universo: o Ozempic.
Assim como o Wegovy, ele também tem como princípio ativo a semaglutida. Mas o que muda aqui é a dosagem e a finalidade de uso.
Há, então, três opções de semaglutida disponíveis nas farmácias hoje: o Ozempic (injeção de 1 miligrama, prescrita contra o diabetes tipo 2), o Rybelsus (comprimidos de 3,7 ou 14 mg, também usados no diabetes) e o Wegovy (injeção de 2,4 mg, utilizada contra a obesidade).
Mais novidades para o futuro?
Uma enorme quantidade de pesquisas sobre medicamentos para perda de peso ainda está em andamento.
Diferentes grupos de pesquisa testam doses mais altas desses remédios e novas formas de fazer o tratamento, como por meio de comprimidos orais.
Há também a possibilidade de outros princípios ativos ainda mais potentes chegarem ao mercado nos próximos anos.
Isso significa que o vencedor final das terapias contra a obesidade ainda não foi determinado.
O professor Naveed Sattar, da Universidade de Glasgow, na Escócia, afirma que a quantidade de pesquisas em andamento significa que podemos estar nos aproximando do ponto em que "a prevenção da obesidade também poderá ser possível".
No entanto, segundo ele, "seria muito melhor" tornar a sociedade mais saudável para evitar que mais pessoas desenvolvam a obesidade.
https://www.bbc.com/portuguese/articles/cj3jmldpxvzo