"Lúdico, criança, lazer, escola. São essas as palavras centrais deste livro. (...) Para mim, o reconhecimento dessa relação de interdependência exige uma nova pedagogia, embasadora de uma nova prática educativa e realimentada através dessa própria prática, considerando as possibilidades do lazer como canal viável de atuação no plano cultural, de modo integrado com a escola. (...) Procurarei defender, assumindo todos os riscos que isso possa significar, a dimensão "utópica" da pedagogia da animação, fundada no lúdico, do jogo, da festa, do brinquedo – do lazer, inclusive como crítica ao antilazer que se manifesta hoje, na nossa sociedade, dominada pelos critérios da utilidade e produtividade" In: Nélson Carvalho Marcellino, Pedagogia da Animação. O autor, anteriormente citado, reflete sobre as relações lazer-escola-processo educativo e a vinculação entre o lúdico e a educação. Apresenta razões para a escola valorizar as brincadeiras infantis, como
✂️ a) seu aproveitamento com bons resultados na educação escolar, em face das suas imensas possibilidades de beneficiar o processo ensino/aprendizagem, mormente quando se educa para o amanhã previsível de uma sociedade já estruturada. ✂️ b) suas possibilidades de contrabalançar a unilateralidade da formação das novas gerações, precocemente induzidas à especialização profissional, que lhes amplia a perspectiva de vida e lhes facilita a adaptação a um mundo de trabalho em constante mutação. ✂️ c) seu emprego na chamada educação compensatória, que nas últimas duas décadas vem procurando minorar as dificuldades escolares de crianças oriundas de meios muito carentes. ✂️ d) valorização da cultura da criança, e não instrumentalizá-la para "facilitar" o inculcamento de uma cultura pretensamente superior. ✂️ e) possibilita adaptar a criança ao mundo como já está dado, pronto e estabelecido. Seu livro é um manual de atividades recreativas para professores que compreendem a importância das atividades lúdicas.