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O ASSASSINO ERA O ESCRIBA Meu professor de análise sint...

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Q35176 | Português, Pedagogo, IFES

O ASSASSINO ERA O ESCRIBA

Meu professor de análise sintática era o tipo do sujeito inexistente.
Um pleonasmo, o principal predicado de sua vida,
regular como um paradigma da 1ª conjunção.
Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial,
ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito
assindético de nos torturar com um aposto.
Casou com uma regência.
Foi infeliz.
Era possessivo como um pronome.
E ela era bitransitiva.
Tentou ir para os EUA.
Não deu.
Acharam um artigo indefinido na sua bagagem.
A interjeição do bigode declinava partículas expletivas,
conectivos e agentes da passiva o tempo todo.
Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça.
(LEMINSKI, Paulo. Caprichos e relaxos. São Paulo: Brasiliense, 1983.)

Após a leitura do poema, a cima, de Paulo Leminski, e análise de todas as referências gramaticais e figurativas usadas pelo autor para a construção da história, marque a opção CORRETA:
Camila Duarte
Por Camila Duarte em 05/01/2025 02:59:57🎓 Equipe Gabarite
Gabarito: d)

No poema de Paulo Leminski, intitulado "O ASSASSINO ERA O ESCRIBA", o autor utiliza de forma criativa e bem-humorada diversas figuras de linguagem e referências gramaticais para construir a história. Vamos analisar cada uma das opções apresentadas:

a) A palavra "pleonasmo" não representa uma figura de pensamento similar à ironia, mas sim uma figura de linguagem que consiste na repetição desnecessária de termos com o mesmo sentido, como por exemplo "subir para cima". Neste contexto, o professor ser um "pleonasmo" indica que ele era redundante e desnecessário.

b) O poema não apresenta uma história narrada com onisciência pelo autor, pois a narrativa é feita a partir da perspectiva de um personagem que comete um assassinato.

c) A palavra "predicado" não é sinônimo de "pleonasmo". O predicado é a parte da oração que contém a informação sobre o sujeito, enquanto o pleonasmo é uma figura de linguagem.

d) Ter um "jeito assindético" significa expressar-se de forma isolada e desconectada, em relação à realidade de quem narra a história. No contexto do poema, essa expressão indica que o professor encontrava maneiras de torturar os alunos com construções gramaticais desconexas e sem ligação.

e) Na frase "Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça", o verbo "matar" necessita sim de um complemento, que é o objeto direto "o" (o professor). Portanto, a afirmação de que o verbo não necessita de complemento está incorreta.

Portanto, a opção correta é a letra d), pois a expressão "jeito assindético" no contexto do poema significa expressar-se de forma isolada e desconectada.
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