A leitura do poema a seguir, de João Cabral de Melo Neto, conduzirá a questão:
O ENGENHEIRO
A luz, o sol, o ar livre
envolvem o sonho do engenheiro.
O engenheiro sonha coisas claras:
Superfícies, tênis, um copo de água.
O lápis, o esquadro, o papel;
o desenho, o projeto, o número:
o engenheiro pensa o mundo justo,
mundo que nenhum véu encobre.
(Em certas tardes nós subíamos
ao edifício. A cidade diária,
como um jornal que todos liam,
ganhava um pulmão de cimento e vidro.)
A água, o vento, a claridade
de um lado o rio, no alto as nuvens,
situavam na natureza o edifício
crescendo de suas forças simples.
(MELO NETO, João Cabral de, Serial e Antes. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.)
O assunto “Regência” representa a relação, principalmente, de dois termos. Um é regente, e o outro, regido, numa frase. Observando a relação entre o termo regente e o regido, das frases destacadas do poema em questão, é correto afirmar que:
a) Os verbos “envolver” (1ª estrofe) e “situar” (3ª estrofe) regem complementos diretos;
b) O substantivo “sonho” e o verbo “sonha” (ambos da 1ª estrofe) exigem a mesma preposição;
c) “Em certas tardes” (2ª estrofe) é o objeto indireto do verbo “subir”;
d) “Um pulmão de cimento e vidro” (2ª estrofe) é o sujeito do verbo “ganhar”;
e) A frase “A luz, o sol, o ar livre envolvem o sonho do engenheiro” (1ª estrofe) está correta e tem o mesmo sentido do texto quando escrita desta forma: “O sonho do engenheiro envolve a luz, o sol, o ar livre”.