O mestre-sala dos mares Há muito tempo nas águas da Guanabara / O dragão do mar reapareceu / Na figura de um bravo marinheiro / A quem a história não esqueceu / Conhecido como o almirante negro / Tinha a dignidade de um mestre-sala / E ao navegar pelo mar com seu bloco de fragatas / Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas / Jovens polacas e por batalhões de mulatas / Rubras cascatas jorravam nas costas / dos negros pelas pontas das chibatas... “O mestre-sala dos mares”, música composta, em 1975, por João Bosco e Aldir Blanc, se refere à revolta:
a) Confederação dos Tamoios: a primeira rebelião de que se tem notícia na história brasileira; revolta de uma coligação de tribos indígenas – com o apoio dos franceses que haviam fundado a França Antártica – contra os portugueses.
b) Revolução Praieira: nascida da rivalidade entre os partidos Liberal e Conservador, o movimento acabou se transformando em choque de classes. Os praieiros lutaram de 1848 a 1849, exigindo voto livre e democrático, liberdade de imprensa e trabalho para todos.
c) Revolta da Armada: foi um movimento contra o presidente Floriano Peixoto, que irrompeu no Rio de Janeiro, em 6 de setembro de 1893. Praticamente toda a marinha se tornou antiflorianista. O principal combate ocorreu na Ponta da Armação, em Niterói, em 9 de fevereiro de 1894. O governo conseguiu a vitória, graças a uma nova esquadra, adquirida e aparelhada no exterior, e debelou a rebelião em março.
d) Revolta da Chibata: rebelião ocorrida na Marinha brasileira entre 22 e 27 de novembro de 1910, em protesto contra os castigos físicos que os militares de baixa patente recebiam. Os amotinados, liderados pelo marinheiro João Cândido Felisberto, tiveram suas reivindicações atendidas – a punição com chibatadas foi extinta –, mas uma semana depois quase todos foram presos, mortos ou mandados para seringais na Amazônia.