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Q675110 | Português, Crase, Advogado, Prefeitura de São Roque SP, VUNESP, 2020

Texto associado.

 O ataque da desinformação


      Sempre houve boatos e mentiras gerando desinformação na sociedade. O fenômeno é antigo, mas os tempos atuais trouxeram desafios em proporções e numa velocidade até há pouco impensáveis.

      A questão não é apenas a incrível capacidade de compartilhamento instantâneo, dada pelas redes sociais e os aplicativos de mensagem, o que é positivo, mas traz evidentes riscos. Muitas vezes, uma informação é compartilhada milhares de vezes antes mesmo de haver tempo hábil para a checagem de sua veracidade. O desafio é também oriundo do avanço tecnológico das ferramentas de edição de vídeo, áudio e imagem. Cada vez mais sofisticadas e, ao mesmo tempo, mais baratas e acessíveis, elas são capazes de falsificar a realidade de forma muito convincente.

      Para debater esse atual cenário, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) promoveu o seminário “Desinformação: Antídotos e Tendências”. Na abertura do evento, Marcelo Rech, presidente da ANJ, lembrou que o vírus da desinformação não é difundido apenas por grupos ou indivíduos extremistas. Também alguns governos têm se utilizado dessa arma para desautorizar coberturas inconvenientes. Tenta-se fazer com que apenas a informação oficial circule.

      O diretor da organização Witness, Sam Gregory, falou sobre as deepfakes e outras tecnologias que se valem da inteligência artificial (IA) para criar vídeos, imagens e áudios falsos. Houve um grande avanço tecnológico na área, o que afeta diretamente a confiabilidade das informações na esfera pública. O vídeo de um político fazendo determinada declaração pode ser inteiramente falso. Parece não haver limites para as manipulações.

      Diante desse cenário, que alguém poderia qualificar como o “fim da verdade”, Sam Gregory desestimulou qualquer reação de pânico ou desespero, que seria precisamente o que os difusores da desinformação almejam. Para Gregory, o caminho é melhorar a preparação das pessoas e das instituições, ampliando a “alfabetização midiática” – prover formação para que cada pessoa fique menos vulnerável às manipulações –, aperfeiçoando as ferramentas de detecção de falsidades e aumentando a responsabilidade das plataformas que disponibilizam esses conteúdos.

      Há um consenso de que o atual cenário, mesmo com todos os desafios, tem aspectos muito positivos, pois todos os princípios norteadores do jornalismo, como o de independência, da liberdade de expressão e o de rigor na apuração, têm sua importância reafirmada.

      O caminho para combater a desinformação continua sendo o mesmo: a informação de qualidade.

                                        (O Estado de São Paulo. 19.10.2019. Adaptado) 

Com base no emprego do sinal indicativo de crase, assinale a alternativa que completa corretamente a frase a seguir:


O político fez declarações... 

Camila Duarte
Por Camila Duarte em 03/01/2025 13:49:57🎓 Equipe Gabarite
Para resolver essa questão, é preciso identificar a correta utilização do sinal indicativo de crase. A crase ocorre quando há a junção da preposição "a" com o artigo definido feminino "a". Vamos analisar cada alternativa:

a) à pessoas que atuam em seu partido.
Nesse caso, a crase está incorreta, pois não há a necessidade de crase antes de "pessoas".

b) à uma emissora de televisão europeia.
A crase está incorreta, pois não se usa crase antes de palavras no singular.

c) à conferir atentamente se são confiáveis.
A crase está correta, pois antes de verbos no infinitivo, quando há a ideia de "a fim de", utiliza-se crase.

d) às quais geraram alguns protestos.
A crase está correta, pois antes de pronomes relativos femininos, utiliza-se crase.

e) às diversas entidades que o apoiam.
A crase está correta, pois antes de substantivos femininos no plural, utiliza-se crase.

Portanto, a alternativa correta é:

Gabarito: e) à diversas entidades que o apoiam.
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