Questões Enfermagem Processo de Enfermagem e Sistematização da Assistência de Enfermagem

Os sons ventilatórios são reflexos do modo como o ar circula nas vias aéreas, podem ser...

Responda: Os sons ventilatórios são reflexos do modo como o ar circula nas vias aéreas, podem ser normais ou anormais. Sobre os tipos de sons normais, assinale a alternativa INCORRETA:


Q842251 | Enfermagem, Processo de Enfermagem e Sistematização da Assistência de Enfermagem, Prefeitura de Passagem PB Enfermeiro Plantonista, EDUCA, 2020

Os sons ventilatórios são reflexos do modo como o ar circula nas vias aéreas, podem ser normais ou anormais.
Sobre os tipos de sons normais, assinale a alternativa INCORRETA:
Usuário
Por Ana Roberta Rodrigues de Almeida em 15/10/2024 15:58:11
Sons anormais

Descontínuos: estertores finos e grossos
Contínuos: roncos, sibilos e estridor
Sopros
Atrito pleural
Sons ou Ruídos Anormais

Os sons ou ruídos anormais que podem ser auscultados durante a respiração indicam a presença de alterações nas vias aéreas, pulmões ou pleura. Aqui estão alguns dos sons respiratórios anormais mais comuns:

Descontínuos
Contínuos

Descontínuos
São representados pelos estertores, ruídos audíveis na inspiração ou expiração, superpondo-se aos sons respiratórios normais. Podem ser crepitantes (finos) ou subcrepitantes (grossos). Os estertores finos ou crepitantes ocorrem no final da inspiração e têm frequência alta, isto é, são agudos. Curta duração. Não se modificam com a tosse. Podem ser comparados ao ruído produzido pelo atrito dos fios de cabelo. Auscultados principalmente nas zonas pulmonares influenciadas pela força da gravidade quando originados por congestão pulmonar. Estertores finos são produzidos pela abertura sequencial das vias respiratórios anteriormente fechadas, devido à pressão exercida pela presença de líquido ou exsudato no parênquima pulmonar – isso explica a presença de estertores finos na pneumonia e congestão pulmonar da IVE – ou por alteração no tecido de suporte das paredes brônquicas – doenças intersticiais pulmonares. Os estertores grossos, bolhosos ou subcrepitantes têm frequência menor e maior duração que os finos. Podem desaparecer com tosse e são audíveis em todo o tórax. São audíveis no início da inspiração e durante toda a expiração. Surgem por causa da abertura e fechamento de vias respiratórias contendo secreção viscosa e espessa, bem como pelo afrouxamento da estrutura de suporte das paredes brônquicas. Comuns na bronquite crônica e bronquiectasias.
Tipos Fase do ciclo respiratório Efeito da tosse Efeito da posição do paciente Áreas em que predominam
Estertores crepitantes Final da inspiração Não se alteram Se causa inflamatória, não se modificam. Caso sejam secundários à congestão pulmonar, podem aumentar ou reduzirem-se Bases se originados por congestão pulmonar. Variam se a causa for inflamatória (lobos superiores na tuberculose)
Estertores subcrepitantes Início da inspiração e toda expiração Podem desaparecer Não se modificam Todas as áreas do tórax
Contínuos
Podem ser classificados em:
Roncos
Sibilos
Estridor
Roncos e sibilos
Os roncos são constituídos por sons graves, portanto de baixa frequência e os sibilos por sons agudos, portanto, alta frequência. Ambos originam-se nas vibrações das paredes brônquicas e do conteúdo gasoso quando há estreitamento desses ductos, seja por espasmo, edema da parede ou secreção aderida a ela, como ocorre na asma brônquica, bronquites, bronquiectasias e obstruções localizadas. Embora apareçam na inspiração e expiração, predominam nessa. Surgem e desaparecem em curto período. Os sibilos também se originam de vibrações das paredes bronquiolares e de seu conteúdo gasoso, aparecendo na inspiração e na expiração. Em geral, são múltiplos e disseminados por todo o tórax, quando provocados por enfermidades que comprometem a árvore brônquica, como acontece na asma e bronquite. Quando bem localizados, indicam semiobstrução por neoplasia ou CE.
Estridor
O estridor é um som produzido pela semiobstrução da laringe ou traqueia, o que pode ser provocado por difteria, laringites agudas, CA de laringe e estenose de traqueia. Quando a respiração é calma e pouco profunda, sua intensidade é pequena. Entretanto, na hiperpneia, o aumento do fluxo de ar intensifica esse som.
Sopros
Em certas regiões torácicas (C7 no dorso, traqueia e região interescapular), o sopro brando é mais longo na expiração que inspiração. Nesses casos, é normal. Porém, quando o pulmão perde sua textura normal, como na pneumonias bacterianas, grandes cavernas e pneumotórax hipertensivo ocorrem, respectivamente sopro tubário, cavitário e anfórico.
Atrito pleural
Em condições normais, os folhetos parietal e visceral deslizam um sobre o outro, durante movimentos respiratórios, sem produzir qualquer ruído. Na pleurite, estão recobertas de exsudato e produzem ruído irregular, descontínuo, mais intenso na inspiração, com frequência comparado ao ranger de couro atritado.
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