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Exemplo clínico: Márcia e seu ma...

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Q849671 | Psicologia, Psicologia da Saúde, Prefeitura de Alagoa Nova PB Psicólogo, CONTEMAX, Ensino Médio, 2020
Exemplo clínico: Márcia e seu marido, Fernando, estavam entre os dez primeiros pacientes da COVID19 na cidade. Fernando começou a ter febre, tosse e dificuldade para respirar. Faleceu após cinco dias de internação em uma unidade de terapia intensiva (UTI) como caso possível de COVID-19, diagnóstico confirmado posteriormente. Márcia não pode vê-lo nem falar com ele durante a internação, pois ela também estava em isolamento, mas com sintomas leves. Sua última lembrança do marido vivo é Fernando acenando com a mão enquanto a enfermeira o conduzia pelo corredor do hospital. O enterro durou 20 minutos, com caixão lacrado e sem velório e apenas um dos irmãos de Fernando esteve presente, pois Márcia ainda estava em isolamento. Após o enterro, Márcia sentiu um grande vazio. Durante algum tempo, alternava períodos em que chorava muito, não conseguia dormir e ficava lembrando de momentos passados com Fernando. Quando tinha energia, via fotos, andava e acariciava os dois cachorros que ela e o marido haviam adotado. Os sentimentos variavam entre as boas lembranças e culpa pela possibilidade de ter sido responsável pela contaminação dele pelo vírus. Por isso sentia vergonha dos sogros por pensar que eles a culpavam pelo acontecido ou por ele ter morrido e não ela. Apenas depois de algumas semanas, retomou o contato com alguns amigos e familiares pelas redes sociais. Voltou gradualmente a fazer os serviços de casa e conseguiu voltar a trabalhar e superar as dificuldades financeiras causadas pelas várias semanas que ficou praticamente sem renda. Conseguiu arrumar armários e doar os pertences de Fernando a uma instituição, mantendo alguns para si e para doar para amigos e familiares algumas peças especiais. Relatou à mãe que se sentia uma pessoa privilegiada por ter sido casada com alguém tão especial. Sabe que não será fácil, mas devagar quer seguir em frente com a sua vida.

(Elaborado por Maria Cristina de Oliveira Santos e Miyazaki Maycoln Teodoro na publicação LUTO, da Sociedade Brasileira de Psicologia) 
A Psicologia Hospitalar se diferencia em relação a outras práticas clínicas em psicologia em alguns pontos fundamentais. Assinale a alternativa que não compõe a prática da Psicologia Hospitalar.
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Por Ingrid Nunes em 16/01/2025 07:18:40🎓 Equipe Gabarite
Gabarito: d)

A Psicologia Hospitalar se diferencia em relação a outras práticas clínicas em psicologia em alguns pontos fundamentais. Dentre eles, podemos destacar:

a) Dinâmica de trabalho com multiplicidade de solicitações: A atuação do psicólogo hospitalar envolve lidar com diversas demandas e situações que surgem no ambiente hospitalar, como atendimento a pacientes, familiares e equipe de saúde.

b) Possibilidades múltiplas de intervenção paciente-família-equipe-instituição: O psicólogo hospitalar trabalha de forma integrada com o paciente, sua família, a equipe de saúde e a instituição hospitalar, buscando promover o bem-estar e a saúde mental de todos os envolvidos.

c) Iminentemente focal e emergencial: A atuação da Psicologia Hospitalar é focada nas necessidades emergenciais e específicas do ambiente hospitalar, como lidar com situações de crise, traumas e doenças graves.

e) Morte e Morrer como parceiros constantes na rotina de trabalho: O psicólogo hospitalar está constantemente lidando com questões relacionadas à morte, ao processo de luto e ao enfrentamento da finitude da vida, tanto por parte dos pacientes quanto de seus familiares e da equipe de saúde.

Portanto, a alternativa que não compõe a prática da Psicologia Hospitalar é a letra d) Ambiente de ação fechado e invariável, pois o ambiente hospitalar é dinâmico e está sujeito a constantes mudanças e desafios.