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Assinale a palavra que, no texto, desempenhe função sintática idêntica à de marca (L...

Responda: Assinale a palavra que, no texto, desempenhe função sintática idêntica à de marca (L. 27).


Q862818 | Português, Interpretação de Texto, Técnico Judiciário, TSE, CONSULPLAN

Texto associado.

Presente perfeito

Aproveito a chegada do 13° salário e a proximidade do Natal para discutir o presente perfeito. Num mundo perfeitamente racional, ninguém nem pestanejaria antes de presentear seus familiares e amigos com dinheiro vivo.

Em princípio, nada pode ser melhor. Elimina-se o risco de errar, pois o presenteado escolhe o que quiser, e no tamanho certo. Melhor, ele pode juntar recursos de diversas origens e comprar um item mais caro, que ninguém sozinho poderia oferecer-lhe.

Só que o mundo não é um lugar racional. Se você regalar sua mulher com um caríssimo jantar na expectativa de uma noite tórrida de amor, estará sendo romântico. Mas, se ousar oferecer-lhe dinheiro para o mesmo fim, torna-se um simples cafajeste.

Analogamente, você ficará bem se levar um bom vinho para o almoço de Dia das Mães na casa da sogra. Experimente, porém, sacar a carteira e estender-lhe R$ 200 ao fim da refeição e se tornará “persona non grata” para sempre naquele lar.

Essas incongruências chamaram a atenção de economistas comportamentais, que desenvolveram modelos para explicá-las. Aparentemente, vivemos em dois mundos distintos, o das relações sociais e o da economia de mercado. Enquanto o primeiro é regido por valores como amor e lealdade, o segundo tem como marca indexadores monetários e contratos. Sempre que misturamos os dois registros, surgem mal-entendidos. O economista Dan Ariely vai mais longe e propõe que, no mundo das relações sociais, o presente serve para aliviar culpas: ofereça ao presenteado algo de que ele goste, mas acha bobagem comprar, como um jantar naquele restaurante chique ou um perfume um pouco mais caro. O que você está lhe dando, na verdade, é uma licença para ser extravagante.

Segundo Ariely, é esse mecanismo que explica o sucesso de vales-presentes e congêneres, que nada mais são que dinheiro com prazo de validade e restrições de onde pode ser gasto.

(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo, 4/12/2011, com adaptações)

Assinale a palavra que, no texto, desempenhe função sintática idêntica à de marca (L. 27).

Usuário
Por Bianca Silva Lima em 27/06/2024 14:40:57
Vamos analisar as duas frases e identificar as funções sintáticas das palavras que exercem funções idênticas em ambas:

"O segundo tem como marca indexadores monetários e contratos."
"Mas acha bobagem comprar."
Função sintática idêntica:

"como marca" e "bobagem" são ambos objetos diretos dos verbos "tem" e "acha", respectivamente.
Análise detalhada:

Na primeira frase:

"O segundo" é o sujeito da frase, sendo o que possui "como marca".
"tem" é o verbo principal, indicando posse ou característica.
"como marca" é um objeto direto do verbo "tem", especificando o que o segundo possui como característica.
"indexadores monetários e contratos" é o complemento do objeto direto "como marca", detalhando o que é característico do segundo.
Na segunda frase:

"Mas" é uma conjunção adversativa, conectando ideias contrastantes.
"acha" é o verbo principal, indicando uma opinião ou pensamento.
"bobagem" é o objeto direto do verbo "acha", indicando o que é considerado sem valor ou trivial.
"comprar" é um infinitivo substantivado, especificando a ação que é considerada sem valor.
Conclusão:

Embora as frases tenham estruturas diferentes, a análise das funções sintáticas mostra que "como marca" e "bobagem" desempenham a mesma função gramatical específica em seus contextos respectivos, sendo ambos objetos diretos dos verbos principais das frases ("tem" e "acha").
Gabarite Questões
Por Gabarite Questões em 24/02/2025 10:42:50🎓 Equipe Gabarite
A justificativa da banca foi:

“Enquanto o primeiro é regido por valores como amor e lealdade, o segundo tem como marca indexadores monetários e contratos.”
“...ofereça ao presenteado algo de que ele goste, mas acha bobagem comprar, como um jantar naquele restaurante chique ou um perfume um pouco mais caro.”
Nas orações, “marca” e “bobagem” são predicativos dos objetos diretos “indexadores monetários e contratos” e “comprar”, respectivamente. Se substituíssemos esses objetos diretos por um pronome pessoal, obteríamos:
“Enquanto o primeiro é regido por valores como amor e lealdade, o segundo tem-nos como marca.”
“...ofereça ao presenteado algo de que ele goste, mas acha-o bobagem, como um jantar naquele restaurante chique ou um perfume um pouco mais caro.” Percebemos que “marca” e “bobagem” não são parte do objeto direto, e sim um termo relacionado ( pelo verbo) a esse objeto direto.
“Analogamente, você ficará bem se levar um bom vinho para o almoço de Dia das Mães na casa da sogra”.
Vinho = objeto direto. Chama-se objeto direto o complemento que se liga ao verbo sem preposição.

Gabarito correto divulgado: C.

Enquanto o primeiro é regido por valores como amor e lealdade, o segundo tem como marca indexadores monetários e contratos. Valores como amor e lealdade tem a função sintática de agente da passiva. É o termo que exprime o executor do processo expresso nessa construção verbal passiva.
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